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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO

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TGP
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO
Princípio do juiz natural: previsto na CF, afirma que ninguém será processado senão pela autoridade competente (art. 5°, LIII). O juiz natural é somente aquele integrado no poder judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na CF.
Princípio da autonomia: toda pessoa capaz tem a liberdade de praticar negócios jurídicos lícitos e de definir seu conteúdo.
Princípio do controle jurisdicional: a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito, garantindo o livre acesso ao judiciário, tendo a parte direito a ver apreciadas pelo juízo competente as suas razões e a ver fundamentadas as decisões que lhes negam conhecimento.
Princípio da improrrogabilidade: o juiz não pode invadir a competência do outro, mesmo que haja a concordância das partes. Excepcionalmente, admite-se a prorrogação da competência.
Princípio da recursividade: inconformada, a parte pode pedir o reexame da decisão.
Princípio da imparcialidade do juiz: a isenção, em relação as partes e aos fatos da causa, é condição indeclinável do órgão jurisdicional, para o proferimento de um julgamento justo.
Princípio da justiça gratuita: a assistência judiciária gratuita é direito da parte de ter um advogado do Estado de maneira gratuita, bem como estar isenta de todas as despesas e taxas processuais.
Princípio da investidura: a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido regular e legitimado investido na autoridade de juiz, em regra, por concurso público.
Princípio da inevitabilidade: a autoridade do s órgãos jurisdicionais, sendo emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem o resultado do processo.
Princípio da indeclinabilidade: a todos é possibilitado o acesso ao judiciário em busca de soluções para suas situações litigiosas e conflitos de interesse em geral, bem como para a administração de interesses privados pela jurisdição voluntária.
JURISDIÇÃO
Conceito: é uma das funções assumidas e exercidas pelo Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça.
Eficácia vinculativa plena: é ao mesmo tempo poder, função e atividade. Como poder, é a manifestação do poder estatal, conceituado como capacidade de decidir imperativamente e impor decisões. Como função, expressa o encargo que tem os órgãos jurisdicionais de promover a pacificação de conflitos interindividuais, mediante a realização do direito justo e através do processo. E como atividade, ela é o complexo de atos do juiz ou do árbitro no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhes comete.
Características da atividade jurisdicional
Subjetividade: é o Estado chamar para si o dever de manter estável o equilíbrio da sociedade e, para tanto, ocorre a substituição às partes, incumbindo-se da tarefa de administrar a justiça, isto é, de dar a cada um o que é seu, garantindo, por meio do devido processo legal, uma solução imparcial e ponderada, de caráter imperativo, aos conflitos interindividuais.
Objetivo de atuação do direito: o Estado criou a jurisdição com a finalidade de que as normas de direito contidas no ordenamento jurídico efetivamente conduzam aos resultados enunciados.
Existência de uma lide: a função de dizer o direito sempre se exerce com referência a uma lide que as partes relatam ao Estado, pedindo uma solução. Ou seja, conflito de interesses qualificados pela pretensão de alguém e pela resistência de outrem. Entretanto, nem sempre é necessário lide para exercer a jurisdição, como por exemplo, nos casos de separação consensual, mudança de nome etc.
Inércia: os órgãos jurisdicionais tem como características serem inertes, dependendo, pois da provocação das partes. Tal princípio proíbe, portanto, os juízes de exercerem a função jurisdicional sem que haja a manifestação de uma pretensão por parte do titular de um interesse, ou seja, não pode haver exercício da jurisdição sem que haja uma demanda. A função jurisdicional se dá somente se for provocada, quando e na medida em que for.
Definitividade: são suscetíveis de se tornar imutáveis (coisa julgada), não podendo ser revisto ou modificadas, uma lide se considerada solucionada para sempre, sem que se possa voltar a discuti-la depois que tiver sido apreciada e julgada pelos órgãos jurisdicionais, cabendo sempre a última decisão ao judiciário.
É a possibilidade de decisão judicial fazer coisa julgada material, situação que já foi decidida pelo poder judiciário em razão da apreciação do caso concrete o qual não poderá ser revista por outro poder.
Princípios inerentes
Do juiz natural: assegura que ninguém pode ser privado do julgamento, independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais. A CF proíbe os chamados tribunais de exceção.
