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PROCESSO DO TRABALHO. CASO CONCRETO SEMANA 9. ESTÁCIO FIC. 2017

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PROCESSO DO TRABALHO
CASO 9
Descrição
(baseada XXI EXAME OAB FGV) 
Um empregado ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de vale transporte, jamais concedido durante o contrato de trabalho, bem como o FGTS não depositado durante o pacto laboral. Em contestação, a sociedade empresária advogou que, em relação ao vale transporte, o empregado não satisfazia os requisitos indispensáveis para a concessão; no tocante ao FGTS, disse que os depósitos estavam regulares. Analise, em relação a cada um dos pedidos formulado, a distribuição do ônus da prova, diante desse panorama processual apresentado e do entendimento consolidado pelo TST. 
Em uma acepção inicial, ter-se-ia o pensamento que no tocante aos requisitos indispensáveis a concessão do vale transporte, caberia o ônus probatório ao empregado, visto tratar-se de fato constitutivo ao seu direito, assim é expresso o artigo 373, I do CPC e 818 da CLT. Assim, restaria ao Reclamante demonstrar de forma clara que tem direito a receber o vale transporte, por morar distante ou algo congênere. No entanto, em recente súmula publicada pelo Tribunal Superior do Trabalho, de número 460, solidificou-se o entendimento que tal ônus pertence ao empregador (sociedade empresária). Veja-se :
SÚMULA Nº 460 DO TST
VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03. 06.2016
É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.
	Já com relação ao pagamento das parcelas referente ao FGTS, novamente em análise mais superficial, ver-se-ia que o ônus da prova pertenceria ao empregador (reclamado no caso em tela), em virtude da alegação de existência de fato extintivo do direito do reclamante. Nos termos do artigo 373, inciso II, devendo o Reclamado juntar os comprovantes de todos os depósitos dos valores referentes ao FGTS. Esse entendimento fora fixado na recente súmula 461 do TST, que assim aduz:
SÚMULA Nº 461 DO TST
FGTS. DIFERENÇAS. RECOLHIMENTO. ÔNUS DA PROVA - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015).
No mesmo sentido:
Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. (CPC/2015) 
Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. (CLT)
1ª QUESTÃO OBJETIVA:
(FCC AJOJAF TRT 9 2015) Os honorários periciais são devidos
A) pelo autor, se a ação for julgada improcedente e pelo réu, se a ação for julgada procedente.
XB) pela União quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita. Correto:
EM REGRA: QUEM PAGA OS HONORÁRIOS PERICIAIS É A PARTE SUCUMBENTE NO OBJETO DA PERÍCIA.
 
EXCEÇÃO: BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA----> QUEM PAGARÁ SERÁ A UNIÃO
SÚMULA 457 TST
A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.
C) pela parte que solicitou a realização da prova pericial, salvo se for beneficiária da assistência judiciária gratuita.
D) pelo empregador que deu causa à realização da perícia técnica.
E) pela parte que solicitou a realização da prova pericial, ainda que vencedora no objeto da perícia.
2ª QUESTÃO OBJETIVA:
(XXI EXAME OAB FGV) Em pedido de reenquadramento formulado em reclamação trabalhista, foi designada perícia, com honorários adiantados pelo autor, e ambas as partes indicaram assistentes técnicos. Após a análise das provas, o pedido foi julgado procedente. Diante da situação, da legislação em vigor e do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.
a) O autor, tendo se sagrado vencedor, será ressarcido pelos honorários pagos ao perito e ao seu assistente técnico.
xb) O autor não terá o ressarcimento dos honorários que pagou ao seu assistente técnico, porque sua indicação é faculdade da parte. Correto:
Os honorários do assistente técnico são de responsabilidade da parte contratante, independentemente do resultado da perícia, uma vez que a contratação é facultativa. Quando se tem a nomeação de perito judicial para a realização de exame judicial, as partes podem indicar assistentes técnicos, caso queiram. Assim sendo, o contratante arca com o pagamento da quantia acordada diretamente com o expert, não havendo possibilidade de impor à parte contrária o dever de ressarcir o valor pago, mesmo que a perícia seja favorável. Assim, não se pode confundir a regra de pagamento dos honorários periciais (art.790-B da CLT) com os honorários do assistente técnico, objeto de questionamento.
 Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. (CLT)
c) O autor, segundo previsão da CLT, terá o ressarcimento integral dos honorários pagos ao perito e metade daquilo pago ao seu assistente técnico.
d) O juiz, inexistindo previsão legal ou jurisprudencial, deverá decidir se os honorários do assistente técnico da parte serão ressarcidos.

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