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Aula 06 Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia p/ Concursos de Fisioterapeuta Professor: Gislaine Holler 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 77 AULA 06: AFECÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES SUMÁRIO PÁGINA Afecções do joelho 2 Anatomia do Tornozelo e pé 26 Afecções do tornozelo e do pé 44 Questões sem comentários 59 Gabarito 77 REFERÊNCIAS 77 Olá pessoal! Hoje falaremos das afecções do joelho, anatomia e afecções do tornozelo e do pé, finalizando os membros inferiores. Ainda iremos ver nas próximas sobre a postura geral e correlacionar com os músculos que podem gerar determinadas alterações posturais. Até a próxima aula, pessoal! Vamos lá? 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 77 AFECÇÕES DO JOELHO 1) LESÕES MENISCAIS Os meniscos têm como funções: aumentar a congruência e estabilidade articular, transmissão de cargas, absorção de choque, lubrificação e nutrição da cartilagem articular. Eles podem sofrer lesões através da desaceleração com mudança de direção, degeneração, extensão brusca (cadeia cinética aberta ou fechada) ou pode estar associado à lesão ligamentar. De um modo geral, os sinais e sintomas são: x Dor ao movimento e à palpação na interlinha articular; x Travamento (lesão no menisco interno será entre 10 a 30º de flexão e no menisco externo em mais de 70º de flexão); x Falseios; x Edemas ocasionais; x Hipotrofia muscular. Temos algumas abordagens, como fisioterapia, menistectomia, reparo (sutura) meniscal e transplante de aloenxerto. O que será utilizado irá depender da idade do paciente, tamanho e localização da lesão (mais vascularizada ou não) e se houve dano no tecido colateral, dentre outros fatores. O tratamento conservador será indicado para os casos onde o paciente relata aparecimento dos sinais e sintomas apenas nas atividades não usuais e somente para lesões em zona vascularizada. O tratamento tendo como objetivo estimular a cicatrização (p.ex. laser), manutenção da amplitude de movimento, força muscular e trofismo muscular (principalmente do quadríceps femoral), melhora da estabilização articular e retorno funcional. O tratamento no pós-operatório irá depender qual foi o procedimento cirúrgico realizado. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 77 2) LESÕES LIGAMENTARES DO JOELHO Os principais ligamentos do joelho são os seguintes: Iremos ver um pouco da lesão de cada um, de uma forma geral. LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR Lesão comum em atletas. Mecanismo de lesão: desaceleração brusca, com mudança de direção, gerando um valgo mais rotação externa de tíbia ou trauma na região posterior proximal da tíbia. Sinais e sintomas: edema, dor e falseios durante movimentos do joelho e dificuldade em realizar algumas atividades da vida diária. Também podemos ter pacientes com a lesão do LCA sem dor, sem edema e sem prejuízo funcional. LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR Mecanismo de lesão: trauma direto na região anterior da tíbia; hiperextensão associado a um estresse em valgo ou varo; força em sentido para baixo na coxa, com uma hiperflexão do joelho. As rupturas do LCP podem ser totais ou parciais, podendo ser tanto da porção ântero-lateral quanto da póstero-medial. Durante o movimento de lesão pode ocorrer uma fratura por avulsão na inserção do LCP. Sinais e sintomas: dor na região posterior do joelho ao se ajoelhar; pode ou não ter a instabilidade do joelho (principalmente ao subir e descer escadas); pode relatar falseios; dependendo do grau da lesão há diminuição da força, função e tônus muscular do 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 77 quadríceps. Com a instabilidade do joelho e a consequente posteriorização da tíbia em relação ao fêmur, teremos uma sobrecarga femoropatelar e lesões condrais na região do côndilo femoral medial. Posteriormente, se não tratado, pode evoluir para um osteoartrose. LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL Mecanismo de lesão: estresse em valgo indireto ou trauma direto na região lateral do joelho. O teste de estresse em valgo deve ser feito em 0º e 30º de flexão, pois nessas posições o LCM suporta o estresse em valgo (0º) e impedem o valgo (30º). Se não suportar e não impedir o LCM está lesionado. LIGAMENTO COLATERAL LATERAL Mecanismo de lesão: estresse em varo indireto ou trauma direto na região medial do joelho. Em todos os casos, o tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Isso irá depender do tamanho da lesão, se tem uma lesão associada de outra estrutura, idade do paciente, se tem avulsão óssea, se tem instabilidade, dentre outros critérios que o médico deve avaliar. Sempre iremos respeitar as fases da cicatrização. Sempre na lesão aguda ligamentar = repouso, gelo, compressão e elevação. O tratamento das lesões ligamentares será resumido na tabela abaixo. LESÃO TRATAMENTO P.O. L.C.A. Logo após a cirurgia o paciente utiliza o imobilizador de joelho ou o suporte de extensão com travamento. O suporte deve ser utilizado 24h por dia e ser destravado ou removido apenas para tomar banho ou fazer os exercícios recomendaos. Esse suporte 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 77 deve permanecer travado a 0º com movimentação até o paciente conseguir elevar a perna reta, sem retardamento do extensor. P.O. imediato (0 a 4 semanas) - objetivos: diminuir o edema, manutenção da mobilidade patelar, extensão completa (cuidado para não hipereestender o joelho por causa do enxerto, mas é necessário manter a extensão completa para evitar contraturas em flexão) e flexão 90º, levantamento da perna estendida, restauração da marcha (sustentação de peso de acordo com a tolerância do paciente, gradualmente). Exercícios isométricos podem ser realizados nos músculos quadríceps e isquiotibiais, na razão 4:1, respectivamente. Respeitando até 90º de flexão de joelho. Os exercícios vão evoluindo de acordo com a evolução do paciente. P.O. intermediária (4 a 12 semanas) ± objetivos: ADM completa, ganho de força de trofismo, retirar o imobilizador se ainda estiver em utilizando, marcha próxima ao normal. O paciente, apresentando o controle do quadríceps satisfatório, pode evoluir para exercícios isocinéticos de flexão e extensão de quadril (6 a 8 semanas), assim como subrir degraus, treinamento neuromuscular. P.O. avançado - a partirde 12 semanas: evolução dos exercícios para ganho de força de trofismo, melhora da estabilização articular e retorno funcional. L.C.P. Geralmente, o tratamento é conservador com foco do tratamento no fortalecimento do quadríceps (ajuda a reduzir a translação tibial posterior) e a restauração da ADM. Após 6 a 8 semanas pode iniciar o fortalecimento dos isquiotibiais, pois se iniciar precocemente pode causar estresse no LCP. Qualquer movimento que cause estresse no ligamento deve ser evitado. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 77 Se lesão foi parcial é necessário ter cautela nos exercícios para melhorar a ADM. A flexão só pode até 90º. Se o tratamento for cirúrgico, precisamos ter cautela durante a flexão (>60º) principalmente nas 3 semanas iniciais. Sempre respeitando as fases de cicatrização e a evolução do paciente. L.C.M Dificilmente necessita de tratamento cirúrgico. Para as primeiras 72h = repouso, gelo, compressaõ e elevação. Também é utilizada uma órtese que impeça os movimentos rotacionais, evitando o estresse em valgo. A carga sobre o membro pode ser realizada, desde que o paciente não tenha dor significativa e que tenha proteção contra os movimentos rotacionais ± valgo. Os objetivos iniciais nessa lesão são: estimular a cicatrização, manutenção da ADM, força muscular e trofismo (quadríceps - podem ser feitas já nos primeiros 2 a 3 dias da lesão) e proteção do estresse em valgo. Com as fases de cicatrização, iremos evoluindo os exercícios até o retorno funcional. O fortalecimento do músculo vasto medial oblíquo é importante para evitar recidivas. L.C.L A lesão de LCL segue a mesma linha de tratamento do LCL, apenas muda a proteção da órtese, sendo uma proteção do estresse em varo. Os ligamentos colaterais são geralmente tratados de forma conservadora, pois são bem vascularizados. 