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02 A Uniao Europeia

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A	União	Europeia	
Breve	introdução	
•  Um	retorno	a	1950	
•  Promessas	 de	 um	 projeto:	 um	 mundo	 sem	
fronteiras,	 novos	 atores	 sociais,	 cidadania	 e	
governança	democráAca	
•  Superação	 de	 conceitos	 como	 soberania,	
individualidade,	rivalidades	e	nacionalismo	
•  A	crise	que	domina	o	conAnente	desde	2008	
•  Avanços	e	recuos:		
•  -	“intergovernamental	e	supranacional”	
•  -	“europessimismo	e	euroentusiasmo”	
•  -	“atlanAcismo	e	europeísmo”	
A	Trajetória	Histórica	
(1945/1986)	
Trajetória	Histórica	
•  Marco	 insAtucional	 da	 comunidade:	 Tratado	
de	Roma	(1957)	
•  União	Europeia:	Tratado	de	Maastricht	(1992)	
•  “Ideias	de	integração”	
•  -	 Sacro	 Império	 Romano	 Germânico,	
premissas	de	Europa	“Ocidental”	e	“cristã”	
•  As	dificuldades	do	processo	de	integração	
•  -	Europa	em	“diferentes	velocidades”	
Trajetória	Histórica	
•  Alteração	 na	 balança	 de	 poder	 entre	 1914	 e	
1945	
•  1945	a	1957:	tendências:	hegemonia	dos	EUA,	
sistema	 mulAlateral	 e	 emergência	 da	 Guerra	
Fria	
•  Tratado	de	Roma	(1957):		
•  -	Comunidade	Econômica	Europeia	(CEE)	
•  -	 Comunidade	 Europeia	 de	 Energia	 Atômica	
(EURATOM)	
Trajetória	Histórica	
•  A	 construção	 da	 hegemonia	 americana	 via	
insAtuições		
•  -	Negociações	de	Durbarton	Oaks	e	Brefon	Woods	
•  -	Nações	Unidas	e	o	Fundo	Monetário	Internacional		
•  Consolidação	do	poder	soviéAco	no	Leste	Europeu	
•  União	 SoviéAca	 como	 inimigo	 e	 a	 Europa	 como	
aliada	
•  Início	da	Doutrina	Truman	em	1947	
Trajetória	Histórica	
•  Reforço	 da	 relação	 da	 Europa	 com	 os	 EUA:	
Plano	Marshall	
•  (1948)	 Criação	 da	 Organização	 para	 a	
Cooperação	 Econômica	 Europeia:	 pilar	 do	
planejamento	Europeu	
•  OCEE	vira	OCDE	em	1960	(inclusão	do	Canadá,	
EUA	e,	depois,	do	Japão)	
•  Criação	da	OTAN	em	1949	
•  A	República	Federal	da	Alemanha	e	a	RDA	
Trajetória	Histórica	
•  Reino	 Unido:	 defesa	 de	 uma	 Europa	 atlanAsta;	
França	 europeia.	 França	 e	 Alemanha	 com	 o	
compromisso	de	uma	Europa	estável	
•  1948:	União	Aduaneira	entre	a	Bélgica,	Holanda	e	
Luxemburgo	(BENELUX)	
•  Tratado	 de	 Bruxelas	 (1949):	 colaboração	
econômica,	social	e	cultural	e	defesa	coleAva	
•  -	base	para	a	criação	da	União	Europeia	Ocidental	
(UEO)	
•  -	 estabelecer	 rede	 de	 cooperação	 e	 evitar	 o	
revisionismo	alemão	
Trajetória	Histórica	
•  Catalisador	 da	 integração:	 Plano	 Schuman	 (1950)	 e	 a	
Comunidade	Europeia	do	Carvão	e	do	Aço	 (CECA)	em	
1951	
•  -	“pais	fundadores”:	Schuman,	Monnet	e	Adenauer	
•  -	exclusão	inicial	do	Reino	Unido	
•  -	vigência	até	2002;	sucesso	para	os	Tratados	de	Roma	
•  Integração	 europeia	 vista,	 pragmaAcamente,	 como	
