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Psicologia do Esporte e do Exercício Introdução a Psicologia do Esporte e do Exercício Objetivos Entender os efeitos de fatores psicológicos sobre o desempenho físico ou motor. Entender os efeitos da participação em atividades físicas sobre o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem estar. Segmentos de intervenção da Psicologia do Esporte: Educação Física Escolar; Esporte de Rendimento; Reabilitação Física; Manutenção da Saúde Cíclica; Esporte - lazer; Treinamento Personalizado. TAREFAS DA PSICOLOGIA DO ESPORTE Ensino - Transmissão de conhecimentos. Pesquisa - Desenvolvimento de teorias, tecnologias e intervenções. Intervenção - Treinamento, acompanhamento, aconselhamento. Campos e Atuação Especialidades Psicologia do Esporte Clínica Psicologia do Esporte Educacional Orientações Psicofisiológica Sociopsicológica Cognitivo-Comportamental Importância X Negligência DESAFIOS: Conhecimento, Planejamento, Preconceito, Imediatismo, Repercussão. Como o professor de EF pode aplicar os conhecimentos da PE para: a) Entender os efeitos de fatores psicológicos sobre o desempenho físico e motor; b) Entender os efeitos da participação em atividades físicas sobre o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem estar? Orientações Exemplos da Orientação Psicofisiológica aplicada à EF Escolar; Exemplos da Orientação Sociopsicológica aplicada à EF Escolar; Exemplos da Orientação Cognitivo-Comportamental aplicada à EF Escolar. Qual é a importância da Psicologia do Esporte e do Exercício para e EF Escolar? Motivação Não há uma causa única determinante do comportamento motivado. Um esporte pode ser motivante para um e não sê-lo para outro. Exemplo: Alunos se sentem motivados para nadar 6000m diários. Outras consideram que nada pode ser mais monótono. Diretrizes Tanto as situações como os traços motivam as pessoas; Existem vários motivos; Entende por que as pessoas participam Observe Monitore Mude o ambiente; Competição x cooperação Ajustes individuais Incentivo à motivação; O professor como fonte de motivação Modifique o comportamento de motivos indesejados. TEORIA DA NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO; Alcançar o Sucesso x Evitar o Fracasso TEORIA DA ATRIBUIÇÃO; Estabilidade, Causalidade e Controle TEORIA DAS METAS DE REALIZAÇÃO; Tarefa x Ego TEORIA DA MOTIVAÇÃO PARA COMPETÊNCIA. Feedback, orientação Percepção Afeto Motivação Competência Autonomia AUTODETERMINAÇÃO Relacionamento LEMBRE-SE É tarefa de o professor mobilizar novas necessidades para que o processo seja contínuo e duradouro. Motivação Intrínseca: Desejo interior de realizar tarefas propostas; Não depende de fatores externos; Vontade própria; Mais fundamental do que a extrínseca; Esporte infanto-juvenil: desenvolver a motivação intrínseca. Motivação Extrínseca: Consciente; Fatores externos que podem direcionar o comportamento do atleta; Devem ser valorizados e utilizados corretamente. Nas aulas de Educação Física, o professor deve confiar somente na motivação intrínseca? Flow feeling e Esportes MOTIVAÇÃO E FLOW-FEELING Fluir, fluidez, fluxo, experiência máxima; Por que algumas pessoas realizam certas tarefas com o máximo desempenho e em alto grau de motivação? Estreita relação entre motivação e flow-feeling. Atividade a ser realizada é vivenciada tendo um fim em si mesma; Absorve e é intrinsecamente gratificante; Atenção livremente investida; Experiência autotélica. Favorecido por três situações: Primeira Situação A atividade é estruturada de maneira coerente com as exigências básicas do esporte, ou seja, é positiva e construtiva. Compatível com o esporte (ambiente e didática). Ex: Natação no inverno. Só é coerente em piscinas cobertas e aquecidas. Segunda Situação A habilidade da pessoa é compatível à realização da tarefa. As características psicofísicas são equacionadas com a exigência da atividade. Ex: Pessoas que suportam física e emocionalmente sucessivos contatos corporais. Os jogos coletivos de contato são coerentes com suas características. Terceira Situação Reúne ambas as situações anteriores, ou seja, é a combinação entre a estrutura da atividade e a habilidade psicofísica do praticante. CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO FLOW-FEELING 1 – Equilíbrio desafio-habilidade; Equacionar o grau da dificuldade da tarefa com a capacidade psicofísica; Atividades que exijam um devido investimento de energia psicofísica. Ex: um bom aquecimento físico-técnico de handebol é motivante para um aficionado. Para alguém que desconhece é insignificante. 