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TEORIA SOCIAL DA POSSE

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UNIP - Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Social da Posse 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geraldo Domingos Cossalter – RA B35759-2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto 
Maio de 2016 
1 
 
Geraldo Domingos Cossalter 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Social da Posse 
 
 
 
 
 
 
Trabalho “Teoria Social da Posse”, 
Direito Civil, entregue ao Professor 
Jaime Leandro Bulos, 
da disciplina Direito Civil, 
do curso de Direito, período 
matutino. 
 
 
 
 
 
 
 
Unip – Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto 
Ribeirão Preto, 20 de maio de 2016. 
2 
 
SUMÁRIO: 
 
Introdução ....................................................................................................pg 03 
Teoria Social da Posse.........................................................................pg 04 a 10 
Considerações finais...............................................................................pg 11a12 
Bibliografia....................................................................................................pg 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
Direito real é o conjunto das normas reguladoras das relações jurídicas 
referente às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem. O conceito de 
posse considera possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou 
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. O conceito de propriedade 
abrange uma visão do homem sobre mundo, e também uma ideologia. Função 
Social, no direito, serve para exprimir a finalidade de um modelo jurídico, algo 
que precisa ser cumprido por determinada ordem jurídica. O presente estudo 
tem como objetivo definir a importância de um conceito correto de posse seja 
para a contraposição ante o direito de propriedade, quando evidenciado o mau 
uso, seja para garantir direitos inerentes à condição humana. Como o direito 
pode estabelecer uma nova forma se sociedade com os conceitos de posse e 
propriedade e suas implicações com a função social. Conclui-se assim a 
imensa importância de não confundir a função social que o direito à 
propriedade deve englobar com a política social que o governo deve 
desenvolver para amenizar as desigualdades sociais existentes no País. 
Assim, estarão preservados os institutos do direito à propriedade e da 
Constituição Federal de 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
TEORIA SOCIAL DA POSSE 
 
Duas grandes teorias se destacam para explicar o conceito de posse: 
 
- teoria subjetiva, cujo idealizador foi Savigny 
- teoria objetiva, de Ihering 
 
Para a teoria subjetiva, posse é o poder físico sobre a coisa (corpus) com a 
intenção de tê-la para si (animus). Exige-se, portanto, dois 
requisitos: animus e corpus. A falta de um deles impede a posse. 
 
Por outro lado, a teoria objetiva preconiza que posse é apenas o poder físico 
sobre a coisa (corpus). Corpus é comportamento de dono, sendo possuidor 
todo aquele que se comporta como real proprietário. 
 
O atual Código Civil adotou integralmente a teoria objetiva de Ihering, 
conforme os dispositivos abaixo transcritos: 
 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de 
fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes 
inerentes à propriedade. 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se 
torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos 
poderes inerentes à propriedade. 
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a 
vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere 
o art. 1.196. 
 
Há exceções à teoria objetiva, cite-se, por exemplo, o caso do fâmulo da 
posse, previsto no artigo 1.197, do Código Civil: 
 
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu 
poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, 
5 
 
não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o 
possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 
 
Faz-se oportuno mencionar que, modernamente, há quem exija um outro 
requisito para a configuração da posse, qual seja: a função social. 
De acordo com o Prof. Flávio Tartuce: 
 
 
(...) entendemos que o princípio da função social da posse é 
implícito à codificação emergente, principalmente pela 
valorização da posse-trabalho, conforme arts. 1.238, parágrafo 
único; 1.242, parágrafo único; e 1.228, §§ 4º e 5º, todos do 
novo Código Civil. 
TARTUCE, Flávio. A função social da posse e da propriedade 
e o direito civil constitucional. Disponível 
em www.jusnavigandi - Acesso em 19.05.2016. 
 
No que tange à natureza jurídica da posse, há quem entenda sê-la um direito 
real, outros que se trata de uma situação de fato regulada pelo ordenamento 
jurídico e também há quem entenda que a posse é um direito sui generis, por 
possuir regramento próprio. 
 Adentrando no tema principal deste breve comentário: efeitos da posse, vale 
dizer que vários são os efeitos da posse. Dentre eles, destacamos: 
 
- defesa direta da posse 
- uso dos interditos possessórios 
- direito quanto aos frutos 
- direitos decorrentes de benfeitorias 
- responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa 
- direito à usucapião 
 
No que diz respeito à defesa direta da posse, duas são as formas de exercê-
la: mediante legítima defesa ou por desforço imediato. Aquela é a reação 
imediata e moderada à turbação da posse (quando ainda não houve perda da 
6 
 
posse). Esta segunda forma, o desforço imediato, é a reação imediata ao 
esbulho possessório, que se dá quando já houve perda da posse. 
 