funcional	ante	a	ameaça	soviéAca	(e	ao	comunismo)	/	
Comecon	(1949)	e	Pacto	de	Varsóvia	(1955)	
•  Conflitos	 dos	 EUA	 com	 a	 França	 por	 sua	 políAca	 de	
autonomia	
•  1957:	A	Europa	dos	Seis.	Alemanha	Ocidental,	França,	
Itália,	Bélgica,	Holanda	e	Luxemburgo	
Do	Tratado	de	Roma	à	crise	
(1957-1973)	
•  Entram	em	vigor	em	1958:	
•  -	Comunidade	Econômica	Europeia	
•  -	Comunidade	Europeia	da	Energia	Atômica	
•  Contexto	de	confronto	entre	EUA	e	URSS	
•  -	Muro	de	Berlim	em	1961	
•  -	Crise	dos	Mísseis	de	Cuba	(1962)	
•  Movimento	 dos	 Não-Alinhados	 e	 o	 “Terceiro	
Mundo”:	demandas	de	paz	e	desenvolvimento	
•  CEE	e	Euratom:	textos	dos	tratados	revelam	algo	
maior	 como	 uma	 estrutura	 supranacional	 e	
cidadania	europeia		
Do	Tratado	de	Roma	à	crise	
(1957-1973)	
•  CEE:	parAndo	da	união	aduaneira	para	o	mercado	comum	e	
harmonização	de	políAcas	
•  Construção	gradual	de	uma	estrutura	supranacional:	
•  -	 Comissão	 Europeia:	 zelar	 pela	 aplicação	 do	 Tratado,	
propor	legislação,	elaborar	orçamentos	e	negociar	acordos	
de	comércio	internacional	
•  -	 Conselho	 de	 Ministros:	 discuAr	 e	 aprovar	 a	 legislação	
proposta	 e	 avaliar	 o	 orçamento.	 Sistema	 de	 votação	
através	 de	 maioria	 qualificada	 (cada	 Estado	 recebe	 uma	
quanAdade	de	votos	de	acordo	com	a	sua	população)	
•  -	Assembleia	ou	Parlamento	Europeu:	garanAr	parAcipação	
popular,	 examinar	 legislação	 e	 avaliar	 as	 prerrogaAvas	 da	
Comissão	
•  -	Corte	Europeia	de	JusAça:	proteger	a	lei	europeia	
Do	Tratado	de	Roma	à	crise	
(1957-1973)	
•  Uso	da	 energia	 nuclear	 para	 fins	 pacíficos	 e	 aumento	
de	barganha	com	os	outros	países	
•  Tratado	 de	 Fusão	 de	 1967	 (ou	 Bruxelas)	 unificou	 os	
procedimentos	da	CECA,	EURATOM	e	CEE	
•  De	 Gaulle	 e	 a	 V	 República	 Francesa	 (1959-1969):	
desenvolvimento	da	“autonomia	estratégica”	
•  -	Saída	da	OTAN	e	apenas	pleno	retorno	em	2009	
•  Oposição	 francesa	 ao	 Plano	 Fouchet	 (1961).	 Geração	
da	“Crise	da	Cadeira	Vazia”	
•  -	 Situação	 superada	em	1966	com	o	Compromisso	de	
Luxemburgo	
Do	Tratado	de	Roma	à	crise	
(1957-1973)	
•  1961	 –	 Reino	 Unido,	 Dinamarca	 e	 Irlanda	 apresentam	 suas	
candidaturas	à	CEE.	Veto	francês	ao	RU	em	1963	e	1967	
•  Problemas	com	os	eurocéAcos	
•  Cúpula	de	Haia	(1969)	–	compromisso	com	o	avanço	da	integração	
•  Entrada	na	pauta	de	negociações	da	União	Econômica	e	Monetária	
(UEM)	
•  1963	a	1979:	descongelamento	da	relação	entre	as	superpotências	
•  -	EUA	e	URSS	com	desgaste	da	compeAção	abrangente	
•  -	Europa	Ocidental	e	Ásia:	crescimento		
•  1968:	criação	do	Clube	de	Roma	(questões	ambientais)	
•  Relatórios	Davenport	e	Werner:	questão	do	déficit	democráAco	
•  1973:	Entrada	do	Reino	Unido,	Dinamarca	e	Irlanda	
•  1979:	Sistema	Monetário	Europeu.		
