Buscar

DAS SOCIEDADES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DAS SOCIEDADES
 			A relação jurídica é um vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito, segundo formas que são previstas pelo ordenamento jurídico e geram direitos e/ou obrigações para as partes. 
 			Com efeito, surge o Negócio Juridco que trata do acordo de vontades para criar, modificar ou extinguir direitos. No âmbito do exercício da autonomia da vontade, o seu fundamento é a manifestação de vontade das partes, isto é, dos sujeitos de uma relação jurídica. 
 			Neste sentido, a fim de identificar que os elementos que compoe as relações juridicas, iniciamos o curso tratando das pessoas, naturais e juridicas.
 			Assim, inicialmente, tratamos dos sujeitos nas relações juridicas, e identificamos que para ser um sujeito de direito é necessário que o mesmo possua personalidade – que é a aptidão generica para adquirir direitos e obrigações, cujo exercicio será realizado de acordo com a capacidade da pessoa – que é a maneira de mensurar a forma do seu exercicio, ou seja, se é plena ou limitada (incapacidade absolçuta ou relativa).
 			Quanto as pessoas juridicas, dentre elas, passamos a dar enfase as sociedades (simples e empresariais), para, em seguida, darmos atenção as sociedades empresariais.
 			Na modalidade de corporações, existem as Associações e as Sociedades, mas a partir de agora daremos atenção as Sociedades. O Código Civil trata as Sociedades da seguinte forma:
 			Artigo 981 e seguintes, do Código Civil, “celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”. 
 			Essas sociedades podem ser simples ou empresariais: 
Sociedade Simples – são aquelas constituídas por profissionais da mesma área ou por prestadores de serviços técnicos com fins econômicos (lucro), por exemplo, escritórios de advocacia e clinicas médicas, conforme redação do parágrafo único, do artigo 966, do Código Civil, “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”;
Sociedade Empresária – conforme assinala o artigo 966, do Código Civil, “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”, ou seja, é o conjunto de pessoas que, com habitualidade, exercem atividade com finalidade econômica.
 
DAS SOCIEDADES EMPRESARIAS
 			Conforme já visto, o registro dos atos constitutivos é o elemento necessário para aquisição da personalidade jurídica das pessoas jurídicas de direito privado, conforme preceitua o artigo 45, do Código Civil. Com efeito, enquanto não houver o efetivo registro haverá uma sociedade de fato e, por conseguinte, ainda não possuirá personalidade jurídica.
 			Uma vez que os atos constitutivos são efetivamente registrados, a pessoa jurídica adquire personalidade. Neste momento ocorre a separação das pessoas que a constituem com a da pessoa jurídica, passando a ter titularidade negocial, patrimonial e processual. Essas são as principais características da sua formação. 
CLASSIFICAÇÃO
 			São cinco os tipos de sociedades empresariais: nome coletivo, comandita simples, comandita por ações, anônima e limitada.
 			No direito brasileiro, os empreendedores não podem se associar sob outra forma a não ser por uma dessas modalidades. 
 			Embora, existam essas cinco modalidades, possuem importância econômica tão somente as limitadas e as anônimas. A “exclusão” das demais dar-se a em razão da sua inadequação a nova realidade econômica. 
 			
