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Direito Civil 2°Bimestre

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Direito Civis – Obrigações
Professor: Roberto Pompeu
2° Bimestre
Transmissão das Obrigações
Que é a possibilidade de transferir a titularidade de um direito pessoal, da relação obrigacional, veja no polo ativo quanto no polo passivo do devedor. 
Relembrando:
Uma relação obrigacional é uma relação de direito pessoal, de caráter transitório, no momento em que ela surge pode ter uma duração maior ou menor, mas em algum momento ela for cumprida, ela se extingue, termina. É de caráter pessoal por que o credor, só ele pode exigir o cumprimento dessa obrigação, exigi-lo do devedor, com eficácia relativa, só faz efeito entre as partes. Entretanto, nada impede nesse período de tempo em que existir essa relação obrigacional ela venha a se modificar, ela venha ser transferida para uma pessoa, de um credor para outro, ou de um devedor para o outro. 
Mas ela não é pessoal? Sim, mas não necessariamente personalíssima, ela não é intransferível, salvo em alguns casos que vai acontecer. 
IMPORTANTE! QUE NO MOMENTO EM QUE TEM QUE SER CUMPRIDA VOCE TENHA PERFEITAMENTE CLARA AS PARTES. SAIBA QUEM É O CREDOR, E SAIBA QUEM É O DEVEDOR.
Cessão de Credito 
Ocasionar uma transferência do polo ativo da relação obrigacional, CREDOR.
Relembrando: 
O que é um crédito?
É o direito de exigir o cumprimento da prestação
Quem é que tem o credito?
O credor, e o que o credor tem? DIREITO de exigir a prestação.
Que tipo de Direito é esse?
Pessoal, direito que é atribuído ao credor, ele é um direito pessoal, que é o DIREITO de exigir uma prestação, a entrega de alguma coisa, realização de uma ação. Ele não tem A COISA em si, é o direito a entrega da coisa. 
Quais são os elementos que compõe a relação obrigacional?
Elemento subjetivo – credor e devedor
Elemento objetivo – prestação
Vinculo jurídico – débito / responsabilidade 
Questão da prova: encaixe o credita nos elementos presentes da relação jurídica obrigacional? 
Está associado ao débito. Mas por quê?
A todo direito corresponde um dever 
Sendo o debito um dever, ao dever de realizar a prestação. Corresponde ao direito do outro de exigir essa prestação.
Então se eu devo 200,00 reais para a fulana, eu tenho um debito cujo objeto é entrega de 200 reais. Eu tenho um debito, e a exigibilidade desses debito, é o credito para fulana. A obrigação de entregar 200 para mim é debito, para ela é credito. No momento em que eu pago o 200 meu debito, e o credito desaparece, os dois sempre, SEMPRE, se anulam.
Exemplo: devo para a Ana, 10.000 reais, que vou pagar daqui 30 dias. Esse credito que ela tem, ele hoje tem algum valor? SIM, mas ainda não é exigível, mas tem valor.
O que é melhor ter 10 mil reais na mão, ou ter direito de receber 10 mil reias daqui a 30 dias? Ter o 10 mil na mão.
Se eu tenho o 10 mil na minha mão, que direito eu tenho? REAL, sou proprietário desses 10 mil reais. Ter um direito real é melhor que ter um direito pessoal.
O que é melhor, ter 10 mil reais para receber daqui 30 dias, ou não tenho nada? Ter o 10 mil para receber.
Quanto que vale nada? 0
Quanto que vale 10 mil na minha mão? 10 mil.
Quanto que vale ter 10 mil para receber daqui 30 dias? Alguma coisa. Se é tem valor.
Direito pessoal – interessa porque tem algum valor, e se tem algum valor é porque faz parte do patrimônio desse titular, se faz parte do patrimônio desse titular, ele pode ceder transferir esse direito.
Por exemplo: tenho um celular e quero transferi-lo o domínio desse celular para alguém, ou eu vendo ou eu doou. 
Como é uma coisa eu posso doar, quando eu tenho um direito, eu diria ceder. Cessão de credito.
Eu posso vender meu credito? Credito não é uma coisa, algo palpável, tem algum valor, e eu posso vender. Só que eu não digo vender. CEDER – CESSÃO DE CREDITO.
Exemplo: A deve 10 mil para B, A tem que pagar daqui 30 dias. Quem tem o direito de exigir os 10 mil, ele é o titular do direito pessoal. Este direito pessoal é o credito.
B tem o credito, e em algum momento infortuno, ele poderá exigir de A esse credito. Do que depende?
Do patrimônio de A.
O A não tem o direito, pode ser que ele tenha ou não patrimônio necessário para dar esse dinheiro daqui 30 dias, ou ter o dinheiro na conta dele, isso pouco importa, é importante que ele tenha o direito REAL sobre esse 10 mil, agora quem tem direito de exigir essa prestação, de cobrar é B.
B é quem pode dispor (ceder) desse credito? 
Ele pode ceder a titulo gratuito para A? NÃO porque isso se chama “perdão” da divida, remissão. Vamos supor que A pagou a titulo oneroso, foi o pagamento.
Mas teve um desconto, foi pagamento do mesmo jeito.
Qualquer pessoa que não veja o credor nem o devedor, tem que ser um terceiro em relação a obrigação originaria.
A natureza jurídica da cessão de credito é contratual, um NEGOCIO JURÍDICO, vinculado ao credor e um terceiro. Durante o qual o credor transfere para terceiro C, seu credito. Agora o credor não é mais o B, passa ser o C (transferência do polo ativo).
Tudo que tem um valor econômico aferível faz parte do acervo patrimonial. Exemplo: celular, relógio, livro. Os direitos que eu tenha sejam aferíveis economicamente (algum valor) também fazem parte do meu patrimônio.
Qualquer credito pode ser cedido? A regra é sim. Há exceções escritas no artigo 286, que são aqueles que não podem ser cedidos pela sua natureza, pela lei, ou por acordo de vontades. Fora essas três situações o credito pode ser cedido.
Art. 286. O credor pode ceder seu credito se isso não opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a clausula proibitiva de cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Não pode ser cedido POR SUA NATUREZA – credito de alimentos, eu devo uma pensão alimentícia, a natureza desse credito é para a subsistência do alimentando. Natureza de subsistência não faz sentido que ele transfira esse credito. 
Convenção entre as partes, no contrato assinado com o outro, nesse contrato originou o valor que eu devo a ela, nos havíamos estabelecido que um dos creditos oriundos desse contrato não poderia ser seguido.
Se não houver nenhum desses três episódios, ela faz a cessão de credito. 
No que implica para o devedor? Que agora em fez de pagar para B eu pago para C. Não pode haver nenhuma alteração no objeto do credito da relação. O devedor não pode ter sua situação agravada por essa transferência sem a sua confirmação. Deram 30 dias eu devo 10 mil igual eu devia para B, só que agora eu devo para C. 
O credor na relação originaria é chamado de cedente, o terceiro é chamado de cessionário e o devedor, em relação à cessão de credito ele é cedido.
Então quando o credito é transferido do cedente para cessionário, ele é recebido com todo o objeto, o cessionário tem todos os direitos garantias ações, todo o ferramental jurídico que era do cedente passa ser agora do cessionário.
A alteração de cessão de credito será necessária à anuência do devedor? NÃO.
Art. 290. A cessão do credito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificado; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão de credito.
Notificar difere de pedir anuência. 
Só tem o devedor ser notificado para que passe a fazer efeitos perante ele. 
O devedor não foi notificado, não foi nada sobre a transferência. Daí depois de 30 dias apareceu o cessionário cobrando o cedido. Eu tenho que pagar? SIM. Não havia sido notificado, até então não gerou efeito em relação a mim, mas no momento que ela pareceu na minha porta me cobrando, eu sou notificado. O artigo 290 traz uma falsa ideia que não pode se cobrar.
Equiparem o 290 com o 293 do Código Civil.
Art. 293. Independente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direto cedido.
Atos conservatórios são os atos de cobrança, desde protesto, notificação até a cobrança judicial.
Se B é insolventeele pode dispor desse credito? Ele vai para concurso de credores. 
Artigo 290 ( significa que até aquele momento não afetou o devedor, por exemplo, que eu devo para a Ana ela cedeu o credito para a Viviane, eu não fui notificado, não estou sabendo disso, para mim o credor é a Ana, eu chego para a Ana, e pagou os 10 mil, nesse momento ela poderia me notificar, “não é para mim que você tem que pagar”, vamos supor que ela não fale nada disso fique quieta e eu pago para ela, e no outro dia aparece a Viviane me cobrando, por ser cessionária, mas eu digo que eu paguei para Ana. Para mim o devedor não gerou efeitos. A Ana e a Viviane têm que se entender entre elas, segundo o artigo 292.