2 – Objetivos Claros e feedback imediato; Retroinformações internas e/ou externas sobre seu rendimento para poder ajustar seus movimentos, suas ações, suas metas, suas intensidades. Ex: Jogador de futebol que conduz a bola pelo meio de campo e sempre sabe o que fazer: passar a bola, driblar ou lançá-la para um companheiro. Feedback : Elemento fundamental para o êxito. Metas realistas a curto, médio e longo prazos: direcionar o esforço e saber como atingi-las. Identificáveis e desafiadoras. 3 – Perda de autoconsciência; CENA ESPORTIVA [...] Ayrton veio por dentro, eu deixei espaço para ele e testemunhei visível e auditivamente uma coisa que nunca tinha visto ninguém fazer antes num carro de corrida. [...] e o carro parecia num fio de navalha entre o controle e o descontrole. Tudo isso durou talvez dois segundos. [...] No duro, era um mestre controlando uma maquina. 4 – Concentração intensa na tarefa e fusão entre ação e atenção; O atleta percebe-se seus movimentos como parte de si próprio, realizando-os em uma fusão corpo-mente. O atleta não necessita “olhar” seus movimentos de fora, o controle passa a ser todo interno. Sua concentração não é abalada por ações externas. 5 – Perda da noção do tempo; Tempo e espaço tomam diferentes dimensões; Percepção modificada do modo como o tempo passa. O que é relevante é o ritmo ditado pela atividade. O sentido de tempo tem pouca relação com a sua passagem tal como é medida pela convenção absoluta do relógio. 6 – Controle absoluto das ações; O atleta torna-se confiante para realizar determinada tarefa; Fruto da possibilidade e não da realidade do controle; Atividades que oferecem perigo geram satisfação para seus praticantes; O que motiva não é a percepção de estar no controle, mas a percepção de poder exercê-lo. 7 – Experiência Autotélica; O fim (objetivo) da atividade (esporte) está em si mesmo. A pessoa envolvida libera energia psíquica (atenção) na própria atividade e não em suas consequências. “A experiência autotélica, ou o fluir, eleva o curso da vida a um nível diferente [...] a vida se justifica no presente, em vez de ser mantida como refém de um hipotético ganho futuro.” 8 – Alegria espontânea e experiência intrinsecamente compensadora. O atleta que flui não se preocupa com recompensas externas (elogio, glória, prêmios, etc.); O atleta reconhece que: Primeiro: o esporte não tem pretensões de consequência prática na vida das pessoas. Segundo: o esporte existe para fazer bem às pessoas, para tornar suas vidas mais alegres. O atleta que flui tem consciência de que rendimento, vitória ou derrota são consequências naturais do próprio esporte. CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O FLUIR NO ESPORTE a)Relacionar a estrutura da atividade à habilidade do atleta; b)Oferecer percepção de descoberta; c)Impulsionar o atleta para níveis mais elevados de desempenho; d)Conduzir o atleta a estados de consciência jamais sonhados. Relacionar a estrutura da atividade à habilidade do atleta A estrutura da atividade no que se refere tanto à sua organização e exigência quanto aos limites psicofísicos do atleta para a realização da tarefa, deve ser equacionada. Oferecer percepção de descoberta Proporcionar condições para que o atleta tenha possibilidades de mobilizar sua própria força psicofísica a fim de transcender aquilo que já lhe é possível; Tal oportunidade se dá a partir de atividades que possibilitem ao atletaatingir objetivos por meio de vários caminhos. Para tanto deve-se: Dinamizar treinamentos (evitar monotonia); Criar novos desafios compatíveis com a capacidade psicofísica do atleta; Estabelecer metas desafiadoras; Propor novos exercícios (rotinas) sempre que possível. Impulsionar o atleta para níveis mais elevados de desempenho A lógica do esporte reside em transpor os