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Psicologia Forense

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Psicologia Forense ( Material p/ prova)
A Psicologia Forense estuda os limites normais, biológicos, mesológicos e legais da capacidade civil e da responsabilidade penal; quando analisa os limites e modificadores anormais das mesmas e as doenças mentais, oligofrenias e as personalidades psicopáticas será Psiquiatria Forense. 
O psicopatologista forense pode ser chamado para elucidar desordens mentais relacionadas com a capacidade civil e a responsabilidade penal e esclarecer a respeito a autoridade judiciária, a quem não cabe fazer diagnóstico, nem prognóstico, de ordem médica. Limitadores e modificadores da capacidade civil e da responsabilidade penal. 
As legislações civil e penal fixam, de forma expressa ou implícita, respectivamente, os limitadores e os modificadores da capacidade civil e da responsabilidade penal. 
A capacidade primeira é, “a aptidão para adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, atos da vida civil”. 
Não se exclui da definição, portanto, a possível intervenção de representante legal, como nos casos da incapacidade relativa dos maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido, além dos excepcionais, sem desenvolvimento mental completo, e os pródigos, que podem exercer certos atos da vida civil mediante tutor ou curador, segundo a espécie. 
A capacidade dos silvícolas será regulamentada por legislação especial. 
Imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de fato punível. É a capacidade para ser culpável. 
Imputável é, então, todo indivíduo mentalmente são e desenvolvido, dotado da capacidade de sentir-se responsável pelo ato praticado. 
Inimputabilidade é a incapacidade para apreciar o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com essa apreciação 
São causas da inimputabilidade a doença mental, o desenvolvimento mental incompleto, o desenvolvimento mental retardado (art. 26 do CP) e a embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 28, § 1.º, do CP). 
Também tutela a inimputabilidade o art. 27 do Código Penal. 
Segundo Petrocelli, “capacidade penal é o conjunto das condições exigidas para que um sujeito possa tornar-se titular de direitos ou obrigações no campo de Direito Penal”. 
Distingue-se a capacidade penal da imputabilidade penal. 
A capacidade penal é fato da competência judicial e se refere a momento anterior ao crime; a imputabilidade é condição de indicação diagnóstica pericial que deve existir no momento da infração. 
A imputabilidade, contemporânea ao delito, pode não ser sujeito de Direito Penal, por incapacidade surgida durante a fase de relação processual, como na superveniência de doença mental. “Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração, o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça.”. 
Responsabilidade “é a obrigação que alguém tem de arcar com as consequências jurídicas do crime. Ela depende da imputabilidade do indivíduo, pois não pode sofrer as consequências do fato criminoso (ser responsabilizado) senão o que tem a consciência de sua antijuridicidade e quer executá-lo”. 
É importante fator de limitação e modificação da responsabilidade penal e da capacidade civil, convindo em sua análise distinguir o aspecto criminal e o aspecto civil. 
IDADE
Aspecto criminal — A idade é atenuante dos 18 aos 21 anos, nos delitos comuns, por imaturidade psíquica coincidente com a incompleta fixação do esqueleto, e a partir dos 70 anos.
O art. 27 do Código Penal e o art. 228 da Constituição Federal dispõem que até os 18 anos os menores são penalmente inimputáveis, ficando, porém, sujeitos aos preceitos estabelecidos por legislação especial. Então, embora penalmente inimputáveis dos 14 aos 18 anos, os menores delituosos sofrerão processo especial, após o que o juiz determinará sua internação para orientação educacional.
Ao juiz é dado converter o tratamento ambulatorial em internação do agente menor de 18 e maior de 14 anos ( Não podendo ultrapassar os 21 anos)
Nenhum menor de 18 anos irá para prisão comum, ficando sempre amparado pelo juízo especial. 
Aspecto civil — No Código Civil, Parte Geral, art. 3.º, I, os menores de 16 anos são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil, sendo-lhes, portanto, interdito testar, testemunhar em testamentos etc. Dos 16 aos 18 anos, são relativamente incapazes a certos atos ,ou à maneira de exercê-los . O homem e a mulher com 16 anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. 
A denominação indica a aplicação dos conhecimentos e técnicas psiquiátricas aos processos jurídicos, atentando, entre outras finalidades, para o comportamento dos indivíduos com as outras pessoas na sociedade. 
A Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. (SEM DISTINÇÃO DE GENERO OU RAÇA).
O art. 2.º determina que nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único desse artigo: 
•“Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: 
I — ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; 
II — ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; 
III — ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; 
IV — ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 
V — ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; 
VI — ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; 
VII — receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; 
VIII — ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; 
IX — ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental”. 
Conceito de normalidade e de anormalidade 
A psiquiatria forense é formada da soma de conhecimentos médico psiquiátrico e jurídicos, intitulada juspsiquiatria. 
Esta requer de seus professadores toda uma gama de estudos específicos, técnica apropriada e treino intensivo para o correto desempenho do honroso mister de, louvado pelo juiz, lavrar o laudo de exame de sanidade mental referente ao réu, 
Não existe um limite nítido de separação no que tange ao conceito de normalidade e de anormalidade em psiquiatria forense. 
As dificuldades na investigação da normalidade psíquica surgem, em toda sua complexa extensão, mercê das projeções biológicas, psicológicas, filosóficas, antropológicas ou sociais e até metafísicas inerentes a cada indivíduo pois não basta ser normal. 
•Por isso é que a qualificação de normalidade psíquica deve ser fundada com prudência, inquirindo de forma completa sobre a verdadeira índole da personalidade explorada. 
Oligofrenia
Oligofrenia (oligo = pouco; phreno = espírito) é termo introduzido na Psiquiatria por Kraepelin querendo significar um grupo mórbido caracterizado por desenvolvimento mental incompleto 
As oligofrenias admitem três gradações: idiotia, imbecilidade, debilidade mental. 
Idiotas: o idiota teria evolução mental abaixo dos 3 anos; 
Imbecil: o imbecil, entre 3 e 7 anos
Débil: o débil mental, entre 7 e 12 anos. 
É critério de gradação puramente psicológico. 
	TABELA DE Q.I
	DE 0 A 25 
	IDIOTA
	DE 25 A 50
	imbecilidade
	DE 50 A 70
	DEBILIDADE MENTAL
	DE 70 A 90
	DEBILIDADE MENTAL FRONTEIRIÇA
	DE 90 A 110
	INTELIGÊNCIA NORMAL
	DE 110 A 120
	INTELIGNÊNCIA SUPERIOR
	DE 120A 140
	INTELIGÊNCIA MUITO SUPERIOR
	ACIMA DE 140
	INTELIGÊNCIA GENIAL
IDIOTA
É um estado mórbido ligado a um vício acidental ou congênito do encéfalo e que consiste na ausência completa ou na parada do desenvolvimento das faculdades intelectuais e afetivas. 
São incapazes de cuidar-se, de bastar-se e de transmitir simples recados; não articulam palavra. Os idiotas profundos têm vida psíquica infra- humana, inferior à dos animais superiores. O idiota incompleto, ou de segundo grau, já é capaz de rudimentos de linguagem e alimenta os instintos de conservação sexual. São economicamente dependentes. Em geral, vivem pouco. 
Imbecilidade 
São passíveis de medíocre aprendizado, mediante ingentes esforços, em estabelecimentos especializados. Podem articular a palavra. 
Alguns têm boa memória porém sugestionáveis, são propensos à cólera e à violência e a atos de pequena delinquência, fraude e prevaricação, podendo, portanto, defender-se de perigos ordinários. 
Têm uma precocidade sexual que se satisfaz de modo abnormal, pela masturbação. 
Adaptam-se mal ao convívio familiar mas possuem gosto por animais. Os imbecis são incapazes de prover a sua subsistência em condições normais. 
Debilidade mental 
São incapazes de manter uma luta pela vida em igualdade de condições com as pessoas normais; podem, no entanto, bastar a si próprios em circunstâncias favoráveis. 
Casper afirma que “a irritabilidade fácil dos débeis mentais pode levá-los à violência, às lesões corporais, ao homicídio, à antropofagia”. 
Extremamente sugestionáveis, são crédulos, porém maliciosos e intrigantes. 
Alguns, a custa de penoso esforço intelectual, cursam nível universitário e logram obter o aspirado título idôneo; outros, em que a debilidade mental é pouco pronunciada, ingressam em cargos públicos nas mais diversas áreas e, por vezes, alcançam projeção social. 
