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TERAPÊUTICA DE ANTICONVULSIVANTES EPILEPSIA Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5 – 1% da população. Não é psiquiátrico! A incidência da epilepsia varia de acordo com a localização geográfica. Subindo para 2% em nações menos desenvolvidas. Aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo sofrem de epilepsia. Epilepsia é considerada a segunda causa mais freqüente de distúrbio neurológico em adultos jovens A epilepsia é mais comum na infância, quando aumenta a vulnerabilidade a infecções do sistema nervoso central (meningite), acidentes (traumatismos do crânio) e doenças como sarampo, varicela e caxumba = falta de cobertura vacinal. O problema também poderá se manifestar com o envelhecimento e suas complicações vasculares = perfusão do SNC = degenerativo. Caracterizada por crises súbitas e espontâneas associadas à descarga anormal, excessiva e transitória de células nervosas. O sítio de descarga e sua extensão são fatores determinantes da sintomatologia clínica apresentada. Varia desde a perda da consciência por poucos segundos até crises generalizadas prolongadas. Causas prováveis: Infarto cerebral Tumor Infecção Trauma Doença degenerativa Fatores desencadeantes: Luzes piscantes, Certos tipos de ruídos, Leitura prolongada, Privação de sono, Fadiga, Uso de álcool, Hipoglicemia = crise hipoglicêmica/choque = antigamente foi usado terapeuticamente nos sintomas da esquizofrenia. Determinados medicamentos (drogas) = psicoestimulantes = êxtase Interações com drogas antiepilépticas pode precipitar crises. Sinais e sintomas antes, durante e depois da crise: Algumas pacientes experimentam uma sensação ou advertência chamada "aura". A aura pode ocorrer sem ser seguida de crise, e em alguns casos pode ser considerada um tipo de crise parcial simples. Durante a crise: incerteza, medo, cansaço físico e mental, confusão e perda de memória A pessoa pode não sentir absolutamente nada, ou não se lembrar do que aconteceu. Em determinados casos o paciente sente-se bem para retomar o que estava fazendo; em outros, tem dor de cabeça e mal-estar. 70 a 75% das crises são tratáveis farmacologicamente. CLASSIFICAÇÃO DAS CRISES EPILÉPTICAS CRISES PARCIAIS: Crises simples (consciência não afetada) Com sinais motores Com sintomas sensoriais ou somatossensitivos Com sintomas autonômicos Com sintomas psíquicos Crises parciais complexas (com comprometimento da consciência) Início parcial simples progredindo para comprometimento da consciência Com comprometimento da consciência desde o início Crises parciais evoluindo para crises generalizadas secundariamente Crises parciais simples evoluindo para crises generalizadas Crises parciais complexas evoluindo para generalizadas Crises parciais simples evoluindo para crises parciais complexas e subseqüentemente, para crises generalizadas CRISES GENERALIZADAS: (convulsivas ou não convulsivas) Ausência (pequeno mal) = não perde o tônus, só a consciência = em média 2 minutos no máximo. Crises Clônicas (ENRIJECIMENTO MUSCULAR) - contração Crises Tônicas (não perde o tônus) CrisesTônico-clônicas (grande mal) mais comum. Alterna movimento de contração e relaxamento sem perda do tônus. Crises Atônicas (“desmonta”) Formas combinadas MECANISMO DE AÇÃO DAS DROGAS ANTIEPILÉPTICAS Aumento da atividade sináptica inibitória GABA = se potencializado tem efeito anticonvulsivantes, já que é o principal neurotransmissor inibitório. Diminuição da atividade sináptica excitatória Controle da excitabilidade da membrana neuronal e da permeabilidade iônica. Se age nos canais de cálcio impedindo que eles se abram há então a diminuição da liberação das vesículas sinápticas. PROPRIEDADES DOS PRINCIPAIS AGENTES ANTIEPILÉPTICOS FENITOÍNA: Mecanismos celulares – Bloqueio uso dependente dos canais de sódio Idantal = nome comercial Efeitos sobre a descarga – Inibe a propagação da descarga = diminui condutância dos íons = efeito = ataxia, etc