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APS-1 DIREITO PENAL - Crimes Contra a Honra

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REDE DE ENSINO DOCTUM
FACULDADE DE DIREITO DA SERRA
ADRIANO CINTRA CORREIA
FRANCYNELLI BINOW
RODOLPHO SCARPATTI
THAIS SOARES
DIREITO PENAL III
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
SERRA
2017
ADRIANO CINTRA CORREIA
FRANCYNELLI BINOW
RODOLPHO SCARPATTI
THAIS SOARES
DIREITO PENAL III
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Trabalho conferido ao docente da disciplina Direito Penal III, da Faculdade de Direito da Serra, como requisito parcial para avaliação acadêmica no curso de Direito e aprovação no 5º período, tendo como orientador de conteúdo a Profa. Fabiane Aride Cunha.
SERRA
2017�
SUMÁRIO
31. INTRODUÇÃO	�
42. DOS CRIMES CONTRA A HONRA	�
42.2. Objeto jurídico	�
43. EXEMPLOS DE CRIMES CONTRA A HONRA	�
43.1. CALÚNIA	�
53.1.1. Sujeitos do crime	�
53.1.2. Sujeito ativo	�
53.1.3. Sujeito passivo	�
73.1.4. Tipo objetivo	�
73.1.5. Tipo subjetivo	�
83.1.6. Consumação e tentativa	�
83.1.7. Agente que propala ou divulga a calúnia (art. 138, §1, do CPB-41)	�
83.1.8. Exceção da verdade e de notoriedade	�
103.1.9. Pena e ação penal	�
103.2. DIFAMAÇÃO	�
113.2.1. Sujeitos do crime	�
123.2.2. Tipo objetivo	�
123.2.3. Tipo subjetivo	�
123.2.4. Consumação e tentativa	�
133.2.5. Exceção da verdade e de notoriedade	�
133.2.6. Pena e ação penal	�
133.3. INJÚRIA	�
143.3.1. Sujeitos dos crime	�
143.3.2. Tipo objetivo	�
143.3.3. Tipo subjetivo	�
153.3.4. Consumação e tentativa	�
153.3.5. Perdão judicial: provocação e retorsão (§1º, I e II, do art. 140, do CPB-41)	�
153.3.6. Qualificadoras	�
153.3.6.1. Injúria real	�
163.3.6.2. Injúria preconceituosa	�
163.3.7. Pena e ação penal	�
173.3.8. Excludente dos crimes de injúria e difamação (art. 142 do CPB-41)	�
174. CONCLUSÃO	�
19REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	��
�
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo salientar o ponto de vista dos doutrinadores ao tratar de crimes contra a honra. Discorrendo sobre a evolução da histórica e observando as concepções de vários autores e as possibilidades tendentes a sua evolução.
No âmbito dos direitos da personalidade, ou também chamados de direito individuais, iram variar conforme o doutrinador estudado. Essa disparidade muitas vezes acaba levando ao leitor a dúvida se o fato consiste ou não em ser criminoso.
Desta maneira a complexidade nesse trabalho não é somente na conduta dos sujeitos, mais também no seu modo de exteriorização, dos indivíduos atingíveis no crime e os elementos de cada tipo penal estudado.
Assim, foi fundamental que houvesse a fragmentação dos crimes contra a honra, na suas naturezas, calúnia, injúria e difamação. Tornando assim mais visível cada particularidade e destacando o que difere os dispositivos.
Em suma, a calúnia consiste em imputar a alguém fato definido como crime, já na difamação o fato é simplesmente desonroso e na injúria protege-se o sentimento de dignidade e decoro do ofendido.
Portanto, não cabe a confusão entre os crimes contra a honra, pois agora sabe-se que para cada fato típico há elementos diferentes e específicos para que seja enquadrado o fato dentro dos artigos aqui estudados definidos no Código Penal.