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga o cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o credito constar de escritura pública, prevalecera a prioridade da notificação. 
Tem que ler o 290, com consonância com o 293, e com consonância com o 292.
Titulo gratuito: (benéfico – contrato benéfico), porque um contrato é gratuito ou benéfico? Apenas uma das partes tem ônus e a outro benefício, não tem ônus algum. Quando eu faço uma doação, pura e simples doação sem encargo – negócio jurídico gratuito. Doação. Exemplo: doação de um relógio, qual o ônus que a pessoa teve? Nenhum foi apenas beneficiado, com o relógio, o ônus só quem doou o relógio. Se eu vendo um relógio, ambos têm o ônus, eu coloquei a disposição o patrimônio e ele o dinheiro, e assim ambos tiveram benefícios. 
Cessão de credito a título gratuito – cedente transferiu o credito de 10 mil para receber daqui 30 dias para o cessionário. Como pode ser a título gratuito: 1- o cedente tem que ser beneficiado; 2- cessionário ser beneficiado;
O cedente transfira o credito para o cessionário a título gratuito, doou de graça os créditos, é uma cessão de título gratuito, qual foi o ônus que o cessionário teve? NENHUM. Nesse caso o cedente teve um ônus que dispõe, e o cessionário que não tinha nada agora tem. O contrário também, vamos supor que o cessionário pagou para ao cedente por este credito 10 mil reais, essa operação também é a título gratuito, vamos supor que estou “ferrado”, não tenho dinheiro, entra um cliente e paga 10 mil reais, só que ele dá um cheque pré-datado, para 30 dias. Cheque de 30 dias? Não tem o efetivo dinheiro.
Cheque representa título de credito, que daqui 30 dias o meu cliente vai me pagar, os 10 mil, transformar o que é credito em 10 mil reais.
Cheque pré-datado de 10 mil para 30 dias, o cheque significa credito de 10 mil reais. Quando eu dou um cheque, e a pessoa adianta o dinheiro, eu não tive ônus alguém só teve benefício, a pessoa que adiantou que teve ônus, pelo risco que representa o cheque, não compensar, e todos os problemas. CUIDADO!
SE O CASO UM DELES TEVE ONUS E O OUTRO BENEFICIO É TITULO GRATUITO.
Titulo oneroso: Se eu vendo um relógio os dois tiveram um ônus e benefícios. 
Cessão de credito a título oneroso - meu pai não quis trocar o cheque para mim, um familiar nenhum quis. 
Vou em um agiota oficial ou não, ele não vai me dar 10 mil reais pelo cheque? Não, menos de 10 mil. Como eu avalio a quantidade necessária? A taxa é definida de acordo com o – tempo e risco (vão definir quanto vai ser a taxa). Se for um crédito é confiável, a pessoa possui um vasto patrimônio, paga mais, se a pessoa está quebrada pouco patrimônio, paga menos, assim a taxa é maior. 
Hipótese: foi feita a transferência, o devedor foi notificado, tudo certo, deu os 30 dias o devedor não pagou, como o cessionário pode fazer? Ele vai exigir a dívida de A. Tem como o cessionário ir cobrar ao cedente? Via de regra NÃO, o cedente não responde ao cessionário pela solvência do devedor. Artigo 296.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
O cessionário pode responsabilizar o cedente se tiver uma clausula no contrato. É necessária essa previsão expressa.
Existem alguns documentos que são chamados títulos de credito, que são títulos executivos extrajudiciais, qual é a vantagem que esses documentos têm originalmente falando, eles em termos processuais, ele basicamente se divide em duas etapas, de conhecimento e de execução (beemmm básico). O processo de conhecimento é quando você precisa de um juízo, você tem um direito, toda a instrução probatória, todo o desenvolvimento do processo, suas aflições, todos os requisitos para dizer que você tem direito. Tendo o direito, agora pode cobrar tudo isso para entrar na fase de execução.
Tem alguns documentos de título executivo judicial, que são revestidos de poder executivo, extrajudicial, eles passam direito pela fase de processo de conhecimento e vão para a execução. Que é cheque, nota promissória.
Duplicata mercantil – é um tipo de credito que ela serve para relações comerciais, se eu vendo algo para alguém, emito uma nota fiscal e eu dou um prazo de pagamento (parcela), e a partir dessa nota fiscal eu posso extrair uma duplicata (espelho da nota fiscal).
Exemplo: compro um televisor para pagar depois. Se ela pagar, tudo bem, se ela. Não pagar para que eu possa cobrar, e tiver exigibilidade, é que ela tenha dado seu aceito (assinatura, ou o sim). Caso contrário, eu tenho que ter uma comprovação que eu efetivamente entreguei a ele o produto deferido nesta nota.
Cartão de Credito – vamos supor que a comprei um televisor no cartão de credito, o lojista não recebe os meus 10 mil, e sim da operadora do cartão, recebe menos de 10 mil (cobrança de taxa). A loja é o cedente, a operadora do cartão é o cessionário, comprador ou cliente é cedido.
Art. 295. Na cessão por titulo oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência ao tempo que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe às cessões por titulo gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Ainda que ele não se responsabilize pela dívida efetiva ele é responsável pela existência de credito. 
Exemplo 1: se eu fingir que alguém comprou na minha loja, emitindo uma nota fiscal, como se alguém tivesse comprado. Já era cliente tinha os dados dela. Emito, e vou ao banco e desconto. Só que na hora que chega o momento do vencimento, eu mesmo vou lá e pago. A pessoa nem ficou sabendo que eu emiti uma nota para ela. Essa operação é um ilícito civil e penal. Qual o problema? Custo financeiro altíssimo para a loja
Assunção da divida 
Transferência no polo passivo – DEVEDOR.
Credor e devedor tem um terceiro que é chamado assuntor, que mediante um acordo de vontades entre credor e devedor ele assume a posição de devedor nessa obrigação, para isso é necessária à anuência do credo, porque é possível que esse credor tenha um prejuízo com essa modificação, se o devedor originário tinha certa capacidade de pagamento solvabilidade, e o assuntor uma menos solvabilidade que ele, como pode ter esse prejuízo é necessária à anuência do credor. Essa anuência tem que ser EXPRESSA, isto é, se notificado silenciar ele rejeitou.
Art. 299. É facultado à terceiro assumir a obrigação do devedor, com consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar o prazo para que consinta na assunção de dívida, interpretando-se o seu silencio como recusa.
No caso de dívida hipotecaria que tem um imóvel garantindo, aí uma pequena modificação nessa estrutura, se o terceiro assumiu a dívida, a dívida foi com uma garantia real, nesse caso a anuência não precisa ser expressa, pode ser uma ANUENCIA TACITA, mas tem que ter anuência.
Art. 303. O adquirente do imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do credito garantido; se o credor notificado não impugnar em trinta dias a transferência do debito, entender-se-á dado o assentimento.
Isso ocorre quando tem um imóvel financiado,e que tem uma dívida de longo prazo (30 anos), e no meio do caminho ele resolve vender essa casa, então ele faz a venda e o comprador assume a dívida hipotecaria, para isso teria que notificar o credor, normalmente o Banco (instituição financeira), para que ele manifeste a sua concordância, porque ele fez toda uma análise de risco, de renda, de credito, do comprador originário da casa, e se vai transferir uma dívida de longo prazo, ele vai fazer essa análise do outro em cima do assunto, para ver se o assuntor tem a capacidade de pagamento dessa dívida. Às vezes NÃO tem. 
Transferência de fato – à posse da casa para o comprador, e o comprador assume a dívida, ele faz uma assunção da dívida de fato, e não de direito, ou seja, eles não levam essa translação ao conhecimento do credor – Banco, com medo que o banco rejeite. Pega a casa, pega a chave, pega a posse, e pega o boleto bancário, e vai pagando. ASSUNTOR ESTA PAGANDO A DIVIDA EM NOME DE A. Vamos supor que ele pagou a dívida toda, mas o banco vai dar a liberação do imóvel para A, e o C vai ter que ir atrás de A para que passe uma escritura pública, para poder transferir o imóvel para o nome dele. 
Delegação – é uma forma de assunção de dívida, em que há um acordo de vontades entre devedor e assuntos, com a anuência do credor.
Expromissão (expulsão) - Acordo de vontades diretamente do terceiro assuntor com o credor, a dívida é transferida para o assuntor. E o devedor, não tem voz. A assunção da dívida do terceiro, como fosse um ato de liberalidade de terceiros.
