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Competência TRABALHO

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Universidade Luterana do Brasil
 Curso de direito
 
 mateus corrêa cardoso
COMPETÊNCIA
GUAÍBA
2016/2
Competência
Trabalho Acadêmico apresentado à Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Teoria Geral do Processo.
orientador: Eduardo Mendonça
Guaíba
 2014/2
INTRODUÇÃO
	No âmbito jurídico, a competência expressa a responsabilidade e legitimidade de um órgão judicial (como um juiz, por exemplo) de exercer a sua jurisdição. Assim, a competência fixa os limites dentro dos quais esse órgão judicial pode atuar. Para diferentes áreas, existem elementos com a competência jurisdicional ou jurídica que são capazes de atuar. Só pode exigir uma determinada ação quem tem competência jurídica para isso. Por exemplo: só um órgão com competência pode exigir que uma foto seja retirada de um site da internet.
	A presente pesquisa visa conceituar e distinguir as competências, para posteriormente expor seus critérios determinativos em todos os seus meandros, assim como a diferença entre competência absoluta e relativa, concluindo com a prorrogação da mesma.
CONCEITUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA
	Assim como a jurisdição, a competência cuida de todo o arcabouço processual. Porém, não é demais lembrar que competência não se confunde com jurisdição, uma vez que esta última, do latim, jus dicere, significa dizer o direito, dar uma resposta a determinada solução; noutro lado, competência é justamente o limite do poder jurisdicional. Portanto possui a competência a natureza jurídica de um “pressuposto processual de validade do processo”, uma vez que, embora esteja o juiz investido do poder de julgar, caso não haja prévia delimitação legislativa desse poder, ocorrerá, inevitavelmente a nulidade do processo.	
	A distribuição da competência é feita no Brasil, a partir da própria Constituição Federal, que a atribui:
Ao Supremo Tribunal Federal (art. 102); 
Ao Superior Tribunal de Justiça (art. 105);
À Justiça Federal (art. 108 e 109); 
À Justiça Estadual;
Às Justiças Especiais:
Eleitoral;
Militar;
Trabalhista.
	