limites daquilo que já foi realizado por alguém ou daquilo que o corpo pode realizar. O estado do fluir expresso pelos atletas: Estou totalmente satisfeito com meu rendimento; Sinto-me concentrado na tarefa; Tudo está conectado; Não estou fazendo força para ir rápido; Será difícil me parar hoje; Sinto-me flutuando; Tudo está controlado; Estou leve; Sinto-me muito confiante; Hoje é meu dia. CENA ESPORTIVA Um professor deve planejar as primeiras aulas de seu aluno iniciante de acordo com a habilidade e capacidade física deste, seguindo quatro preceitos para gerar satisfação: Transmitir poucas informações; Corrigir nos momentos em que haja erros contundentes; Realizar reforços positivos a cada movimento correto; Aumentar progressivamente a intensidade das aulas. O fluir é importante por que: Torna o momento presente mais agradável; Cria autoconfiança e harmonia; Libera energia psíquica; Faz com que a alienação dê lugar ao envolvimento; Permite que a satisfação substitua o tédio; Transforma a impotência em percepção de controle e modifica a vida. Ativação, ansiedade e estresse SIMULTANEIDADE PSICOFISIOLÓGICA Experiência Física Simultaneidade Psíquica Experiência Psíquica Simultaneidade Física HOMEOSTASIA Jogo sistêmico; Sabedoria do corpo; Equilíbrio interno próprio. O que acelera a entropia? Sedentarismo; Treinamentos impróprios. O que retarda a entropia? Atividade física regular; Treinamentos apropriados. Quando a homeostase favorece a entropia? Má alimentação e/ou comer demais; Descanso precário e/ou descansar em excesso. O que facilita a homeostase? Boa alimentação; Descanso ótimo. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO – UMA SÍNTESE Adaptação Simpática Aumento da PA e FC para que o O2 seja bombeado mais rapidamente sobre o corpo; Contração do baço a fim de liberar hemácias para o transporte de O2; Aumento da ventilação pulmonar; Dilatação das pupilas; Redistribuição do suprimento sanguíneo para o cérebro e músculos. Adaptação Parassimpática Diminuição da FC, da PA e da tensão muscular para induzir o relaxamento; Estimulação da secreção de saliva para facilitar a mastigação e deglutição dos alimentos; Estimulação da secreção dos fluidos digestivos para facilitar a absorção dos alimentos; Estimulação dos movimentos peristálticos do percurso gastrintestinal para facilitar a digestão em geral. ESTRESSE Popularmente negativo e de origem psicológica. Eustresse “Mobilização de todos os esforços psicofísicos que levam o atleta a um excitação, provocando um comportamento favorável.” (Rodionov, 1989) Exemplos: Exercício Físico; Recuperação adequada; Alimentação; Relacionamentos de qualidade. Distresse “Reação comportamental desfavorável provocada por um estímulo estressor tendo como consequência, uma queda nas funções do organismo.” (Rodionov, 1989) Exemplos: Exercício Exagerado; Recuperação inadequada; Alimentação insuficiente; Pressão excessiva de treinadores e pais. Características às quais devemos estar atento: Distanciamento emocional e social em relação ao grupo que pertence; Insatisfação com o esporte competitivo; Busca frequente de motivos para evitar treinamentos e competições; Demonstração de desejo de abandonar o esporte. Sintomas Psicológicos: Aumento do nível de ansiedade; Falta de interesse e prazer no esporte; Problemas de concentração; Sintomas Fisiológicos: Redução da auto-estima. Queda e/ou inconsistência na performance; Distúrbios no sono e na alimentação; Aumento da fadiga muscular crônica; Aumento da freqüência cardíaca em repouso e no exercício. ESTRESSORES PSICOSSOCIAIS (CAUSAS DO “BURNOUT”) A) Conflitos intrínsecos e de relacionamento com companheiros técnicos e com o esporte; B) Mudanças de hábito de vida; C) Pressão de pais, patrocinadores e imprensa; D) Conflitos sociais (liberdade X disciplina) e falta de vida social (atividades fora do esporte): • O esporte como única coisa na vida; • Falta de tomada de decisões sobre outros aspectos; • Dificuldades na adaptação da vida normal. ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO E PREVENÇÃO O atleta reconhecer que está em “burnout” e aumentar a comunicação com técnicos, pais e psicólogos; O atleta descansar da atividade desportiva; Ensinar aos atletas estratégias de controle da ativação corporal; Fixar objetivos de performance progressivos e decididos entre técnicos e atleta, conjuntamente, para direcionar e sustentar a motivação; Forte comunicação técnico atleta; Variação dos métodos de treinamento para combater a monotonia; Tornar os treinamentos, apesar de árduos, em momentos alegres; Forte suporte social de pais, técnicos e companheiros; Treinamento psicofisiológico (ex.: técnicas de relaxamento). ESTRESSE INFANTIL NO ESPORTE Causas do estresse excessivo (De Rose, 1998) •Complexidade da tarefa maior do que os recursos da criança; •Pressões exercidas por adultos envolvidos (pais/técnico); •Definição de objetivos irreais e inatingíveis; •Comportamentos dos adultos nas competições; •Nível de expectativa exagerado (pessoal e dos outros) em relação ao desempenho. Sintomas do estresse excessivo • Ansiedade excessiva; • Nervosismo; • Distúrbios no sono; • Distúrbios do apetite; • Preocupações (desempenho e resultado); • Medo (cometer erros, adversário, decepcionar as pessoas). DIRTRIZES PARA OS PAIS NA DETECÇÃO DO DISTRESS EM CRIANÇAS ESPORTIVAMENTE ATIVAS Observar: • Sono irregular; • Modificações no hábito alimentar; • Mudanças nos interesses e hobbies; • Queda do desempenho escolar. Ações: • Diminuir o impacto da experiência competitiva (aconselhamento informal); • Melhorar as atitudes frente aos treinos e competições; • Tirar a criança da competição; • Procurar auxilio de especialistas em saúde mental. ANSIEDADE Níveis altos de ansiedade: prejuízos diretos ao processo de treinamento. Uma das variáveis psicofisiológicas que mais influenciam no rendimento atlético. Bom treinador: conhecer e identificar os fatores estressores a fim de utilizar estratégias de controle para otimizar rendimentos desejados. Ansiedade ocorre apenas em competições? Vários fatores podem desencadear a ansiedade durante os treinamentos: Cargas excessivas, incapacidade de superar demandas, relacionamento com companheiros, relação técnico-atleta, assuntos familiares, condições materiais, vida social e esportiva, entre outros. Ansiedade-traço Característica individual; Percepção de uma grande variedade de situações como ameaçadoras, em relação a magnitude concreta dessas situações. Ansiedade-estado Nível de excitação momentâneo, variável conforme as circunstâncias. Sentimento subjetivo, conscientemente percebido, de apreensão e tensão, associado à ativação SNA. Existe relação entre Ansiedade-traço e ansiedade-estado? Quando a ansiedade-traço é alta, a ansiedade-estado tende a aumentar. ATENÇÃO: Atleta com ansiedade-traço elevada pode desenvolver técnicas que reduzam o nível de ansiedade-estado quando necessário. ANSIEDADE COGNITIVA E ANSIEDADE SOMÁTICA Diferentes tipos de reações geradas por um estímulo estressor que venha a causar um aumento nos níveis de ansiedade-estado. Ansiedade cognitiva Componente mental; Medo, apreensão, apatia, desinteresse, pensamentos negativos; Ansiedade Somática Aspectos fisiológicos e afetivos da ansiedade e está diretamente relacionada com ativação fisiológica; Taquicardia, aumento da freqüência respiratória, dor de estômago, boca seca, sudorese nas mãos, tensão muscular, lentidão. Comportamento Humano O genoma do ser humano foi programado para a práticaregular de AF; Inatividade: diabetes, hipertensão, câncer, obesidade, etc; Ainda assim: grande parte da população: sedentária ou iniciam um programa estruturado e abandonam antes de 6 meses. AUTOCONFIANÇA Persuasão por autoridade; Observação dos outros; Execução bem-sucedida; Feedback fisiológico. Benefícios da Atividade Física E quanto aos benefícios psicológicos? Saúde Psicológica: emocional, mental e comportamental. Emoções: Negativas: Ansiedade, estresse, depressão, raiva, fadiga, tensão, medo. Positivas: Felicidade, humor, vigor, bem estar, flow feeling. Exercício: Redução do Estresse e evita o uso de drogas; Indivíduos fisicamente ativos: Menor tensão, depressão e fadiga mental; melhor resposta ao estresse. Como o exercício aumenta o bem-estar psicológico? Teoria Fisiológica: Aumento do fluxo cerebral; Neurotransmissores (endorfina, serotonina); Oxigênio para os tecidos