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Organização Judiciária Brasileira - TGP

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
UNIVERSO
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA BRASILEIRA
GOIÂNIA-GO
14.05.2017
RUY ALVES DE SOUZA NETO
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA BRASILEIRA
Trabalho avaliativo como requisito a obtenção de
créditos, presentado a matéria de Teoria Geral do
Processo, do Curso de Direito da Universidade
Salgado de Oliveira – Universo, ministrada pela Professora Isabel Bueno.
GOIÂNIA-GO
14.05.2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 	1
ORGANIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO 	2
Funções Típica e Atípicas 	2
Órgãos do Poder Judiciário 	2
Organograma 	3
Supremo Tribunal Federal 	7
Superior Tribunal de Justiça 	9
Justiça Federal 	10
Justiça do Trabalho 	11
Justiça Eleitoral 	12
Justiça Militar 	14
Conselho Nacional de Justiça 	16
CONCLUSÃO 	18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	19
INTRODUÇÃO
O Poder Judiciário é um dos três poderes expressamente reconhecidos pela Constituição da República (art. 2º). Além de instituí-lo como Poder independente, a Carta Política protege como cláusula pétrea essa independência, em seu art. 60, § 4º, III.
O Poder Judiciário, seja qual for o sistema de governo – presidencialista ou parlamentarista – sempre e obrigatoriamente deve ser um Poder plenamente independente, em um Estado Democrático de Direito, incumbido da guarda da Constituição, a fim de conferir efetividade, dentre outros, aos princípios da legalidade e da igualdade.
O Brasil adota o denominado “sistema inglês”, ou “sistema de unicidade de jurisdição”. Isso significa que somente o Poder Judiciário tem jurisdição, isto é, somente ele pode dizer, em caráter definitivo, o direito aplicável aos casos concretos litigiosos submetidos a sua apreciação.
O Judiciário Brasileiro é regulado pela Constituição Federal de 1988 nos seus artigos 92 a 126.  Divide-se basicamente em duas esferas: a Justiça Federal e a Justiça Estadual. Não existe um Poder Judiciário municipal em nosso País. A regra é as competências da Justiça Federal serem enumeradas expressa e taxativamente no texto constitucional, deixando-se a competência residual à Justiça Estadual. A Justiça Federal, por seu turno, classifica-se em comum e especializada, esta com competência para apreciar matérias específicas (Justiça do Trabalho, Justiça Militar, Justiça Eleitoral). Têm-se, ademais, dois tribunais de superposição, o Superior Tribunal de Justiça, última instância nas questões que envolvam leis, e o Supremo Tribunal Federal, instância derradeira (ou única, especialmente no controle concentrado de constitucionalidade) nas questões concernentes à Constituição Federal.
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA BRASILEIRA
Funções Típicas e Atípicas
Função típica do Poder Judiciário é o exercício da jurisdição. Resolver os conflitos que lhe são encaminhados através da aplicação da lei, do ordenamento jurídico e das fontes supletivas do direito ao caso concreto. Exercer a jurisdição é aplicar o direito ao caso concreto.
Entretanto, assim como os demais Poderes da República, o Judiciário também desempenha funções acessórias ou atípicas, de natureza administrava e legislativa.
O Poder Judiciário desempenha função atípica administrativa quando administra seus bens, serviços e pessoal. A nomeação e exoneração de seus servidores, a concessão a eles de férias e demais direitos, a realização de uma licitação pública etc. são alguns exemplos de atuação do Poder Judiciário no exercício de função “atípica” administrativa.
Função “atípica” legislativa do Judiciário é desempenhada quando produz normas gerais, aplicáveis no seu âmbito, de observância obrigatória por parte dos administrados. É o caso da elaboração dos regimentos dos Tribunais, os quais dispõem sobre a competência administrativa e jurisdicional desses órgãos.
