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Resumo de contratos 2° Bimestre

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Direito Civil – Contratos 
2° Bimestre
23/09/2016
Evicção
(...)
Evicto – o sujeito que compra
Alienante – o sujeito que vendeu, podendo estar de boa ou má-fé.
Evictor – o real titular do bem. 
Indenização: reparação plena/ integral (quanto vai para o bolso do evicto – quando tem a perda por defeito jurídico).
Regra:
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
Salvo em estipulação em contrário – é quando as partes podem excluir por meio de cláusulas o direito de evicção. 
Preços: o preço ou da quantia que pagou pelo bem. 
Frutos: evictor vai demandar em face do evicto. Tem que ser considerado a data da citação do processo, os frutos até a citação é posse de boa – fé não precisa restituir. Depois da citação os frutos são de má-fé e terão que ser restituídos. 
Civis, industrias e naturais – os frutos. 
I - À indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
BOA-FÉ/ MÁ-FÉ
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite está presunção.
COM RELAÇÃO AOS FRUTOS:
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam	se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam se percebidos dia por dia.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
Despesas: custas de cartório, de IPBI, de registro, imposto, escritura. 
II - À indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
Custos: a parte que perdeu o bem é a que pagar as custas processuais e os honorários advocatícios da outra parte por conta da evicção. 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Prejuízos: todo e qualquer prejuízo que resulte da evicção tem que ser ressarcido. 
2° Parte do inciso II, artigo 450.
(..) e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
Porém pelo mesmo valor que ele comprou (pagou) não vai ser o mesmo que está valendo a casa agora. O bem é melhor avaliado. Ou seja, se ele pagou 400 mil, mas a casa está valendo 700 mil (no momento da sentença), ele terá que ser reparado pelos 700 mil, significa dizer que o ponto que ele pagou ou comprou é apenas o ponto de partida, não é o ponto de chegada.
“O maior entre os dois valores”
Pois se eu tivesse comprado um carro por 400 mil, porém, no momento da evicção o carro desvaloriza, quando ele perde, e o valor que ele comprou, NUNCA PODE PAGAR MENOS, TEM QUE SER PELO MENOS O PREÇO QUE PAGOU. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Benfeitoria: o ressarcimento dela ora vai ser pelo alienante, ora será pelo evicto.
Evicto depois da aquisição realizou algumas benfeitorias feitas pelo evicto na posse de boa-fé, ainda não foi citação, não sabe o defeito jurídico (benfeitoria necessária, útil, voluptuária), depois da citação a posse é de má-fé. A evictora vai retomar uma casa melhorada, ela não pode enriquecer de maneira ilícita, dessa maneira ELA DEVE RESSARCIR todas as benfeitorias na posse de boa-fé (necessárias, uteis e voluptuárias), e na posse de má-fé pelas necessárias.
Na posse de boa-fé
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Na posse de má-fé
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
As que não forem pagas pelo evictor, tem que ser pagas pelo alienante (regra geral que tem que ser ressarcido de maneira integral/ total). 
Evictor BOA-FÉ (U+N+V) + MÁ-FÉ (N)
Alienante BOA-FÉ + MÁ-FÉ (U+V)
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Se foi o alienante que fez as benfeitorias é ele que tem que receber. 
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
Cláusula:
Valorizando, em casos de defeito;
Diminuindo, em casos de defeito “entre nos eu só pago a metade”;
Tenho uma clausula genérica de exclusão da evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se está se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Somente paga o preço que pagou, não tem frutos, despesas, custos, etc...
A clausula realmente excluí o direito a indenização quando for ESPECIFICA.
27/09/2016
Deterioração de bens:
Deterioração dolosa:
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. 
Depois de comprar o carro, eu tenho ido fazer o rally dos sertões, e depois disso eu resolvo utilizar como alvo de tiro. Depois disso eu sou citada, o carro não vale mais praticamente nada. Não posso chamar de deterioração dolosa, pois foi antes da citação.
NATUREZA DA POSSE – ANTES DA CITAÇÃO (BOA-FÉ); DEPOIS DA CITAÇÃO (MÁ-FÉ).
Para ser dolosa eu tenho que saber do defeito (ser citada), e assim eu resolvo deteriorar, é dolosa, nessa hipótese posso cobrar apenas o valor do bem deteriorado. Esquece preço que paguei, custas, benfeitorias. 
Vantagens:
Eu tenho um carro e vendi as peças dele, para o ferro velho e consegui uma quantia de 50 mil reais, é uma vantagem obtida das deteriorações. 
O evictor consegue provar que agi assim e consegue pegar essas vantagens, não se fala em vantagem na posse de boa-fé. 
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Exceptio Non Adimplent “Exceção do Contrato não cumprido”
Conceito:
“Não posso cobrar do outro antes de cumprir a sua parte obrigacional” – possibilidade de defender-se de uma cobrança, considerada uma matéria de defesa. 
O meu adimplemento é fruto do seu adimplemento, eu não vou cumprir enquanto você não fizer a sua parte. 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Presente apenas nos contratos bilaterais;
Só posso alegar isso, se a obrigação do outro já venceu (já é exigível). 
Solve et repete: clausula que afasta o instituto do exceptio, fora das relações de consumo é uma clausula licita. 
Comum nos contratos de administração pública.
Exceptio Non Rite: exceção do contrato não cumprido parcialmente. Eu posso me defender alegando inadimplemento parcial/ residual. 
Inseguridade: exceção por inseguridade. Eu não vou cumprir a minha parte porque tenho “medo” que você	não cumpra a sua. É o medo que decorre de alguns dos elementos previstos no artigo 477. 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuiçãoem seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Uma garantia (calção);
Uma clausula “eu te pago depois que fizer o serviço”. 
Critica doutrinaria: se o meu co-contratante está experimentando um decaimento patrimonial, e todos os demais contratantes fazem o mesmo, este co-contrante vai falir de fez. Dessa forma tem que possui um cuidado a reivindicar este instituto, sob pena de inviabilizar de vez. 
Imprevisão
Revisão: (--) graves! É a pedido do autor.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. Para a revisão do contrato.
 Imprevisão: vai depender da corrente filosófica que vou seguir. Na qual nada é imprevisível, ou tudo é imprevisível. Para ser imprevisível, tem que ser alheio das vontades dos contratantes, impacto na coletividade, alheio a minha esfera pessoal. 
(...) quando, por motivos imprevisíveis
Desproporção: desiquilíbrio no valor da prestação.
(...) sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação
Resolução: EXTINÇÃO. ++ graves!!
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
EXCESSIVA onerosidade;
Acontecimentos EXTRAORDINARIOS; 
NÃO retroativo; e
É a pedido do autor.
2.1) Modificação: 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato.
É a pedido do réu. 
Unilaterais: onerosidade excessiva nos contratos unilaterais, é um LIMITE genérico (não pode gerar excessiva onerosidade), se isso acontecer a parte poderá pedir para alterar e evitar a onerosidade excessiva. 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
07/10/2016
Extinção
- Causas de extinção contratual:	
Nulidade/Anulação:
É possível que o contrato venha a ser extinto por conta de algum vício que macule a sua validade. Esse vício pode ser de Nulidade ou de Anulação (geral ou específico).
Causas genéricas de Nulidade: Art. 166, VII
 Anulação: Art. 171
Fora essas hipóteses gerais, cada contrato em espécie vai trazer ainda outras causas. (Ex.: compra e venda – é anulável a venda de ascendente para descendente sem o consentimento dos outros descendentes)
A extinção é judicial, pois o vício que macula a validade do contrato tem que ser demonstrado e uma sentença irá extinguir o contrato. 
Na Nulidade, aquilo que é nulo é de ordem pública, pode ser alegado por qualquer parte a qualquer tempo. O nome do processo é Demanda Declaratória de Nulidade. Eu entro com uma ação para que o Estado declare algo que já existe, que já é nulo, é de pleno direito. A Sentença Declaratória que extingue o contrato tem efeitos retroativos (ex tunc). 
Na Anulação, a causa é de interesse particular (inter partes), pode convalidar, prescreve.
