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ASPERGILOSE Formas invasivas são a principal causa de óbito em pacientes imunossuprimidos; - transplantados de medula óssea e de órgãos sólidos; Apresenta-se de forma clínica muito variada, desde formas predominantemente alérgicas até muito invasivas com destruição tecidual; Incidência progressivamente aumentando, devido ao aumento do número de pacientes em condições predisponentes a essa infecção; Grande preocupação na prática clínica devido a alta letalidade. AGENTE ETIOLÓGICO: Gênero aspergillus descoberto em 1729; Gênero hoje abrange aproximadamente 250 espécies; Apresentação em forma de hifas hialinas, normalmente hialinas à microscopia; Reprdução predominantemente assexuada; Espécie patogênica mais comum: aspergillus fumigatus (90% dos casos) EPIDEMIOLOGIA Distribuição mundial; Presente em solo, ar, água e alimentos; Risco elevado em neutropênicos e usuários de corticosteróides; Maio risco de desenvolvimento: Período de neutropenia após indução para transplante; Paciente com neoplasias hematológicas recorrentes; Para transplantes de órgãos sólidos – maior risco: pulmão Exposição do órgão doado ao ambiente; -perda da defesa ciliar; Possível colonização do receptor e até mesmo do doador. FISIOPATOGENIA Infecção inicia-se através da inalação do fungo; Muito rara invasão através de infecção de feridas operatórias ou através de catéteres venosos centrais Na ausência de defesa imunitária efetiva, ocorre germinação dos conídeos em hifas e subsequente invasão vascular; O processo de crescimento das hifas e invasão tecidual, resulta em invasão vascular e infarto pulmonar, com subsequente destruição parenquimatosa; Primeira linha de defesa imunológica – epitélio ciliado evitando contato com alvéolos; Após contato com o alvéolos, macrófagos pulmonares ativados fagocitam e destroem os conídeos; Se ainda assim, conídeos persistirem, ocorre a germinação e formação de hifas, atraindo então polimorfonucleares; Aspergillus fumigatus tem a capacidade de inattivar o complemento, aumentando assim sua patogenicidade; A resposta humoral não é protetora e como pode não ocorrer soroconversão, anticorpos não auxiliam também no diagnóstico. - Nos quadros de aspergilose broncopulmonar alérgica e da sinusite fúngica alérgica, não há deficiência de atividade do sistema imunológico. Ocorre uma resposta inflamatória exacerbada e desregulada. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, MANIFESTAÇÕES ALÉRGICAS ASPERGILOSE BRONCO-PULMONAR ALÉRGICA Responsável nos eua por 1 a 2% dos casos de asma persistente; Achado radiológico comum: bronquiectasias centrais; Elevação de IgE; Eosinofilia em sangue periférico; Teste cutâneo positivo para aspergillus; Apresenta-se com períodos de remissão e exacerbação da asma; Pode evoluir com fibrose pulmonar; Tratamento anti-fúngico associado a corticosteróides melhora evolução. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, MANIFESTAÇÕES SUPERFICIAIS BOLA FÚNGICA OU ASPERGILOMA Massa sólida de hifas em crescimento dentro de uma cavidade pulmonar pré-existente; Ao exame radiológico, presença de massa sólida dentro de uma caverna pulmonar; Sintomatologia – pode ser assintomática. Sintoma mais comum – tosse com hemoptise por lesão vascular Pode ocorrer também em seios da face, sem invasão tecidual; Tratamento do aspergiloma pulmonar – preferencialmente cirúrgico. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, MANIFESTAÇÕES INVASIVAS ASPERGILOSE PULMONAR INVASIVA Manifestação invasiva mais comum; Costuma manifestar-se após em média 2 semanas de neutropenia; Sintomas incluem: tosse seca, dispnéia, febre, dor pleurítica. Pode ocorrer hemoptise; Casos graves podem cursar com hipóxia; A destruição pulmonar com infartos podem levar a formação de cavernas. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, MANIFESTAÇÕES INVASIVAS Traqueobronquite – comum em transplantados de pulmão. Pode causar úlceras traqueais e deiscência de sutura do pulmão transplantado. Sintomas incluem dispnéia, tosse e hemoptise. Sinusite – comumente associada a quadros pulmonares invasivos. Sintomas: febre, descarga posterior purulenta, epistaxe e febre. Disseminada – progressão da doença pulmonar não controlada – disseminação hematogênica Letalidade: superior a 90% Cerebral: forma invasiva mais grave - associada a imunosupressão prolongada ou muito potente, como no caso de tratamento de doença enxerto versus hospedeiro. Pode estar associada a uso de drogas intra-venosas; Óssea: incomum. Topografia mais comum: vértebras. Cutânea: pode denotar inoculação local, não só disseminação hematogênica. DIAGNÓSTICO Padrão ouro: biópsia com visualização de hifas; Cultura positivas de espécimes estéreis (fragmento de biópsias, lcr); Diagnóstico sorológico – uso limitado, pois pacientes imunocomprometidos comumente não montam resposta humoral específica; Dosagem de galactomanana: antígeno biomarcador do aspergillus. alta sensibilidade e especificidade Pcr – ainda experimental, não disponível comercialmente, porém promissor para diagnósticos muito precoces. TRATAMENTO VORICONAZOL: TRIAZOL DE ESCOLHA – IV OU VO; ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL – ALTERNATIVA DE PRIMEIRA ESCOLHA. ANFOTERICINA B DEOXICOLATO – ALTERNATIVA DE SEGUNDA LINHA: DIMINUIÇÃO DE EFICÁCICA; - TOXICIDADE RENAL ESPECIALMENTE
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