1. CESPE - SMS - Aracaju/SE ± 2004 A ruptura do ligamento cruzado anterior da articulação do joelho pode ser avaliada pelo sinal da gaveta posterior positivo. Gabarito: Errado. Comentários: A ruptura do ligamento cruzado anterior pode ser avaliada pelo sinal de gaveta anterior positivo. Veremos na aula de Semiologia 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 77 sobre esse teste. Esse teste apenas realiza um estresse anteriormente da tíbia sobre o fêmur. Se houver deslocamento anterior excessivo, o LCA está lesionado ± sinal positivo. 2. AMPLASC ± PREFEITURA DE VARGEM/SC - 2015 Há duas classificações de (LCP) Ligamento Cruzado Posterior: (A) Leves e rotundas; (B) Isoladas e combinadas; (C) Atávicas e tênues; (D) Anímicas e enviesadas. Gabarito: B. Comentários: Essa questão não foi bem formulada. Não existe classificações do ligamento cruzado posterior, mas sim das lesões do LCP, que pode ser isoladas ou combinadas. Quando são isoladas, há uma ruptura de uma ou duas bandas do LCP. Já nas lesões combinadas ocorrem lesões no LCP e em outro ligamento ou menisco. Letra B. 3. VUNESP - PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - 2015 Responda às questões de números 3 e 4 com base no caso clínico a seguir. Mário, 24 anos, após jogar futebol no final de semana, foi diagnosticado com ruptura do menisco medial e entorse do ligamento colateral medial (LCM) de grau II. O diagnóstico das entorses do LCM pode ser obtido por meio de avaliação física e geralmente não requer exames por ressonância magnética, sendo o grau de lesão do ligamento quase sempre determinado pela quantidade de instabilidade articular. As características do grau de lesão do LCM apresentadas por Mário são: (A) fica sensível em virtude das microrruputuras, mas não apresenta instabilidade aumentada, enquanto o ponto final é firme. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 77 (B) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 60º de flexão e mínima na extensão total e não apresenta o ponto final firme. (C) apresenta ruptura total com instabilidade significante no estresse em valgo em extensão total e nenhum ponto final é aparente. (D) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 30º de flexão e mínima na extensão total e apresenta o ponto final firme. (E) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em varo em 30º de flexão e mínima na extensão total e apresenta o ponto final firme. Gabarito: D Comentários: Falamos na aula 00 sobre os graus de lesões ligamentares. Vamos relembrar: x Grau I ± leve: perda mínima de integridade estrutural; movimento normal; pouco ou nenhum edema; sensibilidade localizada; contusão mínima. Pode haver pouca perda funcional. Retorno precoce ao treinamento. x Grau II ± moderada: enfraquecimento estrutural significativo; algum movimento anormal; sensação de final do movimento dura ao estresse; contusão significativa e edema. Pode ocorrer hemartrose associada e efusão. Essa lesão tem tendência à recidivas e também pode alongar mais com o tempo. Também pode precisar de imobilização modificada. x Grau III ± completo: perda de integridade estrutural; movimento anormal; contusão significativa; hemartrose; instabilidade funcional. Possibilidade cirúrgica. Agora vejamos as assertivas: (A) fica sensível em virtude das microrruputuras, mas não apresenta instabilidade aumentada, enquanto o ponto final é firme. No grau II já tem instabilidade. Item errado. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 77 (B) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 60º de flexão e mínima na extensão total e não apresenta o ponto final firme. Item errado. O grau II apresenta o ponto final firme. (C) apresenta ruptura total com instabilidade significante no estresse em valgo em extensão total e nenhum ponto final é aparente. Item errado. O grau II é uma ruptura parcial. (D) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 30º de flexão e mínima na extensão total e apresenta o ponto final firme. Item correto. É isso mesmo. Para entender isso temos que nos lembrar das funções secundárias do LCM = limitar a extensão excessiva do joelho e limitar as rotações quando o joelho está parcialmente fletido. Função primária = limitador do valgo. (E) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em varo em 30º de flexão e mínima na extensão total e apresenta o ponto final firme. Item errado. Estresse em valgo. 4. FCPC - PREFEITURA DE BOA VIAGEM/CE - 2015 No que concerne à fisioterapia para o tratamento pós cirúrgico de um paciente com lesão do ligamento cruzado anterior do joelho, é correto afirmar: (A) no pós operatório imediato, a flexão passiva é indicada e encorajadaaté 150º; (B) o exercício ativo deve ser realizado somente na fase ambulatorial, uma semana após a cirurgia; (C) a mobilização patelar deve ser feita no sentido craniocaudal e laterolateral, ajudando no ganho de flexão do joelho; (D) o treino de marcha deve ser realizado no primeiro dia pós-operatório sem o imobilizador e com descarga total de peso no membro operado. Gabarito: C Comentários: Vejamos as assertivas: 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 77 (A) no pós operatório imediato, a flexão passiva é indicada e encorajada até 150º. Item errado. No P.O. imediato a flexão é realizada até 90º. (B) o exercício ativo deve ser realizado somente na fase ambulatorial, uma semana após a cirurgia. Item errado. Exercícios isométricos podem ser realizados antes de uma semana. (C) a mobilização patelar deve ser feita no sentido craniocaudal e laterolateral, ajudando no ganho de flexão do joelho. Item correto. A mobilização patelar deve ser realizada. (D) o treino de marcha deve ser realizado no primeiro dia pós-operatório sem o imobilizador e com descarga total de peso no membro operado. Item errado. Primeiro dia sem imobilizador e com descarga total de peso? Absurdo! Jamais podemos fazer isso. 5. MASTER - Pref. Cacimbinhas/AL - 2015 A lesão de LCA costuma ser uma lesão de esportes e resulta de uma rotação ou hiperextensão brusca do joelho, mas também pode ocorrer quando o fêmur é empurrado para trás e o pé está fixo no chão. O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente: I. Conseguir dobrar e esticar o joelho totalmente, sem dor; II. Recuperar a força, quando comparada com a outra perna; IIII. Não apresentar mais edema; IV. Conseguir andar, sem dor e sem mancar; V. Conseguir correr, sem dor e sem mancar; Marque a alternativa correta (A) Apenas I (B) Apenas II e III (C) Apenas I, III, IV e V (D) Apenas I, III, V e IV (E) I e III Gabarito: D 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 77 Comentários: Como em toda lesão ligamentos, o retorno ao esporte só ocorre depois do paciente passar por todas as fases de cicatrização, restauração da ADM total do joelho, com a força muscular normal (grau 5), sem dor e sem mancar. Enfim, com o joelho estabilizado para todas as atividades funcionais e do esporte que o paciente realiza. I. Conseguir dobrar e esticar o joelho totalmente, sem dor. Item correto. II. Recuperar a força, quando comparada com a outra perna. Item errado. Recuperar a força muscular normal (grau 5). IIII. Não apresentar mais edema. Item correto. IV. Conseguir andar, sem dor e sem mancar. Item correto. V. Conseguir correr, sem dor e sem mancar. Item correto. 