A Sentença aqui é Constitutiva, Extintiva ou Modificativa do direito do autor, terá efeitos ex nunc (dali pro futuro) – eu constituo uma hipótese de Anulação, que se não fosse levantada sequer existiria, pois depende da vindicação das partes já que é interesse delas. Porque as partes levantaram é que aquilo se constituirá. A Nulidade existia desde sempre. 
Cumprimento
É a mais esperada e mais freqüente forma de extinção. É possível que o contrato acabe porque se exauriu, porque houve o adimplemento total dos feixes obrigacionais. 
É extrajudicial, é de pleno direito, eu cumpri o contrato ele acaba.
Ressalva: as vezes o contrato acaba, mas ainda existem obrigações que se projetam para o futuro. A morte do contrato pelo cumprimento não extingue necessariamente todas as obrigações (ex.: dever de sigilo imposto pela boa-fé – o contrato terminou, mas eu ainda tenho o dever de manter sigilo para sempre.
Morte
Via de regra, o falecimento de uma das partes não gera extinção do contrato.
Ex.: a Heloísa firmou um contrato de compra e venda de um apartamento com a Júlia. Ficou estabelecido que a Heloísa Iria pagar um sinal de 50 mil e o restante daqui a 30 dias. O falecimento da Heloísa não extingue os contratos dela. A morte faz com que todos os direitos e obrigações se transmitam aos herdeiros. 
Ex.: é um contrato da Heloísa com a Unicuritiba e a Heloísa vem a falecer. A obrigação de vir dar aula não se transmite aos herdeiros, pois é personalíssima. O contrato se extingue. A morte só extingue os contratos que versem sobre obrigações personalíssimas. 
Rescisão
Nas expressões ‘’Resilição’’ e ‘’Resolução’’ não há dúvida doutrinária, o significado delas é pacífico. A expressão ‘’Rescisão’’ encontra divergência na doutrina sobre o seu significado.
Entendimento da Heloísa: Rescisão é gênero, sem conteúdo próprio, do qual temos 2 espécies: Resilição e Resolução. Você pode usar genericamente Rescisão quando se referir a ambas. 
Parte da Doutrina entende que ‘’Rescisão’’ é usada quando o contrato se extingue por nulidade. 
	4.1) Resilição
É a extinção do contrato pela vontade.
É extrajudicial, pois é a manifestação de vontade das partes, não precisa de um processo judicial.
		a) Bilateral (regra)
É a extinção do contrato pela vontade de ambas as partes. É distrato, as mesmas partes que contrataram decidiram destratar. 
É sempre permitida, em todo e qualquer contrato, pois é fruto da autonomia. 
ART. 472. Ex.: uma compra e venda de imóvel tem que ser por escritura pública.
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
		b) Unilateral (exceção)
Extinção pela vontade de uma das partes. É exceção pois imagine a situação: eu contrato com alguém e depois, sozinha, pela minha mera vontade, sem apontar vício ou inadimplemento, decido acabar com o contrato. Se isso fosse sempre possível, o contrato não teria força obrigatória nenhuma. 
É possível em 3 hipóteses:
	1) Contrato por Prazo Indeterminado (se as partes não previram um prazo, elas não podem ficar eternamente amarradas), a qualquer momento qualquer delas pode extinguir o contrato. 
	2) Quando eu coloco uma Cláusula nesse sentido, é até de bom tom comercial e contratual. 
	3) Contratos fundados na Confiança. Cada contrato em espécie trará essa previsão expressa, a lei expressamente vai permitir (ex.: comodato, mandato, prestação de serviços advocatícios), a qualquer momento qualquer das partes pode resilir unilateralmente. 
ART. 473: quando a lei expressa ou implicitamente permite, a Resilição Unilateral se dá mediante denúncia notificada (denúncia vazia) a outra parte. Notifico e acabo com o contrato no minuto seguinte, não preciso dizer o motivo, dar prazo, apontar inadimplemento.... Basta notificar e acaba com o contrato. 
Exceção P.Ú: quando uma das partes tiver feito investimentos consideráveis para a execução do contrato, a outra parte pode resilir mas tem que dar um prazo compatível com aquele investimento. 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.Ex.: o Henrique se forma, passa na OAB e o tio dele quer passar todos os processos para ele pagando 15 mil por mês. Eles firmam um contrato de prestação de serviços advocatícios. O Henrique abre um escritório com advogados de várias áreas, estagiários, etc. No 4o mês, o tio quer resilir unilateralmente. Ele pode, pois é contrato fundado na confiança e a qualquer momento qualquer das partes pode resilir unilateralmente. De regra, bastaria avisar. Porém, nesse caso, o Henrique fez investimentos consideráveis para o cumprimento desse contrato. O Henrique pode pedir para o tio pagar mais 3 meses de mensalidade para minimizar os prejuízos e investimentos. O tio pode resilir, mas tem que dar um prazo razoável compatível com o investimento que o Henrique fez. 
Nos contratos de prestação de serviços advocatícios, estabeleça isso em cláusula. (Ex.: a partir do momento que o cliente disser que não quer mais os seus serviços, ele ainda tem que pagar mais 2 meses, e aí você se planeja para não ir à falência porque perdeu um cliente).
	4.2) Resolução:
Extinção pelo inadimplemento. 
Essa forma de morte do contrato é sempre judicial, se dá mediante sentença (processo judicial).
Eu tenho um contrato com você, você não cumpre, eu te notifico, nós acabamos com o contrato. Não foi extrajudicial. Foi uma Resilição Bilateral, um distrato, ainda que haja inadimplemento.
Resolução é sempre judicial. Alguém descumpriu o contrato, eu notifiquei e ele não veio. É quando não tem acordo. 
Uma série de elementos devem ser demonstrados e debatidos judicialmente. 
1° tem que se debater se aconteceu ou não o inadimplemento. 2°, é possível que a outra parte se defenda com a exceptio non adimpleti contratus. 
Além disso, há a Teoria do (In)adimplemento substancial, construída jurisprudencialmente. 
Surgiu porque estava acontecendo o seguinte cenário: o sujeito queria comprar uma moto, procurava um banco e pedia um empréstimo. O banco emprestava o dinheiro e estabelecia o pagamento parcelado. O sujeito tinha 30 parcelas de 1mil para pagar para o banco. Em garantia desse empréstimo, o banco alienava o próprio veículo. O sujeito pagava 28 das 30 parcelas e depois não paga as 2 últimas porque perdeu o emprego. Diante do inadimplemento, o banco ingressava com uma demanda pedindo da resolução do contrato, querendo apreender a moto e devolver parte da quantia paga pelo sujeito, pedindo a extinção do contrato (resolução pelo inadimplemento).
Esse cenário estava causando um sentimento de injustiça que motivou os advogados desses consumidores a criarem essa Teoria. 
O sujeito de fato não pagou as 2 parcelas, mas o inadimplemento dele é tão irrisório, tão pequeno, a parte que ele cumpriu é tão grande, que não é justo que se chegue à saída mais drástica, que é a extinção do contrato. Á luz da Boa- Fé Objetiva, do dever de proteger a segurança econômica, a confiança, a legítima expectativa de adquirir, o dever do princípio da Conservação Contratual, diante de um inadimplemento ínfimo, não é permitido a extinção do contrato, só o direito de cobrança do credor. O Banco pode cobrar as parcelas com juros e tudo o que é direito, mas não pode extinguir o contrato. 
		a) Relevante
Não é qualquer inadimplemento que acaba com o contrato, ele tem que ser relevante/substancia.
Diante do inadimplemento, nasce para o credor 2 direitos: cobrar ou pedir a extinção. Quando o inadimplemento é ínfimo, resta apenas a opção de cobrar. 
		b) Culpa
Nessa demanda judicial também haverá o debate acerca da Culpa nesse inadimplemento. A depender se há ou não a Culpa, haverá ou não cumulação de Perdas e Danos. 
Diante do inadimplemento, o credor pode cobrar ou pedir a morte do contrato. Em ambos os casos, havendo Culpa, pode cumular Perdas e Danos. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos
		c) Cláusula:
Existência ou não de Cláusula Expressa. 
