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Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
http://www.sandrocaldeiramusicas.com 1 
 
LEI MARIA DA PENHA 
 
Em 22 de agosto de 2006 entrou em vigor a Lei 11.340, mais conhecida como Lei 
“Maria da Penha”. O motivo pelo qual a citada lei foi assim batizada encontra a sua 
razão de ser na luta travada pela biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, 
vítima de inúmeras violências no âmbito familiar, praticadas por seu marido, o 
professor universitário e economista Marco Antônio H. Viveiros, culminando com uma 
tentativa de homicídio que lhe causou uma paraplegia irreversível, demostrando que a 
violência contra a mulher não se limita às classes sociais mais baixas, mas sim, é 
reflexo de uma cultura onde a mulher é encarada como ser inferior que deve se se 
subjugar às vontades muitas vezes cruéis de seus parceiros. 
Esses acontecimentos abusivos e inaceitáveis são mais comuns do que imaginamos, 
sendo considerados “normais” por alguns, que já se acostumaram com os mesmos e 
assumiram uma posição de passividade frente a essa realidade cruel e desumana. 
Existem muitas “Marias da Penha” pelo país, mas uma ergueu a voz, clamou por ajuda 
e, mesmo paraplégica, foi buscar a proteção da Justiça. Em 20 de agosto de 1998, 
juntamente com o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL1), através do 
Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa de Direitos da Mulher 
(CLADEM2), Maria da Penha formalizou uma denúncia contra o Brasil à Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos da OEA. A ação resultou no relatório nº 54 de 
20013
 
, que concluiu pela omissão do Brasil no que se refere à problemática da 
violência contra a mulher, e recomendou a adoção de medidas para simplificar o 
sistema jurídico brasileiro para, desta maneira, permitir uma concreta implementação 
dos direitos já reconhecidos pela Convenção Americana e Convenção de Belém do 
Pará. 
 
 
 
 
 
1 O CEJIL é uma ONG fundada em 1991e existe no Brasil desde 1994, tendo por finalidade a proteção e promoção 
dos direito humanos junto aos Estados membros da Organização dos Estados Americanos. 
2 O CLADEM é formado por um grupo que atua na defesa dos direitos das mulheres da América Latina e Caribe. 
3 Comissão Interamericana de Direitos Humanos: relatório nº 54/01 - www.ceidh.org/annualrep/2000port/12051.htm> 
Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
http://www.sandrocaldeiramusicas.com 2 
ARTIGOS RELEVANTES 
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio 
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente 
agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos 
que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou 
por vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha 
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 
Parágrafo único - As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de 
orientação sexual. 
Comentários: 
Pela leitura de presente artigo, podemos constatar que a violência doméstica, também 
denominada de familiar ou intrafamiliar, segundo o artigo 5º da lei 11.340/06, deve ser 
entendida como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial. 
Desta forma, é caracterizada como qualquer espécie de comportamento agressivo 
direcionado contra a mulher (sujeito passivo), através de ação ou omissão, no 
ambiente que compreende a unidade doméstica, familiar ou de qualquer relação 
íntima de afeto, que cause à mulher uma ou mais das seguintes consequências: 
 morte; 
 lesão (corporal); 
 sofrimento físico; 
 sofrimento psicológico; 
 dano moral; 
Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
http://www.sandrocaldeiramusicas.com 3 
 dano patrimonial. 
 
Aplicação da lei independentemente da orientação sexual da mulher 
O parágrafo único do artigo 5º dispõe: 
“As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.” 
Dessa forma, a Lei Maria da Penha é aplicada também nas relações homoafetivas 
femininas. 
Art. 6o A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de 
violação dos direitos humanos. 
 
CAPÍTULO II 
DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
CONTRA A MULHER 
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal; 
Observação: Nesse caso podemos citar a lesão corporal- artigo 129, § 9ª do CP, na 
forma da Lei 11.340/06. 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano 
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, 
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, 
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, 
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que 
lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; 
Observação: Aqui como exemplo podemos citar o crime de ameaça, previsto no artigo 
140 do CP, na forma da Lei 11.340/06 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a 
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante 
intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a 
utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método 
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, 
Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
http://www.sandrocaldeiramusicas.com 4 
mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o 
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
Observação: Como exemplo de violência sexual podemos citar o delito de estupro 
praticado pelo marido contra a esposa, o irmão contra a irmã e assim por diante. 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure 
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de 
trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, 
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
Observação: Aqui se enquadra o delito de dano, por exemplo - artigo 163 do CP, na 
forma da Lei 11.340/06. 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, 
difamação ou injúria. 
Observação: Aqui se enquadram os crimes contra a honra, calúnia (artigo 138 do CP), 
difamação (artigo 139 do CP) e injúria (artigo 140 do CP), todos na forma da Lei 
11.340/06. 
Art. 9o A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será 
prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei 
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de 
Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e 
emergencialmente quandofor o caso. 
§ 1o O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de 
violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo 
federal, estadual e municipal. 
§ 2o O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para 
preservar sua integridade física e psicológica: 
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração 
direta ou indireta; 
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até seis meses. 
§ 3º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar 
compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e 
tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das 
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos 
de violência sexual. 
Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
http://www.sandrocaldeiramusicas.com 5 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de 
que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em 
audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da 
denúncia e ouvido o Ministério Público. 
Observação: Aqui verifica-se que em se tratando de crimes cuja ação penal é pública 
condicionada à representação, caso a representação seja feita pela vítima, não será 
possível que a ofendida volte atrás em sede policial, só podendo renunciar a 
representação em juízo, em uma audiência especialmente designada para essa 
finalidade. 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a 
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
Comentário: Antes do advento da Lei Maria da Penha, era comum que situações de 
violência doméstica acarretassem ao agressor o pagamento de cestas básicas ou 
mero pagamento de multa. Entretanto a Lei 11.340/06 vedou expressamente essas 
possibilidades, tornando mais severa a punição em caso de violência doméstica 
contra a mulher. 
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a 
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. 
Comentário: As medidas protetivas surgiram com o advento da Lei Maria da Penha, 
trazendo mais garantias para a mulher vítima de violência doméstica e familiar, bem 
como limitando certos comportamentos do agressor. 
§ 1o As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, 
independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, 
devendo este ser prontamente comunicado. 
§ 2o As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, 
e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que 
os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. 
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a 
prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial. 
Comentário: Trata-se de mais um dos benefícios trazidos pela Lei Maria da Penha, 
pois permite que em qualquer espécie de infração penal seja possível a decretação de 
prisão preventiva do agressor, mesmo em situações onde normalmente não se 
admitiria. 
Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
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Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, 
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. 
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, 
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da 
intimação do advogado constituído ou do defensor público. 
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor. 
Seção II 
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou 
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão 
competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite 
mínimo de distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de 
comunicação; 
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e 
psicológica da ofendida; 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de 
atendimento multidisciplinar ou serviço similar; 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
Seção III 
Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de 
proteção ou de atendimento; 
Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
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II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo 
domicílio, após afastamento do agressor; 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a 
bens, guarda dos filhos e alimentos; 
IV - determinar a separação de corpos. 
 