Da investidura: a jurisdição só será exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz. A jurisdição é monopólio do Estado e este, que é uma pessoa jurídica, precisa exercê-la através de pessoas físicas que sejam seus órgãos ou agentes, as pessoas físicas são os juízes.
Da aderência ao território: manifesta-se, em primeiro lugar, a limitação da própria soberania nacional ao território do país: assim como os órgãos do poder executivo ou legislativo, os magistrados só tem autoridade nos limites territoriais do Estado. Dentro do pais, o juízes também não podem interferir em decisões que forem além de seu território.
Da indelegabilidade: expresso através da CF a vedação de atribuição a qualquer dos poderes delegar atribuições.
Da inevitabilidade: a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo uma emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por sim mesma, independentemente da vontade das partes ou eventual pacto para aceitarem os resultados do processo.
Da inafastabilidade: garante a todos o acesso ao Poder judiciário, o qual não pode deixar de atender a quem venha a juízo deduzir uma pretensão fundada no direito de pedir solução para ela.
Da inércia: fica geralmente a critério do próprio interessado a provocação do Estado-juiz ao exercício da função jurisdicional.
Poderes inerentes
Poder jurisdicional: é uma questão de política legislativa concedê-lo em maior ou menor quantidade e intensidade ao juiz. Caracteriza-se o processo inquisitivo pelo aumento dos poderes do juiz; caracteriza-se o processo de ação pelo equilíbrio do poder do juiz com a necessidade de provocação das partes e acréscimo dos poderes destas. Nosso processo é do tipo do processo de ação, tanto em matéria civil, quanto em penal.
Poder de polícia: é conferido, em última análise, para que possa exercer com autoridade e eficiência o poder jurisdicional.
Classificação 
Quanto a matéria: jurisdição penal, exercida pelos juízes estaduais comuns, pela justiça militar estadual, pela justiça militar federal, pela justiça federal e pela justiça eleitoral. Apenas a justiça do trabalho é completamente desprovida de competência penal. Jurisdição civil em sentido amplo, é exercida pela justiça estadual federa, trabalhista e eleitoral; só a militar não exerce. A justiça civil em sentido estrito é exercida pela justiça federal e pela justiça dos estados.
Quanto aos organismos judiciários:
Justiça comum: chamada também de ordinária, são os órgãos especializados como a justiça comum estadual e federal
Justiça especial: são as justiças especializadas (União), como a justiça do trabalho, eleitoral e militar.
Quanto ao critério da posição hierárquica:
Jurisdição superior: são os órgãos de 2° e 3° graus (colegiados), como tribunais superiores estaduais e federais, tribunais de justiça e tribunais regionais federais.
Jurisdição inferior: são os órgãos de 1° grau (monocráticos), como juízes estaduais, federais e do trabalho.
Jurisdições anômalas: exercidas por órgãos alheio ao poder judiciário, como no caso de impeachment.
Distinção entre jurisdiçãocontenciosa e voluntária
Jurisdição contenciosa: existe um conflito de interesses apresentado em juízo, para que seja solucionado pelo Estado-juiz, com a consequente produção da coisa julgada. A título de exemplo, temos uma ação de cobrança ou uma separação judicial litigiosa.
Jurisdição voluntária: compete ao juiz, em atividade meramente homologatória, verificar se houve observância das normas jurídicas na realização do ato jurídico, sem incidir o caráter substitutivo, pois, antes disso, o que acontece é que o juiz se insere entre os participantes do negócio jurídico, em uma intervenção necessária para a consecução dos objetivos desejados, ademais, o objetivo dessa atividade não é uma lide, mas apenas um negócio entre os interessados com a participação do magistrado.
Limites da jurisdição civil
Limite externo: como exercício de sua soberania, cada Estado (nação) dita suas normas internas. Contudo, a necessidade de coexistência com outros Estados soberanos faz com que o legislador mitigue esse poder soberano
Limite interno: A lei brasileira não contempla como restrição na esfera do judiciário, as causas de valor ínfimo. Porem as pretensões que possuem como origem a dívida de jogo não são conhecidas no judiciário. Em outros países, causas de valor ínfimo não são reconhecidas, porem pretensões que possuem como origem a dívida de jogo o são.

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