Todos contratos bilaterais e imperfeitos têm implícita uma Cláusula Resolutória. Nesses contratos, quando uma parte descumpre, a outra sempre tem o direito de pedir a extinção do contrato (resolução). Nos Contratos Bilaterais, quando acontece o inadimplemento, sempre há a possibilidade do credor de pedir a extinção. É um direito implícito, tácito em todo contrato bilateral.
Na maioria dos contratos tem uma cláusula expressa de resolução. Que diferença faz a cláusula ser expressa ou ser tácita? ART. 474
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Interpretação Errada: parece que se tiver uma cláusula, não tem processo. Eu posso notificar e acabar com o contrato. Parece que eu só preciso do processo se não tem cláusula expressa. 
Interpretação certa: tenha ou não a cláusula, sempre precisa de processo se for Resolução. 
O proveito útil que se tira do Art. 474 é: operar de pleno direito não significa prescindir de processo, mas sim que quando sair a sentença do processo, ela terá efeitos retroativos à data do inadimplemento. É a mesma coisa da Nulidade (eu preciso de processo para demonstrar a nulidade, mas quando sair a sentença ela retroage à origem do fato). 
Portanto, se tem uma Cláusula Expressa no meu contrato e eu entro com uma ação vindicando a extinção do contrato pelo inadimplemento, a sentença vai retroagir à data do inadimplemento (para contagem de juros é melhor). 
Se é Cláusula Tácita, a sentença vai operar efeitos dali para o futuro.
É útil e interessante haver a Cláusula Expressa, ainda que esse seja sempre um direito do credor. 
3 espécies de contrato que aparentemente têm a intenção de operar efeito na vida de 3°. Contratos que aparentemente impactarão a esfera de um terceiro. É só uma aparência, não produz efeito na esfera de 3°.
Estipulação 
Conceito:
Contrato por meio do qual alguém estipula um benefício em favor de um terceiro. 
Ex.: meu pai assina com o banco um contrato de seguro de vida. Meu pai estipula com o banco que o banco vai me pagar, quando ele falecer, a quantia de 500 mil reais. Meu pai contrata com o banco em favor, em benefício de um terceiro. Eu não preciso nem saber, eu não preciso assinar esse contrato. 
Aparentemente esse é um contrato que vai impactar na esfera jurídica de quem não é parte (3°). 
É um benefício puro. 
Ex.: eu contrato com a Lara que eu vou vender para ela um lote de 100 calças jeans e eu estabeleço nesse contrato que a Lara vai transportar essas calças com a transportadora da Débora pagando 100 reais o km rodado. Eu estipulo com a Lara que ela pague em benefício da Débora. 
Nesse caso não é um benefício puro, pois a Débora ainda tem a obrigação de transportar.
Exigir:
De regra, tanto o estipulante como o terceiro podem exigir o cumprimento da obrigação. 
No exemplo do seguro de vida é impossível o meu pai exigir, mas no exemplo das calças posso eu exigir o cumprimento da obrigação em favor da Débora. 
Excepcionalmente, as vezes o contrato estabelece que só o terceiro pode exigir, como é o caso do seguro de vida (só eu posso exigir, meu pai não pode, pois, o pagamento depende da morte dele).
No exemplo do seguro de vida, não sou obrigada a receber o prêmio. Não há nada que me vincule ou me obrigue. A Débora também não é obrigada a transportar. 
Se eu quiser receber o prêmio, eu não posso negociar esse contrato com o banco. 
O terceiro não é obrigado a receber o favor que lhe foi estipulado, mas se ele quiser, ele deve anuir a esse contrato por meio de sua adesão.
Adesão
No exemplo do seguro de vida, não sou obrigada a receber o prêmio. Não há nada que me vincule ou me obrigue. A Débora também não é obrigada a transportar. 
Se eu quiser receber o prêmio, eu não posso negociar esse contrato com o banco. 
O terceiro não é obrigado a receber o favor que lhe foi estipulado, mas se ele quiser, ele deve anuir a esse contrato por meio de sua adesão. Ele simplesmente adere àquele contrato, sem poder negociar as cláusulas queforam estipuladas entre as partes originárias. 
Quando eu concordo, vou até o banco e faço minha adesão, eu deixo de ser terceiro e passo a ser parte. Só a partir desse momento que eu vou ter qualquer efeito na minha vida. Por isso que só parece impactar na vida de terceiro, porque quando eu realmente era terceira, nada ia acontecer comigo, nenhum benefício, eu não era obrigada a aderir. Qualquer efeito só acontece na minha vida no momento que eu vou lá e concordo, e aí eu não sou mais terceira, eu viro parte e os efeitos se operam na minha esfera jurídica. 
Esse instituto reafirma o Princípio da Relatividade dos efeitos contratuais (o contrato só opera efeito na vida das partes). Esse é o princípio da era liberal que tem quase nenhum espaço hoje em dia, pois é uma ficção jurídica. O espaço que tem é nesses 3 institutos que estamos vendo. 
Os 3 institutos aparentemente impactam a vida de terceiros, mas na verdade reafirmam o Princípio da Relatividade dos Efeitos Contratuais (o contrato só impacta quem é parte). 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Exonerar
ART 437: quem pode exigir é o mesmo que pode exonerar. De regra tanto estipulante quando terceiro pode, em alguns casos só o terceiro pode (seguro de vida).
Substituição:
Aquele que estipula em favor de terceiro pode substituir o terceiro independente da anuência de qualquer pessoa, e essa substituição pode ser feita de duas formas, entre vivos, ou por testamento (disposição de ultima vontade). (ART 438, parágrafo único).
Promessa
Conceito: promessa de fato a terceiro 
Responsabilidade
Professora faz um contrato com a Julia prometendo trazer o Roberto Carlos para o aniversário dela, mas o Roberto Carlos não assinou o contrato, depois a professora chega em casa e liga para ele e ele aceita e entra no contrato, quase como um substituto, se depois que ele se responsabilizar ele não aparece, apenas ele responde, se ele aparece está tudo certo. Se a professora promete e ele não adere apenas ela responde (isso acontece para não deixar o estelionato).
Exceção: parágrafo único do 439: quando ninguém responde, quando o terceiro não responde nem o promitente. Nesse caso que nenhum responde é pelo fato de ser cônjuge e de ter regime de comunhão universal de bens, no caso penhorar o que é do promitente é tirar dinheiro também do terceiro que não aceitou entrar no contrato. Nesse caso como o fato do promitente responder significa sair do bolso do terceiro e nesse caso o legislador quer proteger o terceiro e por isso ninguém responde. Daí não acontece nada. Pelo regime de casamento a indenização de algum modo venha a sair do bolso do terceiro. 
Três os cenários de regimes de bens:
Regime da comunhão universal (todos são comuns);
Separação de bens (não há patrimônio comum, é tudo particular, o que está no meu nome é meu, o que está no nome do outro é do outo – nesse caso responde);
Regime de comunhão parcial de bens e aquestos (nesses dois últimos regimes temos dois patrimônios, uma parte que é particular (tudo que é de antes do casamento) e tudo que é depois do casamento (é comum) - nesse caso a resposta é depende, deve olhar para o acervo de patrimônio que o casal tem). 
3° - não é fundamental sua indicação que poderá conter o nome da pessoa física ou jurídica ou não, caso em que a pessoa deverá ser determinável.
ART 440. O terceiro pode aceitar (aceitando também a responsabilidade).
Promitente – aquele que promete fato a 3°
Promissário – a favor de quem se faz a promessa.
A pessoa que prometeu responde por perdas e danos, para evitar estelionato.
11/10/2016
À declarar 
Conceito: contrato com pessoa à declarar.
Por meio do qual um dos contratantes se reserva ao direito de nomear ao terceiro que irá lhe substituir na relação contratual.
Exemplo: eu ganho na mega sena, e acaba querendo comprar a fazenda na qual eu trabalho, porém sabendo que eu ganhei o dono da fazendo, irá se aproveitar desta condição, desta maneira eu chamo minha amiga para que ela compre a fazenda para mim, e depois me nomear para substituir na relação contratual. 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
No contrato terá uma clausula na qual diz que porventura irá aparecer um terceiro, muito comum em contratos entre concorrentes. 
Isso é uma hipótese de trazer algo que até era ilícito (simulação), para algo licito. 