2. DOS CRIMES CONTRA A HONRA
2.2. Objeto jurídico
Sob a rubrica “Crimes contra a honra” cuida o Código Penal daqueles delitos que ofendem bens imateriais da pessoa humana, no caso, a sua honra pessoal. São eles: calúnia (CP, art. 138), difamação (CP, art. 139) e injúria (CP, art. 140). Tutela-se um bem imaterial, relativo à personalidade humana. Assim, o homem tem direito à vida, à integridade física e psíquica, como também a não ser ultrajado em sua honra, pois o seu patrimônio moral também é digno da proteção penal. Essa proteção é garantida pela Constituição de 1988, que em seu art. 5º, X, prevê que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação”. Se, por um lado, é certo que a proteção da honra salvaguarda um bem personalíssimo, por outro, conforme ressalva Uadi Lammêgo Bulos, “tutelando a honra, o constituinte de 1988 defende muito mais o interesse social do que o interesse individual, uti singuli, porque não está, apenas, evitando vinditas e afrontes à imagem física do indivíduo. Muito mais do que isso, está evitando que se frustre o justo empenho da pessoa física em merecer boa reputação pelo seu comportamento zeloso, voltado ao cumprimento de deveres socialmente úteis”.
A honra, segundo E. Magalhães Noronha, conceitua-se “como o complexo ou conjunto de predicados ou condições da pessoa que lhe conferem consideração social e estima própria”.
3. EXEMPLOS DE CRIMES CONTRA A HONRA
3.1. CALÚNIA
Caluniar é ligar alguém – por escrito, gestos ou palavras – a fato, falsamente e consabido pelo ofensor, definido como crime; fere-se, como se visualiza, a honra objetiva, que é o bem jurídico protegido. Portanto, contar uma história mentirosa na qual a vítima teria cometido um crime pode assim o qualificar. Ademais, é de se notar, que dentre os crimes contra a honra, a calúnia se afigura como o mais grave, visto que, pela própria redação legal, o agente dissemina informação que sabe ser falsa e que constitui crime, atribuindo-a a outrem. O objeto material é a pessoa contra a qual recair a calúnia. Vê-se, pois, que a conduta consiste em imputar falsamente fato definido como crime, e, ademais, por tratar-se de bem jurídico disponível (art. 145 c/c 107, V, ambos do CPB-41), em havendo o consentimento o crime desaparece, restando atípico a conduta do agente.
Assim, leciona Rogério Sanches (2013, p. 192)
Hoje, porém, pacificou-se entendimento, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, de que o consentimento da vítima exclui o delito (a honra é disponível). Contudo, tal anuência tem de ser manifestada pela própria vítima, não admitindo consentimento dado por interposta pessoa (representante), vez que o bem jurídico (honra) não lhe pertence.
Conquanto a lei diga que o fato há de ser falso, haverá a configuração típica mesmo que o fato delituoso for verdadeiro, desde que o ofendido não seja o autor do ilícito penal.
Em decorrência da pena cominada – de 6 meses a 2 anos caberá a suspensão condicional do processo (art. 89, L. 9.099/95) e transação penal (art. 76, L. 9.099/95), salvo, neste último caso, se incide a causa de aumento prevista no art. 141 do CPB-41.
3.1.1. Sujeitos do crime
3.1.2. Sujeito ativo
Trata-se de crime comum. Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de calúnia. Caluniador não é apenas o autor original da imputação, mas também quem a propala ou divulga (cf. § 1º). Assim como na calúnia original, é indispensável tenha o divulgador ou propalador ciência da falsidade (“... sabendo falsa a imputação...”).
Por se tratar de crime comum, não se exige qualidade especial dos sujeitos do crime, significando que qualquer pessoa, de início, pode ser sujeito ativo e passivo (sujeito passivo material é a vítima; sujeito passivo formal exclusivamente será o Estado); excepcionalmente, porém, os parlamentares não podem figurar no pólo ativo, visto que gozam de imunidade material (art. 53, CRFB-88), como os senadores, deputados e vereadores (estes nos limites territoriais da circunscrição do Município que ele representa).
3.1.3. Sujeito passivo
Para melhor compreensão do tema, em face da divisão da doutrina quanto à admissibilidade dos sujeitos passivos a seguir elencados, faremos uma análise individualizada de cada um deles.
