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DESAFIO CAMINHOS DA ADOÇÃO

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO DE BAURU – UNIDADE NORTE
SERVIÇO SOCIAL
DESAFIO PROFISSIONAL
DIREITOS HUMANOS, FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III, FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS, PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL II, ÉTICA PROFISSIONAL.
ELAINE CRISTINA DA SILVA ESTRADA – RA 1974171181
JAMILE BATISTA PAULO GIMENIS – RA 2859133820
LUANA DE LOURENÇO – RA 1926973101
LUCILENE CRISTINA DE QUEIROS – RA 2868954445
SANDRA CRISTINA FERREIRA FRANCO - RA 2850227437
CAMINHOS DA ADOÇÃO
RENATA SILVA DE OLIVEIRA
BAURU, 18 DE NOVEMBRO DE 2016
Introdução
A história da adoção tem um percurso extenso no Brasil e se faz presente desde a época da colonização. A princípio esteve relacionada com caridade, em que os mais ricos prestavam assistência aos mais pobres. Era comum haver no interior da casa das pessoas abastadas filhos de terceiros, chamados "filhos de criação". A situação deste no interior da família não era formalizada, servindo sua permanência como oportunidade de se possuir mão-de-obra gratuita (PAIVA, 2004) e, ao mesmo tempo, prestar auxílio aos mais necessitados, conforme pregava a Igreja. Portanto, foi através da possibilidade de trabalhadores baratos e da caridade cristã, que a prática da adoção foi construída no país. Já se percebe, então, que não havia um interesse genuíno de cuidado pela criança necessitada ou abandonada.
A primeira vez que a adoção apareceu em nossa legislação foi em 1828, e tinha como função solucionar o problema dos casais sem filhos. Esta foi, também, outra influência cultural de nossos antepassados: associar adoção como recurso para casais sem filhos, como se esta forma de filiação se prestasse apenas para solucionar o caso do casal infértil.
O nosso Código Civil de 1916 (Lei 3071/16) foi um marco importante para a legislação brasileira, pois de acordo com esta lei, além de a adoção ser permitida apenas para os casais sem filhos, poderia ser revogada e o adotando não perdia o vínculo com a família biológica. Em 1957 (Lei 3.133/57) aconteceram algumas modificações interessantes em relação a adoção. As pessoas que já possuíam filhos poderiam adotar, mas, nestes casos, o filho adotivo não teria direito a herança.
Foi somente com a legislação de 1988 que a lei passou a tratar de maneira igualitária todos os filhos, havidos ou não do casamento, ou por adoção. 
Ao longo desses anos, muitas mudanças legais ocorreram até a criação e aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (E.C.A), Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, que há mais de 25 anos regulamentou a prática da adoção no Brasil (mas que sofreu algumas mudanças a partir de novembro de 2009, com a lei 12.010/09, também chamada de Nova lei da Adoção, e que coloca como prioridade a garantia, às crianças e adolescentes, dos seus direitos, dentre os quais a convivência familiar e a não diferenciação legal entre os filhos de um casal, independente de serem eles adotivos ou biológicos.
Percebemos, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que o objetivo da adoção passa a ser garantir a criança e ao adolescente o direito de ser criado no interior de uma família e não o de resolver, por exemplo, o problema de casais sem filhos. Entretanto, pensamos que embora o E.C.A, e a Lei 12.010/09, busque tratar a criança, sem supervalorizar o aspecto biológico, este ainda é visto como superior, pois, de acordo com o Art. 19 do E.C.A, é um direito da criança permanecer no interior de sua família biológica, sendo a adoção uma decisão excepcional, tomada somente quando se esgotam as possibilidades de continuidade da criança no seio da família. 
Ressaltamos nesse passeio histórico que, em diferentes níveis a adoção é permitida por quase todas as legislações moderna, acentuando-se o sentimento humanitário e o bem-estar da criança ou do adolescente como preocupação principal, enfatizando a Lei Brasileira, o ECA, que dispõe acerca da proteção integral.
Importante citar, que as medidas previstas na legislação pátria, em especial no Estatuto da Criança e do Adolescente, requerem a intervenção profissional, conforme prevê os artigos 151, dos serviços auxiliares do Juiz: 
Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições, que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de acompanhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico (BRASIL, 2010, p. 87).
