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O Ressurgimento do Regionalismo na Polí3ca Mundial • Movimento regionalista no pós-Guerra Fria • “Onda regionalista” nos anos 1960 • Categorias de regionalismo (Nye, 1ª onda) • - 1) organizações microeconômicas que envolvem integração econômica formal, caracterizadas por estruturas ins3tucionais formais; • - 2) organizações polí3cas macrorregionais interessadas no controle de conflitos • Emergência, ou ressurgimento de algumas organizações: Organização da União Africana, OEA, South African Development Community (SADC), ASEAN • Campo econômico: Mercado Comum do Sul (Mercosul), Caricom, NAFTA • Caracterís3cas do “novo regionalismo” (anos 1990): • 1) “regionalismo Norte-Sul”; • 2 ) g r a n d e v a r i a ç ã o n o n í v e l d e ins3tucionalização; • 3) ca rá te r mu l3d imens iona l , t an to regionalismo polí3co como econômico; • 4) o sen3mento de “pertencer” – nem sempre de maneira fácil e problemas de cooperação Variedades do regionalismo • Ambigu idades dos termos “ reg ião” e “regionalismo” • Coesão social, coesão econômica, coesão polí3ca • Regionalização: crescimento da integração da sociedade em uma região (elementos de interação social e econômica) • Migração, mercados e redes sociais - aumento de interconec3vidade e novas regiões entre fronteiras • Emanue l Ad le r : “ reg iões cogn i3vas” . Comunidades imaginadas – consciência regional Cooperação Regional entre Estados • Cooperação internacional e o conceito mais amplo de “regime”: princípios, normas, regras e processos decisórios, implícitos ou explícitos, para os quais convergem as expecta3vas dos atores de determinada área das relações internacionais (Stephen Krasner, 1983) • A troca de liberdade de ação por influência e prá3cas nas polí3cas dos outros e gestão de problemas comuns Integração • (Peter Smith) integração regional econômica em várias dimensões: abrangência, profundidade, ins3tucionalização e centralização • Coesão regional em dois sen3dos: • 1) região exerce um papel definidor nas relações entre os Estados da região e do resto do mundo; • 2) quando a região forma a base organizadora de polí3cas na região. • Formas de coesão regional: exemplo da UE O Regionalismo na Polí3ca Mundial • Evolução • Teorias liberais para entender o funcionamento da Comunidade Europeia • Teorias sistêmicas • - neo-realista, sublinha a caracterís3ca anárquica do sistema internacional e compe3ção pelo poder • - teorias da interdependência estrutural e globalização • Neorrealismo: explicando a cooperação entre os estados como alianças • - promoção da integração por causa das circunstâncias geopolí3cas. Colapso dos impérios coloniais da Grã- Bretanha e França, exaustão das duas guerras, percepção da ameaça da URSS, nova classe de superpotências, pressão dos EUA por cooperação O Regionalismo na Polí3ca Mundial • Neorreal istas: hegemonia dos EUA foi fundamental • Ligação entre economia e segurança • De Gaulle: grande ênfase para a cooperação europeia. Anos 1960: privilégio exorbitante dos EUA. Anos 1980: resposta da ascensão japonesa • Regionalismo como ferramenta de negociação ou barganha: o caso do Nama e da APEC • Erosão da coalizão do “Terceiro Mundo”: países em desenvolvimento buscaram fortalecer as suas regiões (África, América La3na e Oriente Médio) O Regionalismo na Polí3ca Mundial • Surgimento das “zonas de paz” ou zonas nucleares livres na década de 1950 • Hegemonia: reação do regionalismo contra uma potência mais forte • Restrição do poder hegemônico via ins3tuições regionais (Alemanha na CE) • Estados mais fracos buscam acomodação regional com o poder econômico local (bandwagoning) • País hegemônico pode favorecer o regionalismo: dividir o ônus, perseguir os seus interesses, gerar apoio e legi3midade • Neorealismo diz pouco sobre a cooperação depois de