	A competência da Justiça Estadual é determinada por exclusão. Tudo que não for da competência da Justiça Federal ou de qualquer das justiças especiais, pertencerá aos órgãos jurisdicionais estaduais, tanto na área civil como nas outras áreas.
	No Brasil, de acordo com a Constituição, temos várias justiças, cada qual com órgãos superiores e inferiores, para que se possa cumprir o chamado duplo grau de jurisdição. São órgãos inferiores às varas, as comarcas e as seções. Os de segundo grau são os tribunais, geralmente estaduais ou regionais federais. Os tribunais superiores são o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior do Trabalho, o Tribunal Superior Eleitoral e o Superior Tribunal Militar. Todos eles com sua competência específica. 
Para o Operador do Direito, tão importante quanto saber determinar a presença das condições da ação, indispensáveis a sua propositura, é saber, com precisão, perante qual órgão jurisdicional deve ser posta a demanda.
CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DA COMPETÊNCIA 
	A importância do estudo da competência está no fato de ser através dele que podemos encontrar o órgão competente para uma dada ação ou recurso como proceder para encontrar o órgão competente. 
	Quando se estuda a estrutura organizacional do judiciário, verificamos que, no Brasil, de acordo com a Constituição, temos várias justiças, cada qual com órgãos superiores e inferiores, para que se possa cumprir o chamado duplo grau de jurisdição. São órgãos inferiores as varas, as comarcas e as seções. Os de segundo grau são os tribunais, geralmente estaduais ou regionais federais. Os tribunais superiores são o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior do Trabalho, o Tribunal Superior Eleitoral e o Superior Tribunal Militar. Todos eles com sua competência específica.
	Por fim esses órgãos são distribuídos em áreas delimitadas do território nacional, previsto na CF/88, a partir do seu artigo 92.
COMPETÊNCIA INTERNA
	Diz respeito à repartição da jurisdição dentre os diferentes órgãos jurisdicionais integrantes do Poder Judiciário do País. Antes de tudo, para se chegar ao encaminhamento da ação, deve-se ultrapassar as seguintes fases para a fixação da competência interna, utilizando-se dos seguintes critérios, nessa ordem:
Competência de jurisdição (qual a justiça competente?);
Competência originária (competente o órgão inferior ou superior?);
Competência de foro ou comarca (qual a comarca, ou seção judiciária competente?);
Competência de juízo (qual a vara competente?);
Competência interna (qual o juiz competente?);
Competência recursal (competente um mesmo órgão ou um superior?).
COMPETÊNCIA EXTERNA
	O Código de Processo Civil (art. 88/90) quando fala em competência externa ou internacional, está tratando, na realidade, de jurisdição, até porque a competência diz respeito à divisão de trabalho entre os órgãos judiciários; a jurisdição, como expressão da soberania, é que impõe barreira natural aos demais Estados Estrangeiros. A competência internacional, também conhecida como externa ou geral, pode ser de duas espécies, exclusiva ou concorrente, a primeira, disposta no art. 89, do CPC, sendo de competência da autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra.
	Exemplificando: Conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil e proceder ao inventário e a partilha de bens situados no Brasil; a última, constante do art. 88, do CPC, quando a competência será da autoridade judiciária brasileira, sem exclusão da estrangeira, processar e julgar a ação, quando o réu for domiciliado no Brasil; tiver de ser cumprida a obrigação no Brasil, ou for decorrente de fato praticado no Brasil.
OS DIFERENTES CRITÉRIOS
CRITÉRIO OBJETIVO
 	O critério objetivo é aquele pelo qual se leva em consideração a demanda apresentada ao Poder Judiciário como o dado relevante para a distribuição da competência.
       É fundamental o conhecimento dos elementos da demanda para a correta compreensão deste critério: partes, pedido e causa de pedir. Com base nos elementos da demanda, distribui-se a competência. Assim, é possível identificar três subcritérios objetivos de distribuição da competência:
Competência em razão da pessoa: a fixação da competência tendo em conta as partes envolvidas (Rationae Personae). O principal exemplo de competência em razão da pessoa é o da vara privativa da Fazenda Pública, criada para processar e julgar causas que envolvam entes públicos. Há casos de competência de tribunal determinada em razão da pessoa, como prerrogativa do exercício de algumas funções (mandado de segurança contra ato do Presidente da República é da competência do STF);
Competência em razão da matéria: a competência em razão da matéria é determinada pela natureza da relação jurídica controvertida, definida pelo fato jurídico que lhe dá causa. Assim, é a causa de pedir, que contém a afirmação do direito discutido, o dado a ser levado em consideração para a identificação do juízo competente. É com base neste critério que as varas de família, civil, penal, etc. são criadas. OBS: As competências material e pessoal são exemplos de competência absoluta.
Competência em razão do valor da causa: há regras de competência que são criadas a partir do valor da causa. O valor da causa é definido a partir do valor do pedido, um dos elementos da demanda. Um bom exemplo de competência em razão do valor da causa é a competência dos Juizados Especiais. OBS.: O art. 111 do CPC permite a modificação da competência em razão do valor da causa. Seria, portanto, um exemplo de competência relativa. É por isso que o sujeito pode optar por demandar ou não perante o Juizado Especial Cível, no caso de uma demandacujo valor é inferior ao teto dos Juizados Especiais.
CRITÉRIO TERRITORIAL
	Este serve de base para a disseminação dos órgãos pelo território do país. Diz respeito também à comarca a qual o juízo é competente para julgar a causa, ou à comarca cujos limites do pedido devam, ou possam ser estabelecidos, dentro do limite, do alcance da jurisdição da comarca competente. 
	Então, “A competência territorial serve para fixar o ofício perante o qual deve ser tratada a lide ou o negócio, não do ponto de vista do grau, mas sim do da sede, ou seja, para a eleição entre os vários ofícios do mesmo tipo ou grau”.
CRITÉRIO FUNCIONAL
	Esta competência relaciona-se com a distribuição das funções que devem ser exercidas em um mesmo processo. Toma-se por critério de distribuição aspectos endoprocessuais (internos), relacionados ao exercício das diversas atribuições que são exigidas do magistrado durante toda a marcha processual.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
	É aquela que não permite prorrogação, por envolver interesse público, podendo ser arguida a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, inclusive de ofício, sob pena de nulidade absoluta de todos os atos praticados no feito (decisórios ou instrutórios), segundo posicionamento doutrinário mais abalizado (embora o STF entenda que haveria nulidade apenas dos atos instrutórios, de acordo com o art. 567 do CPP).
 