Com relação ao uso dos interditos possessórios, que são as ações das quais 
o possuidor poderá se valer para defesa da posse, destaca-se três ações 
tipicamente possessórias: 
 
- A reintegração de posse, a manutenção de posse e o interdito proibitório. A 
primeira é aquela que visa recuperar a posse perdida, ou seja, é cabível no 
esbulho possessório (perda da posse em razão de violência, clandestinidade 
ou precariedade). 
 
- A segunda é cabível quando houver turbação possessória, ou seja, 
molestação ou perturbação da posse. Em ambas, a petição inicial deve indicar 
a data do esbulho ou turbação, para se saber se é o caso de ação de força 
nova ou velha (ano e dia), com vistas à concessão de pedido liminar de 
reintegração ou manutenção da posse. 
 
- A terceira ação de interdito possessório, que é a ação de interdito proibitório, 
é cabível quando houver justo receio de turbação ou esbulho, ou seja, uma 
ameaça concreta. Trata-se de uma ação preventiva, pois visa evitar a 
consumação da turbação ou do esbulho. 
 
Ressalte-se que há outras ações protegem a posse de maneira indireta, tais 
como ação de imissão na posse, reivindicatória, publiciana, negatória. Estas 
são chamadas ações petitórias e na maioria das vezes discutem domínio e 
propriedade. 
 Em relação aos frutos, o Código Civil prevê expressamente de que maneira o 
possuidor tem direito à sua percepção: 
 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela 
durar, aos frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar 
a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as 
7 
 
despesas da produção e custeio; devem ser também 
restituídos os frutos colhidos com antecipação.Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos 
e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se 
percebidos dia por dia. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos 
colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, 
deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu 
de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. 
 
O mesmo ocorre com relação às benfeitorias: 
 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização 
das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às 
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o 
puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de 
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente 
as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de 
retenção pela importância destas, nem o de levantar as 
voluptuárias. 
 
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só 
obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda 
existirem. 
 
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as 
benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar 
entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé 
indenizará pelo valor atual. 
 
Da mesma forma, há previsão expressa com relação à responsabilidade pela 
perda ou deterioração da coisa: 
8 
 
 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou 
deterioração da coisa, a que não der causa. 
 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou 
deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar 
que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do 
reivindicante. 
 
Nos três últimos aspectos, para facilitar a compreensão, observe-se que o 
Código Civil faz distinção de tratamento dado ao possuidor de boa-fé daquele 
dispensado ao possuidor de má-fé, razão pela qual se destacou as expressões 
nos dispositivos acima transcritos. Vale dizer: é de boa-fé a posse, se o 
possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa (art. 
1.201, CC). 
 Por fim, tem-se como efeito da posse a possibilidade de se adquirir a 
propriedade pela usucapião. Trata-se de modo originário de aquisição da 
propriedade, que exige o preenchimento de certos requisitos, dentre eles: 
posse justa, mansa e pacífica; posse ad usucapionem (ânimo de dono); tempo 
de posse; posse contínua e posse ininterrupta. 
 
A partir dessas exigências a usucapião pode ser de várias espécies: ordinária, 
extraordinária, especial rural, especial urbana e coletiva. Segue o regramento 
legal de cada uma delas para conhecimento: 
 
Da usucapião ordinária – Código Civil: 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele 
que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, 
o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste 
artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com 
base no registro constante do respectivo cartório, cancelada 
posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem 
9 
 
estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de 
interesse social e econômico. 
 
Da Usucapião extraordinária – Código Civil: 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, 
nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a 
propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo 
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual 
servirá de título para o registro no Cartório de Registro de 
Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-
á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a 
sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de 
caráter produtivo. 
 
Especial rural – Constituição Federal: 
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural 
ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, 
sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a 
cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou 
de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a 
propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por 
usucapião. 
 