estabelecida O Regionalismo na Polí3ca Mundial • Interdependência Estrutural e Globalização • Crí3cas aos neorrealistas: Joseph Nye, Robert Keohane e Edward Morse. Interdependência e modernização • “Globalização”: metáfora para numerosos processos universais em curso gerando interconexão e interdependência • “Mundo sem fronteiras” e/ou “fim da geografia”? • Relação entre globalização e regionalismo • - Integração e o regionalismo econômico: questões tecnológicas e tendências de homogeneização Regionalismo e interdependência • Oposição às abordagens “de fora para dentro” • Enquadramento no campo liberal • Neofuncionalismo: ins3tuições supranacionais como os meios mais eficazes para revolver problemas comuns • Predição do neofuncionalismo: integração se tornaria autossustentada e haveria spill-over • Ernest Haas: “[a integração seria] o processo pelo qual os atores em dis3ntos contextos nacionais são persuadidos a deslocar suas lealdades, expecta3vas e a3vidades polí3cas para um novo centro, cujas ins3tuições possuem ou exigem jurisdição sobre Estados nacionais preexistentes” Ins3tucionalismo Neoliberal • Argumentos dos ins3tucionalistas: • 1) Aumento no nível de interdependência gera aumento de “demanda” por cooperação internacional • Robert Keohane: “os ins3tucionalistas não elevam os regimes internacionais a posições mí3cas de autoridades sobre os Estados: pelo contrário, os Estados criam esses regimes para a3ngir obje3vos definidos. Ao enfrentarem dilemas de coordenação e colaboração nas situações de interdependência, os governos sentem a necessidade de ins3tuições internacionais que lhes possibilitem atender a seus interesses por meio da ação cole3va limitada” Ins3tucionalismo Neoliberal • 2) Viés fortemente esta3sta preocupados como os Estados podem ser levados a cooperar • 3) Ins3tuições geram benexcios e têm impacto no cálculo dos atores e na definição dos seus interesses • - necessidade de gestão cole3va e incen3vos para a redução de custos de transação • Regimes de segurança e o Fórum Regional da ASEAN devem ser vistos como: facilitador de comunicação, informação e transparência, redução de percepção de ameaças mútuas, eliminação das profecias do dilema de segurança Constru3vismo • Foco na consciência e nas iden3dades regionais • Coesão regional: sen3do de comunidade baseado em mútua responsividade, confiança e elevados níveis de “interdependência cogni3va” • Duas variáveis para o estudo do regionalismo (Deutsch) • 1) intersociais: “nós”, sen3do de comunidade • 2) valores sociais maiores e processo de comunicação pessoal • Wendt • - interesses e iden3dades evoluem • - o lugar a que pertencem • - interesses moldados por histórias e culturas par3culares Teorias de Nível Interno • Regionalismo e Coerência Estatal • - necessidade da viabilidade estatal e coerência das estruturas estatais • - Ausência de Estados viáveis impede a integração. Regionalismo mais bem acabado onde existe estruturas regionais fortes: União Europeia, Mercosul, NAFTA • Tipo de Regime e Democra3zação • - dinâmica legal de zonas liberais e a importância da democracia (exemplo da UE) • Teorias da Convergência • - Convergências de polí3cas internas dos Estados • - Regionalismo (dentro da UE) como convergência de polí3cas centradasna liberalização econômica e da desregulamentação Resumo • Neorrealistas defendem a primazia do sistema polí3co internacional • Teor ia ins3tuc iona l i s ta enfoca in terações intrarregionais, fica no segundo plano elementos internos e geopolí3cos • Constru3vismo: interação dos incen3vos materiais, estruturas intersubje3vas e a iden3dade e os interesses dos atores • Teóricos liberais: ideias ins3tucionalistas sobre cooperação estatal e formação de preferências • Teoria dos “estágios” para se entender o regionalismo
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