•  Choques	 do	 Petróleo,	 renovação	 da	 Guerra	 Fria	 e	 políAcas	
neoliberais	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  Contexto	de	instabilidade	mundial	
•  Início	dos	anos	1970:	europessimismo	
•  A	Primavera	de	Praga	(1968)	
•  Forças	de	oposição	na	América	LaAna:	golpes	militares	
•  Movimento	dos	direitos	civis	/	Oposição	à	guerra	do	
Vietnã	
•  Agenda	Nixon-Kissinger:		
•  1)	Quebra	do	padrão	ouro-dólar;	
•  2)	Reconhecimento	da	tripolaridade	–	EUA,	URSS,	
China;		
•  3)	Tendência	de	mulApolaridade	do	sistema	
internacional:	
•  EUA,	URSS,	China,	Europa	Ocidental	e	o	Japão	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  Avanço	nas	negociações	do	Tratado	ABM	
•  -	Autocontenção	e	o	“equilíbrio	de	terror”	
•  Recessão	mundial	com	o	primeiro	choque	do	petróleo	
•  -	quebra	dos	Acordos	de	Bale	em	1976	
•  Busca	pelo	fortalecimento	do	bloco	
•  -	ParAcipação	popular:	eleições	para	o	Parlamento	
Europeu	em	1974	
•  -	Criação	de	fundos	de	ajuda	para	setores	(financiados	
por	Alemanha	e	França)	
•  -	Fundo	Europeu	de	Desenvolvimento	Regional:	
redução	das	assimetrias	regionais	ajudando	setores	
estratégicos	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  FEDER	como	elemento	importante	na	integração	
•  Países	 beneficiados:	 Grécia	 (1981),	 Portugal	 e	
Espanha	(1986)	
•  Retomada	 do	 SME	 (processo	 de	 convergência	
cambial)	
•  -	 RU	 não	 parAcipa	 das	 reuniões.	 Alegação	 de	
perda	de	controle	da	moeda	
•  Bloco	 buscou	 cooperar	 com	 várias	 regiões:	
Caribe,	 África	 e	 incrementos	 bilaterais	 (Brasil-
Alemanha)	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  Acordos	de	Helsinque	–	1975	
•  -	 cooperação	 em	 áreas	 da	 segurança,	
desarmamento,	direitos	humanos	e	etc	
•  Retrocessos	a	parAr	de	1979	
•  -	 Ascensão	 de	 Margaret	 Thatcher	 no	 RU	
(1979-1990)	
•  -	Ronald	Reagan	nos	EUA	(1981-1988)	
•  CríAcas	 dos	 neoconservadores:	 liberais	 e	
socialdemocratas	 permiAram	 a	 instabilidade	 e	 a	
estagnação	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  Validação	 adicional:	 2º	 choque	 do	 petróleo,	
fundamentalismo	 islâmico	 de	 Khomeini	 (1979),	
invasão	 soviéAca	 no	 Afeganistão	 (1978/1989)	 e	
Guerra	Irã-Iraque	(1980/1988)•  Dois	pilares	do	discurso:	
•  -	neoliberalismo	econômico	
•  -	 confrontação	 renovada	 da	 disputa	 entre	
potências	
•  Dimensão	internacional	dos	EUA	
•  -	 “Segunda	 Guerra	 Fria”,	 extensão	 da	 disputa	
bipolar	tanto	ao	núcleo	europeu	como	à	periferia	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  Crise	da	dívida	em	países	 como	o	Brasil:	 década	
perdida	
•  Reagan	busca	“reenquadrar”	a	Europa	via	OTAN	
•  Nova	 corrida	 armamenAsta	 e	 a	 IniciaAva	 de	
Defesa	Estratégica	(IDE)	
•  Momento	 de	 fragilidade	 da	 União	 SoviéAca.	
Desenvolvimento	 tecnológico	 inferior	 e	 quadro	
de	superextensão	imperial	
•  Dificuldades	 de	 transição	 dentro	 do	 ParAdo	
Comunista	
•  Ascensão	 de	 movimentos	 de	 contestação:	 o	
Solidariedade	na	Polônia	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  Miterrand	e	Kohl	ditavam	a	agenda	europeia;	
•  Jacques	 De lo r	 na	 Comissão	 Europe ia	
(1985/1995):	 conAnuidade	 da	 integração.	
Assinatura	do	Ato	Único	Europeu	em	1986	
•  1985:	 Acordo	 de	 Schengen	 (França,	 Alemanha,	
Bélgica,	Luxemburgo	e	Holanda).		