Principais indicações – Todos, exceto crises de ausência Farmacocinética: V.O. 80-90% (ligados á albumina) Níveis plasmáticos imprevisíveis Principais efeitos indesejáveis – Ataxia, vertigem, hipertrofia gengival, hirsutismo, anemia megaloblástica = ausência de ácido fólico e vit B12,, malformação fetal, reações de hipersensibilidade. CARBAMAZEPINA: Mecanismos celulares – Bloqueio uso dependente dos canais de sódio Nome comercial = Tegretol Efeitos sobre a descarga – Inibe a propagação da descarga Principais indicações – Todos exceto crises de ausência, particularmente epilepsia de lobo temporal, também utilizada na neuralgia do trigêmio Farmacocinética: ½ vida 12- 18 h (quando administrada repetidamente) Risco de interações medicamentosas Principais efeitos indesejáveis – Ataxia, sedação, visão turva, retenção de água, reações de hipersensibilidade, leucopenia, insuficiência hepática (rara). VALPROATO Mecanismos celulares – Incerto. Efeito fraco sobre a GABA transaminase e sobre os canais de sódio Efeitos sobre a descarga –Desconhecido Nome comercial = Depakene ou Depakot Farmacocinética: ½ vida 12-15 h Principais indicações – A maioria dos tipos, particularmente as crises de ausência, útil na pediatria alguns tipos de epilepsias. Principais efeitos indesejáveis – Em geral são menores do que com outros fármacos, náusea, queda de cabelos, aumento de peso, malformações fetais ETOSSUXIMIDA Mecanismos celulares – Inibição dos canais de cálcio do tipo T = diminuição na liberação de neurotransmissores excitatórios. Efeitos sobre a descarga – Inibe a descarga de “pontas e ondas” talâmica 3/s Principais indicações – Nas crises de ausência. Pode exacerbar as convulsões tônico-clônicas. Farmacocinética: ½ vida 60h Principais efeitos indesejáveis – Náusea, anorexia, alterações do humor, cefaléia FENOBARBITAL Mecanismos celulares – Potencialização da ação do GABA. Inibição da excitação mediada por glutamato? Gardenal. Efeitos sobre a descarga – Inibe o início da descarga Farmacocinética: V.O. 50% (ligados á albumina) ½ vida prolongada > 60 h Forte efeito indutivo Principais indicações –Todos os tipos exceto crises de ausência. Principais efeitos indesejáveis – Sedação e depressão BENZODIAZEPÍNICOS Nome comercial = Clonazepam, clobazam, diazepan. Mecanismos celulares – Potencialização da ação do GABA. Inibição da excitação mediada por glutamato? Efeitos sobre a descarga – Inibe o início da descarga Farmacocinética: V.O. 50% (ligados á albumina) ½ vida prolongada > 60 h Forte efeito indutivo Principais indicações –Todos os tipos exceto crises de ausência. Principais efeitos indesejáveis – Sedação e depressão CONVULSÕES TÔNICO-CLÔNICAS (grande mal) Carbamazepina – preferida em virtude da baixa incidência de efeitos colaterais. Fenitoína Valproato PREFERE-SE O USO DE UM ÚNICO FÁRMACO (quando possível), DEVIDO AO RISCO DE INTERAÇÕES = efeito indutivo positivo. Associa duas drogas que aumenta exacerbado do metabolismo, diminui a concentração plasmática tirando a pessoa da cobertura terapêutica. AGENTES MAIS RECENTES – Vigabatrina, lamotrigina, felbamato, gabapentina CONVULSÕES PARCIAIS (focais): Carbamazepina Valproato Clonazepam/Fenitoína = alternativas. Utilizado quando as crises de ausência coexistem com convulsões tônico-clônicas . CRISES DE AUSÊNCIA (pequeno mal): Estabilizador de humorEtossuximida Valproato ESTADO DE MAL EPILÉPTICO Deve ser tratado como emergência com Diazepam por via i.v.; em lactentes sem veias acessíveis, por via retal. NOVOS AGENTES ANTIEPLÉPTICOS: VIGABATRINA Atua ao inibir a GABA transaminases = enzima de fenda que degrada o GABA. ½ vida plasmática curta, com efeito prolongado. Administrada V.O. 1x ao dia. Eficaz em pacientes que não respondem a fármacos convencionais. Principais efeitos colaterais: sonolência, alterações comportamentais e de humor (depressão)LAMOTRIGINA Atua ao inibir canais de sódio impedindo a liberação de aminoácidos excitatórios. Perfil terapêutico amplo. (crises