Especial urbana – Constituição Federal: 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até 
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua 
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que 
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão 
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, 
independentemente do estado civil. 
10 
 
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor 
mais de uma vez. 
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por 
usucapião. 
 
Coletiva – Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01): 
Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta 
metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda 
para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem 
oposição, onde não for possível identificar os terrenos 
ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem 
usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não 
sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido 
por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, 
contanto que ambas sejam contínuas. 
§ 2º A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será 
declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título 
para registro no cartório de registro de imóveis. 
§ 3º Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno 
a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno 
que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os 
condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas. 
§ 4º O condomínio especial constituído é indivisível, não 
sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável 
tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso 
de execução de urbanização posterior à constituição do 
condomínio. 
§ 5º As deliberações relativas à administração do condomínio 
especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos 
presentes, obrigando também os demais, discordantes ou 
ausentes. 
 
11 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este trabalho se propôs a definir a importância de um conceito de posse para 
garantir direitos inerentes à condição humana e como o direito pode 
estabelecer uma nova forma de sociedade com os conceitos de posse e 
propriedade e suas implicações com a função social. O Brasil é um Estado 
democrático formado por uma República Federativa com a união indissolúvel 
dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. Este conjunto de entes forma o 
Estado Democrático de direito. O exercício da soberania por parte das 
autoridades que compõe as Instituições de um País democrático visa proteger 
o cidadão no exercício do direito a propriedade e posse. O direito à propriedade 
depende da soberania para ser reconhecida. São institutos que estão 
interligados. A interpretação de ambos deve ser em conjunto, de forma a evitar-
se que o governo em suas políticas públicas venha confundir ora a prevalência 
ao direito de propriedade sobre a soberania ora a prevalência da soberania 
sobre o direito de propriedade. Realizada uma avaliação sucinta do estado da 
função social da propriedade e da posse na atualidade, dos debates públicos e 
acadêmicos, e as mobilizações dos movimentos sociais do campo, sendo este, 
pois, a estrutura social de sentido que o Direito e o Judiciário brasileirotambém 
constroem ao fixarem a semântica do direito a terra, foi possível ao decorrer 
deste trabalho, perceber os conflitos existentes entre a função social da posse 
e da propriedade, bem como os vários fatores sociais envolvidos nesta 
questão. Em um Estado democrático como o Brasil, deve haver a 
preponderância do interesse público sobre o interesse privado em todas as 
decisões políticas. A função Social da Propriedade, a regulação do uso das 
propriedades com o foco no bem coletivo, para melhor distribuição de terras, 
direito a propriedade e manutenção do meio ambiente, devem ser os bens a 
ser protegidos. Encontrar soluções questionando os desajustes do Estado 
democrático, em conformidade com a legislação, fortalece esse Estado 
democrático de Direito. Concretizar esse equilíbrio protegerá a propriedade 
privada sem ferir a soberania nacional. Observa-se constantemente a 
preocupação de diversos setores da sociedade brasileira com as questões 
sociais. Isso repercute na legislação brasileira que vem moldando as alterações 
12 
 
proporcionadas pelo perfil do direito de propriedade que deixou de apresentar 
as características de direito absoluto e ilimitado para se transformar em um 
direito de finalidade social. A premissa de igualdade social deve estar 
intrínseca ao direito, pois somos iguais perante a lei, porém o individualismo e 
as decisões com pensamentos para benefícios de causas próprias acabam por 
deturpar e distorcer essa essência. A interpretação correta dessa premissa 
pelas autoridades é fundamental para que não haja perda do direito a essa 
propriedade por parte daqueles cidadãos que detém o título de posse e 
cumprem suas obrigações conforme a legislação vigente no País. Isso 
ocorrendo, poderá ser compreendido como consequência favorável ao 
crescimento brasileiro. Assim, é importante não confundir a função social que o 
direito à propriedade deve englobar com a política social que o governo deve 
desenvolver para amenizar as desigualdades sociais existentes no País. Então, 
estarão preservados os institutos do direito à propriedade e da soberania como 
assegurados pela Constituição Federal vigente desde 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
- Venosa, Silvio de Salvo, 2ª edição, São Paulo, Atlas, 2011, Código Civil 
interpretado. 
- Harms, Marisa – 11ª edição, São Paulo, Revista dos Tribunais, 2015, Vade 
Mecum. 
- e-refencia - www.jusnavigandi - Acesso em 19.05.2016.

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