	Em via de regras, essa competência não admite modificações nas regras, onde o magistrado tem de cumpri-la esta normativa, senão, o processo seria nulo, porque fora julgado por um juiz incompetente.
COMPETÊNCIA RELATIVA
	
	É aquela que admite modificação diante da manifestação das partes, em regra geral, contudo admite exceções. São as Competências em razão do valor e do território. Nestes termos, as partes podem eleger o foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações, esse é o foro de eleição. Essa modificação da competência relativa pode ocorrer também em razão de conexão ou da continência. 
PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA
	Decorre da não alegação da incompetência relativa via exceção de incompetência arguida por meio de peça apartada tempestivamente pela parte requerida.
 
A prorrogação de Competência pode-se dar das seguintes formas:
	
	a) pode ser voluntaria, é aquela que decorre da manifestação da vontade das partes; 
	b) pode ainda ser expressa, que é a que ocorre no caso de foro de eleição; 
	c) podendo ser tácita que é a que decorre da manifestação da vontade de uma das partes e omissão da outra, como por exemplo, no caso do não oferecimento de exceção de incompetência; 
	
	d) ou legal (que decorre de expressa determinação) da lei, ou seja, quando decorrente desta e se impõe o processamento de certas causas perante o mesmo juízo, como ocorre na ação rescisória; na reconvenção; na ação declaratória incidente; nas ações de garantia; nos casos de conexão e continência. 
	
	9.2 A conexão e a continência são hipóteses de prorrogação legal: ademais em virtude de poderem representar a possibilidade de julgamentos conflitantes, devem por isso serem julgadas por um único órgão jurisdicional assegurando assim decisões que provenham de fundamentos análogos. 
	9.3 Conexão: ocorre quando duas ou mais causas tiverem o objeto (Pedido) e a causa de pedir comuns. 
	9.4 Continência: se dá entre duas ou mais ações quando essas tiverem identidade de partes e causa de pedir, porem o objeto de uma seja mais abrangente que o da outra.
 
	Desta forma, quando verificada a conexão ou continência é cabível a reunião dos processos para que essas sejam decididas simultaneamente. Porem deve o juízo ser competente para ambas. Se houver incompetência absoluta do juízo, indeclinável a reunião por conexão ou continência para este. 
	
10. CONCLUSÃO
	Como podemos verificar em nossos apontamentos ao longo deste trabalho, a competência abrange todo nosso ordenamento jurídico, seja por forma de organização, ou por jurisdições, subdivididas nos órgãos e comarcas, e até é liberal quando se cuida de competência relativa, admitindo, na grande maioria dos casos, que seja prorrogada; enquanto na absoluta não admite.
	Por fim, conclui-se que sem a união entre competência e jurisdição, visto que seria impossível a convivência sadia se não houvesse regras de delimitação do poder de agir e das esferas de ação.
11. REFERÊNCIAS
ROCHA, José de Albuquerque. Teoria Geral do Processo. 4ª edição, MALHEIROS, SP, 1999, p.159.
PELEGRINI GRINOVER, Ada; DE ARAÚJO CINTRA, Antônio Carlos; R. DINAMARCO, Cândido. Teoria Geral do Processo. 13ª edição. MALHEIROS, SP, 1999, p.230.
SANTOS, Moacir Amaral. Primeiras Linha de Direito Processual Civil. 1º vol.23ª edição. São Paulo. Saraiva. 2004.377p.

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