Aceitação: aceito a nomeação do terceiro, o terceiro vai ter qualquer impacto na relação jurídica.
2.1) Forma: necessariamente vai ser a forma disposta em lei para o bem em questão, por exemplo se tratar de bem imóveis. 
Art. 468. Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato
2.2) Efeitos: no momento eu aceito eu adquiro os direitos e obrigações de maneira retroativa, ou seja, é como eu tivesse sido a parte originaria desde o começo. Difere da simples cessão, que adquire os direitos e obrigações futuras. 
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
2.3) Prazos: no qual o terceiro deve ser nomeado, é uma regra supletiva, tal qual tem efeitos no silencio das partes, podendo as partes determinar o prazo para a nomeação. No silencio delas é de 5 dias a contar da conclusão do contrato. 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Responsável originário: quando não segue o fluxo kkk
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - Se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - Se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
Qualquer problema fará que o contrato tenha validade entre os contratantes originário e é exigível.
1°- Não nomeia terceiro – o contrato tem validade entre os contratantes originários (sendo uma faculdade da pessoa nomear);
2°- Eu não quero mais comprar a fazenda, eu não aceito – estes contratos não impactam a terceiros de maneira direita, NESTE CASO vale perfeitamente entre os contratantes originários. É interessante ter um contrato a parte, para ter segurança jurídica. Muito comum entre advogados e seus clientes. 
3°- Torna-se insolvente – quando tem a nomeação não sou mais solvente. Qualquer crise o contrato valerá entre os contratantes originários. Quando eu estou insolvente não posso nem aceitar isso. 
4°- O terceiro nomeado é supervenientemente incapaz, no momento da nomeação não tenho mais minhas faculdades mentais. Faz que o contrato tenha validade entre os contratantes originários. 
Contratos em espécie – 
Compra e Venda
Conceito: 
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
Domínio não é sinônimo de propriedade, e sim TITULARIDADE. Exemplo: eu posso vender uma posse, o uso da minha imagem, direito de autor. Eu transfiro e vendo aquilo que eu titularizo.
Transferência: divisor na distribuição dos riscos sobre a coisa. 
Na compra e venda os riscos da coisa até a tradição vendedor. 
Os riscos do pagamento do preço são do devedor comprador. 
Mora: quando em mora, a coisa perece para o comprador. A partir disso passa ao comprador. No caso eu tornei disponível e o comprador não apareceuna data e hora marcada, é risco do comprador e deixa de ser do vendedor.
 Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.
§ 1° Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e que já tiverem sido postas à disposição do comprador, correrão por conta deste.
§ 2° Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados.
2.2) Lugar: local se deve dar a tradição, a transferência. 
No silencio das partes presume que a tradição irá acontecer no local onde as coisas estavam/ estão no momento do contrato, se não combinado nada é assim, é UMA REGRA SUPLETIVA. Nada impede de combinar de maneira diferente. 
Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda.
Diverso: quando o comprador manda colocar em local diverso do contratado, neste caso a coisa irá perecer para o COMPRADOR. Exceções:
Art. 494. Se a coisa for expedida para lugar diverso, por ordem do comprador, por sua conta correrão os riscos, uma vez entregue a quem haja de transportá-la, salvo se das instruções dele se afastar o vendedor.
Quando o comprador mandou expedir/ entregar em local diverso do contratado, mas o vendedor expediu em local diferente do pedido pelo comprador. Neste caso o vendedor é que vai responder pelos riscos, pois ele afastou das ordens dados.
Artigo 494, 2ª parte.
2.3) Ordem: a ordem de cumprimento das obrigações. No silencio das partes, é uma regra supletiva. 
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.
No silencio das partes 1° paga 2° recebe.
2.4) Débitos: até entrega efetiva (a tradição) o devedor também responde pelos débitos. Tudo que antes da entrega pode regressar depois, depois é por conta da pessoa do ponto de vista das partes.
Do ponto de vista do credor, do condomínio é propoten ren, o que importa é o proprietário atual (o nome de quem está a coisa). 
Art. 502. O vendedor, salvo convenção em contrário, responde por todos os débitos que gravem a coisa até o momento da tradição.
2.5) Insolvência: exceção por inseguridade. Sobrestar/ exigir uma garantia para o contrato em espécie. 
Sobrestar – suspender / pausar eu não vou mais entregar porque você está insolvente, até que me dê uma caução uma garantia. 
Art. 495. Não obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradição o comprador cair em insolvência, poderá o vendedor sobrestar na entrega da coisa, até que o comprador lhe dê caução de pagar no tempo ajustado.
Objeto: 
3.1) Validade: licito, possível, determinado ou determinável. 
3.2) Atual/ Futuro:
Atual – quando já existe;
Futuro – quando ainda não existe, é possível contratar aleatoriamente eu escolho (pagar tudo, ou eu escolho um mínimo para receber), é NOVIDADE que o objeto é coisa futuro mais não contratei aleatoriamente, contratei de MANEIRA COMUTATIVA, e se a coisa vier a não existir, qual a consequência? Artigo 483. A coisa é futura e o contrato é comutativo, e se a coisa não vier a existir o contrato não vai ter efeitos.
 Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
3.3) Corpóreo/ incorpóreo: sendo incorpóreo o nome do contrato é cessão (continua sendo compra e venda), todas as regras incidem normalmente, como o uso de imagem, voz, etc.
Preço: artigo 481, no conceito. 
4.1) Dinheiro $$: necessariamente tem que ser preço em dinheiro, pois se for de outra espécie, não é mais compra e venda.
4.2) Fixação: do preço, acontece na grande maioria dos contratos. 
a) Partes: quando as partes negociam os preços, que é o mais comum nos contratos. 
b) 3°: hipótese que eu quero comprar um anel, por exemplo. Porém eu firmo um contrato de compra e venda, no qual eu coloco que vou comprar por preço que um terceiro (no caso pode ser um especialista em joias, irá definir). Estou nomeando um terceiro que irá definir um preço, isso é muito incomum. 
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Tabela: um parâmetro para designar o preço. Eu compro as sacas de soja, pelo preço que estiver, no dia tal, hora tal a bolsa de valores, por exemplo. A um índice, parâmetro, tabela, bolsas. Tem que ser algo especifico de ser definido.
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar.
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação.
Ausência: firmar contrato sem falar nada de preço. Somente sabe que quer comprar e o outro quer vender. Neste caso, o legislador utiliza dois critérios:
1°- da tabela oficial, se caso o produto for tabelado, este será o preço;
2°- se não houver tabela oficial, será o preço habitual ao preço das vendas que é praticado, dessa maneira tem que fazer a media do preço praticado pelo vendedor. 
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
Nulidade: as partes não podem sobre pena de nulidade, quando se deixa ao arbítrio EXCLUSIVO DE UMA DAS PARTES a escolha do preço. 
Matéria do questionário 1
Matéria do questionário 2
21/10/2016
Continuação...
Partes: comprador/ vendedor.
As partes devem ser capazes, a falta de capacidade das partes pode gerar nulidade (absolutamente incapaz) ou anulação (relativamente incapaz), artigo 171. Além da capacidade devemos a cerca legitimidade especifica, para determina pessoas que não podem fazer determinados negócios, a falta de legitimidade também traz as consequências anulação ou nulidade, tal qual a falta de capacidade também gerava. 
Hipótese de anulação: artigo 496, ele está exigindo determina condições para que isto seja valido, prescreve, é particular. 
 Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Para que seja valido é necessária a outorga, ou seja, a anuência de todos. Venda de ascendente para descendente. Diante da parentalidade é possível que o contrato de compra e venda se de maneira não honesta, é possível que as condições desse negócio sejam diferentes se fosse para outra pessoa qualquer. Se o pai vende para o filho de maneira não justa, prejudica os demais ascendentes (todos os interessados e potenciais prejudicados fiscalizem o ato). Se é realizada de maneira honesta, lisa não tem prejuízo nenhum.
**Os ascendentes vender para os descentes não prejudica os demais e só esta hipótese é anulável. 
A doação, troca é outra resposta. 
Compra e venda é anulável se não tiver o consentimento dos demais descendentes. 