O sujeito passivo de uma infração penal é a pessoa ou o ente que sofre as consequências da mesma. Porém, existem algumas questões sobre a possibilidade de figurar como sujeito passivo: nos casos dos inimputáveis, das pessoas jurídicas e dos mortos. No caso dos inimputáveis, é possível que os mesmos se enquadrem como sujeito passivo, já que nada impede estes de praticarum fato descrito como crime, mesmo que por este não possa ser responsabilizado criminalmente. Já a pessoa jurídica não pode ser o sujeito passivo, havendo apenas uma exceção, quando o fato versar sobre crimes ambientais, pois a partir da Lei n° 9.605/98, a pessoa jurídica passou a poder cometer tais crimes. Já o morto não pode ser sujeito passivo, pois não tem personalidade jurídica.
A pessoa jurídica, por possuir honra objetiva, – embora exista calorosa discussão doutrinária – pode ser sujeito passivo do crime em tela, bastando, para tanto, o fato que lhe é imputado ser falso, ou sendo verdadeiro que por ela não tenha sido praticado, e se subsumir a qualquer figura típica da lei 9.605/95.
Calúnia contra os mortos (art. 138, § 2º, CP). O morto não é sujeito passivo de delito, não sendo possível falar em lesão de interesse seu. Vítimas são o cônjuge, o ascendente, o descendente ou o irmão do falecido, pois o que existe é ofensa a direito dos parentes do morto e à própria sociedade. Somente essas pessoas, por analogia ao art. 31 do CPP, poderão promover a ação penal.
Calúnia contra os mortos (Lei de Imprensa). Dispunha o art. 24 da Lei n. 5.250/67 ser punível a calúnia, difamação e injúria contra a memória dos mortos. A partir da ADPF 130, deverá incidir a regra do art. 138,§ 2º, do CP.
O morto, por não ser titular de direito, não pode ser sujeito passivo de um crime. O morto não possui personalidade jurídica. No entanto, certos delitos contra o respeito aos mortos são punidos, sendo vítimas , no caso, a família ou a coletividade .
Todo homem possui dignidade, e ainda que pelo desvalor da sua conduta desvirtuada, desonrada, não pode ser considerado como exceção a essa regra. Assim, ainda que pela desonradez, protege-se o fragmento que resta intocável, indissociável de todo e qualquer pessoa humana ou jurídica. Nesse sentido é o ensinamento de José Henrique Pierangelli (2005, p. 198)
Hodiernamente, não mais se discute que possa alguma pessoa estar privada da proteção à sua honra, pois, com a abolição da pena de infâmia, nem mesmo a pessoa mais degradada na escala social encontra-se completamente despojada do amor próprio, ou deixa de ter direito a um mínimo de respeito por parte das outras pessoas. É que sempre restará uma zona honorífica intacta (PILI), ou reais oásis morais (MANZINI).
Nessa linha protetiva alcança-se, inclusive, a memória dos mortos, cuja repercussão reverbera nos entes familiares, motivo pelo qual são legitimados para a queixa: o cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão (arts. 30 e 31, CPPB).
3.1.4. Tipo objetivo
O tipo penal incrimina a conduta de imputar falsamente a alguém fato definido como crime. Tal imputação, no entanto, pode ser explicita, implicitamente ou reflexa e deve concernir a fato criminoso determinado. “A tipicidade própria à calúnia pressupõe a imputação de fato determinado, re­velador de prática criminosa, não a caracterizando palavras genéricas, muito embo­ra alcançando a honra do destinatário. Precedentes do STF. Atipicidade do fato.” (AP 428, rel. min. Marco Aurélio, P, DJE de 28-8-2009.). No mesmo sentido:
“O tipo de calúnia exige a imputação de fato específico, que seja criminoso, e a in­tenção de ofender a honra da vítima, não sendo suficiente o animus defendendi. O tipo de difamação exige a imputação de fato específico. A atribuição da qualidade de irrespon­sável e covarde é suficiente para a adequação típica face ao delito de injúria. Presente o animus injuriandi.” (Inq 2.582, rel. min. Ricardo Lewandowski, P, DJE de 22-2-2008.)
Como bem adverte Hungria (1980, p. 66)
“A falsa imputação deve referir-se a crime. O texto do art. 138 é restritivo. Nem há dizer-se que a palavra crime é compreensiva de contravenção, pois o Código, toda vez que quer aludir também a esta, fá-lo expressamente. A falsa imputação de fato meramente contravencional poderá constituir difamação, mas não calunia”.
