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Parte da química que estuda a velocidade das reações químicas e os fatores que a influenciam. Cinética Química no cotidiano: Reações Químicas e Velocidades Do grego kinetiké = movimento (por extensão, velocidade) Toda reação química necessita de um certo tempo para se completar. Daí, a importância de estudá-las, visando o seu melhor aproveitamento 1 Reação muitíssimo lenta: A formação da ferrugem pode demorar anos. 4Fe(s) + 3O2(g) 2Fe2O3(s) Reação muito lenta: A fermentação da uva para produzir vinho demora meses. C6H12O6(aq) 2C2H5OH(aq) + 2CO2(g) 2 Reação lenta: A conversão de vinho em vinagre ocorre em alguns dias, quando o etanol (álcool do vinho) é oxidado a ácido acético (ou etanóico). [O] C2H5OH(aq) CH3COOH(aq) álcool ácido etanóico C21H44(s) + O2(g) 2CO2(g) + H2O(g) parafina (não balanceada) Reação moderada: Na combustão da vela esperamos horas para que a parafina* reaja completamente com oxigênio do ar. *principal componente é C21H44 3 Reação rápida: O “escurecimento” de uma fruta demora minutos e é devido à conversão da hidroquinona* em benzoquinona**. *claro **escuro Reação muito rápida: Decomposição da água oxigenada é imediata. catalase* H2O2(aq) H2O(l) + O2(g) *enzima catalisadora. 4 Reação ultra-rápida: Os “air bags” são equipamentos de segurança que envolve reação química que dura frações de segundo. 6NaN3(s) + Fe2O3(s) 3Na2O(s) + 2Fe(s) + 9N2(g) 5 Fatores que Afetam as Velocidades de Reação: • Concentração dos “reagentes”: Velocidade de uma reação, geralmente, depende da [reagentes], pois quanto maior a quantidade de soluto por volume da solução, maior o número de colisões entre as partículas (maior frequência). • Temperatura: A velocidade das reações químicas aumenta rapidamente com a elevação da temperatura; Uma boa aproximação: a velocidade da reação, nas proximidades da temperatura ambiente, duplica com a elevação de 10 ºC. 6 • Presença (concentração e forma física) de um catalisador ou inibidor: Catalisador acelera e inibidor diminui a velocidade de uma reação química; • Luz: A presença de luz de certo comprimento de onda também pode acelerar certas reações químicas. • Estado físico dos reagentes: Normalmente a velocidade segue esta ordem: gases > soluções > líquidos puros > sólidos Devido ao aumento da superfície específica; A extensão (progresso ou desenvolvimento) de uma reação química é medida através da quantidade da substância que reagiu. A velocidade (taxa) de uma reação química é uma derivada da extensão da reação com relação ao tempo. 2 Termos “Perigosos”: 7 Velocidade de Reação: É medida pela quantidade de reagente que é consumindo ou pela quantidade de produto que é formado em função do tempo. Considere a reação: A → B Concentração de reagente está diminuindo em função do tempo. 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒎é𝒅𝒊𝒂 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 𝒂 "𝑩" = 𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝑩 𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒏𝒐 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 = = 𝑩 𝒆𝒎 𝒕𝟐 − 𝑩 𝒆𝒎 𝒕𝟏 𝒕𝟐 − 𝒕𝟏 = ∆ 𝑩 ∆𝒕 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒎é𝒅𝒊𝒂 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 𝒂 𝑨 = − 𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝑨 𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒏𝒐 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 = = − 𝑨 𝒆𝒎 𝒕𝟐 − 𝑨 𝒆𝒎 𝒕𝟏 𝒕𝟐 − 𝒕𝟏 = − ∆ 𝑨 ∆𝒕 8 INCLINAÇÃO NEGATIVA INCLINAÇÃO POSITIVA 𝒗𝒎 𝑩 = + ∆ 𝑩 ∆𝒕 𝒗𝒎(𝑨) = − ∆ 𝑨 ∆𝒕 9 Variação na Velocidade com o tempo C4H9Cl(aq) + H2O(l) → C4H9OH(aq) + HCl(aq) Considere a reação: A [C4H9Cl] foi medida em vários momentos após o tempo zero; Cloreto de Butila Álcool Butílico A unidade para a velocidade média é mol/L s. Intervalos de 50 s pode-se calcular a velocidade média em termos do consumo de C4H9Cl. 