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A4 - Planejamentos Estratégico em Segurança

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
EM SEGURANÇA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Nivaldo Vieira Lourenço 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Na quarta aula, teremos como tema principal as ferramentas e métodos 
de gestão da segurança pública. Os conteúdos que iremos abordar são: 
 as técnicas de diagnóstico de cenários e ambientes; 
 a importância da utilização do planejamento estratégico situacional; 
 a Matriz SWOT; 
 o método PDCA; 
 a teoria das janelas quebradas. 
 
Essas ferramentas e métodos são importantes para a elaboração de 
estratégias para a formação e gestão das políticas públicas, no caso de nossa 
aula, política pública de segurança. 
 
TEMA 1 – TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICOS DE CENÁRIOS E AMBIENTES 
A análise de ambiente é fundamental para a elaboração de estratégias na 
área da segurança pública, pois são os cenários que afetam a estrutura e o 
funcionamento presente e futuro das organizações. Podemos concluir que 
qualquer planejamento eficiente ligado à segurança pública depende da análise 
do ambiente em que tais atividades são desenvolvidas: seja o ambiente interno, 
da própria agência que integra o sistema de segurança pública, seja o ambiente 
externo, o local em que esses serviços são prestados. 
Chiavenato e Sapiro (2009, p. 145) afirmam que “cenários são estudos do 
futuro para se construir diferentes imagens e visões alternativas favoráveis ou 
desfavoráveis do ambiente futuro de negócios”. Quatro aspectos devem ser 
considerados na análise e desenvolvimento de cenários: 
1) Possibilidade: os eventos devem ter potencial para se tornar realidade. 
2) Coerência: os eventos devem ter uma sequência lógica. 
3) Singularidade: cada cenário deve ser diferente dos demais. 
4) Utilidade: cada cenário precisa ter valor para testar as opções 
estratégicas. 
 
Esses cenários são construídos mediante diversas etapas, que, por 
vezes, se repetem como um sistema circular, visto ser necessário certos 
 
 
3 
detalhamentos e correções de rumo sobre as futuras implicações das decisões 
presentes. 
As análises de cenário são construídas pelas pessoas que compõem a 
organização e, até mesmo, pelos colaboradores externos. As etapas da 
construção de cenários são as seguintes: 
 Identificação do tema de que ser quer tratar; 
 Categorização das forças de mudança; 
 Fortalecimento das forças de mudança; 
 Alinhamento das incertezas críticas; 
 Criação de roteiros plausíveis; 
 Avaliação das implicações; 
 Aplicação da metodologia. 
 
As políticas públicas são elaboradas com o objetivo de resolver ou 
diminuir problemas sociais e, para tanto, Oliveira (2001, p. 92) afirma que as 
informações internas e externas à empresa formam uma fotografia de 
determinado momento, para que o gestor saiba quais passos deverá dar para a 
evolução de sua organização. 
 
TEMA 2 – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL 
O planejamento estratégico situacional (PES) surgiu a partir das reflexões 
críticas de uma corrente de pensadores sobre as limitações do planejamento 
normativo ou tradicional. Entre seus principais mentores, está o Ministro do 
Governo Allende (1973) e consultor do Instituto Latino-Americano e do Caribe de 
Planejamento Econômico e Social (ILPES), Carlos Matus. 
O PES apresenta a característica de considerar como estratégicas as questões 
relativas às relações de poder que existem entre os diversos atores sociais 
envolvidos no processo, ou seja, a variável política é considerada determinante 
nos processos. Vejamos outras características: 
 O PES vê a situação analisada como se fosse um jogo social, entendido 
como um processo de interação entre atores, no qual cada um deles 
interpreta de acordo com seu mundo subjetivo (suas motivações, seus 
interesses, seus valores). 
 O PES é uma metodologia dinâmica, pois trabalha com os atores sociais 
em seus mais diversos problemas vivenciados na sociedade. 
 Mantém-se em constante reformulação. 
 
 
4 
 O PES tem como meta formular políticas públicas com o enfoque nos 
problemas. 
 
O planejamento trabalha com problemas que afetam a população. O 
planejamento é “situacional” por tratar de uma situação que se caracteriza por 
permanentes mudanças. 
 
TEMA 3 – MATRIZ SWOT 
 O modelo Matriz SWOT é uma ferramenta utilizada para a tomada de 
decisões estratégicas. Em inglês, a sigla SWOT é composta por palavras que 
indicam seus principais elementos: 
 Strenghs – forças 
 Weaknesses – fraquezas 
 Opportunities – oportunidades 
 Threats – ameaças 
 
Trata-se de um modelo adotado por organizações com o objetivo de 
compreender o ambiente interno, principalmente quanto às suas forças e 
fragilidades, e o ambiente externo, quanto às ameaças e oportunidades. A matriz 
SWOT tem suas referências originais a partir dos estudos de Kenneth R. 
Andrews, por volta da década de 1950. 
Em relação à segurança, os critérios se traduzem nas seguintes ideias: 
 
Forças: 
 experiências e competências das pessoas que integram a organização; 
 recursos financeiros que a organização dispõe; 
 serviços que a organização tem a oferecer; 
 imagem da instituição ou dos membros dela perante a comunidade. 
 