Nos outros casos vem a dívida e os direitos, o imóvel, a empresa, etc. No caso de expromissão pode ocorrer sem a anuência de A, e a transferência apenas da dívida. 
Adimplemento e Extinção das obrigações (cumprimento das obrigações são transitórias e temporárias, porque o cumprimento delas leva a sua extinção. É a extinção da obrigação pelo seu cumprimento).
Pagamento:
Conceito: cumprimento da obrigação que foi estabelecida, entrega daquela prestação, pode até ser o pagamento em dinheiro mesmo.
Mas vamos dizer que fui contrato para um serviço de acessória jurídica, eu tenho uma obrigação de fazer. O que é o pagamento dessa minha obrigação? É eu fazer, realizar o serviço para o qual eu fui contratado. Se eu vendo um imóvel, eu tenho a obrigação (pagamento), a entrega do imóvel. Se for um bem móvel (carro), é a entrega do carro, configura o pagamento.
“O pagamento é a realização voluntaria da prestação de vitória” – Carlos Roberto Gonçalves 
Natureza jurídica:
O que torna um fato qualquer da vida um fato jurídico? A relevância. O que da relevância para um fato para o ordenamento jurídico? Cria, modifica ou extingue direitos. 
O que o pagamento faz? Extingue a obrigação, o direito pessoal de o credor receber.
O pagamento extingue direito – é um fato jurídico.
Ato jurídico: 1 pessoa para realizar um ato jurídico.
Negócio jurídico: 2 ou mais pessoas para realizar um negócio jurídico.
Requisitos de validade – objeto licito e possível, determinado, partes capazes, forma prescrita ou não vedada em lei. 
O pagamento é um fato jurídico, mas ele é ora ato jurídico, ora negócio jurídico. DEPENDE.
Exemplo 1: tenho que efetuar um pagamento com boleto bancário, ou deposito em conta da pessoa, eu preciso do credor para realizar o pagamento? Não, isso é um pagamento simples, que acaba se configurando como mero ato jurídico.
Exemplo 2: transferi para a pessoa um imóvel, que p pagamento é a entrega do imóvel. Como eu entrego um imóvel para alguém? Tem como entregar um imóvel sem a participação do credor? Não, tem que fazer uma escritura pública do imóvel, a transferência no cartório. Nesse caso eu tenho o pagamento como se configurando em negócio jurídico. 
Vamos supor que quem vendeu um imóvel foi uma criança de 5 anos de idade, ela pode me vender um imóvel, pode ser titular de uma relação obrigacional dessa natureza, essa criança pode ser proprietária desse imóvel? PODE desde que ele tenha sido representado devidamente. 
Para ser titular de direitos e obrigações, você não precisa ter capacidade civil, basta apenas ter personalidade civil. Posso ter titular de direitos e obrigações, só não posso exercê-lo sozinho, tenho que ter alguém me representando, ou assistido.
Requisitos de validade do pagamento
Existência e Validade de um Vínculo obrigacional: para que a relação obrigacional seja válida é necessário que exista um vínculo obrigacional anterior, o vínculo está dentro dos elementos da relação jurídica obrigacional, tem o debito e a responsabilidade, pelo menos um deles tem que estar presente, TEM QUE HAVER UM VINCULO, quando não há nenhuma NÃO HÁ VINCULO. Se eu efetuo o pagamento de uma obrigação que não tem vínculo, esse pagamento não extinguiu nada, porque não tinha o que extinguir, não existia uma relação obrigacional. 
Se eu efetuo o pagamento nesta condição, é um pagamento INDEVIDO, o que acontece? Surge a obrigação da repetição do indébito (não é ter que pagar novamente).
Ao pagar uma dívida que não é sua você reconheceu a dívida? NÃO, porque não tinha vinculo obrigacional.
“Animus solvendi” – intenção de pagar.
Exemplo: eu devo para a Viviane 200 reais e eu nunca pago, daí ela parou de cobrar. Passou um tempo, não tempo suficiente para a dívida ter sido prescrita, ela vem com uma questão de desenvolvimento de um trabalho voluntario, para ajudar crianças carentes, tem um valor de 200 reais, e eu pago o dinheiro para ela, daí ela fala que cobrou os 200 que devia anteriormente. NÃO PODE, porque faltou à intenção, os 200 reais não foi entregue com a intenção de pagar a dívida, entregou com outra intenção de ajudar o projeto, a Viviane tem que devolver os 200 reais. 
Cumprimento da prestação avençada: para ser pagamento tem que ser cumprida rigorosamente a prestação, aquela prestação que é objeto da relação jurídica obrigacional.
Por exemplo, nesses 200 que eu devo para a Viviane, eu falo que não tenho grana, não posso te pagar e não vou pagar, o que eu posso fazer é te dar esse relógio como pagamento. Ela é obrigada a aceitar? NÃO. Ela pode aceitar? SIM. É adimplemento da obrigação se ela aceitar? SIM. Mas não é pagamento, é uma dação de pagamento. 
Para ser pagamento se eu devo a ela 200 reais, é eu pagar os 200 reais, não que seja a única forma de cumprimento da obrigação, é a ÚNICA forma que é configurada pagamento.
Dação de pagamento – dar outra coisa no lugar do pagamento.
Requisitos subjetivos do Pagamento:
Quem paga: “solvens” – pagador.
Quem recebe: “accepiens” – aceitar.
 De quem deve pagar.
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode paga-la, usando, se o credor se opuser dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Quem é o maior interessado na extinção da dívida pode até ser o credor, mas não é tão interessado a ponto de pagar para si mesmo, seria um ato impossível. Tirando o credor, quem seria o maior interessado na extinção da dívida? O devedor ele pode pagar usando se o credor se opuser dos meios conducentes à exoneração do devedor, qualquer interessado na extinção da dívida pode paga-la, usando se o credor quiser os meios conducentes à exoneração do devedor. 
Pagar não é só um dever, é um direito também. E se houver uma resistência, uma recusa da parte do credor em receber, a parte interessada ele poderá usar os meios conducentes – que são os pagamentos especiais.
DEVEDOR – PAGAR e CONSIGNAR
Qualquer terceiro interessado. Qualquer pessoa que não seja o credor ou o devedor. 
O que torna o terceiro interessado? O interesse patrimonial. É o fato de ele ser afetado pela dívida não for paga, ou algum tipo de parte pelo do seu patrimonial. 
Quando ela de alguma forma possa ser afetada patrimonialmente por essa dívida, o devedor não pagou o terceiro pode sofrer alguma consequência de ordem patrimonial, isso dá o caráter de interessado, não é outros tipos de interesse moral, afetivo, familiar, isso não é terceiro interessado para os efeitos da lei.
Os direitos assegurados no artigo304, são os dois para o devedor, PAGAR e CONSIGNAR – sentido de ser parte legitima, para promover o pagamento em consignação, ou seja, um meio dos pagamentos especiais, que se presta o devedor efetuar o pagamento em juízo diante deposito judicial da coisa devida, quando houver algum problema, por exemplo, uma recusa do credor em receber, não sabe onde ele está, há dúvida sobre quem é o credor, algumas situações permite o pagamento por consignação, esse é um direito que o devedor tem. Esse mesmo direito é atribuído a qualquer interessado, então se for um terceiro, mas for interessado, ele também tem esses mesmo direitos, de pagar consignado. Só que se quem efetua o pagamento for o terceiro interessado ele se SUB-ROGA os direitos do credor, ele tem direito de regresso contra o credor. Exemplo: A deve para B, mas quem pagou essa dívida foi C, se o C for um terceiro interessado, ele entra no lugar do credor, adquire todas as ferramentas jurídicas que o credor tinha, para poder cobrar. 
Terceiro não interessado
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Que também pode pagar a dívida. 
“Qualquer pessoa pode pagar a dívida”
Pagar em SEU PRÓPRIO NOME:
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Consequências que pode: PAGAR, NÃO pode consignar (não pode obrigar o credor receber dele, mas o credor pode receber dele, não é parte legitima para consignar o pagamento), DIREITO DE REEMBOLSO.
Pagar EM NOME DO DEVEDOR 
Art. 304. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Pode PAGAR, CONSIGNAR, NÃO tem REEMBOLSO.
Ele só pagou a dívida porque ele quer, porque não tem nenhum vínculo patrimonial, não vai ser atingido de nenhuma maneira juridicamente por essa dívida, em que ele querendo pagar pode fazer de suas maneiras em seu próprio nome e no nome do devedor, como um ato de liberalidade. 
