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Procedimento administrativo preparatório da ação penal; Conduzido pela polícia judiciária; Objetivo de colher provas para apurar a materialidade de uma infração penal e a sua autoria. Algumas provas colhidas na fase do inquérito são definitivas e terminam por auxiliar, durante o processo, a formação do convencimento do juiz. Cenário jurídico da função exercida pelo delegado de polícia – Lei n.º 12.830/2013 – art. 2.º, caput – As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. Formar a convicção (opinio delicti) do órgão acusatório (Ministério Público, nas ações públicas; ofendido, nas ações privadas) para a promoção da ação penal. Fornecer elementos de sustentação à denúncia ou à queixa. §§ 1.º e 4.º do art. 144 da CF. arts. 4.º a 23 do CPP. Lei 12.830/2013. Inquisitivo – não se submete aos princípios da ampla defesa e do contraditório. Sigiloso – sem a publicidade inerente ao processo penal. Exceto: Advogado - Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94, art. 7.º, XIV) e Súmula Vinculante 14 do Supremo Tribunal Federal. Se o juiz decretar o sigilo da investigação policial, somente o representante do Ministério Público e o advogado constituído do indiciado têm acesso aos autos. O indiciado não pode ficar incomunicável – advogado pode ter acesso ao cliente, a qualquer momento, mesmo sem procuração – Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94, art. 7.º, III). Regime disciplinar diferenciado (RDD) – art. 5.º, IV, da Lei 10.792/2003 – (...) os Estados e o Distrito Federal poderão regulamentar o regime disciplinar diferenciado, em especial para: (...) IV – disciplinar o cadastramento e agendamento prévio das entrevistas dos presos provisórios ou condenados com seus advogados (...). Ver: art. 52 da Lei 7.210/84 – Lei de Execução Penal. Dez dias, se o indiciado estiver preso; 30 dias, se estiver solto (art. 10, caput, CPP). Indiciado preso – se houver prorrogação, deve ser colocado em liberdade. Indiciado em liberdade – pode haver prorrogação, sem qualquer consequência, concedida pelo juiz, até quando seja necessário para sua conclusão. Esfera federal – 15 dias, podendo ser prorrogado por outros 15, se deferido pelo magistrado e houver fundamentação, calcada na necessidade da mantença da custódia cautelar, por parte da autoridade policial (art. 66, caput, Lei 5.010/66). Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) – 30 dias, se o indiciado estiver preso; 90 dias estando solto. Prazos podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, desde que exista pedido justificado formulado pela autoridade policial (art. 51). Crimes contra a economia popular – prazo sempre de 10 dias (preso ou solto – § 1.º, art. 10, da Lei 1.521/51). Inquérito militar – 20 dias, se o indiciado estiver preso; se estiver solto, 40 dias, prorrogáveis por outros 20 (art. 20, caput e § 1.º, do Dec.-lei 1.002/69). Prisão temporária – cinco dias, podendo-se prorrogá-lo por outros cinco, em caso de absoluta necessidade. Findo o prazo de diz dias, deve o delegado colocar o detido em liberdade podendo continuar a investigação. Se, durante o período da temporária, foram apurados os elementos suficientes para dar base à acusação, encaminha-se o inquérito relatado, antes de terminar a prisão temporária, para que haja a denúncia. a) de ofício, por portaria, quando a autoridade policial toma conhecimento da prática de um crime de ação pública incondicionada; b) por requisição do juiz ou do membro do Ministério Público; c) por requerimento (ação pública incondicionada ou privada) ou representação (ação pública condicionada) da vítima; d) pela lavratura do auto de prisão em flagrante. Quando a autoridade policial esgota as possibilidades de investigação, apurando ou não a prática da infração penal ou sua autoria. Elabora um relatório e o encaminha ao juiz, ouvindo-se o representante do Ministério Público. Se houver prova suficiente, o órgão acusatório promove a ação penal (denúncia). Não havendo provas suficientes, requer o representante do Ministério Público o arquivamento. Tratando-se de ação privada, o ofendido, por seu advogado, oferece queixa-crime. Formal escolha do suspeito, feita pela autoridade policial, de ser ele o autor da infração penal, colhendo seus dados pessoais e determinando o registro na sua folha de antecedentes. Lei 12.830/2013, art. 2.º, § 6.º – o indiciamento dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. Ou qualificação – feita por intermédio da colheita dos seus dados pessoais (nome, filiação, naturalidade, estado civil, profissão, endereço etc.) feita por intermédio da colheita dos seus dados pessoais (nome, filiação, naturalidade, estado civil, profissão, endereço etc.). É a denominada qualificação. Quem apresentar o documento civil de identidade (RG, Carteira Nacional de Habilitação – CNH etc.), não precisa ser identificado criminalmente – art. 5.º, LVIII, da Constituição Federal. Salvo hipóteses previstas em lei – Lei 12.037/2009, modificada pela Lei 12.654/2012. Espera-se da autoridade policial uma atuação imparcial na condução da investigação criminal. Lei 12.830/2013, no art. 2.º, §§4º e 5º – inquérito somente pode ser avocado por autoridade superior ou redistribuído a outro delegado, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de não observância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficiência da investigação. Dever de ofício do delegado para se declarar suspeito. Se não o fizer, o indiciado não pode ser prejudicado, logo, deve interpor exceção de suspeição ao juiz, que supervisiona o inquérito – se o magistrado não acolher o pleito, torna-se autoridade coatora, sendo possível o ajuizamento de habeas corpus. Princípio da obrigatoriedade da ação penal pública. Finda a investigação, sem provas suficientes para a promoção da demanda criminal, cabe ao Ministério Público requerer ao juiz o arquivamento do feito. O delegado não poderá, em hipótese alguma, mandar arquivá-lo (art. 17, CPP). Discordando das razões invocadas pelo membro do Ministério Público, deverá remeter o feito ao Procurador-Geral da Justiça, nos termos do art. 28 do CPP. Se o Chefe da Instituição concordar com o juiz, designará outro promotor para o oferecimento da denúncia. Este membro do MP deverá propor a ação, pois age por delegação do Procurador-Geral. Se a Chefia discordar do juiz, expondo seu fundamento, insistirá no arquivamento; deverá, então, o magistrado determinar o referido arquivamento. Ação privada – se a investigação for insatisfatória, a vítima não fará uso do material coletado, devendo requerer o arquivamento ao juiz. Não o fazendo, o próprio magistrado assim determinará.
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