Fragilidades: 
 falta de recursos financeiros ou de bens materiais; 
 indisponibilidade do quantitativo necessário; 
 falta de método ou problemas operacionais internos; 
 deficiência na definição do foco; 
 problemas de imagem da organização perante seu público. 
 
Oportunidades: 
 capilaridade da organização, fazendo com que seus integrantes estejam 
próximos do público; 
 
 
5 
 desenvolvimento de novos serviços, mediante a implementação de novas 
estruturas ou rearticulação das já existentes; 
 parcerias estabelecidas. 
 
Ameaças: 
 cultura organizacional arraigadas, principalmente quanto à necessidade 
de mudanças; 
 imprevisibilidade de fatores externos; 
 diversificação do crime, seja por meio da prática de novas condutas 
desviantes, pelo incremento bélico ou tecnológico dos indivíduos em 
conflito com a lei. 
 
 
Forças 
 Ponto forte 1 
 Ponto forte 2 ... 
 
Fragilidades 
 Ponto fraco 1 
 Ponto fraco 2... 
 
Oportunidades 
 Oportunidade 1 
 Oportunidade 2... 
 
Ameaças 
 Ameaça 1 
 Ameaça 2... 
Fonte: Elaborado com base em Kotler (1992). 
 
TEMA 4 – MÉTODO PDCA 
O método PDCA foi estudado por Vicente Falconi (2009, p. 20) e se traduz 
como a “sequência de ações necessárias para se atingir certo resultado 
desejado”. O sucesso das organizações, sejam elas da iniciativa privada ou do 
setor público, é algo desejado por todos, porém existem as falhas que decorrem 
principalmente da falta de uma definição clara de metas e da ausência de bons 
planos de ação, causada pela falta ou pelo desconhecimento do método e das 
informações necessárias ou pela falta de disciplina na execução completa dos 
planos elaborados. 
Também podemos afirmar que o sucesso depende de uma série de 
fatores, que passam pelo constante acúmulo de conhecimento dos integrantes 
da organização. Vamos apresentar uma das principais ferramentas de gestão 
aplicável às organizações que integram o sistema de segurança pública: o ciclo 
PDCA. 
O método gerencial, oriundo dos japoneses, do sistema Toyota de 
produção, se destina à solução de problemas. Existem várias denominações, 
mas a mais difundida entre nós é a PDCA (plan, do, check, act). Vamos 
analisaras etapas do modelo, o ciclo PDCA. 
 
 
6 
 Plan (planejamento): identifica os problemas e o estabelece os 
respectivos planos de ação. 
 Do (fazer):coloca em curso as medidas planejadas, sendo que, durante 
a etapa de execução, deve ser fortalecida a importância das pessoas que 
integram a organização. 
 Check (checar os resultados): obtém-se informações e o conhecimento 
sobre o processo, além da compreensão sobre as necessidades de 
correções. 
 Act (agir): compreendidas as falhas, o processo deve ser retomado, 
implementando as mudanças necessárias, seja na formulação das 
estratégias, seja na etapa seguinte de execução, necessidade de 
processos de treinamento, o reforço do método e a padronização de 
procedimentos. 
 
TEMA 5 – TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS 
Conhecida por broken windows theory, a teoria das janelas quebradas é 
uma filosofia de aplicação da atividade policial, um método utilizado pelos norte-
americanos no combate à criminalidade e que ganhou destaque na mídia com 
sua implementação na cidade de Nova York, no programa Tolerância Zero. 
A teoria foi concebida por James Q. Wilson e George L. Kelling, autores 
do artigo científico Broken windows: the police and neighborhood safety, e por 
Wesley G. Skogan, que publicou o estudo Disorder and decline: crime and the 
spiral decay in american neighborhoods em 1990. 
A experiência foi conduzida por um grupo de psicólogos pertencentes à 
Universidade de Standford, que realizou um experimento prático em um bairro 
nobre da Califórnia e em uma área residencial de menor potencial aquisitivo em 
Nova York. Em cada um dos dois locais, foi abandonado um veículo idêntico 
(marca, modelo e cor). No Bronx, logo nas primeiras horas, as depredações 
começaram mediante furtos de todos os equipamentos, acessórios e quaisquer 
objetos de valor, que foram rapidamente subtraídos. Contrariamente, na região 
nobre, o automóvel mantinha-se intacto até o momento em que uma janela foi 
quebrada por um dos pesquisadores, gerando, na sequência, os mesmos efeitos 
do carro abandonado no bairro pobre. 
 
