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BOLETIM INFORMATIVO REPELENTES 2016

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Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
 BOLETIM INFORMATIVO 
REPELENTES 
CONTEÚDOS ABORDADOS 
O CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS DA UNESP 
AUTORAS 
INTRODUÇÃO: AEDES - VETOR DE DOENÇAS 
ZIKA VÍRUS: MICROCEFALIA E SÍNDROME GUILAIN-BARRÉ 
DENGUE 
VACINAÇÃO E FEBRE AMARELA 
REPELENTES DE USO TÓPICO 
INDICAÇÕES DE USO DE REPELENTES TÓPICOS 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA A UTILIZAÇÃO DE REPELENTES 
DE USO TÓPICO 
REPELENTES FÍSICOS E OUTROS MÉTODOS 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
O CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS DA UNESP 
 
O Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) da Faculdade de 
Ciências Farmacêuticas da UNESP de Araraquara vem sendo implantado (2015 e 2016) 
como um projeto de extensão universitária. Suas atividades são realizadas nas 
dependências da Farmácia Universitária “Prof. Dr. Antônio Alonso Martinez” da 
UNESP. 
O CIM trabalha ativamente através da elaboração de boletins informativos em 
temas pertinentes em saúde, com enfoque em farmácia. Este boletim foi elaborado para 
a população usuária de repelentes, farmacêuticos, alunos de graduação em farmácia e 
demais interessados. Seu objetivo é abordar o uso correto dos repelentes e temas 
relacionados ao Aedes aegypti e as flavoviroses que ele veicula. Para acessar os links 
sugeridos no boletim, basta clicar sobre eles. Tendo acesso à internet, o link abrirá. 
Boa leitura! 
 AUTORAS 
 