•  Metas	de	criação	do	mercado	comum	até	1992	
•  Prioridades	 do	 AUE:	 reforma	 das	 insAtuições	 do	
bloco,	 simplificação	 dos	 processos	 decisórios	 e	
transparência	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  P r i o r i d ade s	 do	 AUE :	 f a c i l i t a ç ão	 do s	
procedimentos	 para	 o	 estabelecimento	 de	
legislação	 comum,	 estabelecimento	 de	 novas	
competências	 na	 área	 econômica,	 social	 e	 de	
desenvolvimento	
•  Outras	prioridades:	políAca	ambiental,	pesquisa	e	
desenvolvimento	 tecnológico,	 políAca	 externa	
comum	 e	 a	 criação	 de	 um	 mercado	 comum.	
Maiores	 gastos	 para	 a	 inclusão	 de	 novos	
membros	“periféricos”	
•  AUE	 reforça	 o	 arcabouço	 organizacional	 dos	
tratados	anteriores	
Do	pessimismo	ao	ato	único	europeu	
(1973/1986)	
•  Assinatura	do	AUE:	nova	 fase	no	processo	de	
integração	
•  Prevalecimento	 da	 orientação	 europeia	 pró-
bloco	
•  Queda	do	Muro	de	Berlim	em	1989	
•  Desintegração	da	União	SoviéAca	
•  Nascimento	 da	 União	 Europeia	 (Tratado	 de	
Maastricht,	1992)		
A	Integração	e	o	Fim	da	Guerra	
Fria	(1986-1997)	
Contexto		
•  Crise	terminal	da	União	SoviéAca		
•  Desmontagem	do	bloco	oriental	
•  Reunificação	alemã	(1990)		
•  Mov imentos	 de	 apro fundamento	 e	
alargamento	na	UE	
A	globalização	e	a	queda	do	leste	
europeu	(1986/1991)	
•  Integração	europeia	em	duas	fases:	
•  -	1986	a	1989:	entrada	em	vigor	do	AUE	e	Queda	
do	Muro	de	Berlim	
•  -	 1990	 a	 1991:	 retomada	 do	 processo	 de	
integração	e	o	Tratado	de	Maastricht	
•  1ª	fase.		
•  -	 Recrudescimento	 da	 rivalidade	 entre	 EUA	 e	
URSS.	 Reforço	 (por	 parte	 dos	 EUA)	 da	
vulnerabilidade	 estratégica	 dos	 aliados.	
Ampliação	dos	gastos	com	a	OTAN	
A	globalização	e	a	queda	do	leste	
europeu	(1986/1991)	
•  Crise	 do	 modelo	 políAco-econômico	 do	 ParAdo	
Comunista	SoviéAco	(PCURSS)	
•  -	 Trocas	 de	 lideranças.	 Ascensão	 de	 Mikhail	
Gorbachev	em	1985	
•  -	Processo	de	reaproximação		
•  1)	tendências	da	globalização;	
•  2)	reforma	do	sistema	soviéAco;	
•  3)	reuniões	de	Cúpula	entre	as	potências;	
•  4)	processo	de	fragmentação	do	bloco	oriental.	
A	globalização	e	a	queda	do	leste	
europeu	(1986/1991)	
•  Sobre	os	pontos	
•  1)	 Três	 “revoluções”	 que	 compreendem	 a	
globalização:		
•  1.1	 Revolução	 Cien{fico-Tecnológica	 (RCT);	
1.2	disseminação	de	princípios	liberais,	com	a	
consolidação	de	regimes	democráAcos;		
•  1 . 3	 d i f u s ão	 d a	 c u l t u r a	 d e	 ma s s a	
ocidentalizada.	
•  URSS	não	consegue	seguir	nesse	passo	
A	globalização	e	a	queda	do	leste	
europeu	(1986/1991)	
•  Reforma	da	Glasnost	e	Perestroika	
•  Efeito	oposto	ao	esperado	das	reformas	
•  Ajuste	 de	 Gorbachev:	 o	 Novo	 Pensamento.	 Valor	
supremo	da	políAca	externa	é	a	paz.		
