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PRESCRIÇÃO - DIREITO PENAL

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA – CAMPI RIBEIRÃO PRETO - SP 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
GERALDO DOMINGOS COSSALTER 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO – DIREITO PENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto 
2015 
GERALDO DOMINGOS COSSALTER 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO DIREITO PENAL 
 
 
 
 
 
Questionário apresentado ao Prof Daniel 
José De Angelis, titular da matéria 
Extinção de Punibilidade, do curso de 
Direito da UNIP-Universidade Paulista – 
Campi Ribeirão Preto – Faculdade de 
Ciências do Direito, objetivando a 
concessão de 02 (duas) horas de 
atividades complementares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto 
2015 
 
INTRODUÇÃO 
 
O objetivo maior deste questionário é promover a compreensão acerca 
da forma de cálculo prescricional dos casos aventados. Mais do que 
computar horas de atividades complementares, ou até mesmo outros 
benefícios, o maior deles, sem sombra de dúvidas, é o aprendizado que 
se poderá obter por intermédio da solução dos problemas ora 
apresentados. Ao solucionar os casos propostos, certamente haverá um 
esclarecimento quanto ao formato e forma de se calcular e aplicar a 
prescrição ou as penas que estão previstas em lei, o que será de 
fundamental importância para futuras provas, exames e principalmente 
para o exercício no campo do Direito Penal. Embora pareça algo muito 
pequeno, em razão das poucas questões formuladas, o mais importante 
é o da obtenção da compreensão do sistema de cálculo adotado pelo 
Código Penal. Ademais, não é tão simples o entendimento, já que é 
preciso um estudo meticuloso que exige atenção, principalmente quanto 
aos critérios que o Código Penal adotou. Vale ainda lembrar, que o valor 
deste questionário poderá ser auferido quando dos resultados positivos 
obtidos em provas e exames. Portanto, mais que um simples 
questionário, temos aqui uma oportunidade de aprendizado que deve ser 
aproveitada por intermédio de uma investigação minuciosa e, não 
apenas pela escolha de uma das assertivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
 
01) [Vunesp - 2012 - TJMG - Juiz] João Teodoro foi condenado a 1 (um) ano 
de reclusão, pela prática de furto tentado, por fato ocorrido em 21.04.2006. Na 
fixação da pena, foi considerada a circunstância agravante da reincidência. A 
sentença transitou em julgado para as partes em 02.02.2007. Foi expedido 
mandado de prisão e o réu não foi encontrado. Quanto à prescrição da 
pretensão executória da pena, pode-se afirmar que ela ocorrerá em: 
 
a) 4 (quatro) anos; 
b) 3 (três) anos; 
c) 2 (dois) anos; 
d) 5 (cinco) anos e 4 (quatro) meses. 
 
Resposta: 
Neste caso, aplica-se o art. 109 do CP (pretensão condenatória, levando em 
conta a pena já aplicada) assim: 
1 ano de reclusão = 04 anos de prescrição + 1/3 de acréscimo em razão da 
reincidência, ficando assim: 
4 anos são 48 meses, somados mais 16 meses que são 1/3 de 48 meses, 
obtemos um total de 64 meses. 60 meses são cinco anos + os 4 meses que 
sobraram totalizam Cinco anos e quatro meses. 
Portanto, a resposta correta é a alternativa “d”. 
 
 
 
02) [FCC - 2012 - TRE-SP - Analista] Rubens está sendo processado por 
crime de peculato, praticado no dia 03 de fevereiro de 2008, quando tinha 20 
anos de idade. A denúncia foi recebida no dia 05 de junho de 2008. Por 
sentença judicial, publicada no Diário Oficial no dia 10 de novembro de 2011, 
Rubens foi condenado a cumprir pena de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de 
reclusão, em regime inicial aberto, e ao pagamento de 10 (dez) dias-multa. A 
pena privativa de liberdade aplicada pelo Magistrado foi substituída, na forma 
do artigo 44, do Código Penal, por uma pena restritiva de direitos de prestação 
de serviços à comunidade, pelo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, 
e por 10 (dez) dias-multa, no valor unitário mínimo. A sentença transitou em 
julgado no dia 1o de janeiro de 2012. Nesse caso, após o trânsito em julgado, a 
prescrição para as penalidades aplicadas ao réu verifica-se no prazo de: 
 
a) 02 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas. 
b) 08 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas 
c) 04 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas 
d) 04 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas. 
e) 08 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas 
 