ALBARICCI, C.B. – Graduanda em Farmácia-Bioquímica pela Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas da UNESP – campus Araraquara. Bolsista pela PROEX do CIM FCFAR 
UNESP em 2016. 
SILVA, C.F. – Farmacêutica Responsável Técnica pela Farmácia Universitária “Prof. 
Dr. Antonio Alonso Martinez” da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP – 
campus Araraquara. Supervisora do CIM FCFAR UNESP. 
VICENTIN, S.C. – Farmacêutica Corresponsável Técnica pela Farmácia Universitária 
“Prof. Dr. Antonio Alonso Martinez” da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da 
UNESP – campus Araraquara. Supervisora do CIM FCFAR UNESP. 
SCARPA, M.V.C. – Docente Responsável pela Farmácia Universitária “Prof. Dr. 
Antônio Alonso Martinez”. Supervisora do Núcleo de Atendimento à Comunidade 
(NAC). Orientadora do CIM FCFAR UNESP. 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
INTRODUÇÃO: AEDES – VETOR DE DOENÇAS 
 Mosquitos podem funcionar como veículos de doenças para os seres 
humanos. Os mosquitos do gênero Aedes são particularmente perigosos por serem 
veículos (vetores) de doenças como: febre amarela, todos os 
tipos de dengue, Chikungunya e Zika. Essas doenças são 
causadas por vírus, ou seja, quando infectado pelo vírus, o 
mosquito transmite este vírus aos seres humanos através da picada 
(BRASIL, 2016). 
 A melhor maneira de controle dessas doenças é o combate ao 
vetor. Segundo o Ministério da Saúde (2016), 2/3 dos criadouros de Aedes estão 
nas residências. O Aedes aegypti é um mosquito com hábitos diurnos, doméstico, 
que se alimenta de sangue humano principalmente ao amanhecer e ao 
entardecer. É necessário eliminar os recipientes com água parada quando possível e 
saber como tratar corretamente os reservatórios de água (BRASIL, 2016). 
 Para maiores informações sobre o combate ao vetor acesse o link do 
Ministério da Saúde: http://combateaedes.saude.gov.br/prevencao-e-combate (BRASIL, 
2016). 
ZIKA VÍRUS: MICROCEFALIA E SÍNDROME DE GUILAIN-BARRÉ 
Em fevereiro de 2016 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou 
emergência de saúde pública internacional pela microcefalia e outras anormalidades 
neurológicas relacionadas ao vírus Zika. Essa medida foi tomada para que os governos 
se organizassem e respondessem de maneira eficaz e coordenada à situação que era 
vivida, principalmente no Nordeste do Brasil (WHO, 2016a), (DINIZ, D, 2016). 
Existe um consenso científico de que o vírus Zika é uma das causas de 
microcefalia e da Síndrome de Guilain-Barré (WHO, 2016b). 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
Microcefalia é uma condição clínica rara onde o bebê nasce com a cabeça 
menor do que a faixa de segurança esperada, ou em que a cabeça do bebê para de 
crescer após o seu nascimento. Esses valores são padronizados pela OMS. O não 
crescimento do perímetro craniano pode estar relacionado (ou não) com um menor 
desenvolvimento encefálico (WHO, 2016d). 
A microcefalia não possui um tratamento específico. O fato do bebê possuir 
um perímetro craniano menor que o padrão não quer dizer que ele tenha problemas 
neurológicos. O recomendado é que os bebês sejam acompanhados em seus primeiros 
anos por uma equipe multiprofissional em um serviço de saúde e cada bebê seja tratado 
de acordo com as suas necessidades (WHO, 2016d). 
Embora tenha sido confirmada a relação do vírus Zika com a microcefalia, o 
vírus não é a única causa da mesma. Também podem ser causadores de microcefalia 
outras infecções na gravidez (como, por exemplo: toxoplasmose, rubéola, herpes, sífilis, 
HIV e outros), má nutrição severa, anormalidades genéticas, exposição materna a metais 
pesados em concentrações tóxicas (como arsênico e mercúrio), tabagismo e etilismo 
(uso abusivo de cigarro e álcool) (WHO, 2016d). 
A Síndrome de Guillain-Barré é uma condição rara onde o sistema 
imunológico (de defesa) de um indivíduo ataca seus nervos periféricos (relacionados à 
inervação de braços e pernas). Ela pode ocorrer após uma infecção bacteriana ou viral, 
normalmente severa. Qualquer pessoa pode ser afetada, mas ela é mais comum em 
homens adultos (WHO, 2016e). 
Pessoas com Síndrome de Guillain-Barré necessitam monitoramento e 
cuidados intensos junto ao serviço de saúde. Nos casos mais severos ela pode causar 
paralisia parcial ou total. Contudo, a maioria das pessoas se recupera totalmente, se lhe 
for ofertado os devidos cuidados (WHO, 2016e). 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
O vírus Zika também foi isolado de alguns fluidos biológicos e a OMS 
recomenda que a população seja informada dos riscos da transmissão sexual do vírus e 
se previnam, principalmente utilizando preservativos (WHO, 2016c). 
Em novembro de 2016 a OMS declarou que o vírus Zika e suas consequências 
ainda representam um desafio significativo de saúde pública que necessita trabalho 
intenso, porém, não mais representa uma emergência de saúde púbica internacional 
(WHO, 2016a). 
DENGUE 
A mais de vinte anos a dengue epidêmica e suas complicações, como a febre 
hemorrágica, são um problema não só no Brasil, mas em outros países com climas 
tropicais (MENDONÇA et al, 2009). 
 A dengue como epidemia está relacionada a diversos fatores, tais como: 
 os diferentes sorotipos do vírus (já foram registrados quatro sorotipos 
diferentes e a imunidade a cada sorotipo é individual, ou seja, uma mesma 
pessoas pode contrairdengue quatro vezes); 
 a proliferação do mosquito relacionado ao crescimento demográfico da 
população associada a intensa e desordenada urbanização, inadequada 
infraestrutura urbana e o aumento da produção de resíduos; 
 a resistência aumentada do mosquito aos métodos convencionais de 
controle. 
(MENDONÇA et al, 2009) . 
VACINAÇÃO E FEBRE AMARELA 
Até a data de atualização deste boletim (dezembro de 2016) a única vacina 
padronizada pelo SUS e disponível para a população é a vacina contra a febre amarela. 
A imunização contra as outras doenças citadas acima ainda seguem em estudos e testes. 
A vacinação contra a febre amarela é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema 
Único de Saúde e está integrada ao Calendário Nacional de Vacinação. Ela é 
recomendada em uma extensa área do país para moradores e viajantes dessas regiões. 
(S. V. S, 2014) (M.S,2016, 2). 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
Mapa. Áreas Com e Sem Recomendação de Vacina Febre Amarela 
(ACRV / ASRV),Brasil, 2015. Fonte: CGDT/DEVIT/SVS/MS. 
 