𝒗𝒎(𝑪𝟒𝑯𝟗𝑪𝒍) = − ∆ 𝑪𝟒𝑯𝟗𝑪𝒍 ∆𝒕 10 A Vmédia não é CTE todo tempo diminui com o tempo. À medida que a reação prossegue a concentração dos reagentes diminui consequentemente a velocidade também diminui (frequência de colisões) 11 Pode-se Representar graficamente [C4H9Cl] versus tempo: A velocidade a qualquer instante de tempo (velocidade instantânea) é a inclinação da tangente da curva. A velocidade instantânea é ≠ da velocidade média. 𝒗𝒊𝒏𝒔𝒕 𝑪𝟒𝑯𝟗𝑪𝒍 = − 𝟎, 𝟎𝟏𝟕 − 𝟎, 𝟎𝟒𝟐 𝟖𝟎𝟎 − 𝟒𝟎𝟎 = 𝟏, 𝟕𝟓𝒙𝟏𝟎−𝟓 A VInst em t = 600 s: 12 Velocidades de Reação e Estequiometria C4H9Cl(aq) + H2O(l) → C4H9OH(aq) + HCl(aq) Para a reação 1:1: 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = − ∆ 𝑪𝟒𝑯𝟗𝑪𝒍 ∆𝒕 = ∆ 𝑪𝟒𝑯𝟗𝑶𝑯 ∆𝒕 Velocidade de consumo de C4H9Cl é igual a velocidade de produção de C4H9OH E se a estequiometria NÃO for 1:1??? Por Ex: 2 HI(g) → H2(g) + I2(g) Veloc de consumo de HI é 2X maior que a veloc de produção de H2 ou I2 𝒗𝒓𝒆𝒂çã𝒐 = − 𝟏 𝟐 ∆ 𝑯𝑰 ∆𝒕 = 𝟏 𝟏 ∆ 𝑯𝟐 ∆𝒕 = 𝟏 𝟏 ∆ 𝑰𝟐 ∆𝒕 Igualando as velocidades: 13 Para uma reação geral: As concentrações dos reagentes e produtos podem não variar com a mesma velocidade!!! N2O5(g) 2 NO2(g) + ½ O2(g) Pentóxido de dinitrogênio Outro Exemplo: 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = − 𝟏 𝒂 ∆ 𝑨 ∆𝒕 = − 𝟏 𝒃 ∆ 𝑩 ∆𝒕 = 𝟏 𝒄 ∆ 𝑪 ∆𝒕 = 𝟏 𝒅 ∆ 𝑫 ∆𝒕 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = − 𝟏 𝟏 ∆ 𝑵𝟐𝑶𝟓 ∆𝒕 = 𝟏 𝟐 ∆ 𝑵𝑶𝟐 ∆𝒕 = 𝟏 𝟏 𝟐 ∆ 𝑶𝟐 ∆𝒕 14 A [H2] deve diminuir 3 vezes mais rápido que a de N2 N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g) Exemplo Numérico: Considere que na reação para a formação da amônia o N2 esteja sendo consumido à uma velocidade de 0,10 mol L-1 min-1. Portanto, a [NH3] deve estar aumentando a uma velocidade de 2 vezes maior que a do N2 ∆ 𝑵𝟐 ∆𝒕 = −𝟎, 𝟏𝟎 𝒎𝒐𝒍 𝑳 𝒎𝒊𝒏 ∆ 𝑯𝟐 ∆𝒕 = −𝟎, 𝟑𝟎 𝒎𝒐𝒍 𝑳 𝒎𝒊𝒏 ∆ 𝑵𝑯𝟑 ∆𝒕 = 𝟎, 𝟐𝟎 𝒎𝒐𝒍 𝑳 𝒎𝒊𝒏 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = − 𝟏 𝟏 ∆ 𝑵𝟐 ∆𝒕 = − 𝟏 𝟑 ∆ 𝑯𝟐 ∆𝒕 = 𝟏 𝟐 ∆ 𝑵𝑯𝟑 ∆𝒕 = 𝟎, 𝟏𝟎 𝒎𝒐𝒍 𝑳 𝒎𝒊𝒏 15 Para estudar o efeito da [ ] na velocidade de reação deve- se analisar como a velocidade inicial depende das [iniciais]. Por exemplo considere a reação: Concentração e Velocidade NH4 +(aq) + NO2 -(aq) N2(g) + 2 H2O(l) Em geral, as velocidades aumentam à medida que as concentrações aumentam. P/ estudar a velocidade da reação poderia ser medido a [NH4 +] ou [NO2 -] inicial, bem como o volume de N2 em função do tempo Tabelar. Os coeficientes estequiométricos da NH4 +, NO2 - e do N2 são os mesmo as velocidades serão iguais 16 Observa-se que: Variando a [NH4 +] ou [NO2 -] a veloc da reação varia. À medida que a [NH4 +] duplica com a [NO2 -] constante, a velocidade dobra; Conclui-se que: velocidade α [NH4 +][NO2 -]. À medida que a [NO2 -] duplica com a [NH4 +] constante, a velocidade dobra; 17 Toda proporcionalidade pode ser transformada em uma igualdade com a introdução de uma constante de proporcionalidade: velocidade α [NH4 +][NO2 -] P/ uma reação geral: A lei de velocidade fica: 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒌[𝑨]𝒎[𝑩]𝒏 k é a constante de velocidade (ou coeficiente de velocidade); Se as concentrações forem unitárias a velocidade será igual à constante de velocidade (DEFINIÇÃO). A equação que relaciona a velocidade da reação com as [espécies] (ou pressões parciais) na reação global é denominada de lei de velocidade ou equaçãode velocidade. 