RESPOSTA: 
Como o apenado tinha menos de 21 anos, logo, de acordo com o art. 115 do 
CP, haverá uma redução pela metade em razão da idade do réu (menos de 21 
anos na época do crime). Assim ficando: 
02 anos e 06 meses de reclusão, aplica-se a tabela do art 109 do CP que nos 
mostra 8 anos de prescrição, logo, serão 4 anos para a pena privativa de 
liberdade e para as multas, que acompanham os prazos das penas privativas 
em razão da idade do réu, portanto são aplicados uma redução pela metade. 
Portanto, a resposta correta é a alternativa “c” 
 
 
 
03) [FGV - 2012 - Exame de Ordem Unificado] No dia 18/10/2005, 
Eratóstenes praticou um crime de corrupção ativa em transação comercial 
internacional (Art. 337-B do CP), cuja pena é de 1 a 8 anos e multa. 
Devidamente investigado, Eratóstenes foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial 
acusatória foi recebida. O processo teve regular seguimento e, ao final, o 
magistrado sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1 ano de 
reclusão e ao pagamento de dez dias-multa. A sentença foi publicada em 
7/4/2007. O Ministério Público não interpôs recurso, tendo, tal sentença, 
transitado em julgado para a acusação. A defesa de Eratóstenes, por sua vez, 
que objetivava sua absolvição, interpôs sucessivos recursos. Até o dia 
15/5/2011, o processo ainda não havia tido seu definitivo julgamento, ou seja, 
não houve trânsito em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e 
sabendo-se que, de acordo com o art. 109, incisos III e V, do Código Penal, a 
prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, verifica-se em 12 
(doze) anos se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito anos 
e em 4 (quatro) anos se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo 
superior, não exceda a dois, com base na situação apresentada, é correto 
afirmar que: 
 
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão 
executória, pois desde a publicação da sentença não transcorreu lapso de 
tempo superior a doze anos. 
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data da 
publicação da sentença e a última data apresentada no enunciado, transcorreu 
lapso de tempo superior a 4 anos. 
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que 
pressupõe o trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a pena 
concretamente imposta na sentença. 
d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não ocorreu o 
trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a teoria da pior hipótese, de 
modo que a prescrição, se houvesse, somente ocorreria doze anos após a data 
do fato. 
 
RESPOSTA; 
Neste caso, o MP poderia ter interposto recurso pretendendo uma pena maior 
do que a aplicada. Assim, perdeu o prazo, já que não mais poderia questionar 
o trânsito em julgado da sentença. Diante da situação apresentada, a defesa 
interpôs diversos recursos, até a data de 15/05/2011, ou seja, quase cinco 
anos e meio depois da denúncia recebida e um pouco mais de quatro anos 
após a publicação da sentença. Assim, a resposta correta é a alternativa 
“c”, já que houvea prescrição da pretensão punitiva superveniente ou 
intercorrente, o que significa que o cálculo da prescrição deve ser pela 
pena aplicada em concreto e não pela pretensão máxima expressa no art. 
109 do CP. 
 
 
 
04) [VUNESP - 2008 - TJSP - Juiz] Por furto qualificado acontecido em 10 de 
janeiro de 2004, A e B foram processados (denúncia recebida em 03 de 
fevereiro de 2005), sobrevindo, em 24 de maio de 2006, sentença que 
condenou o primeiro às penas de 02 (dois) anos de reclusão e 10 dias-multa, 
sem recurso das partes. Quanto a B, menor de 21 anos à data do crime, o 
processo foi desmembrado para a instauração de incidente de insanidade 
mental que, ao final, o considerou plenamente imputável. B, então, foi 
condenado, pelo mesmo delito, às penas de 02 (dois) anos de reclusão e 10 
dias-multa, por sentença publicada em 21 de março de 2007, que se tornou 
definitiva para as partes em abril do mesmo ano. É correto afirmar, quanto a B, 
que: 
 
a) ocorreu a prescrição da pretensão punitiva em face da pena aplicada e de 
sua menoridade relativa à data do delito. 
b) ocorreu a prescrição da pretensão executória em face da pena aplicada e de 
sua menoridade relativa à data do crime. 
c) não ocorreu a extinção da punibilidade, em qualquer dessas modalidades, 
em razão da interrupção do curso da prescrição pela instauração de incidente 
de insanidade mental. 
d) não ocorreu a extinção da punibilidade em qualquer dessas 
modalidades, em razão da interrupção do curso da prescrição pela 
sentença condenatória proferida contra A. 
 
