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Sobre a aquisição do conhecimento em René Descartes e Francis Bacon

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA
	
	Disciplina: Filosofia Moderna 
	
	Professor: Fr. Márcio 
Curso: Filosofia – 3° / 2017
Estudante: Jéverson de Andrade Santos
Sobre a aquisição do conhecimento
 em René Descartes e Francis Bacon
Para Descartes, o método de conhecimento está na comparação entre as coisas e consequentemente na constatação da verdade em uma delas. No entanto, a apreensão do saber não deve encerrar-se dentro de um limite. O conhecimento de uma única verdade não afasta o homem do conhecimento de outras verdades. Decerto, todas as coisas contribuem para o saber e as mesmas estão ligadas entre si; nada mais conduzirá ao erro do que estreitar a verdade para um fim particular. 
Não se chega ao conhecimento sem colocar tudo sob o questionamento; isso inclui a própria existência, para chegar à verdade. O ato de pensar, em Descartes, é o existir; ao questionar a veracidade de tudo, faz-se necessário admitir que aquele que pensa, existe. A dúvida é o método por excelência. No entanto, após refletir sobre si e o que duvidava, e que ele mesmo que existe não é perfeito, reconhece a existência de algo mais perfeito que ele.
O indivíduo humano é tanto um sujeito pensante, ou seja, o pensamento é uma realidade em si mesma; quanto res extensa, substância das matérias, o que é tangível. 
Em suma, o método de Descartes tem por primeiro a dúvida. Nunca se deve aceitar algo como verdadeiro sem o conhecer como tal. Faz-se necessário, repartir em partes menores afins de melhor resolver as problemáticas. Consequentemente, a condução do pensamento por ordens, começando pelo mais simples para chegar aos grandes conceitos. A revisão é necessária para conferir as relações e evitar o erro.
 Para Francis Bacon, a interpretação da natureza, obtenção do conhecimento, deve ser atingida por meio da lógica. Essa nova ciência vem não inventar argumentos, mas antes tratar dos próprios princípios; evitando a lógica por silogismo, pois essa só produz confusão, ele adota a observação e a experimentação regulada pelo raciocínio indutivo. Para Bacon, o silogismo consta de proposições; as proposições de palavras, e as palavras são sinais das noções. As noções da mente são vagas e incertas.
Conforme Bacon, não há método mais eficiente que indução para chegar às proposições, seja as menores ou as maiores. Para ele, a indução é a forma de demonstração que acompanha e sustenta o sentido de perto da natureza. 
A eficácia da indução está na personalização de cada caso. Desta forma, Bacon especifica alguns ídolos, ou seja, falsas noções que acostumam e se fixam profundamente no intelecto, dificultando o acesso à verdade e impossibilita a instauração das ciências. 
Bacon estabeleceu quatro tipos de ídolos: 
Por primeiro, o ídolo da tribo. Este está ligado à própria natureza humana e está extremamente enraizada aos sentidos como medida das coisas. Nestas, todas as percepções, sejam elas sensoriais ou intelectuais, não decorrem da analogia universal, mas sim das regulações da mente do homem; influencia da cultura, da criação pessoal e etc. O intelecto do homem se assemelha a um espelho, conforme Bacon, que reflete sem perfeição os raios das coisas; misturando sua própria natureza com a das coisas. 
Os ídolos da caverna são ídolos do homem enquanto indivíduos. Trata-se de uma alusão de covas como “deformação” da natureza humana, ou seja, é inerente a cada individuo por sua formação, comunicação com os outros, leituras ou autoridades por quem se admira. Por isso, o espirito humano individualmente é tão variado e mutável como que passivo ao acaso. Assim, a forma do homem conhecer é mais influenciada pelo seu pequeno mundo privados que pelo grande mundo comum a todos.
Outro ídolo apresentado por Bacon é o de foro. Apresenta-se pelo contrato de relações reciprocas do ser humano, mas especificamente pela linguagem. Em outras palavras, através das conversações dos homens cunham suas palavras conforme a compreensão e isso, para Bacon, bloqueia o intelecto. Entende-se como distorção das palavras, ou as várias compreensões de tal.
Por fim, ídolo do teatro é o quarto do pensamento de Bacon. O ídolo do teatro são os que penetram nos sentidos dos homens por obras filosóficas, leis e dogmas. Para ele, todas as filosofias criadas são como roteiros apresentados em palcos conduzindo na crença de mundos fictícios.

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