18 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒌[𝑨]𝒎[𝑩]𝒏 k varia com a Temperatura como T afeta a velocidade. Os expoentes m e n são geralmente nos inteiros (0, 1, 2,...) Conhecendo-se a lei de velocidade para a reação e sua velocidade para um conjunto de [reagentes] calcula-se k: Por exemplo, o exp. 1 da Tabela anterior, considerando m e n = 1: 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒌[𝑨]𝒎[𝑩]𝒏 Veloc = k [NH4 +][NO2 -] 𝒌 = 𝟐, 𝟕 × 𝟏𝟎−𝟒 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ∙ 𝑳 ∙ 𝒔−𝟏 𝟓, 𝟒 × 𝟏𝟎−𝟕 = 𝒌 [𝟎, 𝟎𝟏𝟎𝟎] [𝟎, 𝟐𝟎𝟎] Agora com o valor de k pode-se calcular a veloc com qualquer conjunto de [ ]. Por ex [NH4+]=[NO2-]=0,100 molL-1 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝟐, 𝟕 × 𝟏𝟎−𝟒 𝟎, 𝟏𝟎𝟎 𝟎, 𝟏𝟎𝟎 = 𝟐, 𝟕 × 𝟏𝟎−𝟔 𝒎𝒐𝒍 𝑳 𝒔 19 Para a maioria das reações a lei de velocidade: Expoentes na Lei de Velocidade Os expoentes m e n são chamados de ordens de reação. 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒌[𝒓𝒆𝒂𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟏]𝒎[𝒓𝒆𝒂𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟐]𝒏… As leis de velocidade oferecem uma base para a classificação de reações conforme sua cinética. Por exemplo, considere a reação NH4 + com NO2 -: 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒌[NH4 +][NO2 −] A ORDEM TOTAL DA REAÇÃO é a soma das ordens de cada componente na lei de velocidade 1+1=2 : A reação é de 2ª ordem GLOBAL Ordem 1 ou 1ª ordem em NH4+ Ordem 1 ou 1ª ordem em NO2- 20 Essa classificação permite que reações de comportamentos cinéticos semelhantes sejam agrupadas A CLASSIFICAÇÃO DAS REÇÕES É BASEADA NA ORDEM DA REAÇÃO!!! Os expoentes na lei indicam como a velocidade é afetada pela concentração de cada componente Na lei anterior o NH4+ e NO2- estão elevados a 1ª potencia velocidade dobra quando a [] de um destes dois dobra. Se uma reação não possui uma lei de velocidade na forma de 𝑣 = 𝑘[𝐴]𝑚[𝐵]𝑛[𝐶]𝑝…então ela NÃO tem ORDEM GLOBAL. 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒌[NH4 +][NO2 −] 21 Em alguns casos, coincidentemente a lei de velocidade reflete a estequiometria da reação, como é na reação entre H2 e I2. É de 1ª ordem em H2 mas de ordem INDEFINIDA em relação ao Br2, ao HBr e à ordem global. H2(g) + Br2(g) 2 HBr(g) EX: A lei de velocidade experimentalmente determinada para reação na fase gasosa é: A lei de velocidade é determinada EXPERIMENTALMENTE e NÃO pode ser inferida a partir da reação química. H2(g) + I2(g) 2 HI(g) Estequiometria igual a da reação do Br2 22 Se uma reação ocorre em mais de uma etapa consecutiva. Molecularidade da Reação: é uma grandeza teórica cuja avaliação exige o conhecimento do mecanismo da reação. É sempre um nº inteiro pequeno ≠ 0. A etapa mais lenta é sempre a etapa “determinante da velocidade”. É o nº de moléculas ou íons que participam da etapa determinante da velocidade OU nº de moléculas ou íons que formam o estado de transição. Os termos “monomolecular” e “bimolecular” designam reação de molecularidade respectivamente 1 e 2. Reações em que a ordem e a molecularidade coincidem são comuns. EX: 2 HI(g) H2(g) + I2(g) Bimolecular de 2ª Ordem 23 t-C4H9OH C4H8 + H2O Unimolecular de 1ª Ordem CH3COCH3 + I2 CH3COCH2I + HI Bimolecular de Ordem zero Bimolecular: estado de transição envolve uma molécula de acetona e um íon H3O +, mas de ordem zero (não depende das concentrações) Uso das velocidades iniciais para determinar as leis de velocidade Uma reação é de ordem zero em um reagente se a variação da concentração daquele reagente não produz nenhum efeito. Uma reação é de primeira ordem se, ao dobrarmos a concentração, a velocidade dobrar. Uma reação é de ordem n se, ao dobrarmos a concentração, a velocidade aumentar de 2n. A velocidade de reação depende das [ ], mas k não depende! 