A imunização contra a febre amarela possibilitou um maior controle da 
doença, que era endêmica no país nas décadas de 50 e 60. Como toda vacina, para 
garantir a imunização da população, deve-se obedecer ao protocolo do Ministério da 
Saúde. Tendo em vista o aumento do mosquito vetor (Aedes aegypti) a não vacinação da 
população a deixará novamente suscetível à doença, podendo aumentar novamente os 
casos de febre amarela (MENDONÇA et al, 2009) (PORTAL DA SAÚDE DO SUS, 
2014). 
Para maiores informações sobre a vacinação contra a febre amarela acesse o 
site do Portal da Saúde do SUS, disponível 
em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-
ministerio/427-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/febre- amarela/l1-febre-
amarela/10771-vacinacao-febre-amarela ou procure sua Unidade Básica de Saúde. 
Tendo em vista que nem todas as doenças possuem a possibilidade de 
imunização, é importante o uso de repelentes. Repelentes podem ser de uso tópico, 
físicos ou ambientais. 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
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Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
REPELENTES DE USO TÓPICO 
Repelentes de uso tópico atuam formando uma camada de odor repulsivo 
aos insetos sobre a pele. Um repelente não protege igualmente todos os seus usuários, 
eles dependem de fatores como a predisposição individual de acordo com substâncias 
exaladas pela pele. Portando idade, sexo, transpiração e oleosidade da pele alteram o 
funcionamento de um repelente em um indivíduo. 
Princípio ativo é a substância que possui atividade no produto. O princípio 
ativo e sua concentração sempre estão descritos na composição do produto, 
normalmente na própria embalagem. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária) recomenda o uso de três princípios ativos que possuem sua segurança e 
eficácia comprovada. São eles: DEET, IR 3535 ou EBAAP e Icaridina ou Picaridina. 
Eles são seguros sempre que seu uso respeite as indicações do produtor. Se atente aos 
cuidados e restrições ao uso dos produtos repelentes. 
INDICAÇÕES DE USO DE REPELENTES TÓPICOS 
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2015): 
Crianças de até 6 meses de idade não podem usar repelentes tópicos. Não é 
recomendada nenhuma substância química na pele ou repelentes elétricos que 
contenham produtos químicos no ambiente onde eles se encontram. Nessas 
crianças, deve ser utilizado apenas repelentes físicos, que serão discutidos em tópico 
próprio. 
Crianças entre 6 meses e 2 de idade podem 
utilizar repelentes que contenham em suas 
formulações o IR3535 até 30%. Eles 
possuem duração de até 4 horas e devem ser 
aplicados apenas uma vez ao dia. Nessas crianças 
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Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
os repelentes devem ser utilizados apenas em situações especiais e com orientação e 
acompanhamento do pediatra. 
Crianças entre 2 e 7 anos de idade podem utilizar repelentes que contenham 
em suas formulações as seguintes substâncias: 
 IR3535 de 20- 30% - Essa substância possui até 4 horas de duração e 
pode ser aplicada até duas vezes ao dia. 
 Icaridina de 20-25% - Essa substância possui o maior tempo de 
duração, podendo variar de 8-10 horas. Pode ser aplicada até duas vezes 
ao dia. 
 DEET infantil de 6-9% - Possui duração de 4-6 horas e pode ser 
aplicada até duas vezes ao dia. 
 
