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1 FACULDADE EDUCACIONAL ARAUCÁRIA MARCELO SUCHEK ANTUNES MEDIÇÃO DE ROSCAS E ENGRENAGENS CURITIBA 2017 2 MARCELO SUCHEK ANTUNES MEDIÇÃO DE ROSCAS E ENGRENAGENS Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Educacional Araucária – FACEAR como requisito parcial para aprovação na disciplina de Metrologia. Professora: Elvis. CURITIBA 2017 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 2 MEDIÇÃO DE ROSCAS ........................................................................................................ 5 3 MEDIÇÃO DE ENGRENAGENS .......................................................................................... 8 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 11 4 1 INTRODUÇÃO O referido trabalho descreve a medição de roscas e engrenagens. Onde medir é uma forma de descrever o mundo. As grandes descobertas científicas, as grandes teorias clássicas foram, e ainda são, formuladas a partir de observações experimentais. Uma boa teoria é aquela que se verifica na prática. A descrição das quantidades envolvidas em cada fenômeno se dá através da medição. A medição continua presente no desenvolvimento tecnológico. É através da medição do desempenho de um sistema que se avalia e realimenta o seu aperfeiçoamento. A qualidade, a segurança, o controle de um elemento ou processo é sempre assegurada através de uma operação de medição. Os parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças, isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas. Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de acionamento. Já as engrenagens são usadas para transmitir torque e velocidade angular em diversas aplicações. Existem várias opções de engrenagens de acordo com o uso a qual ela se destina. Assim, primeiramente será tratado a medição de roscas e consequentemente das engrenagens. 5 2 MEDIÇÃO DE ROSCAS No parafuso distingue-se em três partes básicas: cabeça, corpo e rosca. A cabeça permite apoiar o parafuso ou imprimir lhe um movimento giratório com a ajuda de ferramentas adequadas; o corpo é a parte do cilindro que está sem rosca (em alguns parafusos a parte do corpo pode tomar algumas formas, sendo as mais comuns à quadrada e a nervada), e a rosca é a parte que tem fabricado o sulco Cada elemento da rosca tem o seu próprio nome, se denomina filete ou fio, a parte saliente do sulco denomina-se fundo ou raiz e a parte mais baixa crista. Pode-se fabricar simultaneamente um, dois ou mais sulcos sobre o mesmo cilindro, dando lugar a parafusos de rosca simples, dupla ou tripla. O diâmetro do parafuso é medido na zona da rosca, podendo ser milímetros ou em polegadas, já o comprimento do parafuso é a medida da rosca e corpo juntos e o perfil de rosca faz referência ao perfil do filete com que foi fabricado o parafuso; os mais empregados são: As roscas em “V” aguda são empregadas para instrumentos de precisão (parafuso micrométrico, microscópio), a Witworth e a métrica se empregam para Sujecion (sistema parafuso e porca), a redonda para aplicações especiais (As lâmpadas e porta lâmpadas levam esta rosca), a quadrada e a trapezoidal se empregam para a transmissão de potência ou movimento (grifos, morsas, tornos), as de dentes de serra recebem precisão somente em um sentido e se usa para aplicações especiais (mecanismos onde se queira facilitar o giro em um sentido e dificultar em outro). O passo da rosca é a distância que existe entre duas cristas consecutivas. Se o parafuso é de uma rosca simples corresponde ao avanço sobre a porca com uma volta completa. Se for de rosca dupla o avanço será igual ao dobro do passo. Designa-se a rosca métrica mediante a letra M maiúscula, seguido do diâmetro do parafuso (em milímetros), assim M8 faz referência a uma rosca métrica de 8 mm de diâmetro. 6 Se o parafuso é métrico de rosca fina (tem um passo menor que o normal) a designação se faz juntando o passo a nomenclatura anterior. Por exemplo: M20 x 1,5 faz referência a um parafuso de rosca métrica de 20 de diâmetro e 1,5 mm de passo. O primeiro procedimento para calcular roscas consiste na medição do passo da rosca, para obter essa medida, podemos usar pente de rosca, escala ou paquímetro. Esses instrumentos são chamados verificadores de roscas e fornecem a medida do passo em milímetro ou em filetes por polegada, e também, a medida do ângulo dos filetes. As roscas de perfil triangular são fabricadas segundo três sistemas normalizados: o sistema métrico ou internacional (ISO), o sistema inglês ou Witworth e o sistema americano. No sistema métrico as roscas são determinadas em milímetros. Os filetes têm forma triangular, ângulo de 60º, crista plana e raiz arredondada. No sistema Witworth são dadas em polegadas. Nesse sistema, o filete tem a forma triangular e ângulo de 55º, crista e raiz arredondadas. O passo é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos em dentro dessa polegada. No sistema americano as medidas são expressas em polegadas, o filete tem a forma triangular, ângulo de 60º, crista plana e raiz arredondada. Nesse sistema assim como no Witworth, o passo também é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos em uma polegada. Nos três sistemas, as roscas são fabricadas em dois padrões: normal e fina. A rosca normal tem menor número de filetes por polegada que a rosca fina. No sistema Witworth, a rosca normal é caracterizada pela sigla BSW (British standard Witworth - padrão britânico para roscas normais). Nesse mesmo sistema, a rosca fina é caracterizada pela sigla BSF (British standard fine – padrão britânico para roscas finas). No sistema americano, a rosca normal é caracterizada pela sigla NC (national coarse) e a rosca fina pela sigla NF (national fine). Existem outras formas de medição de roscas externas, há métodos