SOCIEDADES DE PESSOA OU DE CAPITAL
 			É certo que não existe sociedade sem pessoas ou bens, mas a primeira classificação é referente à relevância de um sobre o outro. Significa dizer que, existem sociedades para a realização do seu objeto social depende fundamentalmente dos atributos dos sócios (sociedade de pessoa), e outras não dependem das características subjetivas dos sócios (sociedade de capital).
 			A natureza da sociedade, de pessoa ou de capital, importa quanto às diferenças no tocante à alienação da participação societária (quotas ou ações), à sua penhorabilidade por dívida particular do sócio e à questão da sucessão por morte.
 			Na sociedade de pessoa é necessária a anuência dos demais sócios quanto à cessão da participação societária, pois dependerá das qualidades daquele que deseja integrar a sociedade, enquanto na sociedade de capital pouco importa as características para quem seja alienada a sua participação, pois no ingresso dessa pessoa o que importa é a sua contribuição material dada para a sociedade.
 			As sociedades em nome coletivo e em comandita simples são de pessoas. A sociedade limitada pode ser de pessoas ou de capital, dependerá do contrato social. As sociedades anônimas e em comandita por ações são sempre de capital.
SOCIEDADES CONTRATUAIS E INSTITUCIONAIS
 			A segunda classificação é referente ao regime de sua constituição e dissolução do vínculo societário.
 			As sociedades contratuais são constituídas por um contrato entre sócios, ou seja, o vínculo entre os membros da sociedade tem natureza contratual. 
 			As sociedades institucionais, embora constituídas por um ato de manifestação de vontade, não possui natureza contratual.
 			A diferença está na aplicação ou não do regime contratual nas relações entre os sócios, ou seja, em consonância com o principio da autonomia da vontade dos contratos, ninguém é obrigado a contratar. Neste sentido, por exemplo, se houver a morte de um dos sócios, o herdeiro não estará obrigado a integrar aquela sociedade, se esta for contratual, diferente da sociedade institucional, onde o herdeiro terá que ingressar na sociedade, e se não tiver interesse de dar continuidade, então, podendo negociar as suas ações.
 			As sociedades em nome coletivo, em comandita simples e limitada são contratuais. As sociedades anônimas e comandita por ações são institucionais.
 			Quanto ao ato constitutivo, o instrumento utilizado pelas sociedades contratuais é o “contrato social”, enquanto pelas sociedades institucionais é denominado “estatuto social”.
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
 			Uma vez que lhe é atribuído personalidade à sociedade, a responsabilidade dos sócios, pelas obrigações sociais, é subsidiária, ou seja, quando permitido pela lei, não pode ser comprometido o patrimônio dos sócios enquanto não exaurir do patrimônio social. 
 			Conforme preceitua o artigo 1.024, do Código Civil, cabe aos sócios o beneficio de ordem, assim, primeiro deverá ser atingido o patrimônio social para, em seguida, alcançar o patrimônio pessoal dos sócios.
 			No direito brasileiro, a responsabilidade solidária existe entre os sócios, pela formação do capital social, e nunca entre sócio e sociedade. Ocorrerá a solidariedade somente em relação às sociedades irregular, não registrada na Junta Comercial. Neste caso, a responsabilidade é direta do representante legal, conforme determina o artigo 990, do Código Civil.
 			A responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, alem de subsidiaria, pode ser limitada ou ilimitada. Quando ilimitada, os sócios respondem sem qualquer limitação. Enquanto na responsabilidade limitada, os sócios respondem dentro do limite relacionado ao valor do investimento.
 			As sociedades em nome coletivo a responsabilidade dos sócios é ilimitada. As sociedades em comandita simples e por ações são mistas, ou seja, partes dos sócios respondem ilimitadamente e outra de forma limitada. As sociedades limitadas e anônimas a responsabilidade é limitada.
DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA 
 			Aproveitando o tema referente à responsabilidade subsidiaria dos sócios em relação às obrigações sociais, trataremos acerca da teoria da desconsideração e o principio da autonomiapatrimonial.
 			Já sabemos que uma das principais conseqüências do registro e atribuição de personalidade a sociedade, e a separação das pessoas dos sócios da sociedade, por conseguinte, não se confundem mais o patrimônio pessoal dos sócios com o patrimônio social.
 			Em razão desta autonomia patrimonial, as sociedades podem ser utilizadas como instrumento de fraude contra os credores ou abuso de direito.
 			Com efeito, a fim de coibir certos tipos ilícitos, justifica-se, de forma excepcional, desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade (artigo 50, do Código Civil). Isso significa que as obrigações da pessoa jurídica poderão ser exigidas nas pessoas dos sócios que a compõe.
 			Ressalta o professor Fabio Ulhoa Coelho que “a aplicação da teoria da desconsideração não implica a anulação ou o desfazimento do ato constitutivo da sociedade empresária, mas apenas a sua ineficiência episódica”.
 			Uma das grandes discussões na prática acerca da desconsideração da personalidade jurídica é o fato de ser cabível somente quando houver ilicitude, e não a simples inadimplência das obrigações contraídas pela sociedade.
 			A teoria da desconsideração possui como requisito para afastamento da autonomia patrimonial da sociedade empresarial o uso fraudulento ou abusivo.
 			O aludido professor Fabio Ulhoa Coelho chegou a denominar a desconsideração aplicada em razão da insolvabilidade ou falência da sociedade, mesmo quando isenta de fraude ou abuso, de “teoria menor”, distinguindo da correta aplicação, que seria quando comprovado a má-fé ou abuso de direito, chamada de “teoria maior”.
NACIONALIDADE
 			Terceira e ultima classificação é quanto a sua nacionalidade. No direito brasileiro, uma sociedade é considerada nacional quando a sua sede é localizada no Brasil e sua organização de acordo com a nossa legislação, conforme dispõe o artigo 1.126, do Código Civil.
 			É irrelevante quanto à nacionalidade dos sócios, tão pouco, a origem do capital investido para a sua constituição.
 			Já as sociedades estrangeiras, que não atendem os requisitos mencionados, o seu funcionamento depende de autorização do governo federal, conforme determina o artigo 1.134, do Código Civil e Decreto-Lei 2.627/40. 
 			Sendo assim, aos empreendedores estrangeiros cabem duas hipóteses para explorar atividade empresarial no Brasil. A primeira é a constituição de sociedade empresária brasileira; e a segunda, e requerer autorização para funcionamento no Brasil, sem a necessidade de se constituir nova sociedade.

Outros materiais