IMPORTANTE NÃO HÁ ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, PORQUE SE TRATA DE UM ATO DE DELIBERALIDADE.
A regra que o terceiro quando paga, tem o direito de regresso contra o devedor. Só quando ele paga em nome do devedor que não tem direito de regresso, mas dessa maneira seria como se o próprio devedor tivesse pagado. Quando é terceiro que paga em seu próprio nome, ele terá o direito de regresso.
(Adora o artigo)
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. 
Traz uma exceção, em que o terceiro paga a dívida, mas não vai ter o direito de reembolso, porque (pagamento feito por terceiro interessado ou não) com desconhecimento ou oposição do devedor (sem o devedor saber, ou sabendo e se opondo), não terá direito de ser reembolsado por este, se o devedor tinha meios para ilidir a ação (meios do devedor ilidir a ação – afastar, situação que o devedor tinha meios para não ser cobrado, para afastar uma eventual ação contra ele cobrando aquela dívida, por qualquer motivo que afasta uma cobrança de dívida, exemplo: já tinha pago, prescrita, tem uma dívida oriunda de um contrato bilateral e desse contrato o pagamento dessa dívida estava vinculado a uma contraprestação do próprio credor, que o credor não cumpriu, qualquer defesa que o devedor poderia ter no sentido de cobrar a dívida). 
 A Viviane deve para Ana uma quantia, que eu sou um terceiro não interessado nada a ver com isso, e resolvo a pagar, em meu próprio nome, para depois conseguir cobrar dela, fui sem a Viviane saber, com desconhecimento do devedor, volto para ela e digo que paguei a dívida. Mas se somado a esse desconhecimento ela tem meios para ilidir a ação, ela não precisava pagar, tinha meios para não ser cobrada.
NÃO TERÁ DIREITO DE REEMBOLSO PERANTE O DEVEDOR, PODE SER QUE ELE RECOBRE DO PRÓPRIO CREDOR PARA QUEM ELE PAGOU DEVOLTA ESSE VALOR. COM UMA REPETIÇÃO DE INDÉBITO, MAS DO DEVEDOR NÃO TERA DIREITO DE REGRESSO.
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar a transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em ele constituiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
Quando eu tenho que entregar um carro, tem que ser uma pessoa apta a fazer a transferência do bem. 
A quem se deve pagar
CREDOR, ou REPRESENTANTE DO CREDOR.
Art. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito a represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
Podendo ser o representante legal, judicial ou convencional.
O representante legal, este designado por lei, por exemplo os pais em relação aos filhos menores, o sindico em relação ao condomínio, diretor em relação a empresa. A lei atribuiu a eles. 
O representante judicial, também a lei que atribui, sindico da massa falida, inventariante em relação ao espolio, curador em relação ao curatelado, qual a diferença que o representante legal a lei diz e pronto, a lei diz que o sindico representa a massa falida, mas quem nomeia a pessoa é o juiz.
O representante convencional, é por convenção, um acordo entre as partes, um mandato, um procurador, quando eu credor dou poderes a alguém para receber por mim aquela dívida.
Quando eu dou a procuração a alguém receber por mim a dívida, nada impede que eu também receba, na representação judicial ou legal muitas vezes NÃO pode pagar para o credor.
Credor putativo
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é valido, ainda provado depois que não era credor.
O devedor pensa que é o credor, porem no fim não era, mas ele tinha todas as razões para acreditar que era, se ele faz de boa-fé o pagamento para esse indivíduo, valeu o devedor esta exonerado. O verdadeiro credor vai atrás do credor putativo. Por exemplo: com o exemplo prático no ARTIGO 292, o Joãozinho da BKS, que saiu da BKS, a empresa tem que avisar a desvinculação com a empresa
Adjectus solucionis causa
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstancias contrariarem a presunção daí resultante.
Autorizado tácito, simplesmente porque ele está em posse de um termo de quitação, assinado pelo próprio credor. Exemplo: estagiário do escritório, que recebe os honorários.
Credor incapaz
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em beneficio dele efetivamente reverteu.
 Se o credor é incapaz não pode pagar para ele tem que pagar para o representante legal/ judicial, só que se eu efetuo para o credor incapaz. Não é valido o pagamento feito cientemente feito ao incapaz, se eu paguei sem saber que era incapaz. Se caso reverteu em benefício do próprio credor (incapaz), exemplo: pagou a escola.
Credito penhorado 
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o credito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra eles, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressaltado o regresso contra o credor.
O credito foi penhorado, o que podemos deduzir:
Que ele está indisponível;
Processo de execução, de alguém contra B.
A B 
 X
No processo de execução vai procurar patrimônios, do executado porque provavelmente não tinha imóveis, na FALATA DE DIREITOS REAIS vamos aos direitos pessoas, quais são os efeitos da penhora do credito:
Quem vai ter que ser intimado é o credor, o que acarreta em relação ao credito, que ele fica penhorado não tem mais disponibilidade do credito, o outro lado também tem que ser intimado para evitar que ele pague para B. 
Quando o credito é penhorado NÃO vaipoder pagar para o credor, no juízo da execução, não sendo pago para X também. No juízo da execução tem direito a ampla defesa, contraditório, se for provado que realmente não estava correto continua o processo de execução.
Se A não for intimado da penhora e efetuar o pagamento para B, mesmo B sendo intimado da penhora – VALIDO O PAGAMENTO.
Se A já intimado efetuar o pagamento para B, pagou mal, e quem paga mal, paga duas vezes. Terá a direito a repetição do indébito pelo pagamento mal feito, mas vai ter que pagar no juízo de execução.
Em que ser intimação como um ato formal mesmo.
Objeto de pagamento
É o mesmo objeto da prestação, dentro da relação obrigacional.
Infungibilidade: só vai se configurar em pagamento se for entregue a prestação devida, o credor não é obrigado aceitar outra prestação no lugar, ainda que mais valiosa. Se eu devo para alguém, e quero dar um relógio como pagamento ela não é obrigada, pode aceitar que se configura em dação do pagamento.
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
Indivisibilidade: mesmo que o objeto da prestação seja divisível o credor não será obrigado a aceitar, nem receber o pagamento em partes, parcelado. O credor não é obrigado a receber parcial, a não ser que seja combinado (10 parcelas). Pode as partes concordarem em aceitar o pagamento parcelado.
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor pagar, se assim, não se ajustou
No artigo 916, juros de moratória, como executado tenho direitos de embargo, com o reconhecimento da dívida como um todo, 30% a vista e os outros 70% parcelamento. 
Pagamento em dinheiro: algumas dividas são pagáveis em dinheiro mesmo, se divide em dois tipos:
Dividas de dinheiro: a diferença é que o objeto da obrigação é o próprio dinheiro, principio do nominalismo – preço tem um elemento subjetivo, o que vale naquela circunstancia naquele local, tem o subjetivo que é o gosto particular da pessoa.
Exemplo: vou pagar 1000 reais daqui 15 dias, ou daqui 1 ano. O que muda em relação ao valor, muda o valor, o conteúdo econômico do dinheiro (objeto de troca por outras coisas). Pelo que eu posso trocar com esse dinheiro, 1 mil reais de hoje não compra a mesma comida que daqui um ano. 
 O valor nominal.
Exemplo 1: compra de um carro em 36x, com 1500 por mês, em parcelas FIXAS, vão ser sempre o mesmo valor. Divida de dinheiro.
Dividas de valor: 
Exemplo 2: imagina que você bateu no carro de alguém, você tem a obrigação surgida daí. Como se mede a indenização? Reparar o dano, e quanto é isso? São valores diferentes, que vai ter uma expressão monetária, pagar em dinheiro, mas não é o conteúdo da obrigação, no caso vai ter uma expressão monetária para que possa efetuar o pagamento.
Art. 315. As dívidas e dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes.
Escala Móvel: é possível nos contratos de longa duração.
Art. 316. É licito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Classificação das obrigações quanto ao momento da execução
Execução instantânea: ela é cumprida no mesmo momento em que ela é criada, no mesmo ato, compra e venda à vista. Criou uma relação obrigacional e já cumpriu.
Execução diferida: é aquele que é criada em um determinado momento e vai ser cumprida em outro momento diferente, vou pagar em 30 dias, execução daqui esses dias.
Execução periódica: realizou em um determinado momento e vai cumprir ao longo de um determinado tempo, pagando periodicamente comprei uma TV em 10x)
Trato sucessivo: que também serão pagas sucessivamente, só que vão apurar esse pagamento em determinado período, conta de celular, porque vai apurar o valor a ser pago em cada período. 