RESPOSTA 
 
Ao ser desmembrado o processo para instauração de incidente de sanidade 
mental, a prescrição é interrompida. Como houve a condenação de “A” logo 
após o desmembramento do processo como já citado anteriormente, logo, ao 
se constatado que “B” não era inimputável e, em seguida, teve a pena aplicada 
em definitivo em 21 de março de 2007, então calculamos a prescrição: 02 anos 
de pena aplicada, de acordo com o art109 do CP, são 04 anos de pretensão 
condenatória. Logo, “b” tendo menos de 21 anos, teve reduzida pela metade a 
prescrição. Como houve a interrupção da prescrição entre a denúncia e a 
sentença final que não cabia recurso, portanto, transitou em julgado, logo 
estava dentro do prazo prescricional, prazo este que terminaria em 2008 
apenas. A resposta correta é a alternativa “d”. 
 
 
 
05) [VUNESP - 2007 - OAB-SP] João, em 20 de maio de 2000, culposamente 
atirou em sua mulher que veio a falecer em 23 de maio de 2000. Em 23 de 
maio de 2004, o juiz recebeu a denúncia contra João. A sentença transitada em 
julgado condenou João à pena privativa de liberdade de 2 anos de detenção. 
Levando-se em conta que a pena privativa de liberdade de 2 anos prescreve 
em 4 anos e que o termo inicial do prazo prescricional se inicia no dia em que o 
crime se consumou, assinale a alternativa correta. 
 
a) O fato se deu em 20 de maio de 2000. Entre o fato e o recebimento da 
denúncia (23 de maio de 2004), passaram- se mais de quatro anos. Assim, 
temos a prescrição a pretensão punitiva in abstracto. 
b) O fato se deu em 20 de maio de 2000. Entre o fato e o recebimento da 
denúncia (23 de maio de 2004), passaram- se mais de quatro anos. Assim, 
temos a prescrição da pretensão punitiva retroativa. 
c) O fato se deu em 23 de maio de 2000. Entre o fato e o recebimento da 
denúncia (23 de maio de 2004), passaram- se mais de quatro anos. Assim, 
temos a prescrição da pretensão punitiva in abstracto. 
d) O fato se deu em 23 de maio de 2000. Entre o fato e o recebimento da 
denúncia (23 de maio de 2004), passaram- se mais de quatro anos. Assim, 
temos a prescrição da pretensão punitiva retroativa. 
 
REPOSTA: 
O fato consumou-se em 23 de maio de 2000. Pelo art 121, a pena seria de 06 a 
20 anos em regime fechado, o que dariam 20 anos de prescrição, porém com o 
trânsito em julgado em 23 de maio de 2004, portanto pouco mais de 04 anos 
após a consumação do crime e, com a sentença condenatória que determinou 
02 anos de reclusão em regime fechado, portanto, 04 anos de prescrição, o réu 
poderá ser solto, já que houve prescrição da punição punitiva retroativa, que é 
o fenômeno que ocorreu neste caso, onde a pena aplicada foi muito menor do 
que a pretendida. Predomina o entendimento doutrinário que ainda temos a 
prescrição retroativa na persecução penal judicial (após recebimento da 
denúncia ou queixa), porque o § 1º do artigo 110 afirma: A prescrição, depois 
da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois 
de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em 
nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. 
Portanto, a contagem deve ser realizada de forma retroativa da publicação da 
sentença condenatória recorrível até a data do recebimento da denúncia ou 
queixa. A resposta correta é a alternativa “d”. 
 
 
06) [FCC - 2006 - DPE-SP - Defensor Público] À Rosilda, reincidente e presa 
em flagrante, pela prática de três crimes em concurso material foram impostas 
as seguintes penas: três anos; dois anos; seis meses. Essas penas, somadas, 
em razão do concurso material, totalizaram cinco anos e seis meses de 
reclusão. Ela tinha vinte anos na data dos fatos e vinte e quatro anos na data 
da sentença condenatória. O recebimento da denúncia se deu no dia 
20.05.2001 e, a sentença condenatória proferida e publicada no dia 
20.05.2005, transitou em julgado para as partes sem recurso. Nos termos do 
art. 109 do Código Penal, os lapsos prescricionais correm em: III. 12 (doze) 
anos, se o máximo da pena é superior a 4 (quatro) anos e não excede a 8 
(oito); IV. 8 (oito) anos, se o máximo da pena é superior a 2 (dois) anos e não 
excede a 4 (quatro); V. 4 (quatro) anos, se o máximo da pena é igual a 1 (um) 
ano ou, sendo superior, não excede a 2 (dois); VI. 2 (dois) anos, se o máximo 
da pena é inferior a 1 (um) ano. Pode-se afirmar: 
 