3.1.5. Tipo subjetivo
É o dolo, na modalidade direta ou eventual.
“[...] a crença na veracidade da imputação exclui o dolo de caluniar, caracterizando o erro de tipo incriminador [...]. (TJMG, AC 1.0349.03.0022155-5/001)”.
Assim, a imputação há de ser seria e inequívoca, pois se a intenção do agente é brincar, agindo com animus jocandi, a conduta é considerado um indiferente penal.
Inexiste a modalidade culposa por não haver previsão legal nesse sentido.
3.1.6. Consumação e tentativa
Consuma-se quando um terceiro, que não é o sujeito passivo, informa-se sobre a imputação que é dirigida ao ofendido. Sendo crime formal, despreza-se o resultado naturalístico.
“Havendo imputação ao querelante da prática de fato típico, tem-se por consumado o crime de calúnia” (STF, Inq 2.503, rel. min. Eros Grau, P, DJE de 21-5-2010.). 
Por ser, segundo Rogério Greco (2012. p. 77) unissubsistente, e podendo também ser considerado como plurissubsistente, admite-se, neste última hipótese, o fracionamento do inter criminis, quer dizer, o conatus, porém, só via escrito, v.g., carta. Em suma: “A calúnia verbal não admite a tentativa, pois, ou o agente profere a ofensa e o crime está consumado, ou não o faz e, nesse caso, o fato é atípico. Na forma escrita, entretanto, a tentativa é admissível, como, por exemplo, no caso da carta contendo a calúnia que se extravia” (Gonçalves, 2011, p. 238).
3.1.7. Agente que propala ou divulga a calúnia (art. 138, §1, do CPB-41)
Nesta hipótese, o agente age impelido por dolo direto, ciente de sua ação e conhecendo a improcedência de suas assertivas querendo difundir tal idéia inquinada a denegrir a honra de outrem.
3.1.8. Exceção da verdade e de notoriedade
Abre-se ao ofensor a oportunidade de comprovar a veracidade de suas afirmações. Tal possibilidade se se justifica na medida em que evidencia o caráter essencial e de interesse público em apurar a verdade e chegar-se, por conseguinte, ao infrator e, assim, afastar o crime de calúnia que é imputado ao ofensor.
Consoante assentado pelo Tribunal Constitucional,
“O pedido de explicações, admissível em qualquer das modalidades de crimes contra a honra, constitui típica providência de ordem cautelar destinada a aparelhar ação penal principal tendente a sentença condenatória. O interessado, ao formulá­-lo, invoca, em juízo, tutela cautelar penal, visando a que se esclareçam situações revestidas de equivocidade, ambiguidade ou dubiedade, a fim de que se viabilize o exercício eventual de ação penal condenatória.” (Pet 4.892, rel. min. Celso de Mello, dec. monocrática, DJE de 29-4-2011).
Contudo, não se admite a exceção da verdade nos seguintes casos, vejamo-los:
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
Permitir que o ofensor prover a verdade, nesse caso, é atribuir-lhe legitimidade extraordinária ou concorrente, e substituir a vítima do seu direito de representação.
II – se o fato é imputado a Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;
Se a calúnia é direcionada ao Presidente da República por motivos políticos, afasta-se o tipo penal da calúnia, que dará lugar ao crime contra a segurança nacional (art. 26 da L. 7.170/83). Em se tratando de chefe de governo estrangeiro, visa a tipificação penal manter o equilíbrio e estabilidade nas relações transfronteiras.
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absorvido por sentença irrecorrível.
Se o titular exclusivo da jurisdição, o Poder Judiciário, manifestou-se acerca do caso, dando o agente por absorvido, descabe ao particular excepcionar a regra da coisa julgada – formal ou material –, pois como preconiza Edgard Magalhães Noronha (1972. p. 118), “Se não há mais lugar para pronunciamento da Justiça, incompreensível seria que terceiro fosse exumar o fato, para demonstrar sua veracidade. Seria revisão criminal às avessas, ao contrário do que prescreve o Código de Processo Penal, art. 621”. 