•  -	conceito	de	forças	suficientes	
•  -	 recuo	 como	 forma	 de	 minimizar	 os	 ônus	 da	
superextensão	 imperial	 (implicações	 no	 Afeganistão,	
Cuba,	etc)	
•  Quarto	 fator	 de	 aceleração	 do	 fim	 da	 Guerra	 Fria:	
contestação	da	dominação	soviéAca	no	Leste	Europeu	
A	globalização	e	a	queda	do	leste	
europeu	(1986/1991)	
•  Reunião	 de	 Bush	 (pai)	 e	 Gorbachev	 em	 Malta:	
administrar	 as	mudanças	que	vinham	ocorrendo	
de	forma	“controlada”	
•  -	 Imagem	 de	 “fim	 da	 história”	 de	 Francis	
Fukuyama;	 universalização	 da	 democracia	 e	
liberalismo	econômico	(forma	liberal)	
•  Questão	 que	 surge:	 como	 manter	 a	 integração	
europeia?		
•  -	 Dilemas:	 conAnuidade	 da	 OTAN,	 risco	 da	
unipolaridade,	 revisionismo	 alemão,	 assimetrias	
globais	
A	globalização	e	a	queda	do	leste	
europeu	(1986/1991)	
•  Dificuldades	no	avanços	da	 integração	(Relatório	
Delors	–	moeda	única	em	1989)	em	compasso	de	
espera	
•  -	 Programa	 Erasmus:	 criação	 de	 uma	 idenAdade	
cultural	europeia	
•  Interdependência	 mais	 frouxa?	 Manutenção	 da	
integração	
•  Cúpula	 de	 1991:	 OTAN	 poderia	 agir	 fora	 de	 sua	
área	geográfica	
•  Forte	 apoio	 europeu	 na	 intervenção	 americana	
no	Iraque	
A	globalização	e	a	queda	do	leste	
europeu	(1986/1991)	
•  Reunificação	 assinada	 pelo	 Acordo	 4	 +	 2.	 Papel	
importante	de	Helmut	Kohl	
•  Custos	grandes	da	reunificação.	Adiamento	das	metas	
do	SME	
•  Consenso	de	Washington	
•  -	princípios	do	livre	mercado;	
•  -	privaAzação	
•  -	flexibilização	e	
•  -	abertura	comercial	
•  Regiões	vulneráveis:	AL	em	crise,	mundo	afroasiáAco	e	
economias	socialistas	em	transição		
Aprofundamento	e	alargamento	
(1992/1997)	
•  Marco:	 Conferência	 Intergovernamental	 de	
Maastricht	 de	 dezembro	 de	 1991	 -	 “Tratado	
da	União	Europeia”.	Vigor:	1º	de	novembro	de	
1993	
•  Novo	 patamar	 qualitaAvo	 com	 a	 União	
Europeia	
•  -	 Atrasos	 e	 eventos:	 Guerra	 da	 Iugoslávia	
(1992-1995)	
Aprofundamento	e	alargamento	
(1992/1997)	
•  As	competências:		
•  -	 Exclusiva	 da	 União	 Europeia:	 união	 aduaneira,	
concorrência	 no	 mercado	 interno,	 políAca	 comercial	
comum,	 comércio	 exterior	 de	 bens	 e	 serviços,	 políAca	
monetária	 para	 a	 Zona	 do	 Euro,	 alfândega	 e	 conservação	
de	 recursos	 maríAmos	 e	 celebração	 de	 acordos	
internacionais;	
•  -	Competência	comparAlhada:	agricultura	e	pesca,	políAca	
ambiental,	 proteção	 ao	 consumidor,	 fusões	 e	 aquisições,	
pesquisa,	 cooperação	 para	 o	 desenvolvimento	 e	 ajuda	
humanitária,	políAca	de	transporte,	energia,	vistos,	asilo	e	
imigração,	 mercado	 interno,	 coesão	 econômica	 e	 social,	
redes	 transeuropeias	 (Tratado	 de	 Lisboa	 incluiu	 políAcas	
sociais	e	saúde	pública);	
Aprofundamento	e	alargamento	
(1992/1997)	
•  -	 Competência	 Exclusiva	 dos	 Estados-
membros:	 educação,	 indústria,	 turismo,	
cultura,	 esporte,	 políAcas	 para	 a	 juventude,	
emprego,	saúde	pública	e	pesquisa	(espera-se	
que	sejam	transferidas	para	o	bloco)	
Aprofundamento	e	alargamento	
(1992/1997)	
•  De	 acordo	 com	 o	 Tratado	 de	 Maastricht,	 cinco	
objeAvos	principais	são:		
•  1)	 Fortalecer	 a	 legiAmidade	 democráAca	 das	
insAtuições;	
•  2)	Melhorar	a	eficiência	das	insAtuições;	
•  3)	Estabelecer	a	união	econômica	e	monetária;	
•  4)	 Desenvolver	 a	 d imensão	 soc ia l	 da	
Comunidade;	
•  5)	 Estabelecer	 uma	 políAca	 externa	 e	 de	
segurança	comum.		