Desta forma, a Justiça da Infância e Juventude, aplica não apenas as medidas prevista em lei, de forma punitiva, mas sim, que ela aja de forma responsável, com um olhar mais apurado para a realidade dos infantes, sob a análise e sob a ótica interdisciplinar, que compreenderá estes sujeitos em sua complexidade, que oferecerá subsídios para que o Juiz assegure em sua sentença judicial a proteção integral infanto-juvenil. (CURY, 2010).
Finalizando, o presente artigo se propõe a analisar os possíveis questionamentos éticos profissionais com relação à atuação do assistente social no atendimento a situações de vulnerabilidade social de crianças e adolescentes, especialmente, envolvendo possíveis adoções de crianças, bem como, a importância da atuação desse profissional nesse processo, e a influência da religião nesses casos. 
Desenvolvimento
A adoção é uma forma diferente do natural, de filiação exclusivamente jurídica, que se sustenta sobre a pressuposição de uma relação afetiva, ressaltando-se, principalmente afetiva. Juridicamente a adoção é um ato ou negócio que cria relações de paternidade e filiação entre duas pessoas, ou seja, uma pessoa passa a gozar do estado de filho de outras pessoas, independentemente de vínculo biológico.
Segundo a atual Legislação Brasileira, quem pode adotar são adultos com mais de 21 anos, que seja pelo menos 16 anos mais velha que a criança a quem pretende adotar, independentemente do estado civil, pode ser solteira, casada, divorciada, ou viver em concubinato. Na hipótese de ser casado ou viver em uma relação de concubinato, a adoção deve ser solicitada por ambos, que participarão juntos de todas as etapas do processo adotivo. Será feita avaliação de estabilidade da união.
Prioriza o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e amplia a noção de família para parentes próximos com os quais convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
É na instituição judiciária, “[...] que tem como confiabilidade, na divisão dos poderes, a aplicação da lei, a distribuição da justiça, o que implica o ato de julgar” (FÁVERO, 1999, p.19). Um espaço favorável para abordar as situações relacionadas aos menores de 18 anos de idade, quando a intervenção tem como direcionamento o formalismo e a positividade da lei, se apropriando de um poder direcionado para o disciplinamento, e normalização de condutas.
Desta forma, o assistente social é mediador entre direito e usuário dos serviços, estabelecendo uma relação de promoção e emancipação dos sujeitos sociais, conforme preconiza o Código de Ética Profissional. 
No elemento ético-político, abrangendo sua prática nas relações de poder e de forças sociais da sociedade capitalista, determina que o profissional tenha um posicionamento político, para ter clareza no direcionamento de sua intervenção na realidade social. Orientando sua ação nos valores e princípios expressos no Código de ética da profissão, onde se pode resgatar a busca pelos direitos de crianças e adolescentes, independentemente da orientação legal menorista. 
Tomando como base, muitas vezes, a estrutura metodológica do “serviço social de casos individuais”, ele estuda a situação, estabelece um diagnóstico e quase sempre sugere medidas sociais e legais – medidas de inclusão / exclusão – que podem ou não ser levadas em conta pela autoridade judiciária. (FÁVERO, 2007 p. 48).
O Serviço Social noJudiciário vem se legitimando como uma prática social necessária, observando sua valorização no desenrolar do processo. A ação profissional diante disto deve responder a um compromisso ético-político, intervindo na realidade apresentada propositivamente para o conhecimento da situação apresentada, visando um atendimento de qualidade para seu usuário. Assim, requer não somente responsabilidade teórica e técnica, mas envolve um compromisso com a população alvo desses serviços, cujas vidas podem sofrer consequências dessa atuação profissional. 
Cabe ao Assistente Social, uma postura de orientar o usuário a respeito dos seus direitos, como por exemplo, direito a convivência familiar. E informar a criança ou adolescente, sobre todos os procedimentos necessários para a adoção. Para que haja uma compreensão da criança ou adolescente, sobre todos os passos a serem tomados, a Habilitação do Casal, o Estágio de Convivência a mudança de Certidão de Nascimento, a Guarda, entre outras questões pertencentes ao processo.
Pode-se dizer que a Avaliação Social, começa no primeiro contato do profissional com os interessados. O Assistente Social realiza entrevista, com os pretendentes e com os adotandos. Nas entrevistas com os adotandos, é necessário um atendimento diferenciado, os profissionais utilizam de uma abordagem cheia de recursos e estratégias que possibilitem maior comunicação com essas crianças e adolescentes. 
Assim o Assistente Social, produz um Estudo Social, e um Parecer Social sobre todo o processo da adoção, onde o profissional deve usar de todo o seu conhecimento teórico crítico e os instrumentais, auxiliando o juiz em sua decisão.