Porque o carro estacionado em um bairro de elite sofreu igualmente 
depredações? 
Pequenos delitos (como vadiagem, jogar lixo nas ruas, beber em público, 
catar papel e prostituição), se tolerados, podem levar a crimes maiores. A ideia 
 
 
7 
não é complexa: se um criminoso pequeno não é punido, o criminoso maior se 
sentirá seguro para atuar na região da desordem. Quando uma janela está 
quebrada e ninguém a conserta, é sinal de que ninguém liga para o local; logo, 
outras janelas serão quebradas. 
Os desordeiros são contra os ordeiros e, para prevalecer a ordem sob a 
desordem, os desordeiros de dentro precisam ser controlados e os de fora, 
excluídos. De acordo com o artigo, são os "forasteiros" ou "estranhos" que 
cometem crimes. Os "regulares", por sua vez, tendem a não causar problemas. 
Controlando os desordeiros, prendendo-os, excluindo-os, o problema estará 
resolvido. A ordem voltará a reinar e o crime desaparecerá. Para a teoria, há um 
conflito instalado entre “ordeiros” e “desordeiros”, motivo pelo qual é necessária 
dura sanção aos “pequenos delinquentes” para que não se instale um clima de 
impunidade que poderá atrair a ação de criminosos de maior quilate. 
 Quatro principais pontos da teoria: 
1) Ao lidar com a desordem e com pequenos desordeiros, a polícia fica mais 
bem informada e se põe em contato com os autores de crimes mais 
graves, prendendo os mais perigosos; 
2) A alta visibilidade das ações da polícia e sua concentração em áreas 
caracterizadas por alto grau de desordem protegem os bons cidadãos e 
emitem mensagem para os culpados de crimes menores de que suas 
atitudes não serão toleradas; 
3) Os cidadãos começam a retomar o controle sobre os espaços públicos e 
visualizam a manutenção da ordem e a prevenção do crime; 
4) À medida em que os problemas relacionados à desordem e ao crime 
deixam de ser responsabilidade exclusiva da polícia e passam a envolver 
toda a comunidade, todos se mobilizam para enfrentar tais questões de 
uma forma mais integrada. 
 
Não existe fórmula milagrosa para resolução dos problemas de segurança 
pública. Até os famosos métodos nova-iorquinos demonstraram fragilidades, 
porém serviram de laboratório. Ao se realizar a “limpeza das ruas”, não se pode 
deixar cair no esquecimento os crimes praticados no interior das residências, 
como crimes de colarinho branco e ocorrências de violência doméstica ou de 
crimes sexuais praticados por familiares. 
 
 
 
8 
NA PRÁTICA 
O plano estratégico da Secretaria da Segurança Pública e Justiça do 
Estado de Goiás foi desenvolvido em parceria com o Movimento Brasil 
Competitivo (MBC) para o período 2012-2022, abrangendo todos os segmentos 
que militam no campo da segurança. 
 Em consonância com os estudos aplicados na aula quatro, verifique se 
foram utilizadas ferramentas e métodos de gestão na formulação deste plano e 
responda a pergunta: quais métodos ou ferramentas foram aplicados para a 
elaboração do plano? O plano está disponível no livro base da disciplina. 
 
FINALIZANDO 
Tratamos, nesta aula, de conceituar a técnica de diagnósticos de 
ambientes, objetivando o reconhecimento dos quatro aspectos na análise de 
cenários, bem como saber quais são as etapas para construir um cenário de 
ambiente. Também conceituamos análise interna e análise externa. Essas 
teorias são importantes para entendermos o planejamento estratégico 
situacional, aprender a utilizar a matriz SWOT, entender e aplicar a ferramenta 
PDCA e ter um conhecimento genérico da teoria das janelas quebradas, bem 
como seus resultados e críticas. 
 
REFERÊNCIAS 
FALCONI, Vicente. O verdadeiro poder. Nova Lima: INDG Tecnologia e 
Serviços, 2009. 
GOIÁS. Secretaria da Segurança Pública e Justiça. Grupo de Controle. Plano 
Estratégico 2012-2022. Goiânia: Secretaria da Segurança Pública e Justiça, 
2012. 
 
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento e 
Controle. São Paulo: Atlas, 1992. 
MIRANDA COUTINHO, Jacinto Nelson de; ADVOGADOS, ROCHA DE 
CARVALHO, Edward. Teoria das janelas quebradas: e se a pedra vem de 
dentro? Disponível em: 
<http://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/11716-11716-1-PB.htm> 
Acesso em: 16 de jan. 2017. 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: 
conceitos, metodologia e práticas. 16. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001.

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