O que acontece se um dos descendentes não ter a outorga a anuência? Pode entrar com uma demanda pedindo o suprimento da obrigação (o debate é se a negativa foi justa ou injusta, porque não é só o preço). É possível judicializar a questão e ver se foi justa ou não. Na maioria dos casos não consegue suprir judicialmente.
Hipóteses de Nulidade: as pessoas não possuem absolutamente nenhuma legitimidade.
Proximidade, artigo 497
Art. 497.Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
Nem em hasta pública.
I - Pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
Significa que o tutor não pode comprar o bem do seu tutelado, dos curadores do seu curatelado, enfim de todos os demais descritos neste artigo. 
Tutor é nomeado para a figura familiar, órfão genérico. 
Curador para os impedidos (incapazes supervenientemente). 
II - Pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - Pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - Pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
Sucessórios, artigo 426: 
Artigo 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
Contrato de herança de pessoa viva – irreal, inviável vender a herança de pessoa viva.
Regime de bens, artigo 499:
Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão.
Quando em comunhão universal de bens – tudo é comum. 
Separação de bens pode comprar e vender, porque os bens não são comuns. 
Cláusulas/ Modalidades Especiais 
Imóveis: compra a venda de bens imóveis. Sempre que compramos bens imóveis a minha compra SEMPRE se dará sob uma dessas modalidades. Isso vai depender da redação e da leitura das cláusulas contratuais, ou quando as partes colocam expressamente de qual se trata. 
Ad corpus: certa e determinada. Não foi informada a exata medida. Algo como corpo certo e determinado, cuja as referências são meramente ilustrativas. Dessa maneira qualquer diferença de medida não me dá direito. 90% dos imóveis vendidos usados são desta maneira. 
Artigo 500, § 3° Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus.
Ad Mensuran: eu pago preço por medida de extensão (preço por metro). Exemplo: compro uma fazenda por preço por metro quadrado, por medido de extensão. A exata medida foi fundamental para a definição do meu contrato. Nasce para o comprador alguns direitos ao comprador. 
1.2.1) Direitos: 
a) exigir o complemento da área: sem nenhum custo a mais. Se der para complementar se complementa. 
b) abatimento: devolve a parte do dinheiro que não teve, ou se eu quiser a resolução contratual (extinguir o contrato). 
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
1.2.2) < 1/20: presunção é do tipo relativa, admite prova em contrário. O legislador presume que a diferença da medida é de inferior a 1/20 (5%) presume que não tem direito algum ad corpus.
Cabe ao comprador se soubesse da diferença não teria feito o negócio, exemplo eu compro um terreno com o objetivo de ter determina arvore, quebra a presunção e posso pedir o abatimento ou complemento. 
Artigo 500, § 1° Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.
1.2.3) A maior: se a diferença é para mais o lucro é para o comprador, se descobri que tem mais depois que vendeu, quando não apresentado um justo motivo, o vendedor tem que provar para possuir direitos. 
§ 2° Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver o excesso.
Quando o vendedor prova que tinha o justo motivo para ter o conhecimento da medida, como é o caso de registrado de maneira errada, ele tem dois direitos devolver o excesso ou complementar o pagamento do preço, quem escolhe vai ser quem está comprando. 
1.2.4) Prazo decadencial de 1 ano, para pedir abatimento, complemento de área, excessos, está é a regra. Artigo 501, caput.
Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo antecedente o vendedor ou o comprador que não o fizer no prazo de um ano, a contar do registro do título.
A contar do registro é que eu sou realmente proprietário, já tive contato com a coisa.
Mas quando eu registrei eu não tenho a posse, não tive contato com a coisa. É a exceção, do atraso.
Atraso, exceção: irá contar da posse. 
Parágrafo único. Se houver atraso na imissão de posse no imóvel, atribuível ao alienante, a partir dela fluirá o prazo de decadência.
Amostras: possibilidade de comprar e vender com amostras, prototicos. 
Divergência: prevalece aquilo que eu amostrei que formou a vontade contratual, se eu vender com base na amostra tem que assegurar que o que vou vender tenha as mesmas características do que foi amostrado, não precisa vender com base em amostras.
Artigo 484, CC
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
Condomínio: compra e venda de bens em condomínio. Essa expressão condomínio pode se referir a duas coisas: condomínio edilício (várias unidades ocupativas); condomínio indiviso (duas ou mais pessoas coproprietárias do mesmo bem imóvel, só em uma fração ideal, fração indivisa).
Direito: ainda que indivisa, é possível a venda da parte ideal. Só posso vender para um estranho apenas se assegurado o direito de preferência aos coproprietários, em igualdade de condições como qualquer terceiro (tanto quanto a forma, o preço).
Consequência: o que acontece se eu ignorar aos coproprietários, não da ciência da venda que estou fazendo com terceiros. O terceiro que comprou vai incidir o instituto da evicção (estar de boa-fé, desconhecer o defeito), em até 180 pode depositar em juízo e ter a coisa pretendida para si. 
Disposta no artigo 504 CC.
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Ordem de preferência: dentre os preferidos, quem se prefere? Disposto no artigo 504, parágrafo único. 
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverá a parte vendida os coproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.
Benfeitorias: benfeitorias de maior valor, é o que prefere aos demais preferentes. 
Quinhão: ambos fizeram benfeitorias de igual valor, tudo foi arcado de maneira conjunta, preferira o de maior quinhão (eles dividem a cota)
Rachide: depositando previamente o preço, os que quiserem. 
À contento: é uma clausula. 
Conceito: venda a sujeita a contendo do comprador (agrado). É uma clausula de condição para a venda, eu dou o poder de gostar ou não da coisa (agrado é algo de foro íntimo, subjetivo).
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não sereputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
Posse: grau de cuidado com a coisa enquanto a experimenta, para ver se agrada ou não agrada. Para que possa fazer com tranquilidade, assim a comprador tem as mesmas obrigações que teria um comodatário (as obrigações são de cuidar melhor de que se dono fosse). Disposto no artigo 511, CC é um dever de zelo maior que se fosse o dono. 
Art. 511. Em ambos os casos, as obrigações do comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la.
Prazo: estipulação de prazo é de liberdade das partes, porém no silencio das partes tem uma norma supletiva para quando as partes não dizem qual o prazo. 
Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável.
Se não combinado tem o vendedor notificar o comprador o prazo que o vendedor acreditar razoável.
À prova: também é uma clausula, e a condição suspensiva. 
Conceito: as obrigações do comprador são de comodatário, o que muda é o conceito.
Se provado a coisa tinha as características aperfeiçoa-se a venda desde logo. Exemplo: se falo que o meu carro vai de 0-6 em 100km, e se ele vai, está feita a venda.
Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina.
Retrovenda 
Conceito: o vendedor do bem imóvel, reserva o direito de recompra-la, é fruto das vontades das partes, não decorre de lei. 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la
Prazo/ preço: uma vez não exercido no prazo combinado consolida o direito do comprador (perde a vantagem para quem comprou). Se eu exerço o direito de recompra. Posso combinar diferente do que está disposto no artigo 505 2ª Parte.
Artigo 505. (...)no prazo máximo de decadência de três anos (...)
O preço: eu recompro com o preço que a pessoa pagou, com a correção monetária e mais uns custos, além das despesas do contrato. 
Artigo 505 (...) restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias (...)
As benfeitorias não necessárias eu só pago quando autorizado por escrito, e as benfeitorias necessárias é sempre pago. 
Consignação: quando eu quero recomprar, e o comprador não quiser receber, cabe o deposito em juízo, o pagamento em consignação. 
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente.
Parágrafo único. Verificada a insuficiência do depósito judicial, não será o vendedor restituído no domínio da coisa, até e enquanto não for integralmente pago o comprador.
Se o deposito for insuficiente não será restituído do domínio da coisa. 
Herdeiros: neste prazo de 3 anos o direito de retrato é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido contra terceiro adquirente. 
Transmite aos meus herdeiros do comprador e do vendedor, causa mortis. E inter vivos, como exemplo a compra e venda, eu posso vender meu direito de recompra. Só é possível no lapso máximo de 3 anos. Não é necessária a anuência. 
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido contra o terceiro adquirente.
Conjunta: retrato de forma conjunta, condomínio indiviso.
Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e só umas o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja integral.
1° ninguém quer recomprar;
2° dentro do prazo ambas querem recompra, no igual quinhão que tinha antes;
3° quando apenas uma pessoa quer recomprar, caso uma das partes queira ré exercê-lo pague integralmente o preço, e a vendedora tem que anuir, porem se não anuir ela que tem que comprar a outra parte. 
28/10/2016
Relação/ preempção: é fruto da autonomia das partes (da vontade), é uma clausula. São elas sinônimos de preferência, mas a mais utilizada por provas é a relação/ preempção.
Conceito: a clausula da relação/ preempção ao vendedor o direito de preferência, tanto por tanto em uma eventual revenda. A diferença da retrovenda tem uma amarra que a pessoa irá ter que vender em até três anos. “Se algum dia na vida for vender esse objeto me dê preferência”. Se por exemplo: daqui 30 anos Paula quer vender o apartamento, pelo preço que ela bem entender, não pelo preço que ela me pagou. ” 
Direito de preferência e igualdade de condições
Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.
Prazo de exercício: na clausula de retrovenda tinha prazo de existência de 3 anos (no máximo de 3 anos bater na porta e comprar). O prazo no direito de preferência, mas sim, prazo de exercício, sendo vitalício.
Qual o prazo para exercer?
2.1) Limite máximo: é fruto de clausula, nada impede que coloque um prazo de exercício “A contar do seu aviso, eu terei 24 horas para exercer/5 meses”. O legislador colocou um teto para esse prazo de exercício. 
Artigo 513. Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
Limita a liberdade, no pior das hipóteses tem 2 anos se imóvel, e 6 meses se for imóvel, o que elas não podem fazer é combinar mais. Eu posso colocar muito menos, o que eu não posso colocar mais do que o limite posto pelo legislador. 
2.2) Silêncio: não combinaram o prazo, o legislador revela o prazo razoável.
Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subsequentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor.
Personalíssima: diferente da retrovenda na qual eu podia ceder e transmitir aos herdeiros, aqui, o direito de preferência não se pode ceder e nem se transmite aos herdeiros. Por ser vitalício acaba com as nossas mortes, sendo personalíssimo.
Art. 520. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros.
Conjunta: hipótese que eu tenho 2 ou mais pessoas com direito de preferencias, são coproprietários. Exemplo: a Paula é compradora do imóvel, em que duas pessoas eram coproprietárias, quando ela for vender tem que avisar as duas sobre o valor (e as duas pagam 50%). Quando nenhum dos dois coproprietários quer comprar, pode vender para outro. O problema é quando apenas um dos coproprietários quer comprar, precisa ter esses requisitos:
1°exerça sobre o todo (comprar tudo, pagar todo o preço).
2° e o vendedor tem que anuir sobre quem vai comprar a outra parte. 
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
Responsabilidade: aqui o direito de preferência não decorre de lei como na retrovenda, decorre de clausula. Irá responder por perdas e danos (significa que não posso pegar o imóvel na marra, dano, nexo e culpa – terá que demonstrar isso). O difícil é demonstrar dano, que o fato que ela não dá preferência, que isso gerou um dano efetivo, é provado que esse dano é muito irrisório (muito pequena). 
Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.
Reserva do domínio:
Conceito: o vendedor de coisa móvel pode reserva para si a propriedade, até que o preço seja integralmente pago.Até que o proprietário quite o preço, a coisa já perece para o que está com a pose. 
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi entregue.
Compra e venda: quer comprar parcelado, e depois que ela pagar transfira a posse. Venda com reserva de domínio. 
Alienação fiduciária em garantia: instituição bancaria de mutuo de empréstimo de 30 mil reais, e paga o valor do automóvel, posse, a propriedade, não é uma modalidade especial de compra e venda que foi simples. O banco pede que aliene o carro em garantia ao empréstimo. A mutuaria (quem emprestou o dinheiro), vai ter a posse do carro, e o banco (mutuante) vai ter a propriedade do carro como uma forma de garantia. Só para 
Lising: se assemelha ao contrato de locação, o banco tem a propriedade, e passa a posse para a pessoa. Assim pré-estabelecido que por 36 meses você paga uma prestação (como se fosse o aluguel), quando acabar o contrato do lising tem três opções: extinguir o contrato, renovar o lising (é o mais comum, pega um carro mais atual) e a última opção é efetuar a compra (muitas vezes não vale a pena porque tem que pagar um saldo). Somente móvel.
Escrita/ registro: tem que ser por escrito, a clausula tem que ser estipulada por escrito, devendo ser registrada. Disposto no artigo 522.
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
O terceiro são os credores, para que a clausula seja oponível a terceiro tem que estar registrada, dou publicidade a esta clausula.
Individualizado:
Banco:
Art. 528, CC
Após a formação do contrato, comprador empresta dinheiro do banco para pagar à vista. Sendo assim o banco adquire os direitos que pertenciam ao vendedor, a respeito da reserva de domínio.
Execução:
Hipótese na qual o comprador é inadimplente nesse contrato.
Para executar a cláusula de reserva de domínio, deve-se preencher alguns requisitos para cobrar ou acabar com o contrato:
5.1) mora: Constituir o comprador em mora formalmente. Notificar o comprador judicial ou extrajudicialmente.
a) Cobrança: quando há clausula de reserva de domínio o vencido e o vincendo (a vencer). O comprador inadimplente pagará o juro e multa da vencida além desta mesma e as que irão vencer.
b) Resolução: 
O proprietário do bem poderá recuperar a posse da coisa vendida.
Não há hipótese de resolução em relação ao adimplemento substancial.
Art. 527 - Sobre as parcelas já pagas, a devolução se dá dependendo do caso concreto.
Reter as prestações pagas dependendo da depreciação do bem - Até que saísse a sentença que a quantia sequer cobre a prestação do bem. 
Reter para o ressarcimento dos prejuízos.
Demais prejuízos que dá mora decorrem – Honorários advocatícios, custas processuais
Podem ser descontados das parcelas pagas pelo comprador.
Compra e venda sobre documentos:
Conceito: nessa modalidade a tradição do objeto é substituída pela entrega dos seus documentos.
Diferente da compra e venda regular aqui não necessariamente terá tradição do objeto, é substituída pela entrega de seus documentos.
Ex: Tenho joias de família que estão guardados em um banco na Suíça, mas eu tenho aqui um certificado de posse e de propriedade. Nesse caso se eu quiser vender, posso firmar um contrato sob essa modalidade especial.
Art 529
Pagamento: Estando a documentação em ordem, o comprador não pode reter o pagamento baseado no estado da coisa, pois isso não é relevante. Salvo se o defeito já houver sido comprovado (conduta dolosa daquele que vende), aí o comprador poderá obstar o pagamento.
Não havendo estipulação das partes, o pagamento se dará contra a apresentação de documentos.
Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos.
Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado 
Da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido comprovado.
Estando o documento em dia, o sujeito não pode obstar o pagamento a pretexto do estado da coisa, ressalvado o dolo de quem vendeu. Não havendo estipulação entre as partes o pagamento deve ser feito junto com a entrega dos documentos.
Da Venda Sobre Documentos
Art. 530. Não havendo estipulação em contrário, o pagamento deve ser efetuado na data e no lugar da entrega dos documentos.
OBS: Até a entrega efetiva o risco perece para o dono, como regra geral da compra e venda. Mas nessa modalidade há um outro regramento, coloca uma condição para que eu vendedora me exonere do risco, basta entregar com o documento uma apólice de seguro.
Riscos: para o vendedor se exonerar do risco basta entregar juntamente com os documentos uma apólice de seguro.
Salvo dolo do vendedor.
Art. 531. Se entre os documentos entregues ao comprador figurar apólice de seguro que cubra os riscos do transporte, correm estes à conta do comprador, salvo se, ao ser concluído o contrato, tivesse o vendedor ciência da perda ou avaria da coisa.
Banco: responsabilidade de bancos na intermediação desse tipo de contrato.
O banco não responde pelo estado da coisa, somente pela verificação do documento.
Regulamentando como se dá a responsabilidade de bancos, quando faz a mediação desse tipo de compra e venda. O banco não responde pelo estado da coisa quando intermedia. 