cerebrais; Redução da tensão muscular; Mudanças estruturais no cérebro. Teoria Psicológica: “Dar um tempo”; Sensação de controle; Competência e auto-eficácia; Interação social; Autoconceito e auto-estima. Exercício e Ansiedade: Pesquisas com exercícios aeróbios; Redução da ansiedade-traço e estado; Programas mais longos são mais efetivos; Independente da idade e da condição de saúde; Qualquer duração (efeitos longos: 30’); Estado retorna até 24 horas. Exercício e Depressão: Segundo meio alternativo mais efetivo; Inatividade relacionada a níveis mais altos de depressão; Após 10 semanas: diminuição significativa da depressão; Fatores: Atividade prazerosa, respiração rítmica, ausência de competição, intensidade moderada, 20 minutos, regular. Exercício e Saúde Psicológica: Intensidade e duração; Dose-resposta; Causalidade. Aeróbio x Anaeróbio; Efeito agudo x Efeito crônico; Individual x Coletivo; Competitiva x Recreacional. Psicologia Positiva “Exercício Verde”: Bem estar; Autotélico; Interação social; Autoestima. Qualidade de vida Parâmetros individuais e sócio ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano. - Individual; - Mutável; - Associado: Saúde, trabalho, lazer, família, espiritualidade, econômico. Satisfação harmoniosa dos objetivos e desejos de alguém; Enfatiza a experiência subjetiva mais que as condições objetivas de vida; Abundância de aspectos positivos somada a uma ausência de aspectos negativos; Percepção da capacidade de satisfazer suas necessidades psicofisiológicos. Esporte Infanto-Juvenil Lazer, iniciação esportiva; alto-rendimento; Treinamento ideal: vários anos; Características psicofísicas/social desconsideradas: Maioria dos jovens não usufrui dos benefícios do treinamento. Ansiedade, falta de motivação, saturação, restrição de vivências com amigos, família, não são incomuns no esporte. Treinadores, pais e dirigentes: Conhecimento dos motivos, desejos e necessidades do jovem com o esporte. Bem estar e a alegria dos jovens. Envolvimento no esporte: experiência satisfatória e funcional. Características dos jovens na adolescência versus esporte Etapa crítica da formação: Instabilidade física, psicológica e social; A principal ocupação do adolescente é deixar de ser “um adolescente”. Treinadores: Atenção e respeito; Rejeitando: atitudes autoritárias e de submissão. Variabilidade dos treinos: Auxilia no ótimo desenvolvimento motor e motivacional; Evita a monotonia nos treinos. Influência POSITIVA do Esporte Competitivo na vida dos jovens: Desenvolvimento de habilidades gerais; Experiência de diferentes emoções; Enfrentamento de desafios; Melhor auto-estima; Melhoria dos níveis de aptidão física; Socialização. Influência NEGATIVA do Esporte Competitivo na vida dos jovens: Ausência de profissional próprio; Planejamentos inadequados; Ambiente com promoção de uso de drogas; Meio que favorece constrangimentos; Pressão excessiva dos pais; Técnicos que tratam jovens como adultos; Ausência de satisfação e alegria no esporte. O jovem tende a desenvolver: Autoconfiança; Satisfação de pertencer a um determinado grupo; Prazer no esporte; Melhoria das relações com colegas no esporte; Sinceridade com amigos e treinadores; Disciplina e capacidade de comunicação. O JOVEM E SUAS NECESSIDADES Afetividade: Família, escola, amigos e vida social; Esporte como parte importante de suas vidas. Segurança: Evita sinais de preocupação, medo e ansiedade; Exercita: Humildade (perceber a realidade); Sensibilidade (detectar pequenas evidências); Criatividade (Capacidade de ser autêntico). Reconhecimento: Pelo grupo e individualmente; CUIDADO, o excesso pode perder o impacto na motivação. Pertencer a um grupo significativo: “Nossa equipe.” Mesmo em modalidades individuais. Auto-estima: Todos precisam se sentir importantes para a equipe; Bom treinador jamais culpa seus atletas pelos fracassos; Incentivo para atingir perfeição possível. Desafio/fazer bem feito o importante: Experiências novas, dinâmicas e criativas; Permanentemente desafiados. Capacidades físicas: Resistência, flexibilidade, velocidade e força (adequadas para cada faixa etária); Importante fonte de motivação e de permanência no esporte. Auto-realização: Auto-expressão; Exteriorizar suas características subjetivas; Objetivos compatíveis e realistas. Entre os principais motivos que levam os jovens a aderir e permanecer no esporte competitivo, estão: Aprender e aprimorar habilidades específicas; O prazer do esporte (sentir-se bem); Estar bem fisicamente e com boa saúde; O desafio da participação e da competição; Estar com os amigos e em equipe; Reconhecimento do seu valor; Liberação de energia; Auto-realização. Funções dos treinadores de jovens atletas Ser bom modelo de comportamento e liderança para os atletas; Ser autêntico; Ser criativo; Ter senso de humor e atitude positiva para influenciar positivamente o ambiente de treinos e competições; Ter ideias próprias; Dividir atenções e esforços igualmente por todos da equipe; Conhecer aspectos específicos da modalidade esportiva; Transmitir valores educativos, morais, sociais e culturais; Fazer com que os atletas não considerem a competição “maior que a própria vida”; Trabalhar para que o atleta focalize o que fazer para vencer e não diretamente a vitória; Evitar menosprezar ou ridicularizar o jovem atleta devido a erros cometidos. Preconceitos: Opta-se por profissionais de menor formação e salários mais baixos; Não há necessidade de formação para trabalho no esporte infanto-juvenil; Valorização somente com equipes de alto rendimento. Agressão no esporte É um comportamento; Envolve danos ou ferimentos; É dirigida a um organismo vivo; Envolve intenção. Agressão é definida como qualquer comportamento dirigido a prejudicar ou ferir intencionalmente outro ser vivo. Assertividade: Jogar dentro das regras com alta intensidade e emoção, mas sem intensão de causar danos. Agressão Hostil e Instrumental Hostil: Objetivo é causar dano físico ou psicológico à outra pessoa. Instrumental: Objetivo não-agressivo. Reativo: Às vezes um comportamento instrumental pode gerar um comportamento hostil. Causas de Agressão TEORIA DO INSTINTO Pouco suporte de evidência; Catarse: Esporte como meio de liberar instinto inato de agressão. TEORIA DA FRUSTRAÇÃO-AGRESSÃO Pouco suporte de evidência; Frustração resulta em agressão. Raciocínio de jogo e Agressão: Moral Lesões e Agressão: Concussões; Lesões; Interrupção de carreira. DETERMINANTES DE AGRESSÃO DO ESPORTE Reação à agressão; Adversário, torcida, arbitragem; Orientação ao ego; Demonstração de superioridade; “Papel”; Pressão. DIRETRIZES PARA A PRÁTICA Entenda quando a agressão tem maior probabilidade de ocorrer; Modifique reações agressivas; Ensine comportamento adequado; Controle a agressividade do espectador. Caráter e Espírito Esportivo Crenças, julgamentos e ações quanto ao que é certo e ético. Fair Play, Espírito Esportivo e Caráter Esportivo.Cinco Fatores Compromisso; Respeito e preocupação com as regras; Respeito e preocupação com convenções sociais; Respeito e preocupação com adversários; Evitar atitudes desfavoráveis. Crianças enfrentam questões de moral no esporte Imparcialidade dos adultos; Comportamentos negativos dos adversários; Comportamento negativo dos companheiros de equipe. Aprendizagem Social Modelagem ou aprendizagem por observação; Reforço; Comparação Social. Abordagem Estrutural Evolutiva Raciocínio Moral: Processo de decisão por meio do qual a pessoa determina o que é certo ou errado. Desenvolvimento Moral: Experiência e crescimento por meio do qual uma pessoa desenvolve a capacidade de raciocinar moralmente. Comportamento Moral: Executar um ato que é julgado como certo ou errado. Abordagem Sociopsicológica O desenvolvimento do caráter progride desde basear nossas decisões sobre o que é certo e o que é errado em interesses egocêntricos até nos preocuparmos com os interesses mútuos de todos os envolvidos. Estratégias para desenvolver o caráter esportivo: Defina Espírito Esportivo em seu programa; Reforce e Encoraje o EE; Seja Modelo; Discuta dilemas morais; Incorpore dilemas morais e escolhas; Estratégias de aprendizagem cooperativa; Clima orientado a tarefa. Resiliência Capacidade de recuperar-se com sucesso após exposição a risco ou sofrimento intenso; Três atributos: Competência Social; Autonomia; Otimismo e esperança.
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