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Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 85 Aula 07 3 SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS Conflitos são todas as formas de confrontos, lutas entre pessoas. Na seara do Direito, os conflitos tem o condão de significar a existência de um descompasso de pretensões. Distingui-se controvérsia de dissídio: Controvérsia: conflito em fase de ser solucionado mediante convenção das partes; Dissídio: conflito submetido à apreciação do poder judiciário, pode ser individual ou coletivo; Vimos as duas formas de dissídio coletivo, o de natureza econômica e o de natureza jurídica, distinguindo-os e abordando a temática da exigência de comum acordo para o ajuizamento do dissídio coletivo de natureza econômica. 3.1 MÉTODOS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS Em que pese o dissenso, podemos reconhecer e classificar ao menos três espécies de formas de composição dos conflitos trabalhistas, a saber: autodefesa; autocomposição; heterocomposição; Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 86 A seguir analisaremos cada uma delas em especificidade. Obs. Essa é a classificação preconizada pelo prof. Amaury Mascaro do Nascimento, e, adotada pelo Professor Sérgio Pinto, bem como pelo prof. Carlos Henrique Bezerra Leite. 3.1.1 AUTODEFESA Na autodefesa as próprias partes atuam suas forças no sentido de demover a outra de seus objetivos, conseguindo assim, que prevaleça a sua vontade. É a vitória da vontade do mais forte. A modalidade mais comum de autodefesa é a luta corporal, onde um vence o outro. Como regra geral não se admite a autodefesa em sede de Direito, em última análise os conflitos deverão ser resolvidos pelo judiciário, já que o Estado avocou para si o império da força nas relações jurídicas particulares, inclusive limitando sua própria atuação de diversas maneiras (p.ex.: substantive due processo of law). Na seara do Direito do Processual Trabalho, a doutrina tem apontado como espécies de autodefesa na seara trabalhista: greve; locaute (lock-out); 3.1.1.1 GREVE Consiste na paralisação das atividades pelos trabalhadores, como forma de obrigar o empregador a conceder àquela classe de empregados melhores condições de trabalho, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista jurídico. Há países que proíbem a greve, outros consideram como um fato social, que não é passível de regulamentação jurídica e outros que a entendem como um Direito que deve ser exercido com limitações, no caso, o caso do Brasil. No Brasil o exercício da greve é visto como um Direito que, por não ser absoluto, sofre limitações legais –art. 9º, da CF –LER. CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 87 § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Alguns autores afirmam que a greve é um Direito, logo nunca será ilegal ou ilícita. Como Direito, poderá ser abusiva, quer dizer, haverá um abuso de direito. Para não ser abusiva a greve tem que respeitar os requisitos da Lei de Greve, Lei 7.783/89. Porém o abuso de direito também é um ato ilícito: art. 187 do CCB e art. 345 do CP –LER. Código Civil: Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Código Penal: Exercício arbitrário das próprias razões: Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: A Lei infraconstitucional que regulamenta o exercício do Direito de Greve é a Lei 7.783/89. As principais características da greve são: é um DIREITO dos trabalhadores: art. 9º, CF e art. 1º, Lei 7.783/89. Sendo um Direito, seu exercício goza de presunção de legalidade, assim é desnecessária a propositura de uma ação para declará-la legal (OJ 12 da SDC do TST); para haver greve deve existir a prévia FRUSTRAÇÃO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA e as partes NÃO ELEGEREM ÁRBITROS PARA A SOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA: art. 3º, Lei 7.783/89; a representação dos grevistas durante as negociações e na Justiça do Trabalho, é feita pelo SINDICATO, e na falta deste, por COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO formada pela assembléia geral dos trabalhadores interessados: §2º, art. 4º, e art. 5º, Lei 7.783/89; deve estar AUTORIZADA POR ASSEMBLÉIA GERAL: nessa mesma assembléia deverão ser fixados quais as reivindicações que a categoria pretende auferir com a greve (art. 4º, da Lei 7.783/89); comunicação da paralização à entidade patronal (sindicato de empregados ou empresa) com ANTECEDÊNCIA DE 48 HORAS nas atividades NÃO CONSIDERADAS ESSENCIAIS: parágrafo único do art. 3º, da Lei 7.783/89; Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 88 comunicação da paralização à entidade patronal (sindicato de empregados ou empresa) com ANTECEDÊNCIA DE 72 HORAS nas atividades CONSIDERADAS ESSENCIAIS: art. 13, da Lei 7.783/89. As atividades consideradas essenciais estão previstas no art. 10 da Lei 7.783/89 (I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; II - assistência médica e hospitalar; III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV - funerários; V - transporte coletivo; VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; VII - telecomunicações; VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e mate-riais nucleares; IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; X - controle de tráfego aéreo; XI - compensação bancária.) é causa de SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: as relações obrigacionais, durante o período, serão regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho, se nada for contratado em contrário, não há direito ao pagamento dos dias parados (art. 7º, Lei 7.783/89); não pode haver DEMISSÃO ou contratação de TRABALHADORES SUBSTITUTOS durante a greve: parágrafo único do art. 7º, Lei 7.783/90. devem haver EQUIPES MÍNIMAS de trabalho: com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento (art. 9º, Lei 7.783/89). Se não houver acordo para formação dessas equipes o empregador poderá contratar substitutos para esse trabalho (art. 9º, parágrafo único, Lei 7.783/89); uma vez resolvido o dissídio, O TRABALHO TEM QUE VOLTAR AO NORMAL: sob pena de ser declarada a greve abusiva; 3.1.1.1.1 GREVE DE MILITARES E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Segundo o Art. 37, VI, e art. 142, IV, ambos da CF, MILITAR NÃO PODE SE SINDICALIZAR OU FAZER GREVE. Segundo o Art. 37, VII, CF, o FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTATUTÁRIO para fazer greve depende de legislação específica. Sobre a possibilidade da greve em serviços públicos, existiam duas correntes doutrinárias e jurisprudenciais: NÃO É POSSÍVEL HAVER GREVE EM SERVIÇO PÚBLICO: ao entendimento dominante do STF o inciso VII do art. 37 da CF constitui norma de eficácia limitada (ou reduzida) absolutamente dependente de legislação infraconstitucional que venha lhe dar aplicabilidade; Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 89 É POSSÍVEL HAVER GREVE EM SERVIÇO PÚBLICO: ao entendimento de que o inciso VII do art. 37 da CF constitui norma de eficáciacontida (ou restringível), de modo a poder ser largamente aplicada até que sobrevenha legislação infraconstitucional que eventualmente venha a regulamentar sua existência. Quer dizer, o inciso VII do art. 37 da CF deve ser visto como preceito constitucional que assegura direito com eficácia imediata , embora autorize que a norma infraconstitucional que fixe regras para ser exercício. Ainda que por fundamento diverso (inércia do Estado na regulamentação do inciso VII, do art. 37 da CF), o c. STF entendeu ser o caso de aplicação imediata da Lei de greve1. 3.1.1.2 LOCAUTE (LOCK-OUT) Lock-out2. São os casos em que o empregador paralisa as atividades de sua empresa para forçar que os empregados aceitem suas condições de trabalho. O lock-out é proibido expressamente pelo Direito brasileiro, isso, através do art. 17 da Lei da Greve. 3.1.2 AUTOCOMPOSIÇÃO As partes chegam a solução de seus conflitos sem a interferência de terceiros, elas mesmas solucionam seus problemas. No modelo clássico da conciliação ela pode ocorrer tanto por meio de renúncia do direito por uma das partes, quanto pela transação sobre o direito (concessões recíprocas entre as partes). As técnicas autocompositivas do direito processual do trabalho são de duas espécies: negociações coletivas: a negociação coletiva é um Direito Social Fundamental na forma do art. 7º, XXVI, CF –LER. Existem dois instrumentos de negociação coletiva: acordo coletivo e convenção coletiva; conciliações individuais; 1 Vide Mandado de Injunção 712-8 Pará, j. 25.10.2007 2 [Ingl.] S. m. 1. Econ. Ação do empregador no sentido de impedir o acesso dos trabalhadores ao local de trabalho, com o fim de forçá-los a aceitar determinadas condições. 2. P. ext. Qualquer paralisação de um setor ou unidade produtiva determinada pelos proprietários, como instrumento de pressão. (Dicionário Aurélio Eletrônico –século XXI, versão 3.0, novembro de 1.999). O lock out tem origem no Direito Inglês. Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 90 3.1.2.1 NEGOCIÇÕES COLETIVAS Existem dois instrumentos de negociação coletiva: convenções coletivas: firmadas entre sindicatos de empregados e sindicatos de empregadores, e na falta destes, pelas federações ou confederações sindicais (art. 611, cabeça e §2º, CLT); acordo coletivo: firmados entre os sindicatos de categoria dos empregados e uma ou mais empresas (art. 611, §1º da CLT –LER); Observar as características dos instrumentos de negociação coletiva quanto aos limites da negociação: a) normas da higidez física e mental do trabalhador; b) mínimo patamar civilizatório; c) ausência de renuncia de direitos; As principais características comuns às convenções e acordos coletivos são: tem aplicação no âmbito restrito dos