A exceção de notoriedade (art. 523, CPPB-41) transparececomo um opção ao ofensor de aludir que as afirmações que por ele fora prolatado, são do conhecimento de todos, estando, pois, ventiladas ao domínio público. Assim, imaginemos, que em uma pequena cidade do interior onde as ocorrências são de ligeiras circulações, onde todos sabem de tudo, A ouviu do público uma notícia que imputa a B a prática de um delito, logo A a divulga, como de praxi, aludindo que B fora o autor da infração, sendo que tais afirmações são falsas. Nesse caso a se escusará alegando a exceção de notoriedade, segundo a qual todas as informações que por ele fora expedida são do conhecimento do público, momento em que será afastado a sua conduta, reconhecendo-a atípica.
3.1.9. Pena e ação penal
A pena cominada é a de detenção de 6 meses a 2 anos, e multa, sendo, inicialmente, de competência do jecrim.
Se o crime subsumir as hipóteses previstas no art. 141 do CPB-41, a pena será aumentada de um terço; são elas:
I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II – contra funcionário público, em razão de suas funções;
III – na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a sua divulgação
IV – contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência.
Se, para além desses casos, a calúnia é cometida mediante paga ou promessa de recompensa, a pena poderá ser dobrada (parágrafo único do art. 141 do CPB-41).
 A ação penal será de iniciativa privada (art. 145, caput, do CPB-41), salvo quando o delito for cometido contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, que será pública condicionada à requisição do ministro da Justiça, ou publica condicionada a representação do funcionário publico, e, consoante súmula 714 do Tribunal Constitucional, opcional ao Parquet a representação.
3.2. DIFAMAÇÃO
Imputar um fato a alguém que ofenda a sua reputação. O fato pode ser verdadeiro ou falso, não importa. Também não se trata de xingamento, que dá margem à injúria. Neste caso, é necessário para caracterizar a difamação a existência de imputação de fatos e pessoa (s) determinada (s), pouco importando se são falsos ou verdadeiros, relevando-se a finalidade de ofender a reputação de outrem, isto é, sua honra objetiva, quer seja por escrito, gestos ou palavras. De se visualizar, que o bem jurídico protegido é a honra objetiva. O objeto material é a pessoa contra a qual recair a difamação. Vê-se, pois, que a conduta consiste em imputar fato ofensivo a reputação da vítima, e, ademais, por tratar-se de bem jurídico disponível, em havendo o consentimento da vítima o crime desaparece, restando um indiferente penal.
Em face da pena cominada – de 3 meses a 1 anos, e multa, caberá a suspensão condicional do processo (art. 89, L. 9.099/95) e transação penal (art. 76, L. 9.099/95), pouco importando se incide a causa de aumento prevista no art. 141 do CPB-41.
3.2.1. Sujeitos do crime
Por se tratar de crime comum, não se exige qualidade especial dos sujeitos do crime, significando que qualquer pessoa, de início, pode ser sujeito ativo e passivo (sujeito passivo material é a vítima; sujeito passivo formal exclusivamente será o Estado); excepcionalmente, porém, os parlamentares não podem figurar no pólo ativo, visto que gozam de imunidade material (art. 53, CRFB-88), como os senadores, deputados e vereadores (estes nos limites territoriais da circunscrição do Município que ele representa).
A pessoa jurídica, por possuir honra objetiva, pode ser sujeito passivo do crime em tela, bastando, para tanto, o fato que lhe é imputado ser falso, ou sendo verdadeiro que por ela não tenha sido praticado, e se subsumir a qualquer figura típica da lei 9.605/95.
Os desonrados, loucos e menores de 18 anos, podem figurar como sujeito passivos.
Diferentemente da calúnia, os mortos não podem sofrer difamação.
Os magistrados não figuram como sujeito ativo, haja vista proteção legal (art. 41 da LC 35/79 - LOMAN). A respeito decidiu o STF:
O Magistrado é inviolável pelas opiniões que expressar ou pelo conteúdo das decisões que proferir, não podendo ser punido nem prejudicado em razão de tais pronunciamentos. É necessário, contudo, que esse discurso judiciário, manifestado no julgamento da causa, seja compatível com o usus fori e que, desprovido de intuito ofensivo, guarde, ainda, com o objeto do litígio, indissociável nexo de causalidade e pertinência. Doutrina. Precedentes. A ratio subjacente à norma inscrita no art. 41 da LOMAN decorre da necessidade de proteger os magistrados no desempenho de sua atividade funcional, assegurando-lhes condições para o exercício independente da jurisdição (STF — Inq. 2.699/DF — Rel. Min. Celso de Mello — Pleno — DJe 07.05.2003).