O assistente social tem no seu Código de Ética evidente a defesa dos direitos, com os princípios democráticos da igualdade e universalidade, atua no âmbito da adoção, com a perspectiva de busca pela garantia do direito a convivência familiar e comunitária descrita no ECA (1990), e uma de suas atribuições é detectar o direito violado da criança e do adolescente e que encontram-se em vulnerabilidade social, pois através de seu parecer social e encaminhamento a autoridade competente, possa assim, garantir os seus direitos estabelecidos no ECA.
Considerações finais
O assistente social, ao apoderar-se dos instrumentos de trabalho, propõe a socialização de informações, com embasamento teórico e sobrevêm estas informações com qualidade caracterizada. Utiliza-se de uma postura investigativa, no qual o alvo é conhecer a realidade dos sujeitos sociais e contribuir para originar transformação no ambiente social destes indivíduos. Guerra (1999) diz que, ao apodera-se da instrumentalidade que os profissionais, modificam, transformam, alteram as condições objetivas e subjetivas, o que possibilita o atendimento da demanda dos objetivos.
Concluímos que a ética para o Assistente Social, não é só uma referência teórico- política, mas é acima de tudo uma questão do seu cotidiano profissional. E assim a ética profissional em Serviço Social se volta de modo particular para a objetivação dos valores e princípios orientadores dos processos interventivos, envolvendo com isso a responsabilidade e o compromisso profissional, face ás escolhas feitas e as respostas dadas as demandas que lhe são colocadas. Demonstrando á importância da atuação desse profissional, que direcionam o parecer, influindo de forma determinante, sobre a decisão a ser tomada com relação ao destino da criança ou adolescente.
Atualmente as demandas por seu trabalho vêm aumentando, devido ao agravamento das desigualdades sociais, violência e o desrespeito aos Direitos humanos. Acrescentamos ainda que as mudanças no ECA abriram novas perspectivas, para a atuação do Assistente Social na implementação das Politicas de Assistência e Proteção Integral a Infância e Juventude. 
A discussão acerca dos valores religiosos, influenciarem ou não, as práticas profissionais dos Assistentes Sociais, principalmente os valores da igreja Católica, que estaria relacionada diretamente com o surgimento do Serviço Social, remetendo também, á percepção do poder que a igreja tem em influenciar a vida das pessoas em diversos aspectos pelo uso da fé.
Porém, as reflexões desses profissionais que sejam influenciadas pela presença desses valores, terão seu fundamento afetado, por aspectos que atribuem ás suas ações um caráter conservador, se distanciando de perspectivas direcionadas á busca pela garantia de direitos, não condizendo com o projeto Ético- Político.
Em síntese, a busca por uma sistematização no fazer profissional, no qual o assistente social se utiliza de suas atividades para intervir na realidade desses sujeitos torna-se uma questão fundamental para a legitimidade ética, teórica e técnica da profissão. 
Referências Bibliográficas 
BRASIL. ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990.
BRASIL. Código Civil de 1916. Lei 3.071 de 1916. Senado Federal, 1916. 
BRASIL. Código Civil de 2002. Lei n° 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Brasília: Senado Federal, 2002. 
BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988.
BRASIL. Lei n. 12.010 de 3 de agosto de 2009. Senado Federal, 2009. 
BRASIL. Código de Ética do Assistente Social. Brasília: CFESS, 1993.
CURY, Munir. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
FÁVERO, E. T; MELÃO, M. J. R; JORGE. M. R. T; O Serviço Social e a Psicologia no Judiciário – construindo saberes, conquistando direitos. São Paulo, Cortez Editora, 2005.
FÁVERO, Eunice Teresinha, Questão Social e Perda do Poder Familiar. São Paulo, Veras Editora, 2007.
FÁVERO – Eunice Teresinha, Serviço Social: práticas judiciárias poder, implantação e implementação do Serviço Social no Juizado de Menores de São Paulo. São Paulo: Veras Editora, 1999. (Série Núcleo de Pesquisa).
GUERRA, Yolanda. A Instrumentalidade do Serviço Social. 2º Ed. Revista – São Paulo – Editora Cortez, 1999.
In mudanças psicologia da saúde. São Paulo, V.14 n, p 24-31, jan/jul.2006.
Levinzon, G.K. A adoção na clinica psicanalítica. O trabalho com os pais adotivos.

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