de ausência) Principais efeitos colaterais: reações de hipersensibilidade = comum FELBAMATO Mecanismo de ação desconhecido, Efeito fraco sobre os canais de sódio e pouco efeito sobre o GABA Perfil terapêutico amplo. Efeitos indesejáveis: náusea irritabilidade e insônia (aguda), podendo produzir anemia aplásica ou hepatite. Uso restrito aos casos intratáveis, devido ao grave risco de reações de hipersensibilidade. GABAPENTINA Análogo simples do GABA lipossolúvel que atravessa a barreira hematoencefálica. Mecanismo de ação desconhecido Absorção saturável = chega uma hora que não absorve mais, sendo portanto segura em superdosagem Relativamente isenta de efeitos colaterais ( sedação e ataxia) Usado também como adjuvante da dor. TIAGABINA Inibidor da captação de GABA. Efeitos colaterais: tontura e confusão, depressão Utilização clínica ainda não foi estabelecida. TOPIRAMATO Ações complexas que não estão totalmente esclarecidas. Semelhante a fenitoína, porém com menos efeitos colaterais Risco de teratogênese e depressão = também age inibindo canais de sódio. Uso offlabel = emagrece. O PAPEL DAS DROGAS ANTIEPILÉPTICAS NA DEPRESSÃO Mecanismo de ação: A forte ação gabaérgica das drogas como a vigabatrina, a tiagabina e o topiramato pode provocar o aparecimento da depressão. (Trimble,1997) Efeito indireto da deficiência de folato, causada por drogas antiepilépticas em uso, como por exemplo a fenintoína, fenobarbital, carbamazepina = pode estar diretamente relacionada com o aparecimento da depressão.(Froscher,1995) O paciente em politerapia é mais propenso a desenvolver depressão. Os barbitúricos clássicos são os mais problemáticos, especialmente o fenobarbital. Com relação aos novos fármacos os mais associados a depressão iatrogênica são: Felbamato, vigabatrina, Topiramato e Tiagabina. FATORES IMPORTANTES PARA A PRESCRIÇÃO DE DROGAS ANTIEPILÉPTICAS: Evitar a politerapia quando possível, Introduzir ou aumentar as doses das drogas de maneira gradativa, Prescrever drogas antiepilépticas de maneira cuidadosa, em quantidades pequenas, particularmente em pacientes depressivos ou com risco de suicídio. Tentar utilizar drogas com índice terapêutico melhor, Preferir drogas antiepilépticas com perfil psico-farmacológico favorável, Atenção especial aos efeitos colaterais neuro-psiquiátricos. Pacientes epilépticos com depressão associada tratar com antidepressivos. PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: 1 ano sem efeito medicamentoso satisfatório Dois anos com crises incontroláveis pela combinação drogas Cirurgia para remoção foco epiléptico DOENÇA DE PARKINSON A DP é um distúrbio progressivo do movimento, que ocorre mais comumente no individuo idoso. Tremor em repouso. Rigidez muscular (marcha Parkisoniana – marcha arrastada) Supressão dos movimentos voluntários (hipocinesia) PARKINSONISMO A principal característica da doença de Parkinson (DP) é a degeneração das células dopaminérgicas dos gânglios da base. Frequentemente idiopática Após AVC Infecção Viral Induzida por Drogas ( neurolépticos, MPTP) êxtase leva a uma destruição dopaminérgica. Esta degeneração resulta numa diminuição marcada de dopamina nas áreas de projeção dopaminérgica: •Estriado •Córtex frontal •Região límbica DÉFICIT DOPAMINÉRGICO FÁRMACOS DOPAMINÉRGICOS (para tratar o Parkinson): Levodopa e inibidores da dopa-descarboxilase Amantadina Bromocriptina Apomorfina Selegilina LEVODOPA • A levodopa é um aminoácido natural, precursor da dopamina • Rapidamente absorvido transporte ativo • Atravessa a BHE transporte ativo • Dopa descarboxilase Dopamina • 1 a 5 % de uma dose oral de levodopa atinge o cérebro = requer doses maiores. Para não aumentar a dose tem como opção o uso de inibidores da descarboxilase: Impedir o metabolismo periférico da levodopa aumentando sua disponibilidade no SNC INIBIDORES DA DESCARBOXILASE Carbidopa + levodopa Benserazida + levodopa Reduzem 75% da dose diária de levodopa REAÇÕES ADVERSAS •Hipotensão