a) Não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva, pois a reincidência é causa 
interruptiva e a prisão é causa suspensiva do curso do lapso prescricional. 
b) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva de todas as penas, entre a 
data do recebimento da denúncia e a data da sentença, porque a 
sentenciada era menor de 21 anos à época dos fatos e, no caso de 
concurso de crimes, a prescrição incide sobre a pena de cada um, 
isoladamente, e não sobre as penas somadas. 
c) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva, entre a data do recebimento da 
denúncia e a data da sentença, apenas em relação às penas de dois anos e a 
de seis meses de reclusão, pois, embora no caso de concurso de crimes a 
prescrição incida sobre a pena de cada um isoladamente, a sentenciada era 
maior de 21 anos à época da sentença. 
d) Não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva, pois a sentenciada era 
maior de 21 anos à época da sentença; a pena total é de cinco anos e seis 
meses de reclusão e não decorreu lapso superior a doze anos entre a data do 
recebimento da denúncia e da sentença. 
e) Não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva, pois, embora a sentenciada 
fosse menor de 21 anos à época dos fatos, a pena total é de cinco anos e seis 
meses de reclusão e não decorreu lapso superior a seis anos entre a data do 
recebimento da denúncia e a da sentença. 
 
RESPOSTA 
Pelo fato de te menos de 21 anos, o Art 115 do CP determina a redução pela 
metade da prescrição. Portanto, o maior prazo do crime cometido entre todos 
eles, seria o de 8 anos, que pela metade dariam 04 ano apenas, já que não se 
somam no caso de concurso de crimes. Portanto, passaram-se pouco mais de 
04 anos da data dos fatos. A reposta corretaé a alternativa “b”. 
 
 
 
07) [ESAF - 2004 - CGU] O agente "F", no dia 01 de novembro de 2000, 
praticou o crime de contrabando. Referido tipo penal é apenado com reclusão 
de um a quatro anos. O agente foi preso em flagrante na data dos fatos dando 
ensejo à abertura de inquérito policial. No dia 02 de dezembro de 2000, o Juiz 
recebe a denúncia oferecida pelo Ministério Público. Em 01 de dezembro de 
2003, foi o acusado condenado a pena de dois anos de reclusão. Diante disso, 
pode-se afirmar quanto à prescrição que: 
 
 
a) o crime está prescrito, visto que a conduta foi praticada em 01 de novembro 
de 2000 e o crime prescreve em dois anos. 
b) o crime não está prescrito, pois o prazo de prescrição para este crime é 
de oito anos. 
c)o crime está prescrito, visto que da data do recebimento da denúncia até 01 
de dezembro de 2003 já se passaram mais de dois anos. 
d) o crime não está prescrito, pois o prazo de prescrição para este crime é de 
dezesseis anos. 
e) é um instituto que atinge exclusivamente o exercício do direito à jurisdição. 
 
RESPOSTA 
 
O artigo 109 do CP é claro, entre 02 a 04 anos de pena, a prescrição será de 
08 anos. Então, passaram-se apenas 03 anos, resultando ainda em mais 05 
anos para a prescrição. Sendo assim, a resposta correta é a alternativa “b”. 
Entretanto, com o recebimento da denúncia em DEZ de 2000, houve a 
interrupção da prescrição, que começa a contar novamente. Com a sentença 
condenatória em DEZ 2003, novo prazo começa a ser contato em razão da 
interrupção. Assim, considerando-se que a defesa não entrou com recurso, 
então, a prescrição será de 04 anos, contados da sentença condenatória, que é 
a regra estipulada pela lei 12.234/2010, em relação ao art. 110, §1º do CP, que 
diz: prescrição depois da sentença condenatória transitada em julgado para 
acusação, ou depois de improvido o seu recurso, regula-se pela pena aplicada, 
não podendo em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da 
denuncia ou queixa. Assim, se contarmos da data da denúncia ou queixa, 
ainda assim faltaria cerca de um ano para prescrever o crime. 
 
Considerações finais: 
“Mais um objetivo foi alcançado! De degrau em degrau, de passo em passo, 
seguirei em frente, rumo ao eterno aprendizado.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
Vade Meccum Acadêmico de Direito Rideel – 14 ed, 2012, São 
Paulo, Rideel.

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