São obrigações duradouras pode as vezes estabelecer uma escala móvel, um reajuste sucessivo, correção monetária.
Teoria da imprevisão
Antigamente Rebus Sic Stantibus, hoje não precisa de clausula, está previsto na lei. Tem que vir acompanhada pela onerosidade excessiva, se acontecer alo imprevisível e gerar um desiquilíbrio, pode a parte prejudicada ir a juízo ara desfazer o contrato ou refazer o contrato
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobreviver desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e a do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, do modo que assegure, quando possível, o valor real da prestação.
Moeda oficial e moeda de curso forçado
Moeda oficial pode apenas utilizar o real, em relações de firmar contratos. 
Todos s contratos tem que ser realizados em reais, moeda de curso forçado. 
É nula as convenções de pagamento em ouro ou moeda estrangeira em contratos nacionais. Uma das partes é residente no brasil e a outra no estrangeiro, a fatura do cartão de credito vem em credito, tem que fazer a conversão em real para efetuar o pagamento.
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em outro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, executados os casos previstos na legislação especial.
Prova do pagamento
Ônus: devedor, provar que pagou a dívida por meio de quitação – recibo;
Forma: termo de quitação
Quem quita a dívida é o credor, ele dá a quitação. Fornece a prova que o devedor pagou.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
A recusa do credor em oferecer essa prova para a devedor, é motivo para o devedor deixar de pagar
Os requisitos do termo de quitação:
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Traz como elementos do termo de quitação, só que o Parágrafo único do mesmo artigo acaba dispensando todos os requisitos:
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
Exemplo: faço uma transferência bancaria, o comprovante do deposito, vale como pagamento.
Pior das hipóteses é pagar diretamente ao credor sem recibo, sem testemunhas, em dinheiro. O credor pode cobrar novamente um certo tempo depois, a prova documental você não tem e nem testemunham. 
Exemplo: O cheque em uma situação serve como termo de quitação, substitui, quando eu assinei o cheque e dei para o meu credor, cheque nominal – com o nome da pessoa, quando eu coloco nominal e pago ao credor, ele tem as opções de ir na boca do caixa e descontar o cheque o termo de quitação com a assinatura atrás do cheque (comum bancos fazerem isso) documento preenche os requisitos do artigo 320. Cheque cruzado a pessoa não tem possibilidade de descontar na boca do caixa obrigatoriamente tem que ser depositado. Credor circule o cheque para frente, pagou um fornecedor um cliente. Cheque nominal a primeira transferência que o credor fez ele tem que assinar atrás.
Cheque - Titulo de credito que o próprio devedor emite documento dizendo que eu devo. 
Presunção – parte do pressuposto que determinado fato é verdadeiro, mas é possível provar o contrário. Quando está provado que pagou ACABOU.
E algumas situações não havendo prova do pagamento há uma presunção de pagamento, se eu presumo o pagamento, está presente um desses fatos. Ainda admite priva em contrário – que não houve pagamento – credor tem esse ônus da prova.
Quotas periódicas: Obrigações de execução periódicas – há uma presunção no artigo 322 – uma vez comprovada o pagamento da última parcela presume-se pagas as anteriores. Até que prove em contrário. 
Presunção relativa – admite prova em contrário, presunção “jures tantum”.
Presunção absoluta – “jure et de jure”, não admite prova em contrário. Fixação jurídica. Situaçõesmesmo que prove o contrário, não importa para o direito.
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Exemplo de presunção relativa: taxa de condomínio, o sujeito tem a prova que pagou o mês de maio, tendo a prova de quitação, presume – se que tudo dali para atrás esta paga, cria-se um ônus da prova para o credor. Faz em alguns momentos que não queira receber o mês seguinte. Como poderia o credor fazer o mês seguinte sem firmar essa presunção – faz uma ressalva no boleto, que se encontrasse em aberto o mês de abril.
Ela não se firma quando as circunstancias a contrariarem. Exemplo: boleto da OAB, IPTU, etc.
Capital + juros:
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Exemplo: tenho uma dívida que é composta de capita mais juros, se o credor da quitação der a quitação do capital sem nada falar sobre juros presume que estão pagos. Porque? Imputação do pagamento, quando houver uma dívida em capital mais juros, o pagamento efetuado será imputado primeiramente aos juros, se faz o pagamento entende que está pagando os juros primeiro.
Assim, imagine uma dívida que é composta de capital e juros, empréstimo de banco, de 30 mil, em 36X. que são parcelas de 1800 reais. Estou pagando bem mais. A juros de 5% ao mês, digamos que eu tenha uma parcela de 1200, esses 1200 vão ser imutados pelos juros – 1500 no próximo mês.
Presunção que os juros são pagos antes, que se houver a quitação do capital sem falar de juros presume-se que ele está pago.
Mas se não estiver como faz? Faz a ressalva que existe juros em aberto.
Entrega título: em dividas representadas por um título de credito, quando a obrigação é paga esse título tem que ser devolvido ao devedor. 
Exemplo: cheque voltou, pego o título, ela tem que me devolver o cheque, se ela não devolve tem um título executivo circulando por aí. Se ela circular a esse cheque até terceiro de boa-fé, eu vou ter que pagar de novo isso, e ter direito de regresso.
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento.
Notas promissórias – são emitidas pelo devedor, eu prometo pagar a quantia tal, em data tal. Podendo ser nominal.
Cheques, e notas promissórias – são o Principio autonomia e da não causalidade, não precisa de uma causa jurídica subjacente, não precisa estar vinculado ao negócio jurídico.
Só que muitas vezes a nota promissória estão vinculadas ao negócio jurídico, ao contrato. Ai sendo ela causal, posso me recusar a pagar, e isso tendo efeito a terceiros tenho que fazer constar na promissória a informação. Pode fazer uma cessão de credito, vender, tem que estar essa informação de “promissória está vincula a tal contrato e blá blá blá”.
Pegar o título e o recibo – presume-se que eu paguei.
Despesas do Pagamento – artigos 325 e 326.
Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.
As vezes o pagamento tem custo para efetuar o pagamento, tarifa bancaria, não podemos esquecer que pagamento não é só dinheiro. Na entrega do imóvel tem que fazer uma escritura com custo, transcrição, tributação. Na entrega do produto, tem um custo, dependendo de onde esta falando o transporte e maior que o produto. Tem que haver no contrato quem que arca com as despesas, se não houver previsão contratual presume-se que as despesas do pagamento são do devedor, o que contraria é o contrato e as circunstancias do caso.
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução.
Se o pagamento tiver que ser feito por medidas, entender-se-á com o silencio das partes que aceitaram o uso do lugar da execução. Estão falando de entrega de coisas, toneladas, metros, etc.
Alqueire – tem uma variação em cada lugar. Se não ficar claro a unidade de medida ficara presumida que foi do lugar da execução.
Lugar do pagamento
Quesíveis: serão pagas no domicilio do devedor;
Portáveis: serão pagas no domicilio do credor;
Regra: o contrato que estabeleceu, na ausência de anuência, serão quesíveis.
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
Caso for designado mais de um local para o pagamento o credor que escolhe qual local prefere.
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem.
Tradição do imóvel – transferência, tem que ser feita no local que está situado o imóvel a ser transferido. A escritura pode ser feita em qualquer lugar, a transcrição do imóvel vai ser no local do imóvel. 
Prestações relativas ao imóvel – alugo meu apartamento em Camboriu, com uma pessoa que mora em são Paulo, pode ser designado em outro lugar.
Mudanças do lugar do pagamento
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.
Motivo grave – quando tem um local previamente designado. Por motivo grave não consigo entregar em local diverso, não pode ter custo para o credor.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
Habitualidade – reiteradamente feito – obrigação de quotas periódicas. Vamos supor que eu devo efetuar um determinado pagamento no domicilio do credor, ficou estabelecido no contrato. Chega um mês e o credor passa no domicilio do devedor e recebe, o mês seguinte a mesma coisa, e assim sucessivamente, e um mês que ele não passa e o devedor não vai lá pagar ele. Isso fez caracterizar uma renúncia do contrato com a atitude que ele teve.
Tempo do pagamento
Diz respeito a exigibilidade quando o credor pode cobrar, pode exigir uma determinada obrigação.
Classificação das obrigações: Quanto aos elementos acidentais:
Puras: não estão sujeitos a nenhum elemento acidental para a sua exigibilidade;
Impuras: estão sujeitos a elementos acidentais.
Condicionais: evento futuro e incerto;
Suspensiva: suspende a exigibilidade da obrigação.
Resolutiva: resolve, finaliza a obrigação. Já no direito, quando eu parar, se resolve a obrigação, a sua exigibilidade.