24 Exercício: A velocidade inicial de uma reação A + B → C foi medida para várias concentrações iniciais diferentes de A e B, e os resultados estão na Tabela abaixo: Usando esses dados, determine: (a) a lei de velocidade para a reação; (b) a magnitude da constante de reação; (c) a velocidade de reação quando [A] = 0,050 mol/L e [B] = 0,100 mol/L 25 Pratique: Os seguintes dados foram medidos para a reação do óxido nítrico com hidrogênio: Usando esses dados, determine: (a) Determine a lei da velocidade para essa reação. (b) Calcule a constante de velocidade. (c) Calcule a velocidade quando [NO] = 0,050 mol/L e [H2] = 0,150 mol/L 2NO (g) + 2H2 (g) → N2 (g) + 2H2O (g) 26 Variação da Concentração com o Tempo Leis de Velocidade Fornecem a concentração de uma espécie como função o tempo; Ajudam a encontrar k e a ordem da reação. Lei integrada: A concentração e o tempo são medidas corriqueiras. Lei diferencial: A velocidade é muito difícil de se medir experimentalmente. 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = − ∆ 𝑨 ∆𝒕 27 Reações de Primeira Ordem Para uma reação de 1ª Ordem veloc depende da [ ] de um reagente elevado à 1ª potencia Considere a reação: A → Produtos A lei de velocidade diferencial é: 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = − ∆ 𝑨 ∆𝒕 = 𝒌[𝑨] Usando uma operação matemática denominada de integração, a lei de velocidade fica: 𝒍𝒏[𝑨]𝒕−𝒍𝒏 𝑨 𝒐 = −𝒌𝒕 𝒍𝒏 [𝑨]𝒕 𝑨 𝒐 = −𝒌𝒕 Relaciona a concentração de A no início da reação, [A]0, com a concentração de A em qualquer outro tempo de reação, [A]t. 28 Conhecendo 3 das 4 grandezas (k, t, [A]0 e [A]t), as equações podem ser usadas para determinar: 𝒍𝒏[𝑨]𝒕−𝒍𝒏 𝑨 𝒐 = −𝒌𝒕 𝒍𝒏 𝑨 𝒕 𝑨 𝒐 = −𝒌𝒕 [Reagente] logo após o início da reação; O tempo necessário p/ determinada quantidade de amostra reagir; O tempo necessário p/ [Reagente] diminuir até certo nível. Exercício: A k de 1ª ordem p/ a decomposição de determinado inseticida em água a 12 ºC é 1,45 ano-1. Certa quantidade desse inseticida é carregada para um lago em 1º de junho, levando a uma concentração de 5,0x10-7 g/cm3 de água. Suponha que a temperatura média do lago seja 12 ºC. (a) Qual será a [inseticida] em 1º de junho do ano seguinte? (b) Quanto tempo levará p/ [inseticida] cair p/ 3,0x10-7 g/cm3? 29 A equação da lei de velocidade integrada pode ser usada p/ verificar se uma reação é de 1ª ordem e para determinar a k. -2,48 -2,46 -2,44 -2,42 -2,4 -2,38 -2,36 -2,34 -2,32 0 20 40 60 80 100 ln [A ] t tempo 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 1 2 3 [A ] t / [ A] 0 tempo k possui unidade de t-1 𝒍𝒏[𝑨]𝒕−𝒍𝒏 𝑨 𝟎 = −𝒌𝒕 𝒍𝒏[𝑨]𝒕= 𝒍𝒏 𝑨 𝟎 − 𝒌 𝒕 y = b (-) m∙x [𝑨]𝒕= 𝑨 𝟎𝒆−𝒌𝒕 Em reações de 1ª Ordem a [Reagentes] decai exponencialmente com tempo. P/ reações de 1ª Ordem um gráf. ln [A]t vs. t fornece uma reta de inclinação –k. 30 Reações de Segunda Ordem P/ uma reação de 2ª Ordem, veloc depende: A → Produtos ou A + B → Produtos Considere as reações: 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = − ∆ 𝑨 ∆𝒕 = 𝒌[𝑨]𝟐 Integrando, a lei de velocidade p/ uma reação de 2ª ordem fica: 𝟏 [𝑨]𝒕 = 𝒌𝒕 + 𝟏 [𝑨]𝟎 - da [reagente] elevado à 2ª potencia; - da [ ] de 2 reagentes cada 1 elevado à 1ª potencia; São de 2ª ordem apenas em 1 reagente, A. 31 A equação da lei de velocidade integrada também pode ser usada p/ verificar se uma reação é de 2ª ordem e para determinar a k. y = m∙x + b P/ reações de 2ª Ordem um gráf. 1/[A]t vs. t fornece uma reta de inclinação k. 