mecânicos de medição (mais antigos) e, recentemente, métodos ópticos de medição de roscas caracterizados pelo uso de um microscópio 7 Os métodos Mecânicos de Medição de roscas estão sujeitos a certas limitações. Por exemplo a medição por meios mecânicos do ângulo do perfil não é aplicável, a não ser para grandes valores de passo e com uso de máquinas de medir especiais. Já a medição do diâmetro do núcleo exigiria o uso de apalpadores de medição especiais e o resultado ficaria fortemente influenciado pelo tipo de contato destes apalpadores no fundo do perfil e pela força de medição utilizada, de modo que a confiabilidade do resultado ficaria comprometida. Métodos ópticos são caracterizados pelo uso de um microscópio. Todos os parâmetros de uma rosca externa, inclusive o ângulo do perfil e diâmetro do núcleo, são mensuráveis sem problemas, já que o procedimento é direto: mede- se cada um dos parâmetros independentemente dos outros, evitando-se a influência mútua com o subsequente mascaramentodos resultados. Nas roscas internas é possível medir-se apenas os semiângulos de flanco, através da confecção de uma " amostra " do perfil real do ângulo da rosca, feita de material com características de deformação volumétrica muito pequena. No método dos três arames, os mesmos acomodam-se nos respectivos filetes tocando os flancos. O diâmetro dos arames deve ser escolhido em função dos parâmetros da rosca a fim de que toquem os flancos perto da linha média do flanco, e ao mesmo tempo, sobressaiam aos filetes. O prisma deve ser inserido na ponta sem folga, porém, facilmente girável, já que no momento da medição deve se acomodar sobre o flanco de acordo com o passo da rosca, esse método é bastante comum em oficinas, já que oferece rapidamente os resultados, sem cálculos adicionais e de fácil aprendizagem O método das duas esferas, a medição do diâmetro de flanco de roscas internas pode servir-se do princípio de medições diferenciais segundo esse método. Como padrão de referência para esta medição utiliza-se blocos padrão de comprimento em conjunto com padrões especiais que possuam um ângulo de flanco da rosca a medir, chanfros de 55º ou 60º destes blocos especiais é conhecida, determinada por calibração No processo de intersecção dos eixos, a medição por este processo é feita tangenciando os gumes das facas de medição nos flancos da rosca, num plano horizontal, coincidente com o eixo axial do calibrador. Esta faca tem, 8 paralelamente ao gume, um traço fino que é utilizado como linha auxiliar nas medições. Esta linha auxiliar é coincidente com o espaçamento entre os reticulados na ocular goniométrica para determinadas aplicações pré-definidas. 3 MEDIÇÃO DE ENGRENAGENS Engrenagens são componentes mecânicos utilizados para transmitir movimentos, rotações ou deslocamentos lineares e transmissão de potência. As engrenagens podem ser de dentes retos, onde possuem dentes paralelos ao eixo de rotação e são utilizadas para transmitir movimento entre dois eixos paralelos, já as helicoidais possuem dentes inclinados em relação ao eixo de rotação, são engrenagens que emitem menor ruído e as cônicas, possuem dentes formados em superfície cônica, e transmitem movimentos entre eixos que se interceptam. Existem alguns equipamentos para medição das engrenagens, são eles: os paquímetros, micrômetros e as medidoras tridimensionais. O paquímetro é um instrumento usado para medir com precisão as dimensões de pequenos objetos. Trata-se de uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. O paquímetro possui dois bicos de medição, sendo um ligado à escala e o outro ao cursor. Existem micrometros para medição de módulos de engrenagens, os mesmos são usados para medição da espessura dos dentes de engrenagens. A medida sobre dentes de engrenagens (valor médio sobre vários dentes) pode ser determinada com o micrômetro que tem os sensores de medição em forma de discos rasos. É empregado também para medição de ranhuras, aletas, rasgos de chaveta e ainda outros materiais moles onde se faz necessária maior área de contato (menores deformações do material). Nas engrenagens retas, os círculos primitivos, ou de passo, é o círculo teórico sobre o qual todos os cálculos são geralmente baseados, o diâmetro primitivo d é o diâmetro da circunferência primitiva, o passo circular (passo 9 frontal) p é a distância de um ponto de um dente até o ponto correspondente no próximo dente medido ao longo da circunferência primitiva e o diametral pitch (passo diametral) P é usado com sistema de unidades inglesas e é a razão do número de dentes em uma engrenagem e o diâmetro primitivo em polegadas. No sistema SI usa-se o modulo m em milímetros. Na medição de dentes, o primeiro ponto de contato é onde o perfil da base da engrenagem motora toca o perfil da cabeça da engrenagem movida, no meio do contato, as engrenagens se cruzam no ponto de tangência das circunferências o chamado ponto primitivo, já no final do contato, o perfil da cabeça da engrenagem motora toca e se afasta do perfil da base da engrenagem movida. No ponto primitivo vale a regra da razão de transmissão 10 4 CONCLUSÃO Conclui-se através do trabalho descrito a importância dos equipamentos de medição como paquímetros, micrômetros, medidoras tridimensionais e pentes, no dia a dia para conferencia e execução de parafusos e engrenagens, independentemente do tamanho, passo, diâmetro, desde que usados de forma adequada, juntamente com rapidez e eficiência. 11 REFERÊNCIAS RODRIGUAS, R. S. Metrologia Industrial – Fundamentos de Medição Mecânica. 1985. LINCK, C. Medição de Roscas. 2013. SHIGLEY, J.E. MISCHKE, C.R., BUDYNAS, R.G., Projeto de Engenharia Mecânica, 7a edição. S/D JUNIOR, A A S. Apostila para o Curso de Engenharia Mecânica .2002.
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