6. UNICENTRO ± PREFEITURA DE GUAÍRA/PR ± 2015 As lesões traumáticas do joelho e as suas consequências representam 80% das patologias do joelho. O sistema osteoligamentar, muito complexo e pouco elástico, é hoje submetido a traumas diretos e indiretos de aceleração progressivamente maior. Os acidentes automotivos e esportivos são os principais responsáveis pela variada gama de lesões que a articulação do joelho sofre. A lesão do joelho é a mais comum entre as lesões graves apresentadas por futebolistas, destacando-se o ligamento cruzado anterior como um dos ligamentos do joelho mais frequentemente lesados. A partir disso, analise as afirmações abaixo: I - A principal função do LCA é prevenir o deslocamento anterior da tíbia em relação ao fêmur. II - Os traumas axiais e angulares provocam lesões ligamentares com maior frequência, enquanto os traumas rotacionais provocam fraturas. III - As lesões ligamentares graves em geral doem muito após o trauma, devido à ruptura total do ligamento. IV - O teste de gaveta anterior avalia a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur. Está(ão) correta(s): 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 77 (A) Apenas a afirmativa I. (B) Apenas as afirmativas I, II e IV. (C) Todas as afirmativas estão corretas. (D) Apenas as afirmativas III e IV. (E) Apenas as afirmativas I e IV. Gabarito: E. Comentários: Vejamos as assertivas: I - A principal função do LCA é prevenir o deslocamento anterior da tíbia em relação ao fêmur. Item correto, como vimos. II - Os traumas axiais e angulares provocam lesões ligamentares com maior frequência, enquanto os traumas rotacionais provocam fraturas. Item errado. Os traumas rotacionais provocam lesões de meniscos e ligamentares (principalmente LCA). Já os traumas axiais e angulares provocam fraturas. III - As lesões ligamentares graves em geral doem muito após o trauma, devido à ruptura total do ligamento. Item errado. Geralmente, as rupturas grau I e II causam mais dor. IV - O teste de gaveta anterior avalia a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur. Item correto, como vimos. 3) CONDROMALÁCIA PATELAR É uma patologia degenerativa da cartilagem articular (hialina) da superfície posterior da patela, que produz desconforto e dor difusa na região anterior da patela. Piora com contração excêntrica, sentar prolongado mantendo joelho flexionado (sinal do cinema, por estiramento dos retináculos). Pode ocorrer edema, crepitações, falseios e bloqueio. Evolui para um quadro grave e incapacitante do joelho (osteoartrose) se não tratada precocemente. Fatores predisponentes: falhas biomecânicas, tensão dos tecidos moles (retináculo lateral, fáscia lata, reto femoral, isquiotibiais e gastrocnêmios), desequilíbrio muscular (vasto medial oblíquo e vasto 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 77 lateral), alteração da biomecânica do pé, sobrecarga na articulação (overuse) - qualquer ação compressiva anormal repetida sobre a cartilagem articular. É classificada em 4 graus, de acordo com o estado de deterioração da cartilagem: I - amolecimento da cartilagem e edemas; II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro <1,3cm; III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm; IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral. O tratamento fisioterapêutico inclui na remoção de quaisquer desequilíbrios musculares de flexibilidade ou força. De acordo com a causa que levou à condromalácia patelar, o objetivo é remover esse fator causal. Entenderemos melhor no decorrer das questões. Caso o tratamento conservador não melhore a condição do paciente, o tratamento cirúrgico pode se mostrar benéfico. 7. AOCP - EBSERH/HE-UFPEL - 2015 A condromalácia da patela é uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes. É comum em jovens adultos,especialmente relacionada com episódios de trauma. Assinale a alternativa que apresenta as características desta patologia (A) Crepitação, fadiga e dor. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 77 (B) Fadiga, dor e hipotonia. (C) Hipertonia, crepitação e dor. (D) Crepitação, bloqueio e dor. (E) Dor, hipertonia e fadiga. Gabarito: D Comentários: Vejamos as assertivas: (A) Crepitação, fadiga e dor. Item errado. A fadiga não é uma característica dessa patologia. (B) Fadiga, dor e hipotonia. Item errado. A fadiga e a hipotonia não são características dessa patologia. (C) Hipertonia, crepitação e dor. Item errado. A hipertonia não é uma característica dessa patologia. (D) Crepitação, bloqueio e dor. Item correto! Podem ocorrer crepitação e bloqueio dependendo do grau de severidade dessa patologia. (E) Dor, hipertonia e fadiga. Item errado. A hipertonia e a fadiga não são características dessa patologia. 8. AOCP - EBSERH ± Nacional - 2015 A condromalácia é a degeneração da cartilagem hialina. Não existe uma causa exata, mas a sua etiologia pode estar relacionada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. O fator mais comum é o traumatismo crônico. Esta patologia acomete qual articulação? (A) Femoropatelar. (B) Glenoumeral. (C) Tíbiotársica. (D) Interfalangeanas. (E) Cotovelo. Gabarito: A Comentários: Essa foi fácil! Condromalácia femoropatelar! 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 77 9. AOCP - EBSERH/HC-UFG - 2015 Assinale a alternativa INCORRETA sobre a condromalácia patelar. (A) A condromalácia possui quatro estágios, sendo que o edema e o amolecimento da cartilagem ocorre apenas no 4º estágio. (B) A condromalácia patelar é comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores. (C) A condromalácia é caracterizada pelo amolecimento da cartilagem patelar, que pode ser provocado pelo desequilíbrio articular. (D) Um dos fatores que pode predispor ao aparecimento da condromalácia é a falta de aquecimento antes de praticar exercício físico. (E) Exercícios de alto impacto devem ser evitados pelo portador de condromalácia patelar. Gabarito: A Comentários: Vejamos as assertivas: (A) A condromalácia possui quatro estágios, sendo que o edema e o amolecimento da cartilagem ocorrem apenas no 4º estágio. Item errado. Ocorre no 1ºestágio. Relembrando: I - amolecimento da cartilagem e edemas; II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro <1,3cm; III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm; IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral. (B) A condromalácia patelar é comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores. Item correto. Atletas de esportes com muita sobrecarga repetitiva é comum sofrerem desgaste na cartilagem articular da patela. (C) A condromalácia é caracterizada pelo amolecimento da cartilagem patelar, que pode ser provocado pelo desequilíbrio articular. Item correto. (D) Um dos fatores que pode predispor ao aparecimento da condromalácia é a falta de aquecimento antes de praticar exercício físico. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 77 Item correto. Justifica-se pela força abrupta muscular do quadríceps ± sobrecarga no tendão patelar. (E) Exercícios de alto impacto devem ser evitados pelo portador de condromalácia patelar. Item correto. Devem ser evitados. 