𝟏 [𝑨]𝒕 = 𝒌 𝒕 + 𝟏 [𝑨]𝟎 0 10 20 30 40 50 60 0 20000 40000 60000 1/ [A ] t tempo 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 20000 40000 60000 ln [A ] t tempo‘k’ p/ reações de 2ª ordem possui unidade L mol-1 s-1 Gráf. de ln[A]t vs. t NÃO é linear para reações de 2ª ordem Uma forma de identificar se a reação é de 1ª ou 2ª ordem é plotar gráfs. de ln [A]t e 1/[A]t em função de t. 32 Exercício: Os dados abaixo foram obtidos para a decomposição na fase gasosa de dióxido de nitrogênio (NO2) a 300 °C, NO2(g) → NO(g) + ½ O2(g): Tempo (s) [NO2] (mol/L) 0,0 0,01000 50,0 0,00787 100,0 0,00649 200,0 0,00481 300,0 0,00380 (a) A reação é de 1ª ou de 2ª ordem? (b) Qual é o valor da constante de velocidade? R: (a) Testar um gráfico de ln[NO2] e 1/[NO2] em função do tempo. 33 Tempo (s) [NO2] (mol/L) ln[NO2] 1/[NO2] 0,0 0,01000 -4,610 100 50,0 0,00787 -4,845 127 100,0 0,00649 -5,038 154 200,0 0,00481 -5,337 208 300,0 0,00380 -5,573 263 34 Tempo de Meia-vida (t1/2): Em t1/2 → [A]t = ½ [A]0 t1/2 é INDEPENDENTE da concentração inicial do reagente em reações de 1ª Ordem. Meia-vida é o tempo que a concentração de um reagente leva para diminuir para a metade do seu valor inicial: Substituindo [A]t = ½ [A]0 na equação de PRIMEIRA ORDEM: 𝒍𝒏 [𝑨]𝒕 𝑨 𝟎 = −𝒌𝒕 𝒍𝒏 𝟏 𝟐 𝑨 𝟎 𝑨 𝟎 = −𝒌𝒕𝟏 𝟐 𝒍𝒏 𝟏 𝟐 = −𝒌𝒕𝟏 𝟐 𝒕𝟏 𝟐 = − 𝒍𝒏 𝟏 𝟐 𝒌 = 𝟎, 𝟔𝟗𝟑 𝒌 t1/2 é DEPENDENTE somente de k em reações de 1ª Ordem. 35 Por ex., p/ a reação de rearranjo de 1ª ordem para a isonitrila de metila a acetonitrila a 198,9 ºC, o t1/2= 13300 s (3,69 h). Em reações de 1ª ordem, a [reagente] diminui à ½ em cada intervalo de t correspondente a uma meia-vida (t1/2). 13300 s mais tarde, a concentração diminui p/ metade da metade ¼ do valor inicial. CH3NC CH3CN 36 O t1/2 para reações de 2ª Ordem: Em t1/2 → [A]t = ½ [A]0. Substituindo na equação de segunda ordem: Em reações de 2ª ordem, a meia-vida DEPENDE da concentração inicial de reagente. O TEMPO DE MEIA-VIDA DEPENDE DA CONCENTRAÇÃO INICIAL PARA TODAS AS REAÇÕES COM ORDEM ≠ 1. t1/2 varia a medida que a reação progride diminuição a [Reagentes] 37 Em Geral: as velocidades da maioria das reações aumentam com o aumento da temperatura. Quando 2 bastões de luz são colocados em água: um à T ambiente e o outro em gelo, o que está à temperatura ambiente fica mais brilhante do que aquele que está no gelo. A reação química responsável pela quimiluminescência é dependente da temperatura: quanto maior for a temperatura, mais rápida será a reação e mais brilhante será a luz. T mais alta T mais baixa 38 Uma vez que as leis de velocidade não contém nenhum termo da temperatura, a k deve depender da temperatura. Considere a reação de primeira ordem CH3NC CH3CN. À medida que T aumenta de 190 °C para 250 °C, k aumenta de 2,52x10-5 s-1 para 3,16x10-3 s-1 aumento de ~125 x. O efeito da temperatura é bastante significativo. 39 Modelo de Colisão (Teoria das Colisões) Em uma reação química ligações são rompidas e novas ligações são formadas moléculas devem colidir para a reação ocorrer. Quanto maior o número de colisões, maior a velocidade. Quanto mais moléculas estiverem presentes, maior a probabilidade de colisão e maior a velocidade. Quanto mais alta a temperatura, mais energia disponível para as moléculas e maior a velocidade maior nº de colisões. COMPLICAÇÃO: Nem todas as colisões levam aos produtos somente uma pequena fração das colisões levam ao produto. Por Exemplo na reação: H2(g) + I2(g) → 2HI(g), ocorrem 10 10 colisões/s somente 1 em cada 1013 colisões resulta no produto. 40 Fator Orientação Para que uma reação ocorra, as moléculas do reagente devem colidir com a orientação correta e com energia suficiente para formar os produtos. • Considere a reação Cl + NOCl NO + Cl2 • Existem duas maneiras possíveis para que os átomos de Cl e as moléculas de NOCl possam colidir: uma é efetiva e a outra não é: 41 Arrhenius propôs que as moléculas devem possuir uma quantidade mínima de energia para que elas reajam. Energia de Ativação Para que formem produtos, as ligações devem ser rompidas nos reagentes. A energia de ativação, Ea, é a energia mínima necessária para iniciar uma reação química. O rompimento de ligações requer energia. Moléculas ativadas são raras e são geradas a partir das colisões entre moléculas, fornecendo à certas moléculas uma energia superior ao valor médio. 