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A5 - Legislação de Segurança Privada

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LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA 
PRIVADA 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. José Paulo D. Pereira 
 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Nesta aula trataremos dos pareceres exarados pela Polícia Federal, o 
Gesp, os processos de recursos e defesas de Notificações e ACI e a legislação 
estadual e municipal de segurança privada. 
 
TEMA 1: PARECERES CGCSP/DPF 
 A Polícia Federal emite pareceres para sanar dúvidas que possam 
ocorrer quanto ao regramento jurídico que envolve o segmento da segurança 
privada. 
 Parecer é opinião técnica de órgão de consulta, ou seja, é como o órgão 
interpreta determinada lei. 
 Mas o posicionamento exarado no parecer é a última lei? Não, o parecer 
é somente, como dito acima, a forma como o órgão interpreta a legislação. 
 Quem dará o posicionamento final é o judiciário que possui tal função 
por força da Constituição Federal. Sendo assim, um parecer poder ser alterado 
caso o judiciário entenda de maneira diversa. 
 
TEMA 2: OPERAÇÃO DO GERENCIADOR ELETRÔNICO DE SEGURANÇA 
PRIVADA (GESP/DPF) 
 
Portaria nº 346/2006-DG/DPF Brasília/DF, 03 de agosto de 2006. 
 Institui o Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada (Gesp). 
 Em seu Art. 1º temos que: 
Fica instituído o Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada – GESP, com a 
finalidade de informatizar os processos administrativos relativos à área de segurança 
privada em todo o território nacional, a ser utilizado no âmbito das empresas e 
instituições do setor e nas DELESPs e Comissões de Vistoria do Departamento de 
Polícia Federal-DPF. 
 
 
 
3 
 
 O sistema Gesp (Gestão Eletrônica da Segurança Privada), com a 
utilização de certificação digital – foi a ferramenta criada pela Polícia Federal 
para agilizar e tornar mais simples os processos das empresas de segurança 
privada. 
 O uso do papel foi abolido, e a empresa deverá possuir um certificado 
digital para poder atuar dentro do sistema Gesp. 
 Como exemplos de atividades que antes eram feitas em papel junto às 
Delesps, e hoje é feito de forma eletrônica, temos: 
 Autorização para segurança orgânica; 
 Revisão anual do alvará; 
 Autorização para aquisição de armas e munições; 
 Guias para deslocamento de armas; 
 Processos punitivos; 
 Atualização de dados; 
 Solicitação de CNV (Carteira Nacional do Vigilante); 
 Solicitação para aquisição de coletes balísticos. 
 No sitio da Polícia Federal podem ser encontradas informações sobre o 
assunto e acesso ao Gesp. 
www.dpf.gov.br 
TEMA 3: PROCESSOS DE RECURSOS E DEFESAS DE NOTIFICAÇÕES E ACI 
 A Polícia Federal é o órgão competente para fiscalizar as empresas de 
segurança privada. Dessa fiscalização podem ocorrer autuações e notificações. 
A Delesp ou CV realizarão fiscalizações nas empresas especializadas, nas que 
possuem serviço orgânico de segurança e nos estabelecimentos financeiros. O 
Art. 185 e seguintes da Portaria n° 3.233/2012 trata da autuação e defesa das 
empresas. A Delesp ou CV notificarão o autuado através da entrega, mediante 
recibo, de uma via do auto lavrado, concedendo o prazo de dez dias, 
ininterruptos, para a apresentação de defesa escrita. Da decisão do Presidente 
da CCASP caberá recurso ao Diretor-Geral no prazo de dez dias, contados da 
ciência da decisão no âmbito do processo eletrônico ou da publicação da 
 
 
4 
portaria punitiva no DOU. Da decisão do Diretor-Geral não caberá novo recurso 
na esfera administrativa, podendo a matéria ser discutida na esfera judicial. 
TEMA 4: LEGISLAÇÃO ESTADUAIS E MUNICIPAIS 
 Como sabemos, a Lei n° 7.102/1983, lei federal, é a lei que regulamenta 
o segmento de segurança privada no país. 
 Porém, muitas vezes nos deparamos com leis municipais e estaduais 
que disciplinam algumas regras no segmento. A Constituição da República 
prevê, em seu Artigo 24, a possibilidade de competência legislativa concorrente 
entre a União e os Estados, cabendo àquela primeira estabelecer normas 
gerais e a estes últimos legislar para atender aos interesses regionais. Não se 
tratando de matéria da competência exclusiva da União, definida no Art. 22 da 
Constituição Federal, não restam dúvidas sobre a possibilidade de o Estado 
fixar regras sobre segurança privada. A segurança privada constitui matéria 
submetida à competência concorrente dos entes públicos, devendo as 
empresas, dada a periculosidade inerente à atividade que exercem, 
submeterem-se à fiscalização e controle de ambos (União e Estado), sem que 
haja nisso qualquer desvio ou inconstitucionalidade. 
 Sendo assim, municípios e estados poderão legislar sobre segurança 
privada, desde que não sejam conflitantes com as regras instituídas na Lei n° 
7.102/1983. 
 
NA PRÁTICA 
 É muito comum nos depararmos com leis estaduais e municipais que 
disciplinam normas de segurança privada. Por exemplo: uso de cães pelas 
empresas. 
 Alguns estados ou municípios vedam o seu uso. Nesse caso, não há 
conflito de normas. Portanto, devemos estar atentos à legislação municipal e 
estadual naquilo que não afeta a Lei Específica, 7.102/1983, pois poderemos 
ter, por exemplo, locais em que podem ser usados cães e outros não. 
 
 
5 
 
SÍNTESE 
 Nesta aula vimos os pareceres exarados pela Polícia Federal, o que é e 
como funciona o Gesp, o processo administrativo da Polícia Federal em face 
das empresas de segurança e a legislação estadual e municipal atinente ao 
segmento de segurança privada. 
 
REFERÊNCIAS 
PORTARIA nº 346/2006-DG/DPF Brasília/DF, 03 de agosto de 2006. 
Disponível em: <http://www.fenavist.com.br/static/media/juridico/seguranca-
privada/portarias/ministerio-da-justica/portaria-346-de-2006.pdf>. Acesso em: 
23 jan. 2017.

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