Art. 532. Estipulado o pagamento por intermédio de estabelecimento bancário, caberá a este efetuá-lo contra a entrega dos documentos, sem obrigação de verificar a coisa vendida, pela qual não responde.
Contrato de troca ou permuta
Conceito: Contrato por meio do qual alguém adquire algo mediante pagamento diverso do monetário. Ainda quando é misto, é troca e não compra e venda, chamada de troca com torna (ex: Troca o meu imóvel de maior valor por um de menor e mais uma quantia em dinheiro).
Diferenças:
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações:
I - Salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca;
II - É anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante.
Despesas: Salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas.
Ascendentes/ descendentes: É anulável a troca entre bens de valores desiguais sem autorização dos demais descendentes e do cônjuge do alienante.
Quando eu compro um apartamento quem paga as custas com essa compra é o comprador (ex: registro, cartório), mas na troca o legislador traz uma norma supletiva, que é dividir as despesas com o instrumento de troca.
Na compra e venda de ascendente para era anulável se não tivesse anuência dos descendentes e do cônjuge. Na troca não é sempre que precisa essa anuência, só preciso de for troca de valor desigual.
Doação
1) Conceito – Art. 538, CC
Considera-se doação o contrato em que uma pessoa por liberalidade transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para outrem.
Caráter voluntário, solidário, querer agraciar determinada pessoa
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
Tem por causa sempre a liberalidade, querer agraciar determinada pessoa.
O contrato de doação é sempre unilateral, mesmo quando há encargo, pois não tem sinalagma (relação de causalidade) nem equivalência (se houver equivalência entre as obrigações é uma compra e venda e não uma doação).
Classificação
O contrato de doação pode ser gratuito ou oneroso, se tiver encargo, pois dá vantagem para ambas as partes. Além dissoé classificado como consensual, já que nasce com o acordo de vontades de quem doa e de quem recebe.
a) Unilateral
Sempre unilateral.
Não há sinalagma – relação de causalidade. 
A causa da doação é sempre a liberalidade.
Não há equivalência.
b) Gratuito – Doação pura
Oneroso – Doação por encargo
c) Consensual
Nasce do encontro de vontades
Formal – Art. 541, CC
É classificada também como um contrato formal, via de regra, a doação só se aperfeiçoa por escrito (art. 541, caput). Mas essa regra tem uma exceção, no qual é viável a doação mesmo não sendo escrita. Só é viável a doação verbal se for móvel, de pequeno valor e desde logo lhe seguir a tradição.
Via de regra, a doação só se aperfeiçoa por escrito.
A lógica é a proteção do doador.
Ex de doação sem ser escrita – Só é viável a doação verbal se for bem móvel de pequeno valor e que desde logo se faça a tradição.
O que é de pequeno valor? Vai ser avaliado tendo em vista a capacidade econômica de ambas as partes.
3) Aceitação do donatário
Ninguém pode ser constrangido a aceitar doação.
Esse contrato só nasce com o encontro de vontades.
A doação depende da aceitação, só se aperfeiçoa se a outra pessoa aceitar.
Aceitação expressa: Inequívoca, quero dar e a outra pessoa quer receber.
Aceitação presumida: Quero doar e a outra pessoa não se manifesta. Posso notificar para que em tantos dias se manifeste, passa-se o tempo e sendo a doação sem encargo, o silencio será tido como aceitação. Posso doar dessa forma um carro? Não, pois junto vem uma série de encargos, como IPVI e IPVA.
3.1) Expressa
Inequívoca
3.2) Presumida – Art. 539, CC
Numa doação pura e simples, notifica-se o donatário para que estese manifeste em um determinado prazo. Por presunção, entende-se aceito. Numa doação sem encargo, o silencio de quem receba a doação será tido como aceitação.
3.3) Ficta
Ficção jurídica.
Possui 4 hipóteses. É uma ficção jurídica, eu sequer vou notificar. Por ficção o legislador vai entender a aceitação.
A doação feita ao nascituro se aperfeiçoa pela aceitação do seu representante legal. Não haverá aceitação do próprio donatário. Art. 542
Se o donatário for incapaz não precisa, é dispensável a aceitação. Importante ressaltar que não pode haver um encargo nesse caso.
Estou doando para uma pessoa jurídica que ainda não existe. Pode fazer, mas essa pessoa jurídica deve ser constituída em até dois anos. É uma ficção, pois não houve aceitação dessa pessoa jurídica, já que ela sequer existe no momento da doação.
Doação que se faz em virtude do casamento de alguém. Os presentes de casamento dispensam a aceitação, mas a doação ficará sem efeito se o casamento não vier a se realizar, terá que devolver. Art. 546
a) Nascituro – Art. 542, CC
Basta que seu representante legal aceite para que por ficção jurídica nasça esse contrato de doação.
Se aperfeiçoa mediante aceitação do seu representante legal.
b) Incapaz – Art. 543, CC
A doação feita ao absolutamente incapaz dispensa aceitação, mas não pode se colocar encargo para incapaz.
c) Entidade – Art. 554, CC
O donatário se quer existe.
Pega-se uma parte do patrimônio e doa-se para uma futura fundação.
Doação a uma pessoa jurídica que não existe, não foi constituída regularmente.
d) Casamento – Art. 546, CC
Doação que se faz em virtude do casamento de alguém.
Tratamento especial devido a formação de um núcleo familiar.
Os presentes de casamento dispensam aceitação, mas a doação não terá efeito se o casamento não vier a se realizar.
4) Comum – Art. 551, CC
Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma pessoa, se não for dita quanto é para cada, presume-se partes iguais. 
A doação comum feita por uma ou mais pessoas, presume-se em partes iguais, salvo em declaração em contrário.
5) Cotas periódicas – Art. 545, CC
A doação é pessoal. Quando o donatário falece, não ultrapassa o donatário. A doação cessa.
Se o doador vier a falecer, a doação cessa. Porém, este pode inserir o donatário no testamento.
Doação em cotas periódicas: A doação é pessoal, quando o donatário falece, a doação cessa. Da mesma forma, quando o doador morre, de regra, também não ultrapassa, mas posso eu doadora deixar um testamento dizendo que quero que continue essa doação em cotas periódicas, e isso se dá enquanto tiver patrimônio do falecido.
6) Reversão – Art. 547, CC
Preocupada com a sucessão do patrimônio doado, pode-se colocar uma clausula de reversão.
Se o donatário morrer antes do doador, os bens que foram doados voltam ao patrimônio destes.
Não se pode fazer reversão em favor de terceiro.
Posso doar e colocar uma cláusula de reversão: Se você morrer antes de mim (pré-morte), os bens que doei voltam para o meu patrimônio. Art. 547. Obs.: Não posso fazer reversão em favor de terceiro, tem que voltar para o meu patrimônio.
7) Mora, evicção, vício – Art. 552, CC 
De regra o doador não paga juro de mora, não responde por vício nem por evicção.
De regra, o doador não paga juros de mora e também não responde por vício e evicção, salvo em casos de presente de casamento nos quais o doador responde pela evicção (defeito jurídico).
A lógica é que o donatário só deixa de ganhar, mas não perde efetivamente.
SALVO PRESENTE DE CASAMENTO – O DOADOR RESPONDE EXCLUSIVAMENTE PELA EVICÇÃO
**8) Ascendente/ descendente: art. 544
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
Adiantamento de herança, portanto a doação de descendente para ascendente não é ato nulo, e não precisa de consentimento dos demais descendentes e cônjuges. 
A preocupação de garantia igualdade no que refere a herança, ele revolve a preocupação de outra forma, é dita como adiantamento de herança. 
Adiantamento de herança – significa que nasce a obrigação de colacionar (instituto do direito sucessório), quando eu recebo algo em adiantamento de herança eu tenho a obrigação de falar/ informar ao juiz aquilo que recebi em vida. Assim o juiz do inventario vai verificar se os valores foram iguais, e se não foram vai ajeitar os quinhões da herança. Não precisa colacionar quando gastos em necessidades mínimas (educação, festa de casamento, festa de 15 anos), porém o carro que o meu pai me deixou vários carros isso sim precisa colacionar. 