Para efeito de tempo interessa a suspensiva, que interessa quando eu vou poder exigir essa obrigação. 
A termo: evento futuro e certo; mais comum é uma data.
Inicial: inicia algo; a maioria das obrigações tem uma data de vencimento, a partir dessa data a obrigação pode ser exigida.
Final: finaliza algo; pensão alimentícia que é paga até o alimentando completar a maior idade. 
Modais – saber modo especifica de cumprir a obrigação, tipo: fazer pagamento em dinheiro vivo. 
Quando que uma obrigação condicional pode ser exigida? 
Obrigação condicional
Art. 332 “As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor à prova de que deste teve ciência o devedor”.
Quando a condição ocorrer ( suspensiva. Poderá ser exigida quando a condição ocorrer.
Notificação ( “Ex persona” – quando há a constituição do devedor em mora, o que é isso? Tornar a obrigação exigível.
Obrigação a termo
Quando chega ao vencimento o devedor fica automaticamente constituído em mora.
Quando ocorrer o termo
Automaticamente constituído em mora ( “ex re” – não exige notificação, não exige a constituição em mora automática.
Principio “Des Interpellat pro Homine” – o dia interpela pelo homem. Já tinha uma data previa agendada, chagada a data o credor esta constituído em mora, salvo algumas situaçõesque mesmo constando no contrato, um tempo, uma data de vencimento, mesmo a lei determina que notifique o devedor, é exceção à regra.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a divida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado nesse código.
Obrigações puras 
Imediatamente: art. 331 + 134. Quando não teve nenhum elemento acidental previamente estabelecido, esse imediatamente tem que ser notificado.
Art. 331. Salvo disposição legal em contrario, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.
+
Art.134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exequíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender do tempo.
Notificação: “não tinha data, mas agora quero que você me pague”. – “ex persona”
Vencimento antecipado
A obrigação se torna exigível antes de ocorrer o termo, antes do vencimento. Porque tem algumas circunstancias que acaba, afetando a obrigação relacional, dando essa prerrogativa ao credor, quando se fala em vencimento antecipado – dando a possibilidade de ser cobrada antes de ser vencida. O termo e inicial.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a divida antes do vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste código:
Concurso de credores: falência também abre concurso de credores. Falência ou insolvência civil. Ou a pessoa esta sujeita a regime falimentar ou não, se não esta sujeita a regime falimentar esta sujeita a regime de insolvência civil. Os sujeitos a regimes falimentares são as pessoas físicas ou jurídicas que exercem a atividade empresarial, segundo a letra da lei, quem não este sujeito a esse regime esta a insolvência civil. Quando estão quebrados abre-se o chamado concurso de credores, o juiz decreta falência, o por outro lado os credores se apresentam cada um do seu tipo, por exemplo, trabalhista, locatário, etc. Todos os credores se habilitam desse processo formando um concurso de credores.
É uma situação que você já esta habilitado a ingressar um concurso de credores, podendo receber antecipadamente.
“No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;”
Bem penhorado da garantia real: 
A ficou devendo para B, e ele tem uma hipoteca de 400 mil reais em cima desse imóvel, com vencimento daqui 2 anos, (hipoteca constituída espontaneamente pelo credor, ele quis dar esse bem em garantia), só que A não deve só para B, mas para C também tem outra divida sem garantia real, só que C tem um processo de execução. Quando C estabelece um processo de execução contra A, ele faz uma cobrança judicial com objetivo de buscar patrimônio do devedor para satisfazer o credito. Para ele chegar a penhorar esse bem que já esta de garantia em outra divida, entende-se que ele não achou nada melhor. Vamos supor que esse imóvel, vale 1 milhão de reais, com uma hipoteca há uma divida de 400 mil, pode isso. Pois você não vai da garantia de um bem no valor dele, pois pode ter oscilação. A divida com C era 300 mil. E ele penhorou na execução o mesmo bem, que vai ser levado a leilão para o pagamento dos 300. Só que esta vinculado a uma divida hipotecaria que vence daqui 2 anos, só que se for assim quando B for cobrar não tem mais dinheiro, essa é uma circunstancia que vai levar o vencimento antecipado. Isso é o não precisa mais esperar 2 anos para receber, ele pode ser desde logo habilitado.
Porem se esse imóvel é vendido por 500 mil, paga os 400 para B e os 100 para C, mas faltou 200 para C, assim ele continua o processo de execução buscando mais patrimônio de A, para satisfazer o seu credito.
Vamos supor que arremataram por 700 mil, paga os dois credores e acabou. 
Se arremataram por 100 milhão, paga B e C, e devolve o troco para A.
O que interessa é que no caso da penhora de um bem, hipotecado ou empenhado leva o vencimento antecipado da divida. 
Garantia real não é uma garantia absoluta que vai receber.
 C
 300.000,00 
A 400.000, 00 B
“Se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor”.
Redução da garantia: garantia real ( hipotecaria, imóvel, fiduciária de imóvel.
Fidejussória – que não tem um patrimônio diretamente ligada a divida, mas sim tem outra pessoas. Como um fiador, um avalista. 
“Se cessarem, ou se tornarem insuficientes, as garantias do debito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforça-las”.
Parágrafo único:
“Nos casos deste artigo, se houver, no debito, solidariamente passiva, não se reputará vencido quando aos outros devedores solventes”.
Quando ocorrer um desses fatores em relação a um dos devedores solidários (uma divida com solidariedade passiva), ela só afeta aquele devedor solidário, os demais devedores não são afetados. Isto é, cobrança antecipada só poderá ser dirigira a aquele devedor solidário que esta em uma dessas hipóteses, os outros não estão nessas hipóteses não.
Antecipação do Pagamento
É a possibilidade do devedor tomar a iniciativa de pagar antes. Poderá sempre pagar antes. Parte da regra que os prazos da divida são a favor do devedor. Se os prazos forem a favor do devedor, o devedor tem o direito de antecipar o pagamento. Tem situações que o credor não ia gostar disso. 
Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, a esses se do teor do instrumento, ou das circunstancias resultar que se estabeleceu a beneficio do credor, ou de ambos os contratantes.
Quando se tratar de uma relação de consumo, ele sempre poderá antecipar o pagamento, e com direito proporcional aos juros, podendo pagar quais ele quiser.
Art. 52§2 CDC
 Pagamento Especiais
São situações de cumprimento da obrigação em que há um cumprimento, mas não é propriamente com pagamento, a uma alteração nos elementos ou subjetivos ou objetivos do pagamento. Ou seja, vai cumprir a obrigação, mas não com os requisitos visto antes.
Pagamento em Consignação
Conceito: é um deposito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida. vulgarmente conhecido como “depositar em juízo”.
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o deposito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos de formas legais.
Existe uma ação propria para isso, Ação de consignação em pagamento, instituto de natureza civil e rito processual especial do CPC. É um instituto de natureza cogente, porque presente nos requisitos legais ele se efetuará, por meio de ação.
Apesar de se efetuar um deposito em juízo, não se chama de ação de deposito, pois esta é especifica para responsabilizar o depositário infiel.
Hipóteses 
Art. 335. A consignação tem lugar:
Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
Credor que se recusa a receber sem justa causa, ou recusa a dar quitação a qual é devida. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
Trata-se de uma obrigação portável. Porque para o credor de recusar o devedor foi até ele pagar, eu vim cumprir a obrigação. 
Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
Quando o credor não vai e nem manda ninguém por ele para receber. Trata-se de uma obrigação quesível. Neste caso, quando o credor não se apresenta, o procedimento correto é efetuar o pagamento.
Quesível – estou esperando o devedor aparecer.
Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarando ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil.
Se ocorrer duvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
Se perder litígio sobre o objeto do pagamento.
Pagamento com Sub-rogação
A B ( C
 C
Conceito: são as formas de comprimento das obrigações que no pagamento alguns elementosé alterado, ou o elemento subjetivo ou o objetivo, ou a forma. Quem efetua o pagamento não é o devedor é um terceiro, ele efetua o pagamento para o credor e se sub-roga os direitos desse credor.
Sub-rogar-se é colocar no lugar de outra pessoa. 
O casal cumpre o matrimonio em comunhão parcial de bens, tudo que cada um tem antes do casamento é de cada um, na constância do casamento é dos dois. Um dos cônjuges tinha um casamento só dela antes do casamento, no meio do casamento eles vendem o imóvel ela responde por 80% do preço do novo imóvel. Quando separam dividem meio a meio. Mas que na hora que eles efetuarem eles indicarem que 80% desse imóvel esta sendo comprado em sub rogação por conta do imóvel anterior que era só dela, houve uma substituição. Se caso se separarem, 80% desse imóvel não se comunica é só dela, se comunica apenas os 20% que eles completaram. Porque mesmo temporalmente tenha sido adquirido na constância do casamento, ele foi sub rogação daquele que era anterior ao casamento.
