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Atividade 05 Direitos Humanos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
UNIDADE: FACULDADE DE DIREITO.
CURSO: DIREITO.
Acadêmico: Francisco Bertine de Sousa RGM: 012.5988
ATIVIDADE V – 5º SEMESTRE – DIREITOS HUMANOS
São direitos da quarta dimensão (dentre outros):
Direito à democracia participativa;
O direito à informação;
O direito ao pluralismo.
Essa atividade consiste: desenvolver, em pelo menos vinte linhas, raciocínio sobre a importância do “PLURALISMO POLÍTICO” (art. 1º, V, CF) para formação de uma sociedade, livre e justa (art. 3º, I).
Resposta: 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.330 DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. AYRES BRITTO 
REQTE.(S) :CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO - CONFENEN 
ADV.(A/S) :IVES GANDRA DA SILVA MARTINS 
REQTE.(S) :DEMOCRATAS 
ADV.(A/S) :FABRÍCIO JULIANO MENDES MEDEIROS 
REQTE.(S) :FEDERAÇÃO NACIONAL DOS AUDITORES-FISCAIS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - FENAFISP 
ADV.( A / S ) : PAULO ROBERTO LEMGRUBER EBERT 
INTDO.( A / S ) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
ADV.( A / S ) : ADVOGADO -GERAL DA UNIÃO 
INTDO.( A / S ) : CONECTAS DIREITOS HUMANOS 
INTDO.( A / S ) : CENTRO DE DIREITOS HUMANOS – CDH
ADV.( A / S ) : ELOÍSA MACHADO DE ALMEIDA 
EMENTA: AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 213/2004, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.096/2005. PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS – PROUNI. AÇÕES AFIRMATIVAS DO ESTADO. CUMPRIMENTO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA.
1. A FENAFISP não detém legitimidade para deflagrar o processo de fiscalização abstrata de constitucionalidade. Isto porque, embora o inciso IX do art. 103 da Constituição Federal haja atribuído legitimidade ativa ad causam às entidades sindicais, restringiu essa prerrogativa processual às confederações sindicais. Precedentes. Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.379 não conhecida. Participação da entidade no processo, na qualidade de amicus curiae.
2. A conversão de medida provisória em lei não prejudica o debate jurisdicional sobre o atendimento dos pressupostos de admissibilidade desse espécime de ato da ordem legislativa. Presentes, no caso, a urgência e relevância dos temas versados na Medida Provisória nº 213/2004. 
3. A educação, notadamente a escolar ou formal, é direito social que a todos deve alcançar. Por isso mesmo, dever do Estado e uma de suas políticas públicas de primeiríssima prioridade. 
4. A Lei nº 11.096/2005 não laborou no campo material reservado à lei complementar. Tratou, tão-somente, de erigir um critério objetivo de contabilidade compensatória da aplicação financeira em gratuidade por parte das instituições educacionais. Critério que, se atendido, possibilita o gozo integral da isenção quanto aos impostos e contribuições mencionados no art. 8º do texto impugnado. 
5. Não há outro modo de concretizar o valor constitucional da igualdade senão pelo decidido combate aos fatores reais de desigualdade. O desvalor da desigualdade a proceder e justificar a imposição do valor da igualdade. A imperiosa luta contra as relações desigualitárias muito raro se dá pela via do descenso ou do rebaixamento puro e simples dos sujeitos favorecidos. Geralmente se verifica é pela ascensão das pessoas até então sob a hegemonia de outras. Que para tal viagem de verticalidade são compensadas com esse ou aquele fator de supremacia formal. Não é toda superioridade juridicamente conferida que implica negação ao princípio da igualdade. 
6. O típico da lei é fazer distinções. Diferenciações. Desigualações. E fazer desigualações para contrabater renitentes desigualações. A lei existe para, diante dessa ou daquela desigualação que se revele densamente perturbadora da harmonia ou do equilíbrio social, impor uma outra desigualação compensatória. A lei como instrumento de reequilíbrio social. 
7. Toda a axiologia constitucional é tutelar de segmentos sociais brasileiros historicamente desfavorecidos, culturalmente sacrificados e até perseguidos, como, verbi gratia, o segmento dos negros e dos índios. Não por coincidência os que mais se alocam nos patamares patrimonialmente inferiores da pirâmide social. A desigualação em favor dos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas e os egressos de escolas privadas que hajam sido contemplados com bolsa integral não ofende a Constituição pátria, porquanto se trata de um descrímen que acompanha a toada da compensação de uma anterior e factual inferioridade (“ciclos cumulativos de desvantagens competitivas”). Com o que se homenageia a insuperável máxima aristotélica de que a verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, máxima que Ruy Barbosa interpretou como o ideal de tratar igualmente os iguais, porém na medida em que se igualem; e tratar desigualmente os desiguais, também na medida em que se desigualem. 