Órgãos do Poder Judiciário
Os órgãos que integram o Poder Judiciário foram enumerados pela Constituição Federal em seu art. 92, nos termos seguintes:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I-A – o Conselho Nacional de Justiça; (Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho; (Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Organograma
LEGENDA
Estrutura jurisdicional e fixa do Poder Judiciário
Não tem função jurisdicional
Aparece no organograma em estados com contingente militar (PM e BM) acima de 20.000
Abaixo da linha são órgãos que atuam em 1ª instância e acima órgãos de 2ª instância
Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição (art. 102 CF). O que o torna o órgão máximo do Poder Judiciário e o maior intérprete da constituição. Por esse motivo está no topo do organograma judiciário. Cabe ao Supremo Tribunal realizar, originariamente e com exclusividade, o controle abstrato de leis e atos normativos em face da Constituição Federal e, também, atuar no controle difuso, em que aprecia, em último grau, as controvérsias concretas suscitadas nos juízos inferiores.
O Conselho Nacional de Justiça não exerce jurisdição. É o órgão de controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe desempenhar as atribuições que lhe foram diretamente outorgadas pela Constituição Federal, além de outras que venham a ser estabelecidas pelo Estatuto da Magistratura.
O Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior do Trabalho, o Tribunal Superior do Eleitoral e o Superior Tribunal Militar são os quatro Tribunais Superiores, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional.
O Superior Tribunal de Justiça – STJ tem por função precípua assegurar a uniformização na interpretação da legislação federal, apreciando as mais diferentes controvérsias acerca da aplicação do direito federal. O Superior Tribunal de Justiça não realiza controle abstrato de constitucionalidade, mas somente controle difuso, no qual aprecia as controvérsias concretas a ele submetidas originalmente (competência originária) ou em processos resultantes de recursos contra as decisões dos Tribunais de Justiças dos estados e do Distrito Federal e dos Tribunais Regionais Federais (competência recursal).
Os demais Tribunais Superiores integram a justiça especializada, haja vista que só atuam num dado ramo do Direito. Assim, o Tribunal Superior Eleitoral aprecia matéria eleitoral; o Superior Tribunal Militar, os crimes militares; e o Tribunal Superior do Trabalho, matéria afeta ao direito do trabalho.
O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM) são denominados órgãos de convergência, haja vista que as causas processadas nos juízes e tribunais inferiores convergem para esses Tribunais, respeitadas as respectivas competências. O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça são, também denominados órgãos de superposição, pois, embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores das justiças comum e especializadas.
A única jurisdição exclusiva do Supremo Tribunal Federal é a abstrata, em face da Constituição Federal, em que a Corte examina, em tese, a validade de leis e atos normativos em confronto coma Carta Federal, com o fim de resguardar a harmonia do ordenamento jurídico. Ainda assim, cabe destacar, só é atribuição exclusiva do Supremo Tribunal Federal a jurisdição abstrata em face da Constituição Federal, haja vista que os Tribunais de Justiça dos estados e do Distrito Federal também exercem controle abstrato, mas sempre em confronto com a Constituição estadual.
A Justiça comum é composta pela Justiça Federal (Tribunais Regionais Federaise seus juízes Federais, previsto no art. 106 a 110, e a criação dos juizados especiais perante a lei Federal 10.259/2001, em conformidade com o art. 98, § 1.º, CF de 1988); Justiça do Distrito Federal e Territórios (Tribunais e juízes do Distrito Federal e Territórios, de organização por competência da União); Justiça Estadual comum, previsto no art. 125, CF e seus parágrafos, tendo por exercício juízos de primeiro grau de jurisdição e juizados especiais, conforme art. 98, I, CF, bem como os tribunais de Justiça classificados de segundo grau de jurisdição e a Justiça de paz, previsto no art. 98, II, CF; e por fim os Tribunais de alçada, conforme art. 96, II, “c”, CF.
Supremo Tribunal Federal
O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze membros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, dentre cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade.
Como não existe regra predeterminada para o preenchimento das vagas, o Presidente da República é livre para escolher, desde que observados os requisitos constitucionais (idade entre 35 e 65 anos; ser brasileiro nato; ser cidadão, no pleno gozo dos direitos políticos; possuir notável saber jurídico e reputação ilibada), submetendo o nome à aprovação do Senado Federal. Caso haja a aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, o Presidente da República fará a nomeação. Com a nomeação, cabe ao Presidente do Tribunal dar a posse, momento em que ocorre a imediata aquisição da vitaliciedade.