No pagamento por sub-rogação houve uma extinção parcial da divida perante o credor, mas não perante o devedor que antes esta devendo para o credor primitivo, agora esta devendo para o que chamamos de credor sub-rogado, que é o terceiro que efetuo o pagamento. 
Espécies:
Legal: 
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
Pleno direito – quer dizer naquela circunstancia descrita na lei o fato jurídico ocorre independentemente na vontade das partes. As pessoas descritas neste artigo, podem efetuar o pagamento e vão se sub-rogar os direitos do credor. 
Natureza cogente – de pleno direito independente da vontade das partes.
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
A ( B
A ( C
O que B e C tem em comum? O mesmo devedor. B que paga a divida para C. E se sub-roga os direitos do credor. As vantagens, porque ele quis, interesses secundários, ou ficar com um único credor. 
Devedor comum: características que são similares a maioria, ou tempo frequência, ou quantidade, não tem nada diferente. Características em comum com a maioria.
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
Credor hipotecário – credor cuja a divida esta garantida em imóvel. 
A $ 200.000,00 2 anos B (C
 CASA - $ 500.000,00
 | 
 CASA
C
1° Vamos supor que a divida de A com B é uma divida de 200 mil reais, o imóvel vale 500 mil reais, fecharam o negocio. Ele paga 300 para o A e paga 200 para o Banco e quita o imóvel.
2° paga os 300 mil reais para o A e assume a divida, perante o credor hipotecário, o imóvel vai para ele ainda com a hipoteca, lá na frente ele tem que pagar a divida se não vai ser executado.
3° forma errada: ele paga os 500 mil para A, e A no contrato assume de maneira expressa, que daqui dois anos ele vai pagar a divida para o credor hipotecário. Vamos supor que A pagou a divida, é liberado a hipoteca do imóvel, e ok. Vamos supor que A não paga a divida, o que acontece? O bem que vai ser executado é a casa de C é uma evicção (a maneira de evitar que aconteça é efetuar o pagamento hipotecário, e sub-roga). Gastou 700 mil em um imóvel de 500. Alem disso se tornou credor de A , ele vai poder cobrar a divida igual de A, com os mesmos instrumento que B tinha, a diferença é que B tinha uma hipoteca (garantia real), ele vai ter que procurar outro patrimônio de A.
Terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel – a divida ocorre sobre o próprio imóvel. 
A $$$ B (C
 CASA
 
 CASA 
C
A tem um imóvel, e C resolve comprar o imóvel, ou paga o imóvel, em prestações, e o combinado é que A só vai passar a escritura para o nome de B, quando ele terminar de pagar. Ele fez o contrato, está com o contrato em mãos, e não fez a transferência no registro de imóveis. Só que A está devendo para B, esta executando a divida perante A, e vai buscar patrimônio do devedor A. Ele penhora o imóvel que está com C, antes do processo existir. 
Embargos de terceiros – ferramenta processual para defender a sua posse de um bem que está sendo constringido pela uma determinação judicial, no processo que nem faz parte, um bem meu é atingido pelo processo. 
Alegar que eu comprei antes de ter essa ação, ou efetuar o pagamento. Caso B não queira receber faz o pagamento em consignação.
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Consonância com os artigos 304 e 305. 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
Convencional 
Ele pede concordância entre as partes, quando há essa concordância efetiva. 
Possui natureza contratual. 
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
A B ( C
C
Assunção de credito. 
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
A 500.000,00 B(C
 CASA – 500.000,00
C
Para comprar o imóvel é 500 mil reais. Ele vai no banco e pede emprestado para pagar a divida, a caixa empresta para ele os exatos 500 mil para pagar ao B. Mas faz isso sobre a condição expressa de terceiro de ficar sub-rogado os direitos desse credor satisfeito. O mutuante fica sub-rogado ao credor satisfeito. Esse contrato que não vai pagar a vista, por 20 anos, cobrando com uma taxa de juros e tudo mais.
Quem empresta é mutuante, quem recebe emprestado é o mutuário.
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito.
Efeitos 
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Limitação, que só se aplica a sub-rogação legal, só poderá cobrar do devedor aquilo que exatamente gastou. Não se aplica a convencional, nada impede que o devedor cobre um valor menor, para poder ter um ganho.
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
Pagamento de sub-rogação parcial, ele ocorre na forma convencional.
Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.
A 100.000,00 B ( C
 90.000,00
 C
Se A ficar insolvente, não tiver o 100 mil para pagar a B, que é credor originário, tem preferência sobre o credor sub-rogado, digamos que A tem apenas 20 mil reais em relação ao 100 mil de dividas, ele vai pagar ele paga 10 para B e 10 para C. O credor sub-rogado é sempre depois do credor originário. 
Imputação do Pagamento 
Varias dividas com entidades de partes (mesmo devedor, e mesmo credor, varias obrigações), essas obrigações tem objetos de mesma natureza (dinheiro), de modo todas são liquidas e vencidas, e exigíveis, é efetuado o pagamento em que possa haver duvida sobre qual das obrigaçõesfoi pago. 
 500		
 500
A 1000 B
 1000
Para eu saber qual das dividas foi paga eu utilizo a imputação do pagamento, indicar qual das dividas esse pagamento seria devido.
Espécies de imputação de pagamento sequenciais: 
A primeira forma de imputação de pagamento é a imputação do devedor, o devedor indica qual divida quer pagar. Prerrogativa do devedor.
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Se o devedor efetuou o pagamento e não indicou qual divida ele pagava, passa esse direito para o credor. – imputação do credor.
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
se nenhum dos dois faz isso, o devedor ao pagar não indicou e o credor ao receber indicou – imputação legal do pagamento.
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art.352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
Dois critérios: 
A divida liquida e vencida antes, a mais antes (a mais antiga). Ela que será considera paga. Se ainda assim tiver mais de uma liquidas e vencidas ao mesmo tempo, o pagamento.
Será imputado na mais onerosa (aquela que gera um desgaste maior ao devedor, a que tem juros em relação a que não tem, ou tem uma garantia real, ou aquela que permitem processo de execução direto em relação a que pede processo de conhecimento).
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Eu tenho uma divida composta de capital + juros, se nada for estabelecido no contrato os 1 mil reais serão imputados aos juros primeiramente. O que acontece com a dívida. Mais eu ou pagar mais eu vou dever. O artigo 354, permite a previsão contratual em contrario, que estabelecer que os 1mil não será imputado diretamente aos juros, parte dele vai para juros e parte vai para o capital, mas se não fizer uma previsão dessa natureza, vale a regra de primeiramente pagar todos os juros.
Dação em Pagamento 
Conceito: é a entrega pelo devedor, prestação diversa da que era devida, com a anuência do credor para a extinção da divida. Alteração no elemento objetivo.
Ele não precisa aceitar.
Elementos constitutivos:
A entrega de uma prestação com animo de extinguir a divida- mesmo o pagamento para entregar a propria prestação devida, você tem que ter o “animus solvendi”. Tem que ficar claro que tem a intenção de extinguir aquela divida;
Acordo de vontades – nem o devedor nem o credor são obrigados a prestação diferente, portanto eles para poder fazer o cumprimento em dação em pagamento ambos tem que concordam, conclui que este instituto é de natureza contratual não cogente;
Diversidade entre a prestação entregue e a prestação que era divida- tem que ter a diversidade porque senão é pagamento, se fosse a prestação primitiva seria o pagamento.
Disposições legais da compra e venda
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Apenas umas regras inerentes ao contrato de compra e venda art. 451 ss, serão aplicadas a dação em pagamentos. Não posso fazer uma venda de ascendente para descendente – até pode mas ela é anulável se não tiver a anuência dos demais herdeiros. Doação pode- porque entra como uma antecipação da legitima herança.
Venda feita com fraude contra credores ou a execução – quando a pessoa transfere seu patrimônio durante uma execução, pode levar a insolvência. Pode ser anulada a dação do pagamento.
Titulo de crédito 
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Cessa de credito com dação de pagamento, então o credito eu transfiro para o meu credor com o pagamento de outra divida que eu tenho. 
Estou devendo para o João, não tenho nada, mas tenho o Renan que me deve uma grana, então eu falo para João, não tenho nada para te pagar, nem entregar, mas tenho algo para receber do Renan e eu transfiro para você esse credito como uma forma de pagamento da divida que eu tenho com você. 