Aprofundamento	e	alargamento	
(1992/1997)	
•  Novos	 pilares	 da	 União	 Europeia	 depois	 de	
Maastricht:		
•  Pilar	I:	Comunidade	Europeia	
•  -	dar	solidez	ao	caráter	comunitário	da	integração	
•  Pilar	 II:	 PolíAca	 Externa	 e	 Segurança	 Comum	
(PESC);	
•  -	 ação	 conjunta	 internacional	 dos	 Estados-
membros	
•  Pilar	 III:	 Assuntos	 Internos	 e	 de	 JusAça	
(renomeadoem	1997)	
•  -	 intuito	 de	 reforçar	 o	 combate	 ao	 crime	
internacional	e	cooperação	entre	as	polícias	
	
Aprofundamento	e	alargamento	
(1992/1997)	
•  Tratado	de	Amsterdã	apresentado	como	“evolução”	do	
de	Maastricht.	Busca	para	incorporar	o	Leste	Europeu	
•  Problemas	 persistentes	 de	 crises	 intrabloco	 e	
extrabloco	
•  -	países	optam	por	não	abrir	mão	do	interesse	nacional	
(França	e	Alemanha)	
•  -	permanência	de	fortes	assimetrias	
•  Problemas	do	Leste	que	não	receberam	ajuda	europeia	
ou	americana:	baixo	crescimento	econômico,	aumento	
no	desemprego	e	perda	das	redes	de	proteção	social	
Aprofundamento	e	alargamento	
(1992/1997)	
•  Problema	 da	 entrada	 e	 outros	 países	 como	
Turquia:	imagem	do	“choque	de	civilizações”	
•  Gestão	 Bill	 Clinton	 (1993/2000).	 Conflito	 na	
anAga	Iugoslávia	chega	ao	fim	e	conclusão	dos	
Acordos	de	Dayton	
•  Nova	 guerra	 em	 1999:	 Kosovo.	 Inação	
europeia	e	ação	americana.		
•  Incorporação	 da	 Polônia,	 República	 Tcheca	 e	
Hungria	à	aliança	(1999)	
Funções	e	interações	
•  Conselho	Europeu	–	a	mais	relevante	instância	da	União	Europeia.	
Se	consolidou	em	1992	e	em	2007	(Tratado	de	Lisboa)	virou	
insAtuição		
•  Decisões	ocorrem	por	consenso.	Buscam	prover	o	direcionamento	
do	bloco:	prioridades	políAcas	sem	poder	legislaAvo	
•  Comissão	Europeia	–	votação	por	maioria	qualificada.	Propõe	nova	
legislação,	 gera	 o	 orçamento,	 representa	 a	 UE	 em	 nível	
internacional	
•  Conselho	da	União	Europeia	–	composta	por	ministros	de	cada	país-
membro	da	UE.		
•  -	 Assessorado	 pelo	 Comitê	 de	 Representantes	 Permanente	
(COREPER	1	e	2).		