42 Considere o rearranjo da isonitrila de metila p/ acetonitrila: Na H3C-NC, a ligação C-NC “dobra-se” até que a ligação C-N se rompa e a parte NC: esteja perpendicular à parte H3C Esta estrutura é denominada “complexo ativado” ou “estado de transição”. A energia necessária para a dobra e a rompimento acima é a energia de ativação, Ea. Uma vez que a ligação C-N é rompida, a parte NC pode continuar a girar formando uma ligação C-CN. A variação de energia para a reação é a diferença na energia entre CH3NC e CH3CN. A energia de ativação é a diferença de energia entre os reagentes, CH3NC e o estado de transição. 43 OBS: Se uma reação direta é exotérmica (CH3NC CH3CN), então a reação inversa é endotérmica (CH3CN CH3NC). A velocidade depende da Ea. 44 • Moléculas “normais” são iguais às moléculas ativadas sem a energia de ativação. • Uma molécula ativada possui uma reatividade muito diferente da molécula média. Como uma molécula de isonitrila de metila ganha energia suficiente para superar a barreira de energia de ativação? • A partir da teoria cinética molecular, sabe-se que, à medida que a temperatura aumenta, a energia cinética total aumenta. Pode-se mostrar que a fração de moléculas, f, com energia igual ou maior do que Ea é: Em que R é a constante dos gases (8,314 J/mol K) e T é a temperatura absoluta (T (K) = t(ºC) + 273,15). 𝒇 = 𝒆 −𝑬𝒂 𝑹𝑻 45 EX: Para um valor típico de Ea em muitas reações de 100 kJ/mol à 300 K (~Tamb) o valor calculado de f é 3,8x10-18. P/ 310 K f = 1,4x10-17 aumento de 10 ° em T produz um aumento de 3,7 vezes na fração de moléculas com energia mínima de 100 kJ/mol. 46 Equação de Arrhenius Arrhenius descobriu que a maior parte dos dados de velocidade de reação que obedecem a Equação de Arrhenius: 𝒌 = 𝑨 𝒆 −𝑬𝒂 𝑹𝑻 „k' é a constante de velocidade, Ea é a energia de ativação, R é a constante dos gases (8,314 J/K mol) e T é a temperatura em K. „A‟ é chamado de fator de frequência ou pré-exponencial. Tanto “A” como Ea são específicos para uma determinada reação. “A” é uma medida da probabilidade de uma colisão favorável. 47 Determinando a Energia de Ativação (Ea) Para determinar Ea e A deve-se reformular a equação de Arrhenius: 𝒌 = 𝑨 𝒆 −𝑬𝒂 𝑹𝑻 Aplicando “ln” dos 2 lados 𝒍𝒏 𝒌 = 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹 ∙ 𝟏 𝑻 • Determinando a constante de velocidade (k) em várias T, pode-se fazer um gráfico de ln k em versus 1/T. Ea não pode ser medida diretamente na reação A Eq. de Arrhenius é obedecida por reações simples (1 etapa). Se um gráfico de ln k x 1/T não for linear a reação é complexa. y = b + m ∙ x 48 Coeficiente angular: ∆𝒚 ∆𝒙 = 𝒎 = − 𝑬𝒂 𝑹 Coeficiente linear: b = 𝐥𝐧𝑨 𝒍𝒏 𝒌 = 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹 ∙ 𝟏 𝑻 y = b + m ∙ x 49 Se não forem conhecidos vários valores de k em função da T? 𝒍𝒏 𝒌𝟏 − 𝒍𝒏 𝒌𝟐 = 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹 ∙ 𝟏 𝑻𝟏 − 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹 ∙ 𝟏 𝑻𝟐 𝒍𝒏 𝒌𝟐 = 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹 ∙ 𝟏 𝑻𝟐 A equaçãode Arrhenius pode ser escrita para as duas T: Ea pode ser estimada com somente 2 valores de k em 2 T ≠s: Subtraindo ln k2 de ln k1: 𝒍𝒏 𝒌𝟏 𝒌𝟐 = 𝑬𝒂 𝑹 𝟏 𝑻𝟐 − 𝟏 𝑻𝟏 = − 𝑬𝒂 𝑹 𝟏 𝑻𝟏 − 𝟏 𝑻𝟐 𝒍𝒏 𝒌𝟏 = 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹 ∙ 𝟏 𝑻𝟏 50 EX: Considere a reação: A → B + C. Calcule o efeito da elevação de 10ºC na temperatura sobre a velocidade da reação. Admita que Ea = 80 kJ / mol, T1 = 26,75 