10. FUNIVERSA ± SEED/AP - 2012 Em um paciente com doze anos de idade, que apresenta uma síndrome patelofemoral, já com desgaste condral, claudicação e dor, o exercício terapêutico para equilíbrio muscular do complexo do joelho é muito importante. Considerando essa situação, assinale a alternativa correta quanto ao músculo que deve ser alongado e ao que deve ser fortalecido, respectivamente, para tratamento desses casos específicos. (A) vasto medial oblíquo (quadríceps) e tensor da fáscia lata. (B) tensor da fáscia lata e glúteo máximo. (C) reto femoral e vasto medial oblíquo (quadríceps). (D) isquiotibiais e vasto medial oblíquo (quadríceps). (E) iliopsoas e reto femoral. Gabarito: C Comentários: Nessa questão há controvérsias. O vasto medial oblíquo deve ser fortalecido, pois é o único estabilizador medial dinâmico da patela e geralmente a sua função está alterada na síndrome patelofemoral. Estudos demonstram que o VMO melhora o trajeto patelar. Uma das causas da síndrome patelofemoral com desgaste condral (condromalácia patelar) é o desequilíbrio entre o vasto medial oblíquo e o vasto lateral (mais ativo que o VMO). Se a compressão entre a patela e o fêmur aumenta com a flexão do joelho, então o encurtamento dos músculos flexores de joelho aumenta essa compressão, ou seja, eles devem ser alongados (isquiotibiais, gastrocnêmio). Consequentemente o encurtamento dos isquiotibiais pode bloquear o osso ilíaco posteriormente, dificultando a sua rotação anterior. Em 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 77 consequência disso, ocorre uma tensão no grupamento muscular anterior da coxa, principalmente o reto femoral (único músculo biarticular dessa região). Com isso, todas as vezes que o ilíaco for solicitado anteriormente, o reto femoral sofre um estiramento. Em resposta a esse estiramento (reflexo miotático) esse músculo se contrai. Até aí tudo bem. Porém a inserção proximal do reto femoral (espinha elíaca ântero-inferior) não vai ser tensionada adequadamente, pois o ilíaco está bloqueado posteriormente pelos isquiotibiais, consequentemente a inserção distal (tendão do quadríceps ± borda superior da patela) vai ser tensionada, causando a elevação da patela, aumentando a compressão patelar. Com base na biomecânica os músculos isquiotibiais e o reto femoral devem ser alongados. Podendo ser a resposta C ou D. Além desses músculos, pensando na biomecânica, temos que alongar os flexores do quadril, trato iliotibial, retináculo lateral e os gastrocnêmios. Mas cada caso é um caso. Como a questão não especificou o caso, temos que pensar de uma maneira geral o que causa o aumento da compressão patelar. 11. AOCP - EBSERH/HU-UFMS - 2014 O joelho é uma das articulações mais estudadas pela área da fisioterapia, devido à importância dessa articulação e ao número de lesões que sofre. E uma das lesões que ocorre nesta articulação é a síndrome ou disfunção femoropatelar. Sobre o assunto descrito, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Não se deve realizar exercícios de contração e força muscular, para não aumentar a dor e a retração muscular. (B) O grupo muscular da pata de gansoe o bíceps femoral também afetam dinamicamente a estabilidade patelar, pois controlam a rotação interna e externa da tíbia, que pode influenciar de maneira significativa o deslocamento da patela. (C) O fisioterapeuta deve elaborar um tratamento para o seu paciente mediante uma visão global e criteriosa, fazendo com que o seu 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 77 tratamento seja um diferencial na vida do paciente e não apenas a aplicação de protocolos preexistentes. (D) A função do mecanismo da articulação femoropatelar (AFP), é influenciada vigorosamente por estabilizadores tanto estáticos como dinâmicos. (E) A diminuição da flexibilidade dos isquiostibiais pode contribuir para a dor femoropatelar, por exigir maior força de contração do quadríceps para estender o joelho contra um ísquiotibial inflexível. Gabarito: A Comentários: Vejamos as assertivas: (A) Não se deve realizar exercícios de contração e força muscular, para não aumentar a dor e a retração muscular. Item errado. Vimos que devem ser realizados exercícios de contração e força muscular (músculos corretos). (B) O grupo muscular da pata de ganso e o bíceps femoral também afetam dinamicamente a estabilidade patelar, pois controlam a rotação interna e externa da tíbia, que pode influenciar de maneira significativa o deslocamento da patela. Item correto. Qualquer alteração muscular que tenham ação na patela pode causar deslocamento da patela. (C) O fisioterapeuta deve elaborar um tratamento para o seu paciente mediante uma visão global e criteriosa, fazendo com que o seu tratamento seja um diferencial na vida do paciente e não apenas a aplicação de protocolos preexistentes. Item correto. Sem dúvidas. (D) A função do mecanismo da articulação femoropatelar (AFP), é influenciada vigorosamente por estabilizadores tanto estáticos como dinâmicos. Item correto. (E) A diminuição da flexibilidade dos isquiostibiais pode contribuir para a dor femoropatelar, por exigir maior força de contração do quadríceps para estender o joelho contra um ísquiotibial inflexível. Item correto. A ação muscular principal dos isquiostibiais é flexão do joelho. Se eles estão 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 77 encurtados, o quadríceps que realiza extensão do joelho precisa fazer mais força para tentar estender o joelho. 12. ASSCON-PP ± PREFEITURA DE MAREMA/SC - 2015 A respeito da Condromalácia patelar assinale a alternativa correta. (A) Também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral (B) Consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. (C) É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores. (D) Todas as alternativas estão corretas Gabarito: D Comentários: Pessoal, temos que tomar cuidar com esses termos. Algumas bancas consideram a mesma coisa, mas outras não. Na verdade, a Condromalácia pode ser uma das causas da Síndrome da dor patelofemoral. Outro ponto é que na síndrome femoropatelar não necessariamente há um desgaste da cartilagem importante que a justifique. Já na condromalácia patelar, ocorre um desgaste da cartilagem. Olhem bem o contexto da questão para não caírem numa armadilha. Leiam bem todas as alternativas. Algumas bancas não aceitam alguns recursos, então é melhor prevenir e ler bem antes de responder. Fiquem atentos! 4) DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER É uma apofisite de tração que ocorre na tuberosidade da tíbia, sendo uma das principais causas de dor em joelhos esqueleticamente imaturos. Acomete pessoas do sexo feminino (entre 8 e 13 anos de idade) e do sexo masculino (entre 10 e 15 anos) envolvidos em esportes que exigem flexão do joelho com carga repetitiva. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 77 O tratamento segue o protocolo visando controle da dor e inflamação, ganho de flexibilidade dos isquiotibiais e fortalecimento do quadríceps de intensidade moderada. Em casos mais persistentes talvez sejam necessários a imobilização por 6 a 8 semanas. Em longo prazo essa patologia pode trazer complicações, como: sensibilidade de golpes diretos ou genuflexo, deslocamento superior da patela (causa alterações degenerativas na articulação patelofemoral). 13. UNIUV - PREF. JAGUARIAÍVA/PR - 2015 A doença de _________ trata-se de uma osteocondrite na tuberosidade tibial. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: (A) Osgood-Schlatter; (B) Kussmaul; (C) Paget; (D) Huntigton; (E) Dupuytren. Gabarito: A Comentários: Pelo enunciado já sabemos que é a letra A: Osgood- Schlatter. Mas vamos ver as outras alternativas: 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 77 (B) Kussmaul: poliarterite venosa. É uma inflamação necrosante de pequenas e/ou médias artérias. (C) Paget: é uma doença esquelética localizada caracterizada por um aumento da remodelação óssea. Os ossos ficam mais frágeis que o normal, podendo causar fraturas. (D) Huntigton: é um distúrbio neurológico genético. (E) Dupuytren: é um patologia caracterizada por um espessamento fibrótico da fáscia palmar e digital da mão. 5) TENDINITE PATELAR A tendinite patelar (joelho de saltador) e a tendinite do quadríceps são condições de uso excessivo que costumam estar associadas a sobrecarga excêntrica durante as atividade de desaceleração, por exemplo em corrida ladeira abaixo. Geralmente, o paciente apresenta dor à palpação próxima à inserção patelar. Normalmente, o tratamento é conservador, onde estão inclusos repouso, recursos eletrofototermoterápicos, alongamento e fortalecimento excêntrico de quadríceps (só quando não houver dor), fortalecimento concêntrico-excêntrico de tibial anterior. Na fase mais avançada o fortalecimento do tibial anterior se torna puramente excêntrico. 