A atuação do Supremo Tribunal Federal dá-se tanto em Plenário como em Turmas. O Tribunal possui duas Turmas, com cinco membros cada uma, uma vez que o Presidente não integra nenhuma delas, atuando somente nas sessões plenárias. Assim, com exceção do Presidente do Tribunal, cada ministro integra, formalmente, uma Turma. As Turmas têm competências idênticas e os processos são distribuídos originariamente a um ministro relator, que, por sua vez, pertence à Primeira ou à Segunda Turma.
O Tribunal Pleno dispõe de quórum para deliberação se presentes pelo menos oito dos onze ministros, sendo que, para decisão sobre a constitucionalidade das leis, exige-se sempre uma maioria de seis votos. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão.
A competências do Supremo Tribunal Federal estão enumeradas nos artigos 102 e 103 da Constituição Federal, podendo ser divididas em competência originária (quando o STF processa e julga, originariamente, a matéria, em única instância) e competência recursal (quando o STF aprecia a matéria a ele chegada mediante recurso ordinário ou extraordinário).
Tal competência pode ser definida em graus, que são:
•	Competência de 1º grau, originária: Significa dizer que, excepcionalmente, o processo pode ter origem no STF, como ação direta de inconstitucionalidade, ação declaratória de constitucionalidade ou ato normativo federal, (art. 102, I, “a”, a, “r”);
•	Competência de 2º grau, Recursal Ordinária: O STF julga recurso ordinário quando o processo tem origem dos Tribunais Superiores, como exemplo, STJ, TST, entre outros (art. 102, II);
•	Competência de 3º grau, Recursal Extraordinária: O STF julga o recurso extraordinário, quando alguém ingressa com ação Estadual alegando inconstitucionalidade de uma lei e exaurindo todas as formas de recurso a órgãos de maior poder, surgindo assim o recurso extraordinário ao STF, cabendo a ele decidir a questão (art. 102, III, a, b, c, d, da CF).
A competência originária está prevista no inciso I do artigo 102 da Constituição. Esse rol de competências originárias estabelecido pela Constituição Federal é exaustivo (numerus clausus), não havendo possibilidade de o legislador ordinário estabelecer outras competências originárias para o Supremo Tribunal Federal. Assim, eventuais acréscimos a esse rol deverão ser formalizados, sempre mediante a aprovação de emenda à Constituição. Com efeito, o STF tem afirmado que a sua competência originária está taxativamente explicitada no inciso I do art. 102 da Constituição Federal, sendo defeso ao legislador ampliar a lista ali vazada, sob pena de inconstitucionalidade.
Em recente reforma constitucional foi criada a Súmula Vinculante de decisões do STF, envolvendo apenas questões constitucionais, ou seja, nenhum outro Tribunal do país pode editar Súmulas Vinculantes, conforme prevê o (art. 103-A, CF).
O termo Vinculante diferencia-se das Súmulas comuns, devido seu caráter de observação obrigatória pelos demais órgãos do Poder Judiciário a seguir aquela decisão tomada pelo STF para qual foi editada a Súmula. Não são todas as decisões do STF que se tornam Súmula Vinculante. Para a edição da Súmula o STF se reúne para essa finalidade específica.
As Súmulas têm por objeto em seus enunciados a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas. Desse modo, o objetivo das Súmulas são orientar e até moldar as decisões de juízes dos respectivos Tribunais do Poder Judiciário, de forma que se norteiem a luz da constitucionalidade devidamente revisada polo seu órgão de cúpula, o Supremo Tribunal Federal.
Devem existir reiteradas decisões sobre matéria constitucional em relação a normas acerca das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre estes e a administração Pública, controvérsia atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão” (LENZA Pedro, direito constitucional).
Superior Tribunal de Justiça
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é o segundo órgão mais importante da hierarquia do poder Judiciário no Brasil, estando abaixo somente do STF.
O STJ compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros, nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros nato ou naturalizados com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
Ao contrário do que se verifica em relação aos integrantes do Supremo Tribunal Federal, a Constituição exige a graduação em Direito de todos os membros do Superior Tribunal de Justiça, porque eles serão, obrigatoriamente, membros da magistratura, do Ministério Público ou advogados.
Criado pela Constituição Federal de 1988 como guardião das leis federais, que promove o controle administrativo financeiro da justiça federal e tendo como competência principal o julgamento de recursos especiais.