postural •Náuseas •Movimentos involuntários DOPAMINA Ach ajuda a controlar a síntese, inibindo a liberação de dopamina. Fisiologicamente inibe a síntese de dopamina = finalidade de regularizar e estabilizar a produção. •Alterações mentais •Agitação e confusão •Disritmias cardíacas AMANTADINA • Síntese • Libertação • Re-uptake neuronal • Ligeiro efeito antimuscarínico PROVAEfeitos indesejados da Amantadina: • Edema de tornozelo • Hipotensão postural • Alteração do ritmo do sono • Alucinações • Síncope BROMOCRIPTINA AGONISTAS SINTÉTICOS SELEGILINA: • Inibidor seletivo e irreversível da MAO-B • Via oral • em metade a necessidade de Levodopa RASAGILINA: • Neuroprotetor (sob estudos) ANTIMUSCARÍNICOS: ACh exerce um efeito inibitório pré sinaptico na terminações dopaminérgicas • Alguma melhora a nível do tremor, rigidez, sialorreia e cãibras nos membros inferiores • Pouco eficazes na hipocinesia • Efeitos Indesejados: Constipação ; visão turva; retenção urinária. Visão turva Retenção urinária Reproduzir o balanço certo de estimulação D1/D2 (bloqueio deles com antipsicóticos que vai ter sintomas do Parkisonismo) = receptores Geralmente usada com a Levodopa Rapidamente absorvida t1/2 = 5h Efeitos indesejados da Bromocriptina: Náuseas e vômitos Hipotensão postural Confusão Alucinações Derrame pleural MAL DE ALZHEIMER Conceito: A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência Demência é um termo genérico, definida a partir da deterioração das habilidades intelectuais adquiridas, comprometimento da memória, da orientação, do pensamento abstrato e de alterações do comportamento Definição: Perda progressiva da memória. O cérebro de um paciente com o Mal de Alzheimer, quando visto em necrópsia, apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo, mas também em regiões parieto-occipitais e frontais. Relacionada com a deficiência dos neurônios colinérgicos. Evolução: Em geral a doença se instala em pessoas com mais de 65 anos, mas existem pacientes com início aos 40 anos, e relatos raros de início na infância, de provável cunho genético. Podem aparecer vários casos em uma mesma família, e também pode acontecer casos únicos, sem nenhum outro parente afetado, ditos esporádicos. Dura de 8 a 12 anos, pois o individuo morre. Doença terminal em que o paciente evolui para a morte. SINAIS E SINTOMAS: Alterações da psicomotricidade Comportamento locomotor Comportamento alimentar Comportamento sexual Psiquiátricas propriamente ditas Desordens do sono Comportamento bizarro EFEITOS DA DOENÇA Estágio inicial: a pessoa parece confusa e esquecida As palavras e pensamentos são inacabados e esquece fatos recentes Estágio Intermediário: precisa de muita ajuda para executar tarefas rotineiras não reconhece seus familiares e vestuários Estágio avançado: perde completamente a memória, a capacidade de raciocínio e é necessário ajudá-los em todos os aspectos do dia a dia TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Em todas as áreas que vimos atrofia e perda de neurônios estão relacionadas com neurônio colinérgicos. Terapeuticamente se usa os inibidores da acetilcolinesterase - aumenta a disponibilidade de acetilcolina na fenda sináptica INIBIDORES DA ACETILCOLINESTERASE (IACHE) Na DA correm alterações em diferentes pontos das vias colinérgicas FISIOSTIGMINA (usada no glaucoma - age inibindo a degradação da enzima, aumenta a disponibilidade do neurotransmissor - estimula o parassimpático) foi utilizada por 3 décadas (grandes efeitos indesejados) TACRINA: Primeira droga utilizada no tratamento da DA, 4 doses diárias, risco de 30-40% elevação das enzimas hepáticasRIVASTIGMINA (EXELON) Carbamato que inibe de modo irreversível a AchE. Esta droga inibe também a butiril-colinesterase = é uma ACHE circulante = importante bloquear = mas não se sabe pra que ainda, sem relevância clínica. Meia vida plasmática é curta, 1 hora, efeito de 10 a 12 horas. 