14. CESPE - Pref. Ipojuca/PE ± 2009. Paciente com diagnóstico de tendinopatia de tendão patelar procura tratamento fisioterapêutico, com queixa de dor na região anterior do joelho ao descer escada e ao levantar após posição sentada por longo período. O exercício excêntrico de quadríceps é indicado na última fase de reabilitação e pode-se exemplificar como a subida do agachamento bipodal. Gabarito: Errado. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 22 de77 Comentários: O exercício excêntrico pode ser iniciado quando o paciente não relatar dor. A subida do agachamento é exercício concêntrico do quadríceps. Quando está subindo, o joelho está estendendo e o quadríceps é responsável pela extensão de joelho. O exercício excêntrico é na descida do agachamento bipodal. 15. CESPE ± PREFEITURA DE VITÓRIA/ES ± 2007 Considere-se que um paciente com diagnóstico de tendinite patelar unilateral tenha recebido indicação de exercício terapêutico do tipo contração muscular excêntrica em cadeia fechada. Nesse exercício, o fisioterapeuta deve orientar o paciente a: (A) flexionar o joelho, iniciando a partir da posição de pé e joelho em extensão, com apoio unipodal. (B) estender o joelho na mesa de Bonet, com carga progressiva. (C) estender o joelho, iniciando a partir da posição de pé e joelho semifletido, com apoio unipodal. (D) permanecer sentado, com apoio de uma almofada sob o joelho, e estender o joelho nos últimos graus de extensão. (E) flexionar o joelho em amplitude de 20º a partir da posição de decúbito ventral. Gabarito: A Comentários: No exercício excêntrico do quadríceps, iremos fazer o ³FRQWUROH´�GD�IOH[mR�GR�MRHOKR�GXUDQWH�R�PRYLPHQWR��3DUD�LVVR�WHPRV�TXH� HVWDU� ³IUHDQGR´� D� IOH[mR� GR� MRHOKR�� PDV� QmR� GHL[DQGR� GH� UHDOL]DU� HVVD� flexão. O enunciado pede um exercício excêntrico de quadríceps em cadeia cinética fechada. Agora vejamos as assertivas: (A) flexionar o joelho, iniciando a partir da posição de pé e joelho em extensão, com apoio unipodal. Item correto. Esse é o agachamento correto para o fortalecimento excêntrico de quadríceps (descida do agachamento). 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 77 (B) estender o joelho na mesa de Bonet, com carga progressiva. Item errado. Exercício concêntrico do quadríceps. (C) estender o joelho, iniciando a partir da posição de pé e joelho semifletido, com apoio unipodal. Item errado. Exercício concêntrico do quadríceps. (D) permanecer sentado, com apoio de uma almofada sob o joelho, e estender o joelho nos últimos graus de extensão. Item errado. Exercício concêntrico do quadríceps e cadeia cinética aberta. (E) flexionar o joelho em amplitude de 20º a partir da posição de decúbito ventral. Item errado. Além de ser cadeira cinética aberta, essa postura não é eficaz para fortalecer o quadríceps, está apoiado na maca. 6) OSTEOARTROSE DO JOELHO Essa condição pode afetar a articulação tibiofemoral (lateral e medial) e patelofemoral. Podendo evoluir para incapacidade funcional do joelho, sendo necessário tratamento cirúrgico (artroplastia de joelho). Geralmente, o paciente relata dor ao repouso e aos movimentos com sobrecarga de peso. Também pode ocorrer a fraqueza muscular e a perda de movimento. O tratamento conservador consiste em medidas analgésicas, fortalecimento muscular, exercícios proprioceptivos, perda de peso (geralmente a obesidade está relacionada a essa patologia), educação do paciente, correções posturais. Só é necessário ter cuidados com a dosagem dos exercícios isotônicos e isocinéticos, pois podem aumentar a compressão patelar, agravando o quadro do paciente. 16. CESPE ± UNIPAMPA - 2009 De acordo com os princípios do tratamento do paciente com diagnóstico de gonartrose, julgue os itens a seguir. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 77 (A) Os movimentos pendulares do membro inferior afetado devem ser contraindicados, pois pioram a nutrição da cartilagem. Gabarito: Errado. Comentários: Item errado. Os movimentos pendulares melhoram a nutrição, não são contraindicados. (B) O treinamento da força muscular de membros inferiores, em cadeia cinética aberta, acarreta maior risco de descentralização articular do que em cadeia cinética fechada. Gabarito: Certo. Comentários: Se pensarmos na biomecânica a questão está correta. A cadeia cinética aberta o grau que as articulações ficam instáveis é bem maior, por isso acarreta maior risco de descentralização articular do que na cadeia cinética fechada. 17. CESPE ± PREFEITURA DE VITÓRIA/ES ± 2007 Considere-se que um paciente submetido a uma patelectomia total tenha sido encaminhado para tratamento fisioterapêutico. Em função da alteração anatômica gerada por esse tipo de procedimento cirúrgico e sua consequente alteração biomecânica, é correto afirmar que esse paciente, na atuação do músculo quadríceps, apresentará: (A) perda de flexibilidade. (B) ganho de extensibilidade. (C) perda de torque. (D) ganho de flexibilidade. (E) perda de extensibilidade. Gabarito: C Comentários: Atualmente, a patelectomia total é um tratamento difícil de ser realizado sem a colocação de uma prótese. Mas na ausência da 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 77 patela (como diz o enunciado) teremos uma alteração do torque do quadríceps. Letra C. 18. COPEVE/UFAL - UNCISAL - 2015 O paciente que apresenta instabilidade no joelho em gaveta anterior deve ser tratado com fortalecimento da musculatura: (A) Lateral da perna. (B) Anterior da coxa. (C) Anterior da perna. (D) Posterior da perna. (E) Abdutora do quadril. Gabarito: B Comentários: Instabilidade em gaveta anterior há instabilidade anterior do joelho, ou seja, é necessário o fortalecimento da musculatura anterior da coxa (quadríceps), com a finalidade de estabilizar o joelho anteriomente. 19. FGV ± Prefeitura de Cuiabá/MT - 2015 Paciente chega ao ambulatório com queixa de dor acentuada na região medial do joelho direito, relatando ter sofrido uma queda dois dias antes. Relata ainda sensação de queimação na região medial da mesma perna, que piora à noite. No exame físico, ao realizar a flexão resistida do joelho, a dor aumenta. O quadro clínico relatado é sugestivo de (A) neuropraxia do nervo safeno. (B) lesão do corno posterior menisco medial. (C) lesão de ligamento cruzado anterior. (D) tendinite da pata-de-ganso. (E) distensão muscular do solear. Gabarito: A. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 77 Comentários: Não falamos dessa patologia. Vamos aproveitar a questão. A compressão do nervo safeno pode causar dor acentuada na região medial do joelho, além disso, sensação de queimação na distribuição sensorial do nervo, que tende piorar à noite e é exacerbada por atividade do membro inferior. Ao exame físico, o paciente relata dor na flexão resistida do joelho ou adução resistida da coxa (aumentam a pressão no nervo). Nos casos leves a moderados, o tratamento consiste de medicamentos, gelo, ultrassom e TENS ± não há fraqueza motora. Em casos mais graves talvez seja necessárioo procedimento cirúrgico, a critério do médico. 20. CAIPIMES - Pref. Rio Grande da Serra/SP - 2015 O encurtamento dos músculos posteriores da coxa pode contribuir para patologias patelofemorais devido ao aumento da: (A) extensão do joelho no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da marcha. (B) flexão do joelho no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da marcha. (C) flexão do joelho durante a fase de duplo apoio da marcha. (D) lateralização da patela durante a fase de impulsão da marcha. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 77 Gabarito: B Comentários: Como falamos anteriormente, a flexão do joelho aumenta o impacto patelofemoral. Os músculos posteriores da coxa (isquiotibiais) realizam flexão de joelho. Ou seja, poderia ser só as opções B ou C. O impacto maior ocorre na letra B, no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da marcha. ANATOMIA DO TORNOZELO E DO PÉ O tornozelo e o pé são formados por: x 28 ossos; x 55 articulações; x Ligamentos. Para facilitar vamos dividir o pé em parte posterior (tálus e o calcâneo), média (navicular, cuboide e cuneiforme) e anterior (14 ossos dos dedos, 5 metatarsais e os sesamoides medial e lateral). Na figura abaixo os ossos e as principais articulações dessa região. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 77 Na tabela abaixo especificamos as articulações dessa divisão e os movimentos delas. ARTICULAÇÕES MOVIMENTOS RETROPÉ Articulação tíbiofibular Deslizamento cranial e caudal Deslizamento ventral e dorsal Articulação talocrural (tálus e tíbia) Flexão plantar e flexão dorsal Articulação subtalar Inversão e eversão MEDIO PÉ Articulações mediotarsais Dorsiflexão, flexão plantar, adução e rotação interna. ANTEPÉ Articulações tarsometatarsais Deslizamento entre os diversos ossos do tarso permitindo o pé funcionar como uma unidade semirrígida ou se adaptar as superfícies irregulares durante a sustentação do peso. Articulações metatarsofalângicas Hálux: extensão e flexão. 2º ao 5º: variável. Articulações interfalângicas Flexão e extensão Outro ponto importante é sobre os arcos plantares, os quais sustentam o pé por meio de três mecanismos: x Relação óssea entre os tarsais e os metatarsais; x Suporte ligamentar a partir da aponeurose plantar e dos ligamentos plantares; x Suporte muscular. São três arcos plantares: x Arco longitudinal lateral: entre calcâneo, cubóide, 4º e 5º metatarso. Mobilidade limitada pode fazer contato com o solo a apoiar parte do peso na locomoção, exercendo um papel de suportador do pé. x Arco longitudinal medial: calcâneo até tálus, navicular, cuneiforme e os primeiros metatarsos (dois sesamóides). É muito mais flexível e móvel que o arco lateral, tem papel importante na absorção de 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 77 choques após o contato com o solo pela compressão de um coxim adiposo posicionado na superfície inferior do calcâneoisso é seguido de um rápido alongamento do arco medial que continua até o alongamento máximo no contato dos artelhos no solo. x Arco transverso :formado pelos tarsos e a base dos metatarsos. Mais especificamente: arco I ± cabeças metatarsais 1 a 5 e os sesamoides; arco II - cuneiforme 1 a 3 e cuboide; arco III ± navicular e cuboide. Os ossos servem como vigas para suportar o arco, sendo aplanadas durante a sustentação de peso. 21. AOCP - EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - 2014 Os ossos do pé formam arcos de sustentação e distribuição do peso corpóreo. Assinale a alternativa que apresenta os ossos que formam o arco longitudinal medial. (A) Calcanêo, tálus, navicular, 1° e 2° metatarsos. (B) Calcâneo, cuboide, 3°, 4° e 5° metatarsos. (C) Cuneiformes, cuboide e base dos cincos ossos metatarsais. (D) Cuneiformes medial, intermédio e lateral. (E) Tálus, cuboide e cuneiforme medial. Gabarito: A Comentários: Como vimos anteriormente: x Arco longitudinal lateral: entre calcâneo, cubóide, 4º e 5º metatarso. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 77 x Arco longitudinal medial: calcâneo até tálus, navicular, cuneiforme e os primeiros metatarsos (dois sesamóides). x Arco transverso :formado pelos tarsos e a base dos metatarsos. Única alternativa seria a letra A. 22. CONPASS - PREF. BONITO DE SANTA FÉ/PB - 2015 Os ossos do pé formam arcos de sustentação e distribuição do peso corporal, sendo o arco longitudinal medial composto pelos ossos: (A) Calcâneo, cubóide, 3º, 4º e 5º metatarsos. (B) Cuneiformes, cubóide, e base dos cinco metatarsos. (C) Cuneiformes medial, intermédio e lateral. (D) Calcâneo, tálus, navicular, 1º e 2º metatarsos. (E) Tálus, cubóide e cuneiforme medial. Gabarito: D Comentários: Mesma pergunta da questão anterior. O arco longitudinal medial é composto pelo calcâneo, tálus, navicular, 1º e 2º metatarsos. Letra D. Outras estruturas que o pé possui são os retináculos dos músculos extensores, retináculo superior dos músculos fibulares, retináculo dos músculos flexores, aponeurose plantar e os ligamentos. Vamos aprofundar o estudo dos ligamentos. De acordo com a tabela abaixo temos os ligamentos associados a determinadas articulações. ARTIC. LIGAMENTOS MOVIMENTOS QUE LIMITAM Tibiofibular distal Tibiofibular anterior Tibiofibular posterior Interósseo Deslizamento distal e posterior da fíbula Deslizamento distal e anterior da fíbula Separação da tíbia e da fíbula Tornozelo Colateral medial: ligamento deltoide: - tibionavicular; - talotibial post.; - calcâneotibial; - talotibial anterior Translação lat. e rotação externa do tálus Dorsiflexão, translação lat. e R.E. do tálus Eversão Abdução do tálus quando em eversão ou 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 77 Colateral lateral: - talofibular ant.; - calcaneofibular; - talofibular post.; flexão plantar. Inversão e flexão plantar, deslocamento anterior do tálus, rotação int. do tálus. Inversão e dorsiflexão. Dorsiflexão, deslocamento post. do pé, inversão. Subtalar Talocalcâneo lateral Talocalcâneo medial Lig. Cervical Interósseo Deltóide Colateral lateral Separação articular durante a inversão e dorsiflexão. Translação anterior do tálus e inversão. Inversão Separação articular. Suporte ligamentar dos arcos longitudi- nais Plantar longo Plantar curto Calcaneonavicularplantar Aponeurose plantar Eversão Eversão Eversão Eversão Mediotarsal ou transversa Bifurcado: -medial -lateral Talonavicular post. Calcaneocubóideo post. Separação articular Flexão plantar Inversão Flexão plantar do tálus sobre o navicular. Inversão, flexão plantar. Intertarsal Ligamentos posterior e plantar. Ligamentos interósseos (conectando cuneiformes e navicular. Tarso metatarsal Posterior, plantar e interósseo. Separação articular. Intermeta- tarsal Posterior, plantar e interósseo. Metatarsal transverso profundo Separação articular. Achatamento do arco transverso. Metatarso- falangeana Cápsula fibrosa posterior e plantar Colateral Superfície profunda do plantar e colat. Flexão Flexão, abdução ou adução em flexão. Extensão. Interfalan- geana Colateral Plantar Flexão, abdução ou adução em flexão. Extensão. Como vimos, são muitos ligamentos. Só prestar atenção no nome que saberão onde estão localizados. A partir disso, só pensar o que eles podem limitar com tal localização. Vamos ver as figuras abaixo e 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 77 associem com o que vimos acima, para entenderem melhor. Os ligamentos mais cobrados são os do tornozelo, principalmente em questões sobre entorse de tornozelo (veremos mais adiante). 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 77 23. FCC - TRT - 2015 A articulação talocalcânea é um conjunto de articulações formado pelas faces posterior média e anterior do calcâneo e o tálus. Essa articulação está envolvida nos movimentos de eversão e inversão do pé. A função dos ligamentos dessa articulação, nos movimentos de eversão e inversão do pé, é que os ligamentos talocalcâneo interósseo e (A) deltoide limitam o movimento de eversão; os ligamentos cervical e calcaneofibulares limitam o movimento de inversão. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 77 (B) deltoide limitam o movimento de inversão; os ligamentos cervical e calcaneofibulares limitam o movimento de eversão. (C) calcaneofibulares limitam o movimento de eversão; os ligamentos cervical e deltoide limitam o movimento de inversão. (D) calcaneofibulares limitam o movimento de inversão; os ligamentos cervical e deltoide limitam o movimento de eversão. (E) cervical limitam o movimento de eversão; os ligamentos calcaneofibulares e deltoide limitam o movimento de inversão. Gabarito: A. Comentários: A articulação talocalcâneo é mesma coisa que subtalar. Vimos que os ligamentos envolvidos são: talocalcâneo lateral e medial; ligamento cervical, interósseo, deltoide (colateral medial) e colateral lateral. Vamos separar os ligamentos que limitam a inversão e a eversão: EVERSÃO INVERSÃO Lig. deltóide (calcâneotibial) Talocalcâneo lateral Talocalcâneo medial Lig. Cervical Colaterais laterais: talofibular anterior e posterior, calcaneofibular. Agora vejamos as assertivas: (A) deltoide limitam o movimento de eversão; os ligamentos cervical e calcaneofibulares limitam o movimento de inversão. Item correto. (B) deltoide limitam o movimento de inversão; os ligamentos cervical e calcaneofibulares limitam o movimento de eversão. Item errado. Ao contrário. (C) calcaneofibulares limitam o movimento de eversão; os ligamentos cervical e deltoide limitam o movimento de inversão. Item errado. Ao contrário. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 77 (D) calcaneofibulares limitam o movimento de inversão; os ligamentos cervical e deltoide limitam o movimento de eversão. Item errado. O ligamento cervical limita inversão. (E) cervical limitam o movimento de eversão; os ligamentos calcaneofibulares e deltoide limitam o movimento de inversão. Item errado. Os ligamentos cervical e calcaneofibulares limitam a inversão. O deltoide limita a eversão. 24. FJP- PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/RJ - 2015 O ligamento deltoide prende-se à extremidade distal do maléolo medial e irradia para fixar-se nos ossos: (A) calcâneo e tálus (B) navicular e tálus (C) tróclea e calcâneo (D) cuboide e cuneiforme Gabarito: B Comentários: Quais porções fazem parte do ligamento deltoide? - Tibionavicular; - Calcaneotibial; - talotibial posterior e anterior. Então esse ligamento saindo do maléolo medial (tíbia) irá para os ossos: navicular (tibionavicular), sustentáculo do tálus (calcaneotibial) e tálus (talotibial anterior e posterior). Letra B ± navicular e tálus. Continuando a aula... Seremos objetivos com os músculos, dividindo em músculos intrínsecos e extrínsecos. Os mais importantes iremos especificar no decorrer das questões. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 77 MÚSCULOS EXTRÍNSECOS MÚSCULOS INTRÍNSECOS Gastrocnêmio Plantar Sóleo Tibial Anterior Tibial Posterior Fibular longo Fibular curto Fibular Terceiro Flexor longo do hálux Flexor longo dos dedos Extensor longo do hálux Extensor longo dos dedos Extensor curto dos dedos Flexor curto do hálux Flexor curto dos dedos Extensor curto do hálux Abdutor do hálux Adutor do hálux Lumbricais Interósseos dorsais 1º, 2º, 3º, 4º Interósseos plantares 1º, 2º, 3º Abdutor do dedo mínimo As principais ações musculares e músculos estão descritos abaixo: AÇÃO MUSCULAR MÚSCULOS Flexão plantar Tríceps sural (gastrocnêmios e sóleo) Plantar Fibular longo e curto Flexor longo do hálux Flexor longo dos dedos Tibial posterior Flexão dorsal Tibial anterior Extensor longo do hálux (auxiliar) Extensor longo dos dedos Fibular terceiro Inversão do pé Tibial anterior Tibial posterior Extensor Longo do Hálux (auxiliar) flexor longo dos dedos Eversão do pé Fibular Curto e longo Extensor Longo dos Dedos Fibular terceiro Pronação Fibular longo (eversor e abdutor ,flexor dorsal) 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 77 Fibular anterior (eversão) e curto (eversão e abdução Supinação (inversão do calcâneo e adução do antepé) Extensor longo do hálux trabalha com o flexor longo do hálux para aduzir o pé durante a supinação. 25.COTEC/UNIMONTES ± Pref. Várzeada Palma/MG - 2015 O músculo que realiza a dorsiflexão do tornozelo e auxilia na inversão do pé é o músculo (A) fibular profundo. (B) sóleo. (C) fibular superficial. (D) tibial anterior. Gabarito: D Comentários: O nome correto dos músculos fibulares é: longo e curto. Não superficial e profundo, que são os nomes dos nervos que inervam esses músculos. Item A e C errados. O sóleo é um músculo da cadeia posterior, ou seja, ele faz plantiflexão (item errado). O músculo tibial anterior está na cadeia anterior, realiza dorsiflexão, assim como inversão do pé. Resposta da questão: letra D. 26. FJP- PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/RJ - 2015 Músculo constituído sobretudo por fibras lentas do tipo I que atua excentricamente para desacelerar a dorsiflexão do tornozelo, estabilizando a tíbia durante o rolamento. Trata-se do músculo: (A) solear (B) quadríceps (C) tibial anterior (D) tibial posterior 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 77 Gabarito: A Comentários: Se o músculo atua excentricamente na dorsiflexão do tornozelo, então ele é um plantiflexor, ou seja, pode ser o músculo sóleo ou o tibial posterior, ambos da cadeia posterior. O quadríceps não age no tornozelo e o tibial anterior age concentricamente na dorsiflexão do tornozelo. Agora temos que pensar em qual músculo tem mais fibras musculares tipo I (lentas). De uma forma geral nos membros inferiores, podemos considerar que: x os músculos vasto lateral, reto femoral, gastrocnêmio contém aproximadamente 50% de fibras de contração rápida. x o sóleo possui 75% a 90% de fibras de contração lenta do que os outros músculos da perna. A resposta da questão é o sóleo, letra A. 27. AOCP - PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE - 2015 Qual é a principal ação do músculo tibial anterior? (A) Flexão dorsal do tornozelo. (B) Flexão plantar do tornozelo. (C) Abdução de quadril. (D) Adução de quadril. (E) Extensão de joelho. Gabarito: A Comentários: O músculo tibial anterior tem inserção proximal no côndilo lateral da tíbia, face lateral da tíbia e membrana interóssea. E sua inserção distal na base do 1o metatarso e cuneiforme medial. Pela sua localização (cadeia anterior da perna) esse músculo realiza flexão dorsal. Além disso, supinação do pé na subtalar. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 77 28. FUNDATEC ± PREF. DE MONTE BELO DO SUL/RS - 2015 O músculo tibial anterior é importante para realização da marcha. Para testar a função desse músculo, é correto pedir ao paciente para andar sobre os: (A) calcanhares com os pés na posição de inversão. (B) calcanhares com os pés na posição de eversão. (C) artelhos (ponta dos dedos) estando estes em posição de inversão. (D) artelhos (ponta dos dedos) estando os pés em posição de eversão. (E) artelhos (ponta dos dedos) tão somente. Gabarito: A Comentários: Se o músculo tibial anterior realiza flexão dorsal, o correto é andar sobre os calcanhares (flexão dorsal) e inversão do pé (supinação). Letra A. 29. EXATUS ± PREFEITURA DE TAMARANA/PR - 2015 A flexão plantar e a inversão do pé são realizadas pelo seguinte músculo: (A) Gastrocnêmio. (B) Sóleo. (C) Tibial Anterior. (D) Tibial Posterior. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 77 Gabarito: D Comentários: Vamos aproveitar a questão para ver sobre os músculos principais. O gastrocêmio, o sóleo e o tibial posterior são músculos posteriores da perna e se inserem no pé de, ou seja, realizam flexão plantar. O tibial anterior está na cadeia anterior, então realiza flexão dorsal do pé. Agora, vejamos as assertivas: (A) Gastrocnêmio: realiza flexão de joelho e flexão plantar. (B) Sóleo: esse músculo está na cadeia posterior da perna. Ele realiza flexão plantar. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 77 (C) Tibial Anterior. Como vimos realiza flexão dorsal e inversão. Item errado. (D) Tibial Posterior: essa é a resposta da questão! 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 77 30. FAFIPA ± FEAES DE CURITIBA/PR - 2015 Assinale o movimento que NÃO ocorre na articulação do tornozelo: (A) Dorsiflexão. (B) Flexão plantar. (C) Hiperextensão. (E) Inversão e eversão. Gabarito: C Comentários: Essa foi tranquila. O tornozelo não tem o movimento de hiperextensão. 31. UNIUV - PREF. SERTANEJA/PR - 2015 Os músculos fibular longo, fibular curto e terceiro fibular realizam qual movimento? (A) Flexão do joelho; (B) Eversão do pé; (C) Plantiflexão do tornozelo; (D) Inversão do pé; (E) Extensão do joelho. Gabarito: B Comentários: Esses músculos só agem no pé, ou seja, as letras A e E estão erradas. Vamos ver cada músculo. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 77 Esses músculos são eversores do pé. Os fibulares curto e longo auxiliam na flexão plantar do tornozelo. Letra B. 32. FAFIPA ±PREF. MARINGÁ/PR - 2015 Assinale a alternativa que apresenta o nervo do músculo e o músculo que produz a eversão do pé, auxilia na flexão plantar da junta do tornozelo e deprime a cabeça do primeiro metatarsal. (A) Nervo fibular superficial (L4,L5 e S1)/ músculo fibular longo. (B) Nervo fibular profundo (L4, L5 e S1) / músculo fibular curto. (C) Nervo fibular profundo (L4, L5 e S1)/ músculo tibial anterior. (D) Nervo tibial (L4, L5 e S1)/ músculo tibial posterior. Gabarito: A. Comentários: Primeiramente vamos ver os músculos. O músculo tibial anterior já descartamos, pois realiza flexão dorsal. O fibular longo e curto vimos que auxiliam na flexão plantar e são eversores de pé (ação principal). O tibial posterior além de flexão plantar, realiza inversão do pé. Diante disso, só sobraram os fibulares. Vamos ver os nervos que inervam os músculos: - Tibial Anterior: nervo fibular profundo. - Tibial Posterior: nervo tibial. - Fibular curto: nervo fibular superficial. - Fibular longo: nervo fibular superficial. Resposta da questão. Letra A. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentadosProf. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 77 AFECÇÕES DO TORNOZELO E DO PÉ 1) FASCITE PLANTAR E ESPORÃO DO CALCÂNEO A fascite plantar é a inflamação da fáscia ou aponeurose plantar, causada por microtraumas repetitivos na origem da fáscia plantar, na tuberosidade medial do calcâneo. Com o tempo, a fascite pode dar origem ao esporão do calcâneo (não é regra). Acredita-se que a maior tensão da fáscia plantar causa hemorragia perióstea e reação inflamatória, o que resulta na projeção de novo osso e na formação do esporão de calcâneo, mas este se mostra muito mais vezes associado ao músculo flexor curto dos dedos do que à fáscia plantar. Os sintomas são parecidos, a diferença é que o esporão de calcâneo tem uma protuberância óssea no osso calcâneo. Temos como fatores causais: pronação excessiva (antepé varo e calcâneo varo); uso excessivo de salto alto; mudança nos hábitos de atividade física ou excesso repentino da mesma. Quadro clínico: dor à palpação da região do tubérculo medial do calcâneo e região medial da fáscia plantar; dor matinal que dura em torno de uma hora; dor em atividades que exigem descarga de peso; presença de síndrome dolorosa miofascial em músculos intrínsecos do pé e panturrilha; presença de esporão de calcâneo em alguns casos. 33. CESPE - FPH/SE ± 2008 O fortalecimento do gastrocnêmio e do solear, com consequente efeito sobre o tendão calcâneo, favorece a recuperação de condições, como no caso da fascite plantar. Gabarito: Errado. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 77 Comentários: O fortalecimento do gastrocnêmio e do sóleo piora a fascite plantar, o correto seria o alongamento desses músculos (flexão dorsal e extensão do joelho) para alongar a fáscia posterior da perna e pé. 34. IMA - Pref. Belém do Piauí/PI - 2015 A Fasciite Plantar é uma infamação crônica da aponeurose plantar onde o paciente refere dor local causada principalmente por fatores mecânicos e podemos afirmar: A) A dor local aumenta com o repouso. B) Dentre as causas da fasciite plantar podemos destacar os arcos altos, os pés planos, pronação exagerada do pé e o retesamento dos músculos da panturrilha. C) O tratamento da fasciite plantar é cirúrgico, atuando o fisioterapeuta apenas no pós-operatório desses casos. D) A fasciite plantar também é chamada de esporão de calcâneo e ocorre com maior incidência na população jovem, do sexo masculino, entre 20 a 35 anos de idade, magros e que trabalham carregando ou levantando muito peso. Gabarito: B Comentários: Vejamos as assertivas: A) A dor local aumenta com o repouso. Item errado. A dor diminui com o repouso. B) Dentre as causas da fasciite plantar podemos destacar os arcos altos, os pés planos, pronação exagerada do pé e o retesamento dos músculos da panturrilha. Item correto. Como vimos na aula. C) O tratamento da fasciite plantar é cirúrgico, atuando o fisioterapeuta apenas no pós-operatório desses casos. Item errado. O tratamento é conservador. D) A fasciite plantar também é chamada de esporão de calcâneo e ocorre com maior incidência na população jovem, do sexo masculino, entre 20 a 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 77 35 anos de idade, magros e que trabalham carregando ou levantando muito peso. Item errado. Fascite plantar (inflamação da aponeurose plantar) é diferente de esporão do calcâneo (protuberância óssea). 35. CETRO - Autarquia Hospitalar Municipal - 2015 Paciente do sexo feminino, 45 anos, ex-atleta, obesa, relata dor ³FRUWDQWH´�QR�FDOFDQKDU�GLUHLWR��$�GRU�LQLFLD�IRUWH�SHOD�PDQKm��DR�FRORFDU�R� pé no chão, sentindo melhora ao longo do dia. A paciente possui pé chato, não tem histórias de quedas ou traumas. É correto afirmar que o diagnóstico clínico mais provável, após o exame físico, é (A) Artrite Reumatoide. (B) Pé Diabético. (C) Fascite Plantar. (D) Neuroma de Morton. Gabarito: C Comentários: Vejamos as assertivas: (A) Artrite Reumatoide: doença auto-imune. Falaremos dela mais adiante. Item errado. (B) Pé Diabético: o pé diabético há diminuição da sensibilidade. Item errado. (C) Fascite Plantar. Item correto. Resposta da questão. (D) Neuroma de Morton: é uma lesão não neoplásica que consiste de fibrose perineural do nervo plantar e degeneração nervosa. Tem predileção pelo terceiro espaço digital. Geralmente, o paciente relata dor no antepé. Item errado. 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 77 36. CETREDE ± PREF. MUNICIPAL DE SÃO BENEDITO ± CE ± 2015 Paciente do sexo feminino apresenta um espessamento do nervo interdigital que passa entre os dedos do pé, causando dormência e dor na ponta do pé. De acordo com essa fisiopatologia qual provável diagnóstico clínico? (A) Halux valgo. (B) Neuroma de morton. (C) Esporão de calcâneo. (D) Fasceite plantar. (E) Hallux rigidus. Gabarito: B. Comentários: Recém vimos sobre isso, é o Neuroma de Morton. Vejamos as outras assertivas: (A) Halux valgo: dor sentida no lado interno do pé, na base do hálux. (C) Esporão de calcâneo: dor na região do calcanhar. (D) Fasceite plantar: dor à palpação da região do tubérculo medial do calcâneo e região medial da fáscia plantar. (E) Hallux rigidus: é uma desordem degenerativa do hálux. Essa alteração leva ao desgaste da cartilagem, com formação de protuberâncias ósseas e rigidez que pode progredir até o bloqueio completo do movimento do hálux. A dor é no hálux e pode ter edema. 37. FJP- PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/RJ - 2015 A metatarsalgia de Morton está relacionada com neurofibroma de um pequeno ramo entre os nervos: 02615823728 02615823728 - augusto cesar soares Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia Teoria e exercícios comentados Prof. Gislaine Holler ʹ Aula 06 Prof. Gislaine Holler www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 77 (A) tibial posterior (B) cutâneo lateral (C) calcâneo medial (D) digitais plantares Gabarito: D Comentários: Como vimos, é uma lesão não neoplásica que consiste de fibrose perineural do nervo plantar. Letra D. 2) ENTORSE DE TORNOZELO Temos dois tipos de entorse de tornozelo: por inversão e por eversão. ENTORSE POR INVERSÃO ENTORSE POR EVERSÃO Mais frequente; Mecanismo de lesão: Inversão mais flexão plantar; Lesão dos ligamentos: - talofibular anterior (60 a 70%), - talofibular anterior e calcâneofibular (20%), - talofibular posterior. - pode haver lesão do ligamento deltoide por compressão (grau II ± III) e/ou fratura da base do metatarso pela ação do fibular curto. Menos frequente devido à anatomia óssea e ligamentar. Pode haver fratura por avulsão da tíbia antes da lesão do ligamento
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