De igual forma, os membros do Ministério Público não podem figurar como sujeito ativo, pois, “ressalte-se, ainda, que é prerrogativa do membro do Ministério Público, no exercício de sua função, “gozar de inviolabilidade pelas opiniões que externar ou pelo teor de suas manifestações processuais ou procedimentos, nos limites de sua independência funcional” (art. 41, V, da Lei nº 8.625/1993 – Lei orgânica do Ministério Público)” (STJ – HC 244.671 – AP 2012/0115219-4).
3.2.2. Tipo objetivo
Pune-se a conduta daquele que imputa fato ofensivo a reputação de outrem (honra objetiva é o bem jurídico protegido).
Diferentemente da calúnia, o Estatuto Repressivo não disciplinou a conduta de propalar ou divulgar a difamação, razão pela qual se deve considerar a conduta atípica, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade, na sua face da taxatividade das condutas que se pretende proibir ou impor impondo-lhe pena. Assim, conquanto não se deva reputar crime a conduta de propalar ou divulgar a difamação, aquele que propala ou difama acaba por praticar a conduta de difamação, que, em última análise, deságua na mesma consequência. Assim, “A omissão, à primeira vista, pode levar o incauto a pensar que o fato seria atípico. No entanto, pensamos que todo aquele que propala ou divulga fato desonroso imputado a alguém acaba também por difamá-lo, isto é, pratica nova difamação” (CUNHA, 2013, p. 197).
3.2.3. Tipo subjetivo
É o dolo, na modalidade direta ou eventual de denegrir a imagem de outrem.
Se o agente age impelido por motivos outros que não o animus diffamandi o dolo de difamação será excluído.
Por ausência de previsão legal, não é punível a difamação culposa.
3.2.4. Consumação e tentativa
Consuma-se quando um terceiro, que não é à vítima, toma conhecimento da imputação que é dirigida ao ofendido. Sendo crime formal, não há necessidade da produção de resultado naturalístico.
Somente se admite o conatus, via escrito, v.g., carta.
3.2.5. Exceção da verdade e de notoriedade
Diferentemente da calúnia, na difamação só se permite a exceção da verdade se o ofendido for funcionário público e, ainda assim, se a ofensa for relativa ao exercício de suas funções (parágrafo único, do art. 139 do CPB-41).
Referente a exceção de notoriedade, aplica-se a mesma regra, razão pela qual remetemos o leitor ao tópico específico dentro do tema calúnia, a fim de evitar informações repetitivas desnecessárias.
3.2.6. Pena e ação penal
A pena cominada é a de detenção de 3 meses a 1 anos, e multa, sendo, inicialmente, de competência do Jecrim.
Se o crime subsumir as hipóteses previstas no art. 141 do CPB-41, a pena será aumentada de um terço; são elas:
I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II – contra funcionário público, em razão de suas funções;
III – na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a sua divulgação;
A expressão ‘várias pessoas’, conforme doutrina majoritária, significa mais de três pessoas.
IV – contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência.
Se, para além desses casos, a difamação é cometida mediante paga ou promessa de recompensa, a pena poderá ser dobrada (parágrafo único do art. 141 do CPB-41).
 A ação penal será de iniciativa privada (art. 145,caput, do CPB-41), salvo quando o delito for cometido contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, que será pública condicionada à requisição do ministro da Justiça, ou publica condicionada a representação do funcionário publico, e, consoante súmula 714 do Tribunal Constitucional, opcional ao Parquet a representação.
3.3. INJÚRIA
O bem jurídico protegido, diversamente dos dois delitos anteriores, é a honra subjetiva, quer dizer, a autoestima da vítima, a concepção ampla que ela tem de si. O objeto material é a pessoa contra a qual recai a ação delituosa.
A injúria abrange três espécies: injúria simples (caput do art. 140); injúria real (§2º do art. 140); injúria preconceituosa (§3º do art. 140). Analisaremos uma a uma em tópico próprio.