ºC, R = 8,314 J / mol K. Representando-se k1 e k2 como as constantes de velocidades em T1 = 26,75 ºC e T2 = 36,75 ºC, respectivamente, tem-se: 𝒍𝒏 𝒌𝟏 = 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹𝑻𝟏 𝒍𝒏 𝒌𝟐 = 𝒍𝒏 𝑨 − 𝑬𝒂 𝑹𝑻𝟐 e Subtraindo (1) de (2): 𝒍𝒏 𝒌𝟐 𝒌𝟏 = − 𝑬𝒂 𝑹 𝟏 𝑻𝟐 − 𝟏 𝑻𝟏 = 𝑬𝒂 𝑹 𝟏 𝑻𝟏 − 𝟏 𝑻𝟐 𝒍𝒏 𝒌𝟐 𝒌𝟏 = 𝟖𝟎𝟎𝟎𝟎 𝟖, 𝟑𝟏𝟒 𝟏 𝟑𝟎𝟎 − 𝟏 𝟑𝟏𝟎 = 𝟏, 𝟎𝟑𝟓 Substituindo os valores: Aplicando o anti-ln (ex): 𝒌𝟐 𝒌𝟏 = 𝟐, 𝟖𝟐 Aumento de 10ºC quase triplicou a velocidade “A” e Ea são conhecidos como parâmetros de Arrhenius 51 Mecanismo de Reação A equação química balanceada fornece informações sobre o início e o fim da reação. O mecanismos das reações fornecem um quadro bem detalhado das ligações que são rompidas e formadas durante o curso de uma reação. Qualquer processo que ocorra em uma única etapa é chamado de Etapa elementar. Molecularidade: é o número de moléculas presentes em uma etapa elementar. Unimolecular: 1 molécula na etapa elementar. Bimolecular: 2 moléculas na etapa elementar. Termolecular: 3 moléculas na etapa elementar. São raros estatisticamente improváveis. 52 Se uma reação ocorre através de várias etapas elementares, as etapas elementares devem se adicionadas para fornecer uma equação química balanceada. Por exemplo a reação NO2(g) + CO(g) → NO(g) + CO2(g) ocorre em duas etapas elementares bimoleculares: Observe que se adicionarmos as etapas acima teremos a reação global: O NO3 não é reagente nem produto da reação, pois se forma numa etapa elementar e é consumido na etapa seguinte O NO3 é o INTERMEDIÁRIO da reação. 53 Exercício: As duas etapas elementares seguintes constituem mecanismo proposto para a reação de conversão do ozônio, O3, em O2: O3(g) → O2(g) + O(g) (a) Dê a molecularidade de cada etapa do mecanismo. (b) Escreva a equação da reação. (c) Identifique qualquer intermediário que houver. – Processos unimoleculares são de primeira ordem; – Processos bimoleculares são de segunda ordem; – Processos termoleculares são de terceira ordem. O3(g) + O(g) → 2O2(g) Lei de Velocidade de Etapa Elementar: é determinada por sua molecularidade: Exercício: Se a seguinte reação for uma reação elementar, diga qual será a sua lei de velocidade: (hipotético) H2(g) + Br2(g) → 2HBr(g) 𝒗 = 𝒌 𝑯𝟐 [𝑩𝒓𝟐] 54 Leis de Velocidade para Mecanismos de Várias Etapas: Por Exemplo: Considere a reação entre o NO2 e CO produzindo NO e CO2 a 225 °C em que a lei de velocidade é v = k[NO2] 2: Experimentalmente a lei de Velocidade é: A etapa 2 é muito mais rápida que a 1, ou seja, k2 >> k1 O intermediário NO3 é lentamente produzido na etapa 1 e rapidamente consumido na etapa 2. Etapa determinante da velocidade: é a mais lenta das etapas elementares a etapa determinante da velocidade governa a lei de velocidade global para a reação. 55 Como a etapa 1 é lenta e a 2 rápida, a 1ª é a determinante da velocidade e a lei de velocidade coincide com a dessa etapa elementar: 𝒗 = 𝒌𝟏[𝑵𝑶𝟐] 𝟐 CATÁLISE Experiências mostram que a velocidade de uma reação pode ser aumentada pela presença de uma outra substância que NÃO é consumida na reação ↔ CATALISADOR. Aumenta a velocidade de uma reação química; Participa da reação, mas apresenta-se quimicamente inalterado no fim da reação. Um catalisador apresenta as seguintes características: PODE SOFRER ALTERAÇÕES FÍSICAS 56 Não altera a entalpia, a energia livre nem a constante de equilíbrio da reação. A VELOCIDADE DA REAÇÃO INVERSA TAMBÉM AUMENTA Os catalisadores atuam diminuindo a Ea da reação. 