O STJ é responsável por uniformizar a interpretação da Lei Federal em todo o Brasil, seguindo os princípios constitucionais e a garantia e defesa do Estado de direito.
É também a última instância da Justiça brasileira para as causas infraconstitucionais, que não relacione diretamente com Constituição.
As competências do Superior Tribunal de Justiça estão enumeradas no art. 105 da Constituição Federal, podendo ser divididas em competências originárias (quando o STJ é acionado diretamente, nas ações em que cabe a ele o primeiro julgamento) e recursais (quando o STJ aprecia recursos ordinários ou especiais).
A partir da leitura das competências constitucionais do Superior Tribunal de Justiça, percebe-se facilmente, especialmente em relação à competência recursal via recurso especial, que foi outorgada a esse Tribunal a relevante missão de guardião do ordenamento jurídico federal, ao passo que ao Supremo Tribunal Federal, como vimos, foi confiada a missão de atuar como guardião da Constituição da República. Assim, caberá ao Superior Tribunal de Justiça, especialmente, a função de assegurar a uniformização da interpretação do Direito federal do País.
Em algumas de suas funções, o STJ julga crimes comuns de Governadores dos estados e do Distrito Federal, crimes comunse de responsabilidades de desembargadores dos tribunais de Justiça e de conselheiros dos tribunais de contas estaduais, dos membros dos Tribunais Regionais Federais, eleitorais e do trabalho
Julga também habeas-corpus que envolvam essas autoridades ou ministro de Estado, exceto relativos à Justiça Eleitoral.
Pode apreciar ainda recursos contra habeas-corpus concedidos ou negados por tribunais regionais federais ou dos estados, bem como causas decididas nessa instância, sempre que envolverem Lei Federal.
A partir de 2005, em reforma do Judiciário, o STJ recebeu a incumbência de analisar a concessão de cartas rogatórias e processar e julgar a homologação de sentenças estrangeiras. Função anteriormente exercida somente pelo STF.
Justiça Federal
A Justiça Federal é composta pelos Tribunais Regionais Federais (órgãos colegiados de segundo grau) e pelos juízes federais (órgãos singulares de primeiro grau)
A competência dos Tribunais Regionais Federais está enumerada no art. 108 da Constituição Federal, dividia em originária (causas ajuizadas perante o próprio Tribunal) e recursal (recursos contra as causas decidias pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição).
Os TRF’s são competentes, também, para julgar, originariamente, no caso de crimes da competência da Justiça Federal, autoridades estaduais e municipais que gozam de foro especial por prerrogativa de função perante o Tribunal de Justiça estadual. Assim, os deputados estaduais, os prefeitos e os secretários de estado são julgados, no caso de crime da competência da Justiça Federal, pelos Tribunais Regionais Federais.
A competência dos juízes federais está enumerada no art. 109 da Constituição Federal.
Compete à Justiça Federal, ainda, processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil (Súmula Vinculante 36).
Por força do § 5º do art. 109 da Constituição, introduzido pela Emenda Constitucional 45/2004, o Procurador-Geral da República poderá intentar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, a federalização dos crimes que impliquem grave violação de direitos humanos, isto é, poderá solicitar ao Superior Tribunal de Justiça o deslocamento de competência para processo e julgamento desses delitos da Justiça estadual para a Justiça Federal.
A respeito da organização da Justiça Federal em primeiro grau, dispõe a Constituição que cada estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei (art. 110).
Justiça do Trabalho
A justiça do Trabalho é composta pelos seguintes órgãos: Tribunal Superior do Trabalho – TST, Tribunais Regionais do Trabalho – TRT’s e juízes do trabalho.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) é a instância mais elevada de julgamento para temas envolvendo o direito do trabalho no Brasil.
Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
A lei criará vara da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular, haja vista que a Junta de Conciliação e Julgamento, antigo órgão colegiado composto de representantes de empregados e empregadores, foi extinta pela Emenda Constitucional 24/1999.
A competência da Justiça do Trabalho está enumerada no art. 114 da Constituição.