3.3.1. Sujeitos dos crime
Por ser crime comum, não se exige qualidade especial, podendo figurar como sujeito ativo e passivo qualquer pessoa.
As pessoas jurídicas por não possuírem honra subjetiva não poder ser sujeito passivo; também não podem os morto, mas pode a ofensa ao morto ricochetear nos parentes vivos, que, neste caso, podem ser injuriados.
3.3.2. Tipo objetivo
A ação nuclear é injuriar, que significa ofender a dignidade ou o decoro.
Tais ofensas se dão por meio de emissão de opinião negativa acerca daquilo que a pessoa representa para si.
“Portanto, é um insulto que macula a honra subjetiva, arranhando o conceito que a vítima faz em si mesma” (NUCCI, 2011, p. 694).
Não se admite prova de exceção da verdade ou de notoriedade.
3.3.3. Tipo subjetivo
É o dolo, na modalidade direta ou eventual. O elemento subjetivo do tipo específico “É a vontade específica de magoar e ferir a autoimagem de alguém (animus injuriandi) (NUCCI, 2011, p. 694).
Por ausência de previsão legal, não é punível a injuria culposa.
3.3.4. Consumação e tentativa
Tem-se consumado o crime quando a vitima toma conhecimento das ofensas a sua dignidade ou decoro. O tipo não exige o dano a dignidade ou decoro, pois se trata de crime formal.
“Entretanto, não se faz necessária a presença da vítima no momento em que o agente profere, por exemplo, as palavras que são ofensivas à sua honra subjetiva. Assim, se alguém, em conversa com terceiro, chama a vítima de mau-caráter e esta vem a saber disso pouco tempo depois, o delito de injuria se consumou quando ela toma conhecimento, mas não exige a sua presença no momento em que a agressão à sua honra é proferida”. (GRECO, 2011, p. 349)
A tentativa, quando escrita, revela-se possível, embora parte diminuta da doutrina dizem haver a possibilidade de modo verbal.
3.3.5. Perdão judicial: provocação e retorsão (§1º, I e II, do art. 140, do CPB-41)
Embora parecidas as hipóteses que obriga – na esteira da doutrina majoritária cuida-se de um direito publico subjetivo do acusado – o magistrado a conceder o perdão judicial, ambas não s e confundem. Na provocação tem-se apenas uma injúria: a que resulta da provocação, não considerando como tal o comportamento provocador, pois do contrario teríamos a retorsão; na retorsão imediata, por outra via, tem-se duas injurias, a inicial que contribui para o surgimento da segunda.
Na provocação, o perdão judicial somente será concedido ao agente que praticou a injuria, não atingindo, de conseguinte, o provocador; na retorsão, diferentemente, o perdão judicial cobrirá tanto o agente que provocou quanto o que o revidou.
3.3.6. Qualificadoras
3.3.6.1. Injúria real
Para a sua configuração é mister que a injuria consista em violência ou vias de fato, de modo que seja tão aviltante, abjeto, que cause ofensa a honra subjetiva. Tais são, por exemplo, o agente que desfere um tapa na face de outro querendo-lhe causar ofensa em sua dignidade ou decoro; corta o cabelo de outrem expondo-a ao vexame, ferindo, com isso, a sua dignidade.
Se, por acaso, da violência resultar lesão corporal aviltante, deverá ser somada as penas, como determina do dispositivo (preceito secundário do §2º do art. 140 do CPB-41). Surge, neste ponto, controvérsia doutrinária acerca do tema. Afinal estamos diante de um concurso material ou formal?
Leciona a doutrina que trata-se de um concurso material (art. 69 do CPB-41), tanto assim que impõe, o dispositivo, aplicar a pena correspondente à violência, somando as duas. Por outro lado, existe outra corrente, embora minoritária, mas que, segundo este estudante, tem lugar sempre que restar configurada a hipótese em análise: é o concurso formal imperfeito. Para comprovar a assertiva que veio de se aduzir, basta notar que com uma ação o agente produz dois ou mais resultado, sendo que, da mesma espécie as infrações penais, com desígnio autônomo, queria provocar os dois ou mais resultados, cumulando-se as penas, como exige o art. 70, fine, caput, do CPB-41.
