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Trabalho_Participacao_e_Democracia_turma_de_Sociologiafinal

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Universidade Federal de Lavras 				
Departamento de Ciências Humanas
Disciplina: Sociologia
Professor: Marcelo Sevaybricker Moreira
Trabalho: Participação e democracia – a política de acordo (e além) de Max Weber
Valor: 35 pontos 
Turma: 10 A
Alunas(os): Alice, Mariana Silva, Monica Barbosa, Fernanda Carla, Beatriz Silva, Érika Silva, Pedro Henrique Rezende, Miguel José de Souza.
Título do artigo: Em São Paulo, o Facebook e o Twitter foram às ruas.
Regras para realização do trabalho:
O trabalho DEVE ser feito em GRUPO. A sala será dividida em grupos, durante o horário da aula, de acordo com os textos a serem debatidos, segundo os critérios do professor. Alunos(as) que, porventura, não tenham participado da divisão em grupos, devem procurar o professor até o prazo limite de uma semana antes de iniciada as apresentações.
O trabalho tem como tema a PARTICIPAÇÃO em regimes democráticos contemporâneos. Para realizá-lo os(as) alunos(as) devem ler o material bibliográfico obrigatório, isto é, o artigo específico indicado pelo professor. O trabalho consiste consiste em DUAS PARTES: a) uma exposição oral feita em sala de aula, em que o grupo (não necessariamente todos os[as] alunos[as]) devem apresentar AS IDEIAS PRINCIPAIS do(a) autor(a), e devem dissertar CRITICAMENTE sobre ele, tendo em vista suas opiniões pessoais, além da matéria referente à sociologia política de Max Weber. Cada grupo terá o mesmo tempo para a exposição oral (especificado em aula pelo professor) e não será possível utilizar Datashow; b) uma resenha do artigo específico lido.[0: 1 MARICATO, Ermínia [et al.]. Cidades rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo, 2013 (a fotocópia dos diversos capítulos está disponível no xerox da UFLA, grampeados separadamente).]
A resenha deve ser digitada (formatação obrigatória: Fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço entre linhas 1,5, texto justificado), contendo como folha de rosto esta página, de no máximo, duas páginas (sem contar a folha de rosto) e entregue impressa, impreterivelmente, logo após a apresentação do grupo em sala de aula, diretamente ao professor. A resenha deve, além de reconstituir os argumentos do texto, se posicionar em relação a eles, inclusive considerando a matéria referente à sociologia política de Max Weber. Não serão aceitos quaisquer trabalhos entregues após o encerramento das apresentações dos grupos.
A resenha deve ser formulada com suas próprias palavras. Plágio ou paráfrase farão com que a nota final de todo o trabalho seja zero. Se for o caso de, eventualmente, ilustrar a resposta com uma citação, fazê-lo entre aspas e indicando em seguida a referência bibliográfica, conforme as normas da ABNT.
Em São Paulo o Facebook e o Twitter foram às ruas. 
Leonardo Sakamoto em seu artigo tenta, como outros que foram produzidos após as manifestações de Junho de 2013, traçar um perfil dos participantes e tentar entender o que os levou às ruas. O autor mostra que as próprias redes sociais foram às ruas pelo que se pode observar através dos comentários em cartazes que alguns manifestantes portavam. [1: Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.]
O movimento começou como um protesto relacionado ao preço das passagens de ônibus. Com o desenrolar dos acontecimentos a pauta foi se alterando.O autor afirma que, além da pauta dos manifestantes naquele momento, a violência do aparato de repressão foi o que também provocou o aumento da participação. 
A revolta dos manifestantes não era apenas contra partidos, mas contra as instituições tradicionais que representam uma autoridade. A pesar disso, a maioria dos protestantes foi à rua protestar por “coisas” banais ou nem sequer sabiam o real motivo de estarem lá protestando . Todos só sabiam de uma coisa: que a internet permite a liberdade de expressão e esse movimento só tomou tal amplitude devido a esse fato. Mas os mal informados e baderneiros que compunham esse manifesto não estavam cientes de que na rua teria que ser diferente da internet; a organização coletiva ajudaria mais do que partir para violência fisica e verbal , e estavam ali apenas para “criar novos casos” , para pertubar o sossego de quem protestava por motivos reais. 
Sakamoto diz que “teremos que aprender a conviver com passeatas conservadoras sem achar que vai rolar uma nova Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Aqueles que foram para as ruas agora, entre eles esses denominados por alguns de “coxinhas”, ou seja, reacionários de classe média e alta parecem não levar em consideração que “o povo não acordou” agora. Muitos daqueles que eles hostilizaram nas ruas participaram de muitas lutas, muitos estão lutando para tentar garantir seus direitos há muito tempo: os sem-terra, os sindicalistas, movimentos sociais, ativistas do movimento negro e outros. 
O povo, principalmente aqueles mais pobres e explorados pelo sistema, só vai conseguir sua libertação quando a maioria se conscientizar da exploração de que é vítima e partir para as ruas para reivindicar o que é seu. Sofremos um déficit de democracia participativa e a democracia representativa parece não atender mais aos anseios a população.
Podemos estabelecer elos entre os textos relacionados às manifestações de junho e o que Weber diz sobre a política. Podemos ver claramente a presença do Estado monopolizando o uso legítimo da violência quando da repressão dos movimentos. O Estado já vem reprimindo os movimentos sociais, populares e sindicais há muito tempo. Podemos ver o uso da coerção de várias maneiras, desde a presença de um aparato policial até as editorias da mídia tendenciosa. A luta interna entre os poderes econômico, ideológico e político, também é visível, cada um defendendo seus interesses. Como afirma Weber “o estado não é promotor do bem comum” e “a soberania popular é uma quimera”. Os manifestantes estavam em êxtase julgando que haviam conquistado o poder, que haviam encontrado um meio de vencer o poder do Estado. Mera ilusão, os poderes constituídos acenaram com migalhas, apenas para acalmar as manifestações. Weber discute também que o cidadão moderno não tem capacidade de participação política e que a mesma é um espaço para profissionais. Podemos ver isso, de certo modo, entre os manifestantes, uma vez que a falta de preparo político estava evidente na maior parte dos movimentos. 
As grandes manifestações e aquelas menores que ainda hoje persistem, os resultados desses movimentos, inclusive a violência que vitimou um jornalista recentemente não contradizem as idéias de Weber, ao contrário, corroboram a maior parte delas, mostrando os aspecto contemporâneo de seus pensamentos.

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