Os débeis mentais integram o maior percentual das oligofrenias. 
A IMPORTÂNCIA DO MÉDICO FORENSE
Os idiotas e os imbecis são penalmente inimputáveis por serem, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato, ou de determinar-se de acordo com esse entendimento 
Os imbecis possam cometer toda uma gama de infrações penais (homicídios, estupros, furtos), são irresponsáveis que devem ser enquadrados no art. 26, caput, do Código Penal. “É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou determinanar-se de acordo com esse entendimento”
São também, civilmente, absolutamente incapazes para gerir seus bens e haveres, ou consentir (art. 3.º, II, do CC), “os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos”. 
Compreendem os “portadores de alienação mental permanente ou duradoura capaz de determinar alteração grave das faculdades mentais” 
Assim compreendem esse grupo todas as psicoses (esquizofrenia, psicose epiléptica, psicose maníaco-depressiva, psicose puerperal, psicose senil, psicose pós-traumatismo craniano etc.), são incapazes de uma apreciação dos fenômenos exteriores e, por conseguinte, de uma violação consciente. 
Exemplos: idiotas, cretinos, imbecis, débeis mentais quase fronteiriços com a imbecilidade. 
Insta diferençar louco e alienado, expressões que não são sinônimas nem equivalentes. 
DIFERENÇA ENTRE ALIENADO E DELIRANTE
Alienação é forma de doença mental em que não há desintegração da personalidade que compreende o louco e o delirante. Alienado é, então, o extasiado, absorto, enlevado, como que fora de si de modo permanente, verbi gratia, “vivendo no mundo da lua”, podendo manifestar loucura e delírio; 
Delirante não é louco, embora, como este, seja alienado que, mercê a um desvio do raciocínio, exprime distúrbios da consciência e da percepção. 
Louco é alienado mental que sofreu modificação da personalidade e perdeu de um modo absoluto a faculdade de raciocinar, motivada por processo patológico ativo. 
O idiota, o demente senil “são enfermos de um processo patológico estacionário ou crônico: não são loucos, mas são alienados” 
Os débeis mentais são capazes de exercer, com limitações próprias, os atos da vida civil. 
Os débeis mentais são rotulados pela legislação penal vigente como semi-imputáveis e enquadrados no parágrafo único do art. 26 do Código Penal, por não serem
inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Exame de sanidade mental 
O exame de sanidade mental pode ser ordenado quer durante o inquérito policial, mediante representação de delegado de polícia ao juiz competente (nunca “de ofício” diretamente ao experto), quer durante a ação penal, objetivando esclarecimento pericial sobre a higidez mental do réu... 
É uma modalidade de exame pericial, contudo, que, dissemos, não pode ser determinada de pronto pelo promotor de justiça, nem pelo delegado de polícia. 
A instauração do incidente de insanidade mental somente pode ser ordenada pelo magistrado, conforme estatui o art. 149 do Código de Processo Penal. O juiz o ordenará, de ofício ou a requerimento do acusado, do defensor, do curador, ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, se não verificar que o pedido é meramente protelatório ou tumultuário, o juiz pode acatar ou não o pedido de instauração de exame de sanidade mental, não se deve crer tenha o probus judice o dever de atender sempre ou em qualquer circunstância ao requerimento das partes. 
O magistrado somente deferirá o requerimento de instauração de insanidade quando presentes indícios de perturbação ou vislumbrar no indiciado sinais de sofrer das faculdades mentais. 
Indeferimento motivado, após a instauração da ação, na oportunidade do recebimento da denúncia, não constitui error in procedendo, mas simples utilização de faculdade delegada ao juiz que não se contamina de eiva ou abuso. 
Ordenado pelo juiz o exame de sanidade mental, este para ter validade será procedido, obrigatoriamente, por juspsiquiatra, nunca por profissionais de medicina especialistas em outras áreas ou por psicólogos. 
Sempre é bom frisar que o periciando tem garantia legal de sigilo nas informações prestadas (art. 2.º, parágrafo único, IV, da Lei n. 10.216/2001), não podendo o perito divulgá-las, como não raramente acontece, nem mesmo como referência no corpo do laudo que será lavrado, sob pena de incidir em infração de quebra de sigilo profissional.

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