3.3.6.2. Injúria preconceituosa
Consiste na utilização de elementos referente a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Aqui, não se deve confundir a injúria qualificada pelo preconceito com o racismo. O racismo consiste em segregar alguém em virtude de raça, cor ou da religião. Na injúria preconceituosa, é executada mediante palavrões, xingamento, tocante a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
3.3.7. Pena e ação penal
Injuria simples: detenção, de 1 a 6 meses, ou multa. A ação penal é de iniciativa privada (art. 145 do CPB-41). Cabe a suspensão condicional do processo e a transação penal prevista na lei 9.099/95;
Injuria real: detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa, além da pena correspondente à violência. A ação penal será de iniciativa privada; se da violência resultar lesão corporal, a ação penal será publica incondicionada. Cabe a suspensão condicional do processo e a transação penal prevista na lei 9.099/95;
Injuria preconceituosa: reclusão, de 1 a 3 anos e multa. A ação penal será publica condicionada à representação do ofendido. Só tem cabimento da suspensão condicional do processo, caso não incida a majorante.
3.3.8. Excludente dos crimes de injúria e difamação (art. 142 do CPB-41)
São hipótese que exclui o crime de injuria e difamação:
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II – a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar[2];
III – o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Inobstante a tais previsões, nas hipóteses do número I e III responderá pela injuria aquele que lhe propagar, dando-lhe publicidade.
Se a vítima representa, manifestando no sentido de ver o seu ofensor ser processado, este poderá, antes da sentença retratar-se, cuidando o delito de calúnia e difamação (art. 143 e 107, VI, do CPB-41).
Por outro lado, “se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa” (art. 144, do CPB-41)[3].
4. CONCLUSÃO
Como visto, a honra, direito ligado a personalidade, protegida constitucionalmente (art. 5º, X, da Carta Republicana), por sua vez, rompe-se em duas faces, uma de natureza objetiva e outra de natureza subjetiva. No aspecto objetivo, traduz uma imagem ilibada da pessoa no seio social (leia-se: reputação e boa fama), desvinculada de qualquer mácula. Sob o prisma subjetivo, têm-se um ligamento com a dignidade e o decoro da pessoa, ou seja, autoestima, atributos e imagem que a pessoa tem de si mesma.
Entre os três delitos ora em análise, a calúnia constitui o mais grave, visto que, pela redação legal, o agente atribui a alguém falsamente fato definido como crime. Face a isso, as outras modalidades de crime contra a honra encontra punição mais atenuada, dado queevidencia a sua menor gravidade.
Nota-se, então, seja qual for a modalidade delitiva sobre a qual o agente está incurso, o seu propósito é sempre o mesmo: denegrir, prejudicar, outrem; quer seja atingindo a sua honra, ou imagem.
Portanto, o desvalor da conduta que atenta contra o bem jurídico protegido honra – considerando que a pessoa leva toda uma vida para a construir – maculada por uma ação desvirtuada que visa prejudicá-la, encontra proteção no mais auto nível (constitucional) que irradia ao ordenamento jurídico infraconstitucional, protegendo-a amplamente, ainda mais quando se vive tempos de personalização do direito, que é reputado um meio para a realização e promoção da pessoa humana.
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. v. 2. Parte especial. São Paulo: Saraiva, 2003.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte especial. v. 2. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2014.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal. v. 7. Parte especial. 16. ed. formulada. São Paulo: Saraiva, 2010.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 15 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2013.
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. v. 2. Parte especial. 7. ed. revista. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
ROSA, Leonardo Sérgio Cesar Lopes Moreira. Dos crimes contra a honra: da calúnia, difamação e injúria. Conteúdo Juridico, Brasilia-DF: 07 jan. 2014. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.46601&seo=1>. Acesso em: 02 abr. 2017.
SANTOS, Vivian Ribeiro. Boletim jurídico. Classificação dos crimes. 752. ed. 2011. Disponível em: <http://www.boletimjuridico.com.br/m/texto.asp?id=2362>. Acesso em: 27 mar. 2017.
SILVA, Thiago Mota Fontenele e. Nietzsche e a genealogia do castigo. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1340, 3 mar. 2007. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/9540>. Acesso em: 28 mar. 2017.

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