2x ao dia manha e noite (VO) Utilizado por via transérmica Metabolizada pela própria AChE (a apropria AChE que degrada o fármaco inibe ela - novas AChe são produzidas o tempo todo) Reações adversas mais comuns: náuseas (38%) e vômitos (23%), especialmente durante a titulação da dose, fadiga, astenia e indisposição. Hiperidrose. DONEPEZILA (ERANZ) É uma piperidina Doença de Alzheimer de leve a moderadamente grave Necessita uma única administração à noite Níveis plasmáticos máximos são atingidos aproximadamente 3 a 4 horas após a administração oral Metabolizada pelo fígado, com uma longa meia vida (em torno de 70 horas) Reação adversa muito comum: diarreia, cefaleia e náusea Reação comum: dores, acidentes, fadiga, síncope, vômitos, anorexia, cãibras, insônia, tontura, resfriado comum e distúrbios abdominais GALANTAMINA (REMINYL ER) é um fenantreno com meia vida plasmática de em torno 7 horas Cáps de liberação prolongada (tem sobrenome) Age inibindo a ache mas tambem tem um efeito pós sináptico no receptor nicotinico. Galantamina em comparacão com outros IAChEs é que esta droga tem ação moduladora sobre os receptores nicotínicos, porém sua relevância clínica não está clara Reações adversas mais comuns: náusea, vômito, diarréia, dor abdominal. MEMANTINA É um antagonista não competitivo de moderada afinidade de receptores tipo NMDA (N-metil-d-aspartato) do glutamato. Promove uma redução da excitotoxicidade neuronal patológica induzida por esse neurotransmissor e mediada pelo cálcio. É possível que também facilite a neurotransmissão e a neuroplasticidade . A absorção oral é completa e a meia-vida longa (60-80h). Tem uma ligação moderada a proteínas plasmáticas (45%). A metabolização é mínima no sistema CYP450 e a excreção é renal, (57-82% inalterada). efeitos adversos mais freqüentes: agitação, diarréia, insônia, desorientação, alucinações, tontura, cefaléia, cansaço, ansiedade, hipertonia e vômito Recomendações – O uso de memantina, isoladamente ou associada a iache, é eficaz em pessoas com DA moderada a grave Não há respaldo na literatura científica para o uso de memantina, isoladamente ou associada a iache, nos estágios iniciais da DA OUTROS FÁRMACOS E SUBSTÂNCIAS Ginkgo biloba – O extrato EGb 761 de Ginkgo biloba contém princípios ativos que promovem o aumento do suprimento sanguíneo cerebral por vasodilatação e redução da viscosidade do sangue, além de redução de radicais livres no tecido nervoso. Vitamina E (alfa-tocoferol) – Considerando as evidências de que o estresse oxidativo pode contribuir para a patogênese da demência da DA, a utilização de medidas antioxidantes parece ter um lugar no tratamento. Selegilina (L-deprenil) – Apenas um estudo com metodologia aceitável mostrou algum benefício,44 embora com uma relação risco-benefício pouco favorável. Por outro lado, extensa revisão de meta-análise não evidenciou benefício apreciável. Ômega 3 – Estudos epidemiológicos e laboratoriais sugerem um efeito protetor da dieta rica em peixes e ácidos graxos, como por exemplo, ácido docosahexaenóico e ácido eicosapentoenóico, para a demência da DA. . Redutores de homocisteína – Níveis elevados de homocisteína no sangue podem ser encontrados na DA. Recomenda-se a administração suplementar de altas doses de ácido fólico e vitaminas B6 e B12 ??? Antiinflamatórios não-esteroidais (AINE) – Considerando a reação inflamatória em relação das placas amilóides, haveria um papel para os antiinflamatórios ??? Estrogênio – Os efeitos fisiológicos do estrogênio e dados epidemiológicos sugeriram seu uso como potencialmente favorável. Entretanto, não há evidências clínicas suficientes para que a terapia de reposição hormonal As evidências são de ineficácia do tratamento da demência da DA com: Extrato egb761 de Ginkgo biloba, Vitamina E, Selegilina, Ômega 3, Redutores de homocisteína, Estrogênio, Antiinflamatórios não esteroidais e Estatinas. Sendo assim, o uso desses fármacos e substâncias com esse fim específico não é recomendado
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