8. O PROUNI é um programa de ações afirmativas, que se operacionaliza mediante concessão de bolsas a alunos de baixa renda e diminuto grau de patrimonilização. Mas um programa concebido para operar por ato de adesão ou participação absolutamente voluntária, incompatível, portanto, com qualquer ideia de vinculação forçada. Inexistência de violação aos princípios constitucionais da autonomia universitária (art. 207) e da livre iniciativa (art. 170). 
9. O art. 9º da Lei nº 11.096/2005 não desrespeita o inciso XXXIX do art. 5º da Constituição Federal, porque a matéria nele (no art. 9º) versada não é de natureza penal, mas, sim, administrativa. Trata-se das únicas sanções aplicáveis aos casos de descumprimento das obrigações, assumidas pelos estabelecimentos de ensino superior, após a assinatura do termo de adesão ao programa. Sancionamento a cargo do Ministério da Educação, condicionado à abertura de processo administrativo, com total observância das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 
10. Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.379 não conhecida. ADI’s 3.314 e 3.330 julgadas improcedentes.
TRECHO DO VOTO DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA QUE FALA SOBRE PLURALISMO:
As políticas sociais, que nada mais são do que tentativas de concretização da igualdade substancial ou material, recebem a denominação de ação afirmativa, ou na terminologia do direito europeu, discriminação positiva. Seu objetivo é combater não somente as manifestações flagrantes de discriminação, mas também a discriminação de fundo cultural, estrutural, enraizada na sociedade, além de possuírem um caráter pedagógico, visando gerar transformações culturais e sociais relevantes, inculcando nos atores sociais a utilidade e a necessidade da observância dos princípios do pluralismo e da diversidade nas mais diversas esferas do convívio humano.
O “Pluralismo Político” é um dos princípios fundamentais que está previsto no inciso V do art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, assim como, o direito a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; e aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 634).
Nosso país não possui uma ideologia estatal obrigatória única, admitindo a convivência de várias ideologias diferentes, várias concepções políticas, portanto o pluralismo político é um fundamento da República. Esse princípio fundamental não significa somente a liberdade de escolha política, mas também a liberdade de princípios religiosos, de pensamento, de convicções culturais e sociais, ou seja, a liberdade do homem se autodeterminar e fazer suas escolhas sem que haja intromissão do Estado ou de terceiros, desde que essas escolhas respeitem o direito e o exercício de direito por parte de terceiros.
Logo nosso sistema é um sistema plural, um sistema que abrange diversas convicções de pensamentos, de ideologias e de filosofias. No Brasil existem vários grupos sociais com interesses próprios. Estes grupos tem que aceitar, tolerar e aprender a solucionar os conflitos. Por isso para representar esses grupos existem vários partidos políticos. Não podemos confundir multipartidarismoou pluripartidarismo com “pluralismo político”, pois aqueles são uma consequência para se alcançar o pluralismo político.
Analisando o voto do Ministro Joaquim Barbosa na ADI 3.330 do STF, verifiquei que pluralismo político está além do multipartidarismo, é uma das mais importantes características da democracia moderna, principalmente quando falamos em grupos sociais, pois engloba a ideia de direito a diferença, direito a diversidade, a tolerância, resumindo direito à liberdade de escolha, constituindo assim, objetivos fundamentais da república, como a formação de uma sociedade livre, justa e solidária (Inciso I do art. 3º da CF/88).
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do relator, não conheceu da ação proposta pela Federação Nacional dos Auditores-Fiscais da Previdência Social – FENAFISP, por falta de legitimidade ativa, afastou preliminar relativa à ausência dos pressupostos de urgência e relevância para edição da medida provisória posteriormente convertida em lei e julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.330.
Foi preservado desta maneira o direito dos estudantes de escola pública ao acesso a uma Instituição Superior, visto que anteriormente, havia dificuldade financeira para arcar com as mensalidades de uma faculdade. E foi uma forma também de manter as instituições de nível superior privada, já que de acordo com estudos do Ministério da Educação haviam várias vagas ociosas.

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