Crianças a partir de 7 anos de idade podem utilizar repelentes que 
contenham: 
 
 IR3535 de 20- 30% - Essa substância possui até 4 horas de duração e 
pode ser aplicada até três vezes ao dia. 
 Icaridina de 20-25% - Essa substância possui o maior tempo de 
duração, podendo variar de 8-10 horas. Pode ser aplicada até três vezes 
ao dia. 
 DEET infantil de 6-9% 
- Possui duração de 4-6 horas e pode 
ser aplicada até três vezes ao dia. 
 
Repelentes são seguros para 
gestantes desde que estas observem as 
orientações de uso do fabricante. 
A Agência Nacional de Vigilância 
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Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
Sanitária esclarece que não há impedimento para a utilização de repelentes por mulheres 
grávidas, desde que estes produtos estejam devidamente registrados na Anvisa e que 
sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo (ANVISA, 2015). 
Adultos e gestantes podem utilizar repelentes que contenham em sua 
composição as seguintes substâncias: 
 IR3535 20-30% – Possui duração de até 4 horas, pode ser aplicar até 
três vezes ao dia. 
 Icaridina 20-25% – Possui duração de 8-10 horas, pode ser aplicada até 
três vezes ao dia. 
 DEET 10-15% – Possui duração de 6-8 horas, pode ser aplicar até três 
vezes ao dia. 
Estudos demonstram que a icaridina 20-25% fornece mais proteção contra o 
Aedes aegypti do que o DEET de 6-9%. (SDB, 2015). 
Os óleos vegetais são os repelentes mais antigos conhecidos. Podem ser 
utilizados óleos de soja, citronela, eucalipto-limão, entre outros. Um problema 
associado aos óleos vegetais é sua alta volatilidade, diminuindo assim o seu tempo de 
duração. A Sociedade Canadense de Pediatria coloca o óleo de eucalipto como segunda 
opção a ser utilizado quando o DEET é contraindicado e a icaridina não é disponível 
comercialmente no país. (STEFANI el al, 2009) 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA A UTILIZAÇÃO DE REPELENTES 
TÓPICOS 
 Leia o rótulo do produto antes de aplicá-lo e conserve-o para consulta. 
 Aplique o repelente conforme as instruções do fabricante. 
 Mantenha fora do alcance de crianças e não permita que elas se apliquem este 
tipo de produto. 
 Evite o uso próximo de mucosas (boca, nariz, olhos e genitais). 
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ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
 Não aplique o produto em pele irritada ou ferida. 
 Evite utilizar o repelente em conjunto com filtros solares. Após a aplicação do 
filtro solar, aguardar um tempo para a absorçãodo mesmo antes de aplicação. 
 Evite aplicar repelentes nas mãos de crianças. 
 Primeiro aplique o produto no corpo, se não forem observadas irritações, aplique 
com os devidos cuidados no rosto. 
 Utilize quantidade suficiente para evitar reaplicações. 
 Não aplique o produto sob as roupas. 
 Após aplicação do repelente, lave suas mãos. 
 Utilize repelentes tópicos apenas quando for sair para áreas abertas. 
 Tome banho antes de dormir para retirar o repelente tópico da pele. 
 Se suspeitar de qualquer reação adversa ou intoxicação, lave a área exposta e 
entre em contato com o serviço de intoxicação. Se necessário, procure serviço 
médico e leve consigo a embalagem do repelente. 
 Pessoas com problemas respiratórios ou sensibilidade a aerossóis podem fazer 
uso do repelente em gel. 
(STEFANI el al, 2009). 
REPELENTES FÍSICOS E OUTROS MÉTODOS 
Repelentes físicos são utilizados para evitar o contato com os insetos. São 
exemplos de repelentes físicos os mosquiteiros e as telas. 
Esse tipo de proteção pode ser utilizado para 
todas as pessoas, já que não é indicado fazer uso de 
repelentes tópicos no interior de ambientes 
fechados, como casas ou dormir com os mesmos. 
Os mais beneficiados com este tipo de 
proteção são as crianças menores de 6 meses, que 
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ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
não podem utilizar repelentes tópicos e não se recomenda que eles permaneçam em 
ambientes com substâncias químicas repelentes (como inseticidas). 
Em áreas com grande quantidade de mosquitos deve-se garantir que portas e 
janelas sejam bem vedadas com telas. Sobre as camas, podem-se utilizar mosquiteiros 
para garantir mais uma barreira física de proteção. 