O Supremo Tribunal Federal afirmou entendimento de que a competência da Justiça do Trabalho não alcança o julgamento de ações entre o Poder Público e agentes públicos a ele vinculados por típica relação de natureza estatutária (os servidores públicos investidos em cargo efetivo ou em cargo em comissão) ou de caráter jurídico-administrativo (os agentes públicos contratados por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, na forma do art. 37, IX, da Constituição). O fundamento para a exclusão da competência da Justiça do Trabalho é o fato de o vínculo funcional entre esses agentes públicos e a administração não se enquadrar no conceito de relação de trabalho, isto é, não têm eles vínculo trabalhista com o poder público. Assim, na esfera federal, as ações envolvendo servidores públicos sujeitos ao regime estatutário, ou seja, regidos pela Lei 8.112/1990, bem como agentes públicos temporários, contratados com base no inciso IX do art. 37 da Constituição, cujo vínculo com o poder público é de natureza jurídico-administrativa (e não trabalhista), continuam sob a competência da Justiça Federal.
O STF firmou entendimento de que as ações de indenização, inclusive por dano moral, propostas por empregado contra empregador, fundadas em acidente do trabalho, são da competência da Justiça do Trabalho e não da Justiça comum estadual.
Esse entendimento da Corte Máxima restou consolidado no enunciado da Súmula Vinculante 22:
22 – A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n° 45/04.
Esclarecemos, porém, que esse entendimento – competência da Justiça do Trabalho – é registro às ações propostas por empregado contra empregador (ou ex-empregador), visando à obtenção de indenização pelos danos oriundos de acidente de trabalho, não se aplicando às ações, ajuizadas contra o INSS, em que seja pleiteado benefício previdenciário decorrente de acidente do trabalho.
Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito (CF, art. 114, § 3°)
Justiça Eleitoral
São órgãos da Justiça Eleitoral: o Tribunal Superior Eleitoral; os Tribunais Regionais Eleitorais; os Juízes Eleitorais; as Juntas Eleitorais.
O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal, conforme art. 120 da CF.
Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais (CF, art. 121).
Compete ao TSE, originariamente, julgar o registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à presidência e vice presidência da república; os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de estado diferentes; a suspeição ou impedimento dos seus membros, do procurador-geral e dos funcionários da sua secretaria, os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais; o habeas corpus ou mandato de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, eleitoral, dos ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; o habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à suacontabilidade e apuração da origem de seus recursos; as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos, e expedição de diploma na eleição do Presidente e Vice-Presidente da República; as reclamações contra seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos; a ação rescisória, nos casos de inegibilidade desde que intentada no prazo de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu transito em julgado.
São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem a Constituição Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
Os Tribunais Regionais Eleitorais são responsáveis pela coordenação das atividades da justiça eleitoral no estado ou distrito federal, e respondem pelas eleições para os cargos eletivos que abranjam a circunscrição estadual, ou regional (no caso do DF), envolvendo os cargos de governador e vice-governador, senador, deputado federal e deputado estadual ou distrital.
Cabe aos TER’s, o controle e fiscalização de todo o processo eleitoral sob sua jurisdição, desde o registro de cada diretório regional dos partidos políticos até a impressão de boletins e mapas de apuração durante a contagem de votos. O TRE é responsável pelo cadastro dos eleitores, pela constituição de juntas e zonas eleitorais e pela apuração de resultados e diplomação dos eleitos em sufrágio em nível estadual. O Tribunal também, deve dirimir dúvidas, em relação às eleições e julgar apelações às decisões dos juízes eleitorais. Os TRE’s do Brasil têm liberdade para confeccionar seus próprios regimentos internos.
Os juízes eleitorais, nos termos do art. 32 do código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), são os próprios juízes de direito em efetivo exercício, e na falta destes, os seus substitutos legais, da própria organização judiciária do estado ou do DF, que gozem das prerrogativas do art. 95 da CF/88, cabendo-lhes a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais em que é dividida a circunscrição eleitoral e com as competências expressas no art. 35 do código eleitoral.
As regras estão no Código Eleitoral, que dentre outras particularidades, em seu art. 36 estabelece que as Juntas Eleitorais compor-se-ão de um juiz de direito, que será o presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade. Os membros das Juntas Eleitorais serão nomeados 60 dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional, pelo Presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede. Igualmente, até 10 dias antes da nomeação, os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial do estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações.