Quando a doação foi maior e o patrimônio não consegue ser suficiente. Se recebi em doação um apartamento e não tem mais nenhum patrimônio, eu tenho que vender e partilhar o valor da venda, ou eu tenho que partilhar a utilização do apartamento.
É plenamente válida, é assim porque é categorizada como adiantamento que no futuro vai determinar a igualdade.
Se eu não colacionar – é uma pena de sonegados (pena civil supre grave), perde o direito de herança sobre aquele bem, perde o direito sobre o bem que eu tinha. Mesmo que eu já tenha vendido o bem doado, eu tenho que pagar o meu irmão/ irmã.
9) Nulidade: artigo 166, V e 167
Todo o patrimônio sem reserva de bens ou renda suficientes para a sua sobrevivência. É nulo o voto de pobreza, eu não posso doar todo meu patrimônio sem reservar o mínimo para a minha sobrevivência. 
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
Não é adiantamento em herança, nem partilha em vida - é valido meu pai doar todo o patrimônio, mas colocar uma clausula de usufruto de todo o patrimônio, enquanto ele viver o fruto é dele, quando ele falece o usufruto se extingue. Que ele respeite os quinhões hereditários, não precisa nem abrir inventário. 
Indisponível: é nula que a doação da metade legitima, que é dos herdeiros necessários, é nula quanto a parte que exceder a parte que podia dispor. 
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
Quando tem herdeiros necessários (cônjuge, ascendente e descendente), quando o sujeito tem herdeiros necessários apenas metade do seu patrimônio é disponível para doação, para venda pode ser tudo.A outra parte é a chamada legitima (necessariamente tem que ser partilhada entre os herdeiros necessários), sendo indisponível por meio de doação. Metade do meu patrimônio, que é a minha parte eu posso doar para quem quiser, mas a metade necessária tem que ser para esses herdeiros.
De todo modo do patrimônio é indisponível porque é necessariamente dos herdeiros necessários. Se não tem pode dispor de todo o meu patrimônio da forma que eu quiser.
10) Causas de anulação: é anulável e com o prazo de até 2 anos depois de dissolvida a sociedade conjugal (casamento). Podendo ser pedida pelo cônjuge ou os outros herdeiros necessários. 
Obrigação moral – artigo 550, Código civil.
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.
Concubinato – duas pessoas que tem impedimentos matrimoniais e se relacionam. Art. 1.521. (parentes próximos, homem/ mulher que matou meu cônjuge (homicídio doloso), não pode casar pessoas já casadas – adultério). Não necessariamente de quem é casado é uma relação de adultério (divórcio e morte). Artigo 1.723, ainda que estiver casado no papel estiver separado de corpos, pode fazer união estável. Daí neste caso pode fazer a doação e não será anulável (separado de fato e ainda casado).
Casado e não estiver separado de fato – assim é adultério. 
11) Revogação da doação: 
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
11.1) Encargo: inexecução do encargo, artigo 562.
Exemplo: eu coloco um encargo de doar um carro, e ela tem que doar para o criança esperança. Caso eu coloque o prazo (se até o final do prazo ela não realizou o encargo) assim tem a inexecução do encargo. Se não tem prazo (eu tenho que notificar com um prazo para o cumprimento do encargo, sendo um prazo razoável), se não houver o cumprimento do encargo ela está em mora, ai então eu poso revogar por inexecução. 
Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida.
11.2) Ingratidão do donatário: são elas taxativamente previstas, não cabe interpretação extensiva, no artigo 557, caput.
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
Vida: se o donatário tenta me matar. Homicídio e tentativa de homicídio.
I - Se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
Física: lesão corporal
II - Se cometeu contra ele ofensa física;
Injuria: difamação não pode ser incluída. 
III - Se o injuriou gravemente ou o caluniou;
Alimentos: não é pensão alimentícia. Se eu estou em um estado de penúria, se ela pode e se recusa, eu posso pedir a revogação.
IV - Se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
Essas causas podem motivar a revogação se forem dirigidas a parentes próximos, atenta contra a vida do meu pai, da minha irmã, do meu cônjuge, e os demais institutos. Ascendente/ descendente/ cônjuge e irmão.
Expresso no artigo 558.
Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos casos do artigo anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do doador.
11.2.1) Demanda revogatória: 
Prazo: no qual eu posso ingressar com a demanda e pedir novamente o que doei.
A contar da ciência do fato e de sua autoria, que passa a fluir o prazo de 1 ano para revogar essa doação. Até sentença penal condenatória a partir daí começa a fluir 1 ano (vida, física). Quanto aos alimentos, não preciso provar por meio de sentença, tem outros meios. 
Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor.
De regra quem 
Capacidade: de regra quem tem capacidade ativa (autor) – é o doador, é ele que se sentiu alvo de uma ingratidão e quer revogar. E capacidade passiva (donatário) é o réu. Via de regra os herdeiros não podem iniciar o processo. Mas casos uma das partes falecerem, quando já entrei no processo (com uma substituição processual), os herdeiros podem entrar.
Salvo se o motivo de ingratidão é o homicídio consumado (apenas os herdeiros podem revogar).
Se o autor expressamente perdoar, não pode mais processar. A lógica é que a ingratidão é pessoal. 
Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide.
Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, exceto se aquele houver perdoado.
3°: artigo 563. Não prejudicará o direito de terceiro (caso o donatário tenha vendido o bem doado), mas mesmo assim eu posso pedir indenização equivalente ao dinheiro. Todos os frutos, benfeitorias são de boa -fé, depois da citação é de má-fe.
Art. 563. A revogação por ingratidão não prejudica os direitos adquiridos por terceiros, nem obriga o donatário a restituir os frutos percebidos antes da citação válida; mas sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando não possa restituir em espécie as coisas doadas, a indenizá-la pelo meio termo do seu valor
11.3) Irrevogável: mesmo que haja ingratidão não pode revogar. Artigo 564, CC.
Art. 564. Não se revogam por ingratidão:
I - as doações puramente remuneratórias;
II - as oneradas com encargo já cumprido;
III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural;
IV - as feitas para determinado casamento.
Remuneratória: remunerar um serviço que voluntariamente prestei. Por exemplo: eu presto serviço advocatício para o meu pai, não cobrei. Com isso ele me deu um anel. Porém se no futuro eu for ingrata, é um tipo de serviço que ele não pode revogar. 
Natural: aquele tipo de obrigação que não pode cobrar judicialmente, exemplo: apostas (se eu não pagar voluntariamente, não pode cobrar judicialmente). Caso uma hipótese de ingratidão, eu não posso porque a obrigação foi feita para o cumprimento de uma obrigação natural. Ad shut
Encargo: não pode revogar a doação que tem encargo, e este encargo já foi cumprido.
Casamento: para determinado casamento. Presente de casamento tem:
quando dispensa o presente
responde pela evicção (o doador);
é irrevogável 
Comodato
Conceito: empréstimo gratuito de bens infungíveis (insubstituíveis). É um contrato que nasce com a entrega do objeto (real). Por ser contrato real e objeto infungível, com a transferência exclusiva da posse (e não da propriedade). Artigo 579, CC
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
Exemplo: empresto o MEU carro, por um tempo (transfiro a posse). 
SEMPRE sobre objeto infungível. Ocorre que essa infungibilidade pode decorrer da natureza do objeto quanto da vontade das partes, eu posso pegar um objeto que por sua natureza é fungível mas pela vontade das partes tornou infungível, é veo pompae ostentationes. 
Veo pompae ostentationes: quando o objeto por sua natureza é fungível, mas por minha vontade tornou infungível. Ainda assim o objeto é infungível, porém decorreu da vontade. 
Administradores: artigo 580, CC.
** na compra e venda os administradores não poderiam comprar os bens do tutelados, elas não tem legitimidade. O tutor, o curador, o administrador. Haveria a diminuição do patrimonio
A diferença é que comodato é um empréstimo. Apesar como o comodato é gratuito, há um ônus, mas possui uma condução possa acontecer. Aqui pode. (tutela e curatela é autorização judicial), e os demais administradores são os próprios proprietários que tem que dar autorização. 
Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios não poderão dar em comodato,

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