Não foi comprovada a eficácia de repelentes ultrassônicos em estudos 
científicos. Dispositivos elétricos com luzes azuis atraem todos os tipos de insetos, mas 
não previnem contra picadas. 
Dispositivos eletrocutores como raquetes também não possuem sua eficácia 
comprovada. 
O uso de vestimenta adequada (meias, calças e blusas de manga comprida) é 
desejável, mas pouco prático em países de clima quente como o Brasil. Deve-se dar 
preferência a roupas de tecidos claros, devendo-se evitar cores chamativas. 
(STEFANI el al, 2009). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O controle e combate ao Aedes aegypti é um trabalho constante, tanto dos 
órgãos públicos quanto da população e, essencial para o controle das flavoviroses que 
ele veicula. 
A dengue endêmica e suas complicações, principalmente hemorrágicas, 
oneram tanto o sistema de saúde quanto a população afetada, que pode vir a óbito. 
O atendimento de pré-natal deve ser realizado de maneira integral e 
humanizado. Deve ser dada a devida atenção às doenças infectocontagiosas, 
principalmente as que afetam as gestantes e podem vir a afetar os bebês. A experiência 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
brasileira com o vírus Zika, deve nos fazer refletir e repensar nossas maneiras de pensar 
e agir, principalmente com esta população que foi tão afetada. 
Os repelentes de uso tópico são uma boa alternativa para a proteção contra a 
picada do Aedes aegypti e podem ser utilizados com segurança em gestantes e crianças 
desde que sejam respeitadas as concentrações de segurança de cada substância repelente 
para a respectiva faixa etária e sejam respeitadas as recomendações gerais para 
utilização dos repelentes. 
Os repelentes físicos, como mosquiteiros e telas, são uma alternativa eficaz e 
segura para ambientes fechados, e favorecem principalmente os bebês menores de seis 
meses que não podem utilizar repelentes tópicos. 
REFERÊNCIAS 
ANVISA. 2015. A Anvisa não vê restrições no uso de repelentes por gestantes. 
Criado em 04 de dezembro de 2015. Disponível 
em: http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-
busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_c
ol_id=column-
1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101
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gestantes&redirect=http%3A%2F%2Fportal.anvisa.gov.br%2Fresultado-de-
busca%3Fp_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mo
de%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-
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%26_3_formDate%3D1441824476958&inheritRedirect=true Acesso em abril de 2016. 
DINIZ, Débora. 2016. Zika: do Sertão nordestino à ameaça global / Debora Diniz – 
1ed- Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. 192p.; 21cm. 
Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
Última atualização: dezembro de 2016. 
 
 
 
MENDONCA, Francisco de Assis; SOUZA, Adilson Veiga e; DUTRA, Denecir de 
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-
45132009000300003&lng=en&nrm=iso>. access 
on 06 Dec. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1982-45132009000300003 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Prevenção e combate. Disponível em: 
http://combateaedes.saude.gov.br/prevencao-e-combate . Acesso em: abril de 2016. 
PORTAL DA SAÚDE DO SUS. Orientações quanto à vacinação contra a febre 
amarela. Criado em 25 de março de 2014. Disponível 
em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-
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vacinacao-febre-amarela . Acesso em: abril de 2016. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. 2015. Sociedade Brasileira de 
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alerta-sobre-o-uso-de-repelentes-em-criancas/ . Acesso em: abril de 2016. 
STEFANI, G.P.; PASTORINO, A.C.; CASTRO, A.P.B.M.; FOMIN, A.B.F. e JACOB, 
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http://dx.doi.org/10.1590/S0103-05822009000100013 . Acesso em: abril de 2016. 
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Centro de Informações sobre Medicamentos – FCF / UNESP Araraquara 
ALBARICCI, C.B.; VICENTIN, S.C.; SILVA, C.F.; SCARPA, M.V. 
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