Compete a Junta Eleitoral apurar, no prazo de dez dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição; resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração; expedir os boletins de urna; expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Nos municípios onde houver mais de uma Junta Eleitoral, a expedição dos diplomas será feita pela que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição.
Justiça Militar
Os órgãos da Justiça militar, previstos no art. 122, I e II da CF, são: O Superior Tribunal Militar (STM); os Tribunais Militares (TM) e os Juízes Militares instituídos por lei.
Ao estabelecer o regramento constitucional referente à segurança pública (art. 144), o legislador constituinte previu a existência de forças militares federais (militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica), bem como estaduais e do Distrito Federal (integrantes das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares).
Em consonância com esse regramento, o texto constitucional também confere distinto tratamento à Justiça Militar da união e à dos estados, disciplinando aquela no art. 124 e esta nos §§ 3° a 5° do art. 125.
A Justiça Militar tem como órgão de jurisdição máxima o Superior Tribunal Militar (STM), previsto constitucionalmente (art. 122, I).
O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreia, e cinco dentre civis (CF, art. 123).
Além do Superior Tribunal Militar, a Constituição Federal, em seu art. 124, parágrafo único, estabelece que cabe à lei (8.457/1992) dispor sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.
Ao Superior Tribunal Militar, além de competência originária, foram estabelecidas atribuições para julgar as apelações e os recursos das decisões dos juízes de primeiro grau da Justiça Militar da União.
O STM não examina matérias provenientes da Justiça Militar estadual ou Distrital. Apesar de ter a denominação “Superior Tribunal” ele não atua conforme o STJ, já que no caso o STM, além das atribuições originárias, funciona como tribunal recursal, ele mantém todas as suas particularidades, e atua como se fosse um Tribunal de Justiça.
Em relação à composição da Justiça Militar estadual, a EC n° 45/2004 no art. 125, § 3º, da CF/88, que a lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelo conselho de justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça (TJ), ou por Tribunal de Justiça Militar (TJM) nos estados em que o efetivo militar seja superior a 20 mil integrantes.
Cabe anotar, ainda, que contra as decisões proferidas pelo tribunal de segundo grau da Justiça Militar estadual (Tribunal de Justiça ou Tribunal de Justiça Militar, conforme o caso) caberá recuso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e/ou para o Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com a matéria impugnada. Não caberá, em nenhuma hipótese, recurso para o Superior Tribunal Militar (STM), haja vista que este tem competência restrita às causas da Justiça Militar da União (federal).
Percebe-se, assim que muito embora mantido o colegiado formado por juízes togado e leigos com valor de voto igual para todos, materializando verdadeiro juízo hierárquico, há possibilidade de julgamento monocrático na Justiça Militar estadual.
Compete à Justiça Militar estadual processa e julgar os militares dos estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças (CF, art. 125, § 4°).
O § 5º do art. 125, introduzido pela EC n.45/2004, dispõe que competem aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e a ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao conselho de justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
Ao Conselho de justiça permanente compete processar e julgar as praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes), e praças especiais (aspirante a oficial e aluno oficial) da polícia militar e do corpo de bombeiros militar nos crimes militares definidos em lei, enquanto ao conselho de justiça especial, os Oficiais (tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis) da polícia militar e do corpo de bombeiros militares, nos delitos previstos na legislação penal militar.
Conselho Nacional de Justiça
O Conselho Nacional de Justiça foi criado pela emenda constitucional 45/2009 para fiscalizar administrativamente e financeiramente todo judiciário nacional, os mais de 90 tribunais e serviços extrajudiciais popularmente conhecido como cartórios.O CNJ é uma instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e a transparência administrativa e processual, a reformulação de quadros e meios no judiciário.
O CNJ compõe-se de quinze membros com mandato de dois anos, admitida uma recondução, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados os nomes pela maioria absoluta do Senado Federal.
O Conselho Nacional de Justiça será presidio pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências ou impedimentos, pelo Vice-Presidente desse Tribunal (art. 103-B, § 1°)
Os nomes do Presidente e do Vice-Presidente do STF não se submetem à aprovação da maioria absoluta do Senado Federal como condição prévia à nomeação para o Conselho, haja vista que eles, como ministros da Alta Corte, já foram anteriormente submetidos a essa aprovação legislativa, por ocasião de sua nomeação para este cargo, por força do art. 101, parágrafo único, da Constituição Federal.
