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Petição inicial Alimentos ANTÔNIO PEDRO

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Excelentíssimo(A) senhor(A) doutor(A) juiz (A) de direito da ... vara de família da comarca de guaiaqui estado de ...
                        Antônio Pedro,sobrenome, nacionalidade, viúvo, profissão, portador do documento de identidade no. ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o no. ...,com endereço eletrônico ......... residente e domiciliado na Rua ..., Bairro:.......... CEP:........ na cidade de Daluz, ,estado ..., vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com escritório situado nesta cidade, situado na Rua ....., Bairro:........ CEP: ......Estado:.......onde recebe intimações e notificações, com endereço eletrônico: rosirenecaetano@hotmail.com , com fulcro nos artigos 1.694, 1.695 e 1.696 do Código Civil Brasileiro e nas Leis : 5.478, de 25 de Julho de 1968; 1.060 , de 05 de Fevereiro de 1959; 10.741 de 1º de Outubro de 2003; e Art. 1.211 –A da Lei 5.869 de 11 de Janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, propor:
Ação de alimentos
em face de Arlindo, sobrenome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do documento de identidade no. ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o no. ..., com endereço eletrônico:......... residente e domiciliado na Rua ...,Bairro:......... CEP:...... na cidade de Italquise, estado ..., pelas razões de fato e de direito à seguir aduzidas.
I - Da gratuidade da Justiça e Prioridade na Tramitação
                        Inicialmente, requer à Vossa Excelência sejam deferidos os benefícios da gratuidade da Justiça, com fulcro no §2º. do artigo 1º. da Lei no. 5.478/68( Lei de Alimentos) combinado com o art. 4º da a Lei no. 1.060/50 ( Lei de Assistência Judiciária), em razão de não possuir condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento, conforme atestado de pobreza que instrui a presente demanda.
                        O requerente, por ser maior de 60 anos, requer ainda, prioridade na tramitação do feito, em razão de determinação legal prevista no artigo 71 do Estatuto do Idoso (Lei no. 10.741/03), bem como no artigo no. 1.211-A, do vigente Código de Processo Civil.
	O Estatuto do Idoso estabelece por lei os direitos dos idosos, fazendo-os plenamente reconhecidos na sociedade contemporânea, pois o REQUERENTE, tem 72 anos de idade (documento em anexo).
                        Por fim, deve o presente feito ser recebido pelo procedimento especial, em razão do que determina o artigo primeiro da Lei de Alimentos.
II - Dos Fatos 
                        O requerente fora casado por mais de 40 (quarenta) anos com Lourdes, sendo que desta relação estável e duradoura o casal teve um único filho, que se apresenta na presente ação como REQUERIDO, o senhor Arlindo, conforme certidão de nascimento (documento em anexo), empresário bem sucedido no ramo hoteleiro.
                        Ocorre que o REQUERENTE veio a perder sua esposa em virtude do falecimento da mesma, acometido de imensa tristeza, deixou de trabalhar e por este motivo, começou a passar por dificuldades financeiras, sendo que atualmente sobrevive da ajuda de parentes e vizinhos.
                        Ciente dos direitos garantidos constitucionalmente em razão de sua idade avançada e extrema necessidade, não restou ao REQUERENTE, alternativa, senão buscar amparo judicial para ver atendidas suas solicitações.
            
III - Dos Direitos
                        
A Lei no. 5.478/68 ampara o pedido do REQUERENTE em seu artigo 2º ” O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.
§ 1º Dispensar-se-á a produção inicial de documentos probatórios; “
O vigente Código Civil dispõe o seguinte nos seus artigos:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos
              Não bastasse tais dispositivos de lei garantir ao REQUERENTE a concessão do presente pleito, a Lei no. 10.741/03 que dispõe sobre o Estatuto do Idoso em seu corpo traz as afirmações necessárias para o acolhimento do pedido, conforme se demonstrará à seguir:
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil.
	O artigo 229 da Constituição Federal estabelece que o direito à prestação de alimentos é recíproca entre os pais e filhos e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.”
                        Tal pedido encontra guarida, na latente impossibilidade de prover seu próprio sustento em razão da extrema tristeza que acometeu o REQUERENTE após a morte de sua esposa, e que veio a ocasionar a interrupção de seus afazeres profissionais.
Ademais, o REQUERIDO, possui totais condições de arcar com tal responsabilidade, uma vez que é empresário bem sucedido , possuindo ampla capacidade de prover o sustento de seu pai sem prejuízo próprio.
De conformidade com as palavras de Maria Helena Diniz :
“O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da preservação da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e o da solidariedade social e familiar (CF, art. 3º), pois vem a ser um dever personalíssimo, devido pelo alimentante, em razão de parentesco, vínculo personalíssimo, devido pelo alimentante, em razão de parentesco, vínculo conjugal ou convivencial que o liga ao alimentando [...]”
	E de conformidade com as palavras de Yussef Said Cahali:
 “ A pensão alimentícia é uma das formas de exteriorização deste ideal de solidariedade dentro das relações decorrentes de vínculos familiares afetivos ou de parentesco consangüíneo. Ela é devida quando houver a necessidade por parte de um familiar que não pode prover seu próprio sustento e a possibilidade por parte de outro de fornecer esse auxílio, sendo os valores arbitrados de acordo com o grau de necessidade de um e possibilidade do outro.” 
Um dos principais elementos da família, enquanto geradora de direitos e deveres tutelados por nosso ordenamento civil, é a solidariedade recíproca, o auxílio mútuo entre seus membros para garantir a subsistência e o padrão de vida de seus integrantes.
IV - Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
1 – A prioridade na tramitação do presente feito por força do artigo 71 do Estatuto do Idoso;
2 – A fixação imediata de alimentos provisórios, conforme determina o artigo 4º. da Lei no. 5.478/68; no valor de R$ 4.400,00 (quatro mil e quatrocentos reais) ou seja; 5 (cinco) salários mínimos atualmente vigentes – R$ 880,00 ( oitocentos e oitenta reais), devendo ser revisionados por Vossa Excelência, quando da comprovação por parte do REQUERIDO, dos reais valores auferidos mensalmente. 
3 – Ao fim da lide, ao considerar como vencido o REQUERIDO, que se digne Vossa Excelência a condená-lo ao pagamento dos alimentos definitivos conforme determina a legislação vigente;
4 – A citação do REQUERIDO para oferecer defesa quanto aos fatos e pedidos apresentados sob pena de revelia e confissão da matéria de fato e apresentar documentos que comprovem sua efetiva renda mensal.
5 – Seja deferido ao REQUERENTE os benefícios da Justiça Gratuita;
6 – A intimação do representante do Ministério Público, para que atue no feito;
7 – A condenação da parte contrária ao pagamentodas custas processuais, bem como os honorários advocatícios;
8 – Provar o alegado por todos os meios admitidos em direito.
Atribui-se à causa o valor de R$ 52.800,00
Nestes termos 
Pede deferimento
                                  
Joinville, 07 de Outubro de 2016.
Rosirene Caetano
Advogado
OAB- SC nº ______

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