•  -	COREPER	1:	mercado	único,	meio	ambiente,	emprego	
•  -	 COREPER	 2:	 questões	 gerais,	 políAca	 externa,	 negociações	
mulAanuais	do	orçamento	
•  Tribunal	de	JusAça	–	interpreta	o	direito	da	UE	
Funções	e	interações	
•  Funções	do	Parlamento	Europeu:		
•  -	debate	e	aprovação	da	legislação	da	UE;	
•  -	exerce	controle	sobre	as	insAtuições	da	UE	
•  -	aprovação	ou	não	da	Comissão	Europeia	
•  -	estabelecimento	de	comitês	de	inquérito	
•  Tratado	 de	Maastricht	 contemplou	 um	 protocolo	 social	 e	
de	cidadania	
•  -	 Protocolo	 Social:	 promoção	 do	 emprego,	 diálogo	 social,	
etc.	 InsAtucional ização	 da	 c idadania	 europeia	
(incorporação	 do	 Acordo	 de	 Schengen	 e	 o	 Tratado	 de	
Amsterdã)	
•  Novas	gerações	e	o	apoio	à	mobilidade	
•  Dimensões	políAcas,	sociais	e	culturais:	busca	para	tornar	
concreta	a	ideia	de	integração	
Dimensão	Econômica:	o	Mercado	
Comum	e	o	Euro	
•  Conceito	 da	 teoria	 da	 integração:	 reprodução	 e	
extensão	dos	resultados	posiAvos	para	as	outras	
arenas	de	interação	dos	Estados	
•  Construção	 e	 consolidação	 do	 mercado	 comum	
em	1957	(iniciador	do	processo)		
•  -	 esforço	 abrangente	 dos	 Estados-membros	 nos	
anos	 1980	 para	 remoção	 de	 barreiras	 €sicas,	
técnicas	e	fiscais	
•  Sucesso	 econômico	 visto	 como	 essencial	 para	
avançar	em	outros	setores	
•  -	problemas	com	a	instabilidade	na	Zona	do	Euro	
Dimensão	Econômica:	o	Mercado	
Comum	e	o	Euro	
•  A	 PolíAca	 Agrícola	 Comum:	 problemas	 dos	
subsídios		
•  Projeto	mais	ambicioso	pós-Maastricht:	a	moeda	
comum	(iniciaAvas	na	década	de	1970)	
•  Atrasos	
•  Embrião	do	Euro:	European	Currency	Unit	
•  Etapa	1:	preparação	do	terreno	
•  Etapa	 2:	 reforço	 do	 mulAlateralismo	 e	
coordenação	macroeconômica	
•  Etapa	3	(1999	a	2002):	transição	das	moedas	
Dimensão	Econômica:	o	Mercado	
Comum	e	o	Euro	
•  Critérios	de	convergência:	
•  1)	estabilidade	dos	preços	(inflação);	
•  2)	taxas	de	juro	(2%	na	média);	
•  3)	déficit	público	(inferior	a	3%	do	PIB);	
•  4)	dívida	pública	(não	exceder	60%);	
•  5)	estabilidade	das	taxas	de	câmbio	
•  Dinamarca,	Reino	Unido	e	Suécia	ficam	de	fora	
•  Espanha,	Portugal	e	Grécia	(crise	a	parAr	de	
2007)	
Dimensões	Estratégicas:	A	PolíAca	
Externa	e	de	Segurança	Comum	(PESC)	
•  Âmbito	social	e	econômico	avançava;	dificuldades	na	parte	
estratégica	
•  A	 não	 consolidação	 da	 Comunidade	 Europeia	 de	 Defesa	
(nos	anos	1950)	
•  Limitação	 da	 cooperação	 europeia	 em	defesa:	 hegemonia	
dos	EUA	e	o	caso	da	OTAN	
•  Implementação	do	Pilar	II	(PESC)	e	a	eclosão	da	Guerra	da	
Iugoslávia.	Imobilismo	da	União	
•  “Tarefas	 Petersberg”.	 A	 UE	 deveria	 fazer	 coordenação	
conjunta:	 humanitárias	 e	 de	 resgate,	 prevenção	 de	
conflitos	e	manutenção	da	paz,	fornecer	tropas	de	combate	
em	 administração	 de	 crises	 incluindo	 fazer	 a	 paz,	
operações	 militares	 conjuntas,	 consulta	 e	 ajuda	 militar,	
estabilização	pós-conflito		
Dimensões	Estratégicas:	A	PolíAca	
Externa	e	de	Segurança	Comum	(PESC)	
•  1992-1995:	dificuldades	europeias	
•  Processo	 de	 Barcelona	 (1995):	 busca	 de	
intensificar	 o	 intercâmbio	 externo	 da	 UE	 com	
outros	países	
•  Tratado	de	Amsterdã	(1997):	criação	do	cargo	de	
Alto	Representante	da	PESC.	Liberação	de	países	
para	parAciparem	ou	não	de	ações	conjuntas	
•  Criação	 das	 PolíAca	 Europeia	 de	 Segurança	 e	
Defesa	(1999)	
•  Deslocamento	do	sucesso	econômico	e	social	das	
questões	de	defesa	e	políAca	externa

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