De acordo com a Constituição Federal, compete ao CNJ zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, definir os planos, metas e programas de avaliação institucional do Poder Judiciário, receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra membros ou órgãos do Judiciário, julgar processos disciplinares e melhorar práticas e celeridade, publicando semestralmente relatórios estatísticos referentes à atividade jurisdicional.
Além disso, o CNJ desenvolve e coordena vários programas de âmbito nacional que priorizam áreas como Meio Ambiente, Direitos Humanos, Tecnologia e Gestão Institucional. Entre eles estão os programas: Lei Maria da Penha, Começar de Novo, Conciliar é Legal, Metas do Judiciário, Pai Presente, Adoção de Crianças e Adolescentes. Qualquer cidadão pode acionar o Conselho Nacional de Justiça para fazer reclamações contra membros ou órgãos do Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializado. Não é preciso advogado para peticionar ao CNJ.
Ademais, o Supremo Tribunal Federal firmou relevante entendimento de que o CNJ dispõe de competência originária e concorrente com os tribunais de todo o País para instaurar processos administrativo-disciplinares contra magistrados. Significa dizer que a atuação do CNJ não está condicionada à prévia atuação das corregedorias dos tribunais (não se trata de atuação subsidiária), podendo aquele Conselho agir independentemente da atuação destas.
Como se vê, o Conselho Nacional de justiça é o órgão eminentemente administrativo, vale dizer com funções meramente administrativas. Logo, não dispõe de funções jurisdicionas, tampouco de competência para fiscalizar a atuação jurisdicional dos juízes, sendo-lhe vedado interferir, fiscalizar, reexaminar, ou suspender os efeitos de qualquer ato de conteúdo jurisdicional. Constitui órgão de controle interno do Poder Judiciário (e não de controle externo), porquanto se trata de órgão formalmente integrante da estrutura deste. Não constitui, tampouco, a instância máxima de controle da magistratura nacional, haja vista que suas decisões poderão sempre ser impugnadas perante o Supremo Tribunal Federal, órgão ao qual compete processar e julgar, originariamente, eventuais ações contrárias à atuação do Conselho.
CONCLUSÃO
A jurisdição é um dos importantes poderes do Estado e atua por meio de órgãos jurisdicionais, ou seja, juízes e tribunais. Há diversos órgãos desse tipo; alguns atuam em áreas específicas, dedicando-se a lides fundadas em setores específicos do direito material (órgãos com jurisdição especial), e outros atuam nas demais áreas desse direito (órgãos com jurisdição comum). Conhecer as características e a organização judiciária brasileira é de extrema importância para o profissional do Direito, pois é com esses órgãos que ele irá, em grande parte de seu tempo, se relacionar no desempenho de suas funções. Além disso, esse conhecimento é de extrema importância para a definição da competência de cada um deles. É sempre importante relembrar que, em razão do Princípio do Juiz Natural, a existência prévia desses órgãos é uma exigência para que as lides sejam resolvidas com justiça e imparcialidade. Dessa forma, todos os órgãos do Poder Judiciário estão previstos em nosso texto constitucional.
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particular idades e competên cias. 
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O Poder Judiciário é composto de diversos órgãos, cada qual com suas particularidades e competências. O Brasil é um país continental e, em cada ponto de seu território, a jurisdição está presente. Sendo assim, se fez necessária uma grande estrutura que possa receber todos os litígios que são apresentados. Não se pode perder de vista que um dos principais objetivos da jurisdição é a pacificação de conflitos gerados nas diversas relações intersubjetivas que formam o dia a dia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRUNO, Emerson. Youtube, Canal Editora Atualizar, CF 88 – art. 92 (Órgãos do Poder Judiciário): https://www.youtube.com/channel/UCK_hhPs_mJ3JZhzcVeSPcUQ. Brasil: 2012
GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO Candido Rangel; CINTRA Antônio Carlos. Teoria Geral do Processo. São Paulo, Malheiros, 2010.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 17ª edição. Editora Saraiva, 2013.
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SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo, 25ª edição, Revista e Atualizada. São Paulo: Malheiros Editores Ltda., 2005.

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