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1 ATENUANTES E AGRAVANTES CONSIDERAÇÕES: I – a observância dessas circunstâncias é obrigatória e não discricionária; II – Independe de pedido ou provocação do representado III- os tipos legais são exemplificativos I - Circunstâncias de atenuação: ART. 40 EAOB Existem regras específicas para aplicação das sanções disciplinares. São circunstâncias de atenuação: (1) se a falta foi cometida na defesa de prerrogativa profissional; (2) se não existe punição disciplinar anterior Determina o art. 37, § 2°, do EAOAB, que, nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do mi. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com a correção monetária. Por outro lado, diz o § 3°- que, na hipótese do inciso XXIV do art.. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação. (3) exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB; e (4) prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. II - Situações agravantes: Pelo outro ângulo, há condições que agravam a sanção, seja para o fim de decidir sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar, seja para decidir sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis. Tais circunstâncias são: (1) os antecedentes profissionais do inscrito, Segundo decisão da Segunda Câmara do Conselho Federal da OAB, para aplicar a reincidência, independe do trânsito em julgado da decisão anterior, mas, para aplicação de pena de suspensão ou de exclusão, depende de trânsito em julgado da decisão 2 “A repetição de várias infrações com julgamento ainda não concluídos, pode caracterizar conduta incompatível” A 3ª reincidência de suspensão será aplicada a exclusão Será de exclusão a terceira sanção, se: - a primeira for de censura e a segunda de suspensão; - a primeira for de suspensão e a segunda de censura - a primeira e a segunda forem de suspensão (2) o grau de culpa por ele revelado e (3) as circunstâncias e as conseqüências da infração. Da responsabilidade: O advogado responde civilmente pelos danos que causar ao cliente(1). A responsabilidade é a contrapartida da liberdade e da independência do advogado. O advogado tem obrigação de prudência (obligation de prudence). Incorre em responsabilidade civil o advogado que, imprudentemente, não segue as recomendações do seu cliente nem lhe pede instruções para as seguir No direito positivo brasileiro, são as seguintes as normas gerais de regência da responsabilidade civil do advogado: a) Art. 133 da Constituição Federal, que estabelece a inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestações no exercício da profissão. É norma de exoneração de responsabilidade, não podendo os danos daí decorrentes serem indenizados, salvo no caso de calúnia ou desacato. Essa peculiar imunidade é imprescindível ao exercício da profissão, que lida com a contradição e os conflitos humanos; b) Art. 159 do Código Civil, regra básica da responsabilidade civil subjetiva, que permanece aplicável aos profissionais liberais; c) Art. 32 da Lei n.º 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia), que responsabiliza o advogado pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa; 3 d) Art. 14, § 4º, do Código do Consumidor, que abre importante exceção ao sistema de responsabilidade objetiva, na relação de consumo dos fornecedores de serviço, ao determinar a verificação da culpa, no caso dos profissionais liberais. “Art. 14, § 4º -CDC - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa”. Conseqüências das agravantes: a) aplicação da sanção mais grave; b) aplicação cumulativa de multa com outra sanção c) gradação do valor da multa; d) gradação do tempo de suspensão (1 mês a 01 ano) Exemplo: Aplica-se agravante com cumulação de multa ao advogado que reter quantia recebida em nome do cliente por tempo superior a 3 anos e que só for depositada por força de determinação judicial. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão; em se tratando de censura, não se deve dar-lhe publicidade. 3 QUESTÕES FINAIS Assim, fica impedido de exercer o mandato o profissional a quem forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão. o Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes, objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de identificação. Reabilitação Segundo o Estatuto da OAB, é permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento. Art. 41 do EOAB 4 Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. Código Penal –DA REABILITAÇÃO Reabilitação Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. ( DA PRESCRIÇÃO A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato. 5 Aplica-se a prescrição a todo o processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação. A prescrição interrompe-se: (1) pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado; (2) pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB. OBSERVAÇÃO: A LEI 11.902 DE 12/01/2009 CRIOU O ART. 25 A, NOS SEGUINTES TERMOS: “Art. 25A – Prescreve em 5 anos a ação de prestação de contas....” Vide art. 34, XXI Artigo 34 – XXIX – CONDUTA INCOMPATÍVEL Parágrafo único do Art. 34 – prática reiterada de jogos de azar, incontinência pública e escandalosa e a embriagues ou toxicomania habituais. O pressuposto para este tipo de infração é a habitualidade – Justifica-se somente quando a falta praticada pelo advogado transgredir preceitoregular da própria atividade CRIME INFAMANTE Art. 34, XXVIII – crime infamante – estelionato) prejudica a imagem da profissão É agravante para o advogado. O crime de homicídio pode não ser. O crime de deixar de prover, sem justa causa os alimentos dos filhos também pode não ser.
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