trabalhadores e empresas integrantes das categorias econômicas participantes das negociações: quer dizer, são cláusulas que valem para todos, independente de serem sindicalizados ou não, valendo mesmo para os empregados já aposentados (art. 611, cabeça, CLT); a doutrina majoritária entende que o art. 8º, I, CF não recepcionou previsões da CLT que interferem na organização interna dos sindicatos: por exemplo art. 612, 615, cabeça, 617, 622, CLT, prova disso foi o cancelamento das OJ’s 13 e 21 da SDC (LER); forma escrita: art. 613, parágrafo único, CLT; deverão ser registradas e arquivadas no Ministério do Trabalho até 08 (oito) dias após sua assinatura: art. 614, CLT, entendido como recepcionado pela CF conforme entendimento jurisprudencial majoritário (OJ 34 da SDC, TST -LER); começam a vigorar 3 (três) dias após a data do registro no Ministério do Trabalho: §1º, art. 614, CLT. Inclusive as revisões ou revogações parciais de cláusulas só terão vigência 03 (três) dias após esse mesmo registro (§2º, art. 615, CLT). A intenção é de preservar a publicidade erga omnes, pois a doutrina entende que entre as partes a negociação é vigente desde sua assinatura; o prazo máximo de vigência é de 02 (dois) anos: §3º, art. 614, CLT; os sindicatos não podem se recusar à negociação coletiva: art. 616, da CLT, o que não exige, todavia, que se conciliem, aliás a tentativa de negociação é uma exigência prévia para a legalidade da greve art. 3º, Lei 7.783/89. Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 91 Havendo recusa ou frustração da negociação as partes poderão propor dissídio coletivo: §2º, art. 616, CLT –hipótese mitigada no caso do dissídio econômico (novo §3º, do art. 114 da CF); não há hierarquia entre acordos e convenções coletivas: deve ser aplicada a norma mais favorável (art. 620, CLT); a negociação coletiva pode implicar em redução salarial ou acréscimo de jornada: art. 7º, VI, XIII e XIV, CF; a negociação coletiva não pode precarizar o patamar civilizatório mínimo: todos os direitos da CF (exceto salário e jornada, porque expressamente previstos), além dos direitos infraconstitucionais de tutela da higidez física e intelectual do obreiro; 3.1.2.2 CONCILIAÇÃO Ocorre quando as partes, sem a interferência de terceiros, chegam a um acordo sobre a controvérsia que possuem. A conciliação é um instrumento tão forte de composição dos conflitos trabalhistas é reconhecida como um princípio específico do processo do trabalho, suas principais características são: deve haver uma proposta de conciliação entre as partes no inicio da primeira audiência e antes de recebida a contestação, além de outra proposta de conciliação depois de apresentadas as alegações finais antes do encerramento do processo: art. 846 e 850, CLT. Até antes da E.C 45/04 a jurisprudência trabalhista era forte no sentido de que a não realização das propostas conciliatórias ao tempo devido, implicavam em causa de nulidade do processo do trabalhista, a retirada da conciliação do texto constitucional colocou em dúvida esse entendimento; a conciliação entre as partes é limitada pelo princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas: só se admite a validade do acordo em juízo por aplicação do princípio da res dubbia, quer dizer, as partes somente podem compor sobre o direito duvidoso, o direito confesso deve ser pago imediatamente, sem negociação. Há doutrina minoritária que admite a ampla possibilidade da conciliação quando a parte estiver em juízo (teoria da ausência de elementos de coercibilidade) pois neste caso a desvalia da vontade do obreiro estaria corrigida pela presença do Juiz; a homologação de acordo pelo Juiz é uma faculdade desse último: súmula 418, TST. O Juiz pode se negar a homologar um acordo entabulado pelas Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 92 partes (p.ex.: quando achar que estão em risco direitos indisponíveis). Quer dizer, regra geral não cabe recurso contra o ato de Juiz que deixa de homologar acordo já que na justiça do trabalho é vigente o princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias; o acordo homologado em juízo somente pode ser atacado por via de ação rescisória: quer dizer que o acordo homologado em juízo transita em julgado no mesmo ato de sua homologação em juízo (parágrafo único do art. 831, CLT e Súmula 100, V, do TST); as partes podem se conciliar a qualquer momento, mesmo após o transito em julgado da sentença: art. 764 da CLT. Nesse caso o princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas é bastante forte, e não pode haver prejuízo para as parcelas previdenciárias derivadas da sentença; Parte da doutrina não reconhece as tentativas de conciliação constantes na CLT como hipóteses de conciliação propriamente dita, porque muitas vezes a atuação do Magistrado é de tal modo afirmativa que acaba atuando como verdadeiro mediador (analisa o caso e propõe