57 A partir da equação de Arrhenius: os catalisadores aumentam k através do aumento de A ou da diminuição de Ea. • Os catalisadores podem agir aumentando o nº de colisões efetivas. Existem dois tipos de catalises: Homogênea e Heterogênea Catálise homogênea: O catalisador está na mesma fase que os reagente e produtos. Não há efeitos de superfície; A veloc independe da natureza da superfície do catalisador e da relação área superficial volume O catalisador forma um outro composto com um dos reagentes, antes de ser regenerado; O efeito cinético pode ser medido diretamente pela concentração do catalisador. 𝒌 = 𝑨 ∙ 𝒆−𝑬𝒂/𝑹𝑻 58 EX.: O peróxido de hidrogênio decompõe-se muito devagar: 2H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g) Na presença do íon de brometo, a decomposição ocorre rapidamente: 2Br-(aq) + H2O2(aq) + 2H + (aq) → Br2(aq) + 2H2O(l) Br2(aq) + H2O2(aq) → 2Br - (aq) + 2H + (aq) + O2(g) O íon Br- é um catalisador porque ele pode ser recuperado no final da reação. Um catalisador pode adicionar intermediários à reação. EX: Na presença de Br-, Br2(aq) é produzido como um intermediário na decomposição de H2O2: 2Br-(aq) + H2O2(aq) + 2H + (aq) → Br2(aq) + 2H2O(l) Br2(aq) + H2O2(aq) → 2Br - (aq) + 2H + (aq) + O2(g) 59 Catálise Heterogênea: Em muitos processos industriais as reações ocorrem sobre uma superfície sólida e não uniforme, numa fase gasosa ou líquida Reações Heterogêneas A primeira etapa é a adsorção a ligação de moléculas do reagente à superfície do catalisador. As espécies adsorvidas são + reativas que as “livres”. As moléculas são adsorvidas nos sítios ativos na superfície do catalisador. 60 Mecanismo envolve uma superfície ↔ a velocidade da reação depende das concentrações dos reagentes e da área da superfície; Os catalisadores são usados de forma finamente dividida, ou seja, com uma grande área superficial Catalisadores sólidos são extremamente específicos; Sólidos diferentes resultam em velocidades que diferem por várias potências de 10. Podem formar produtos DIFERENTES a partir do MESMO REAGENTE INICIAL C2H5OH C2H4 + H2O Al2O3 C2H5OH CH3CHO + H2 Cobre 61 HCOOH CO + H2O Al2O3 HCOOH CO2 + H2 Cobre A formação de produtos diferentes mostra que os átomos da superfície do sólido estão envolvidos no mecanismo da reação. A função das superfícies sólidas foi explicada por Langmuir: moléculas adsorvidas são mantidas por ligações químicas ↔ Adsorção Química O catalisador diminui a Ea pelo fato de adsorver o gás em determinadas posições da superfície. É provável que dois ou mais sítios ativos vizinhos adsorvam a molécula por processo cooperativo Resulta em distensões de algumas ligações, levando a molécula adsorvida ao estado de transição Catalisadores ≠s podem adsorver uma determinada molécula de vários modos diferentes, produzindo produtos ≠s 62 A adsorção depende do espaçamento dos sítios ativos da superfície ↔ natureza química. Reação Catalisador Ea / kJ Ea (Heterogênea) kJ 2 HI → H2 + I2 Platina 184 59 2 N2O → 2 N2 + O2 Ouro 245 121 2 NH3 → N2 + 3 H2 Tungstênio 335 163 CH4 → C + 2 H2 Platina 335 230 Catálise Enzimática: Enzimas são catalisadores biológicos que possuem estrutura proteica. • Enzimas são macromoléculas cuja as reações ocorremem sua superfície. 63 • Muitas vezes, a atividade das enzimas depende da presença de um co-fator ou co-enzima; • Alta seletividade (especificidade) ↔ Modelo chave-fechadura (Emil Fischer, 1894); • Os substratos sofrem reação no sítio ativo de uma enzima; • As reações assemelham-se mais com aquelas que ocorrem em catalises homogêneas. Estado de Transição 64 Koshland (1958): Encaixe Induzido • O nº de moléculas catalisadas por enzimas é de 103 a 107 por segundo. Estado de Transição EX.: A hidrólise da Uréia sem e com a enzima Urease: CO(NH2)2(aq) + 2H2O(aq) → CO2 + 2NH3 Ea = 104 kJ/mol CO(NH2)2(aq) + 2H2O(aq) → CO2 + 2NH3 Ea = 29 kJ/mol Urease 65
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