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PROCESSO CIVIL I DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO. Vias para processamento - Procedimento comum - Ordinário (Ex. Ação de cobrança). - Sumário (Ex. Ação por indenização de acidente de trânsito). Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; II - nas causas, qualquer que seja o valor: a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; g) que versem sobre revogação de doação; h) nos demais casos previstos em lei. Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas. - Procedimentos especiais (Ex. Ação de usucapião). Processo é o instrumento pelo qual se manifesta a jurisdição, tendo sempre a finalidade de alcançar um provimento final, que solucionará a controvérsia e cumprirá os objetivos de concretização do Direito e pacificação social. Procedimento é um rito dos atos ordenado num processo. Para cada processo (tipo de ação) eu devo viabilizar as vias de procedimentos. Fases do processo: 1ª fase – Postulatória: Fase de postulação, ou seja, de pedir, pleiteia, busca, almeja, também quando da resposta do réu. A petição inicial é o início da fase postulatória. O advogado e a pessoa que tem capacidade postulatória. No caso do Habeas Corpus não há necessidade de capacidade postulatória, ou seja, não é necessário do advogado para ser feita a solicitação. 2ª fase – Ordinatória: É aquela em que o juiz retifica o processo. É a fase de saneamento do processo (limpeza, organização). 3ª fase – Instrutória: É a fase que produz e colhem-se as provas. É também a fase de instruir o processo. Na audiência de instrução é onde se colhem as provas orais e a fase de instrução as provas concretas. 4ª fase – Decisória: É a fase de coroamento, fechamento que busca o resultado e o juiz decide através da sentença. Petição inicial. Art. 282. A petição inicial indicará: I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido, com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - o requerimento para a citação do réu. Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados; II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito; III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo. Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior. Art. 295. A petição inicial será indeferida: I - quando for inepta; II - quando a parte for manifestamente ilegítima; III - quando o autor carecer de interesse processual; IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando: I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; III - o pedido for juridicamente impossível; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente. Requisitos da Petição Inicial: - Juiz ou Tribunal a que é dirigido; - Qualificação dos fatos; - Fatos e fundamentos jurídicos do pedido; - Pedido com suas especificações; - Produção de provas; - Requerimento para citação do réu; - Valor da causa. Causas de indeferimento da petição inicial. - Resposta do réu; - Revelia e seus efeitos. MODELO DE PETIÇÃO INICIAL. 1 - Juiz ou Tribunal a que é dirigido: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito* ____ Vara Cível da Comarca** de Dourados/MS. *** Observações: * Depende qual juiz será endereçado: justiça, trabalho, etc. ** Se for juiz federal é Seção, e não, Comarca. ***Espaço de 10cm. 2 – Qualificação dos fatos: Francisco Bertine de Sousa*, brasileiro, casado, militar, portador da cédula de identidade n. 0400034559, inscrito no CPF sob o n. 616.424.443-91, domiciliado na cidade de Dourados, com residência na Rua Cássio Vanderlei Tetilia, n. 90, bairro Altos do Indaiá, Dourados-MS, CEP 79823-700, vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve (procuração inclusa), com escritório profissional na Avenida Marcelino Pires, n. 1234, onde recebe intimações, propor ação de cobrança* contra Jonathas Barbosa*, (dados do réu semelhante ao do autor), pelos motivos que passa a expor e ao final requerer: Observação * sublinhado ou em negrito. 3 – Os fatos, fundamentos jurídicos e pedido. Fatos: Narrar os fatos de forma clara utilizando linguagem jurídica. Fundamentação jurídica: É a base, substância, fundamento jurídico. Pedido: É o coroamento (fechamento) de sua petição. Tem que ser feito a especificação do pedido. 4 – Produção de provas (Art. 333, I e II, CPC). Art. 333. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Quem alega tem que provar. Entre narrar um fato e mostrar que esse fato é verdade existem várias complicações. Em observância, aos princípios da eventualidade e da concentração da defesa, incumbe ao autor a indicação das provas que pretende fazer valer seus direitos na petição inicial, e ao réu no momento da contestação. Não observados esses momentos estaremos diante da preclusão consumativa. 5 – Requerimento para citação do réu (Art. 319, CPC). Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. Agisse-se a citação do réu, mesmo que seja óbvio. 6 – Valor da causa. Dá se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). Dourados-MS, XX de XXXXXXX de XXXX Valor da causa não significa valor da pretensão. Finalidade do valor da causa: - Base de cálculos para custas iniciais; - Definir competência. Art. 91. Regem a competência em razão do valor e da matéria as normas de organizaçãojudiciária, ressalvados os casos expressos neste Código. - Definir competências dos juizados – Lei 9.099/95; - Definir o rito (procedimento) (Art. 275, CPC); - Base de multa do litigante de má fé. Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. Instrução da petição inicial (Art. 283, CPC) Lei de Locação 8.245/91 Espécies de documentos: substanciais e fundamentais. Indeferimento da petição inicial (Art. 295, CPC). Possibilidade de emenda (Art. 284, CPC) Quando o juiz verifica que a petição inicial não preenche alguns requisitos exigidos nos Art. 282e 283, CPC ou que apresenta efeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias. Casos de indeferimento: - Inépcia (Art. 295, CPC) – Petição inicial inepta é aquela que não preenche requisitos exigidos, pressupostos de validade, seja ininteligível. - Prescrição de direito patrimonial (Art. 295, II a IV, CPC) - Falta de requisitos da lei ou não atendimento a emenda. - Não ser suficiente instruído. Revelia e seus efeitos (Art. 319, CPC) Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. - Presunção de veracidade dos fatos; - Confissão ficta(Mesma coisa que confissão fictícia); - Possibilidade de julgamento antecipado da lide. Antecipação dos efeitos da tutela. Tutela é algo que estou pretendendo, que se persegue, o que se busca. Antecipação da tutela só pode ser atendida pelo juiz quando há verossimilhança das alegações e prova inequívoca, somados aos incisos I e II do Art. 273, CPC. Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. § 1 Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. § 2 Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. § 3 A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. § 4 A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. § 5 Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento.
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