soluções para as partes).3.1.3 HETEROCOMPOSIÇÃO Ocorre a heterocomposição quando as partes delegam a terceira pessoa a solução de seu litígio, subordinando-se a decisão emanada por aquele terceiro. Podemos destacar três espécies de heterocomposição, a saber: mediação; arbitragem; tutela jurisdicional; 3.1.3.1 MEDIAÇÃO Na mediação as partes escolhem um terceiro para conhecer seus anseios, estudar o caso posto, e, apresentar um caminho a ser seguido por alguma das partes. O mediador vai além do conciliador, pois ele conhece da causa, e faz proposições que poderão ou não ser aceita pelas partes. O mediador não tem poder de coerção, desse modo a mediação, dentre as formas de heterocomposição, é a menos cogente, e normalmente a mediação se dá na esfera extrajudicial. A mediação difere da conciliação, porque nessa última o conciliador não faz propostas, ele apenas aproxima as partes e as mesmas se conciliam por sua própria Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 93 vontade, já na mediação a postura do mediador é ativa, embora não possa impor sua decisão às partes, formula propostas tentando convencê-las. Podem ser apontadas como características da mediação: normalmente é extrajudicial: e o terceiro não é obrigado a ter conhecimentos jurídicos, apenas bom senso e estar disposto a mediar a solução da controvérsia das partes formulando propostas; normalmente é privada: a conciliação sim costuma ter um aspecto público, como no processo do trabalho em que é prevista várias vezes durante o andamento do processo; evita a propositura de ações judiciais: resolve o conflito antes de vir para o Judiciário, assim acaba sendo um instrumento de desafogamento da Justiça; Existem previsões legais do cabimento da mediação em conflitos trabalhistas, vejamos: DELEGADO REGIONAL DO TRABALHO: §1º do art. 616 da CLT. O delegado regional do trabalho possui legitimidade para convocar negociação compulsória entre sindicatos, não significa que as partes serão obrigadas a conciliar, e acaso haja negativa de participação da tentativa de negociação o sindicato poderá propor dissídio coletivo (§2º, art. 616, CLT). A Portaria 3.097/88 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece a forma como será exercida essa mediação. AUDITOR FISCAL DO TRABALHO: também poderá atuar como mediador, e se o fizer, durante este ato estará impedido de proceder fiscalização, em face da confiança que lhe foi outorgada pelas partes; MEDIAÇÃO EM CONFLITOS SOBRE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DA EMPRESA: ART. 4º, I, Lei 10.101/00. Nesse caso o mediador poderá ser qualquer pessoa escolhida livremente pelas partes (§2º, art. 4º, Lei 10.101/00); MEDIAÇÃO EM CONFLITOS COLETIVOS DO TRABALHO: a Lei 10.192/01 que tratava sobre medidas de complementares à implementação do plano real (?), dispôs sobre a possibilidade de mediação em conflitos coletivos do trabalho (art. 11, Lei 10.192/01). Cabendo às partes escolherem o mediador (§1º, art. 11, Lei 10.192/01), que terá 30 dias para conclusão do processo de negociação (§3º, art. 11, Lei 10.192/01). A previsão de mediação em conflitos coletivos estabelecida na Lei 10.192/01 foi regulamentada pelo Decreto 1.572/95 que é complementado pelas Portarias do Ministério do Trabalho nº. 817/95 e 818/95, as quais já tratavam da mediação nos conflitos coletivos de trabalho; COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA: foram criadas pela Lei 9.958/00, que acrescentou os artigos 625-A até art. 625-H à CLT, e encerram modalidade de mediação para solução de conflitos trabalhistas, sendo que por sua importância será estudada em capítulo próprio. Direito do Trabalho II - Rafael Medeiros Arena da Costa - UNIGRAN 94 OBS: Este trabalho compreende um estudo/síntese de propriedade intelectual de Wander Medeiros Arena da Costa e não pode ser utilizado para qualquer fim comercial sem autorização expressa. BIBLIOGRAFIA DA AULA BRANCO, Ana Paula Tauceda. A colisão de Princípios Constitucionais no Direito do Trabalho. Ed. LTr, São Paulo: fevereiro/2007. DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 4ª ed., Julho/2005. DELGADO, Maurício Godinho, Princípios de Direito Individual e Coletivo do Trabalho, 2ª ed., ed. LTr, São Paulo:2004. LEITE, Carlos Henrique Bezerra, Curso de Direito Processual do Trabalho, 5ª edição, 1ª tiragem, Editora LTr, São Paulo: fevereiro/2005. MARTINS, Sérgio Pinto, Direito Processual do Trabalho, 19ª edição, São Paulo: 2003, ed. Atlas. SIMM, Zeno, Os Direitos Fundamentais e a seguridade social, ed. LTr, São Paulo: 2005. SCHIAVI, Mauro, Manual de Direito Processual do Trabalho, Ed. LTr 71- 02, 2ª ed, São Paulo, Fevereiro: 2009. LUTA, Teu dever é lutar pelo direito, mas, se acaso um dia encontrares o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça. Decálogo do advogado (Eduardo Couture).
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