Cessão de credito a titulo de dação em pagamento. 
Quando eu recebo como pagamento titulo de credito, eu tenho que ver a que caráter eu recebo, existem Duas possibilidades:
“Pro soluto”: solvido, pago, já recebe aqui extinguindo a divida. Então nesse caráter a entrega do titulo configura uma dação do pagamento.
“Pro Solvendo”: pagamento na hora que o titulo de credito foi saudado, mera facilitação do pagamento.
Evicção – art. 359
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
Perda do bem pelo adquirente em uma ação movida pelo terceiro a alienante.
Comprou um apartamento só que estava no processo de penhora, que era uma execução do banco, não contra o cara que vendeu para ela mas sim o pai do cara que vendeu para ela. O pai tinha doado para o filho que vendeu para ela. Só que essa doação foi considerada como fraude de execução que independe da boa fé ou má- fé. 
Evicção- é a perda do bem.
Quando sofre a evicção de um bem recebido em pagamento (dação em pagamento), tem um detalhe que a obrigação se restaura. A dação em pagamento extingue, mas se você vier a perder esse bem dado em pagamento por força da evicção a obrigação é restaurada/restabelecida. A pessoa que tinha me dado o bem em pagamento volta a me dever. Só que com um detalhe, se houver fiador na divida originaria na hora que extingui, foi para todos, na hora que restabeleceu só para o devedor, para o fiador não.
Sucedâneos do Pagamento: são situações que tem o efeito igual ao pagamento, extinguir a divida, mas sem a efetiva entrega bem na prestação. 
Novação (“Novatio”)
Conceito: criação de uma nova obrigação em substituição da anterior que se extingue. Então tem um duplo efeito. Com a natureza contratual. Não tem como impor a outra.
Espécies:
Art. 360. Dá-se a novação:
Subjetiva – quando você altera, ou o devedor, ou o credor, ou até ambos. Instituto em desuso. 
Objetiva – entre as mesmas partes você modifica o objeto. 
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
Requisitos 
Existência e validade de uma obrigação nula e inexistente. 
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.
Criação da nova obrigação em substituição da antiga. 
Está sendo criado uma nova obrigação e essa nova obrigação está sendo criada para substituir a primeiro.
“Animus novandi” – a intenção de novar.
A intenção tem que ficar inequívoca para ser expressa ou tacita, porem sempre inequívoca sem duvida alguma que criaram uma nova obrigação em substituição da antiga.
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
Se não tem novação não tem segunda. Ele só confirma.
A diferença de ter uma novação e não ter, é que novação tem que ser de maneira inequívoca. A entrega do relógio daqui 30 dias é o pagamento. Se eu não entregar o relógio ele vai cobrar em juízo o relógio, não tem mais obrigação sobre os 1000, agora o objeto é o relógio. A diferença seeu tenho uma novação eu só posso cobrar o que me surgiu, se não é uma novação eu posso cobrar a divida anterior. Por exemplo: renegociação, o cara me deve 10 mil reais, eu pago em 5 vezes, novação eu tenho agora obrigação sobre 5 parcelas de 2 mil, se cada uma com encargos da mora a partir do vencimento. Se falhar em qualquer uma voltou a divida.
Prescrição eu tenho uma nova obrigação correndo. 
Essencialidade da multiplicação: ele fica absolvido pelo animus novandi. 
Efeitos 
Extinção da divida, só que extingue criando outra. Extintiva da obrigação antiga, constitutiva da nova.
Sumula 286/STF- a renegociação dos contratos bancários, ou a confissão de divida não impede a rediscussão de eventuais ilegalidades sobre os contratos anteriores.
Art. 170, V. Principio da Defesa do Consumidor. 
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
A divida se extingue junto com os acessórios e garantias, pode colocar em contrato que as garantias da antiga obrigação continue existindo na atual, a vontade das partes queiram, exceto se essas garantias que tinham na primeira divida elas foram fornecidas por terceiros. Uma coisa é a garantia do próprio devedor, se um for de garantia de fiador, hipoteca ou de terceiro a extinção da divida libera esse garantidor da obrigação e a criação da nova não obriga, só vai obriga-lo se participou da obrigação.
Multiplicidade de sujeitos/ solidariedade
A
B SOLIDÁRIOS E
C
D
Se um desses devedores realizaram novação, eles extinguiram a obrigação por completo. Quanto a criação da nova obrigação. Na nova obrigação ela só vincula daqueles que dela participaram. Como ninguém pode ser obrigado por atos que não participou, sendo que os demais não participaram eles não participam. 
Criou-se uma nova obrigação extinguindo a velha. Extinguindo não tem o direito de regresso, porque é contratual. 
A $$$ E
Credores solidários: se apenas um faz novação, eles tem direito de regresso, mas a obrigação quer dizer apenas em relação a A e B, por exemplo. 
 B 
A SOLIDÁRIOS C
 D
 E
Compensação 
Conceito: a compensação é a “Extinção de obrigações recíprocas que se pagam uma por outra, até a ocorrência de seus respectivos valores entre pessoas que são devedoras umas das outras”. 
Situação:
A B 
Caso em que A deve para B, e B deve para A. Ambas se extinguem reciprocamente.
Se forem valores diferentes elas se extinguem parcialmente.
Compensação bancária – quando o cheque se transforma em dinheiro, e um banco transfere um para o outro. Eles transferem apenas a diferença de um banco para outro (sistema interno dos bancos).
Espécies 
Legal:tem que preencher os requisitos legais.
Características: 
Ela se opera de pleno direito, presentes os requisitos para a compensação ela vai ocorrer, independentemente da vontade das partes. 
Utilizada como matéria de defesa processual.
Sentença do juiz que eventualmente reconhecer a compensação é de caráter declaratório – não é a sentença que vai fazer a compensação ocorrer, ela apenas vai declarar que ela ocorreu, no momento que os requisitos apareceram.
Requisitos
Reciprocidade de créditos:
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
Vamos supor que A tenha a divida com B e tenha um fiador, e B também deve para A. B foi cobrar a divida do Fiador, não tem nenhum credito com B, mas o afiançado desse fiador que A tem o credito com B, nesse caso excepcionalmente, permite que o fiador se utilize do credito do afiançado para compensar a divida que ele está sendo cobrado. Mesmo sem a reciprocidade direta vai ocorrer a compensação. 
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever.
3° ( A
01 pessoa( C A B
Credor dele ( B C
(d) ele( A
Lhe ( C
A deve para B e B deve para C. Ele pode assumir a divida, mas não pode fazer uma compensação. 
Outro caso:
Eu tenho uma divida de A para com B, daí C assume a divida, C no lugar do C. Depois de já assumida (apenas B e C na obrigação), surge uma divida de B para com C. 
Liquidez da divida.
Vencimento: as duas dividas tem que ser vencidas. Elas tem que ser exigíveis.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
Fungibilidade das obrigações: eu só posso compensar prestações de mesma natureza (dinheiro com dinheiro, soja com soja). A origem não precisa ser a mesma. 
Convencional: mesmo não estando presentes alguns requisitos da legal as partes concordam em fazer a compensação de maneira consensual (vontade). 
*Judicial: nada mais é que levar ao judiciário uma compensação que ocorreu, e declarar o momento. 
Exclusão da compensação 
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
Luan me deve 200 reais, eu vou na carteira dele e furto 200 reais. Recebo uma ação penal. 
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
Comodato – de empréstimo a titulo gratuito de coisas não fungíveis.;
Depósito – deixa algum bem sobre custodia para guardar. (Banco)
Alimento – porque é uma divida de natureza personalíssima. 
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.
Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente.
A deve para B, e B deve para A. vamos supor que B resolve fazer uma cessão de credito, precisa notificar A, ele tem que se manifestar se opondo na cessão, ou se ele não fala nada não se opõe, e é transferido para C, depois ele cobrar de C. Não pode fazer a compensação. 
Se ele se opor ele pode propor a compensação. 
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.
O devedor escolhe qual delas ela vai compensar com o credito que ele tem. 
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia.
A deve para B, para o credito ser penhorado precisa de um processo de execução de um terceiro contra B, depois desse momento surgiu uma divida de B para com A. Ocorreu a reciprocidade depois que o credito já tinha sido penhorado, impede a compensação. 
E se já tinha a reciprocidade e surge o processo de execução A tem que se insurgir na execução e negar, e haver a compensação.
Confusão
Conceito é a extinção da divida decorrente de um fato de se confundir na mesma pessoa as qualidades de credor e devedor na obrigação.
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
Art. 382. A confusão

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