Quadro Esquemático 
ANTES DA LEI MARIA DA PENHA DEPOIS DA LEI MARIA DA PENHA 
 Lei 11.340/06 
Não existia lei específica sobre a violência 
doméstica, a situação era tratada como qualquer 
espécie de violência. 
Apesar de não tipificar crimes em espécie, 
passou a definir a violência doméstica e familiar 
contra a mulher e a estabelecer as suas formas: 
física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, 
trazendo normas protetivas para mulheres 
vítimas de violência doméstica. 
Sem equivalente 
Determina que a violência doméstica contra a 
mulher independe de orientação sexual, sendo 
portanto também aplicada em relações 
homoafetivas femininas. 
Nos casos de violência, inclusive a doméstica, 
que se enquadravam como infrações de menor 
potencial ofensivo (aqueles com pena máxima 
cominada até 2 anos), aplicava-se a Lei 
9.099/95, que criou os Juizados Especiais 
Criminais. 
Não permite que as situações de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, ainda que a 
pena prevista para o delito seja até 02 anos, 
sejam julgados pelo juizado especial criminal, 
sendo tais situações julgadas pela vara de 
Violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Mesmo em situações de violência doméstica 
contra mulher permitia a aplicação de penas 
pecuniárias, como cestas básicas e multas. 
Proíbe a aplicação dessas penas e pecuniárias. 
Em sede policia a autoridade policial fazia um 
resumo dos fatos (normalmente termo 
circunstanciado) e registrava num termo padrão, 
como era feita para os demais casos. 
A lei Maria da Penha trouxe um capítulo 
específico prevendo procedimentos a serem 
adotados pela autoridade policial, no que se 
refere às mulheres vítimasde violência 
doméstica e familiar, não permitindo a lavratura 
de termo circunstanciado, mas sim a realização 
Texto Explicativo Música Lei Maria da Penha 
http://www.sandrocaldeiramusicas.com 8 
de registro de ocorrência que ensejará posterior 
instauração de inquérito policial. 
Nos crimes de ação penal pública condicionadas 
à representação a mulher, após fazer a 
representação podia desistir da mesma na 
delegacia. 
Não é possível que a mulher renuncie à 
representação em sede policial , só podendo 
fazer tal renúncia perante o Juiz, em audiência 
especialmente designada para tal finalidade. 
Normalmente era a mulher quem, muitas vezes, 
entregava a intimação para o agressor 
comparecer à delegacia ou às audiências. 
Proíbe expressamente que a mulher entregue a 
intimação ou notificação ao agressor. 
Na maioria das situações de violência doméstica, 
em razão da pena não era possível a decretação, 
pelo Juiz, de prisão preventiva, nem flagrante, do 
agressor, desaguando no juizado especial 
criminal. 
Possibilita a prisão em flagrante e a prisão 
preventiva do agressor em qualquer situação de 
violência doméstica, desde que presentes os 
requisitos previstos em lei. 
Por falta de previsão legal, a mulher vítima de 
violência doméstica e familiar nem sempre era 
informada quanto ao andamento do seu 
processo e, muitas vezes, comparecia às 
audiências sema presença advogado ou 
defensor público. 
Com a lei Maria da Penha a mulher atualmente, 
por força de lei, será notificada dos atos 
processuais, especialmente quanto ao ingresso e 
saída da prisão do agressor da prisão, e terá que 
ser acompanhada por advogado, ou defensor, 
em todos os atos processuais. 
A violência doméstica e familiar contra a mulher 
não era considerada circunstância agravante de 
pena. (art. 61 do Código Penal). 
A violência doméstica e familiar contra a mulher 
passou a contar no Código Penal, como 
circunstância que agrava a pena aplicada ao 
agressor. (art. 61, I , “f” do CP) 
Não havia previsão para determinação do quanto 
ao seu comparecimento em programas de 
recuperação e reeducação. 
Atualmente a legislação permite ao Juiz 
determinar o comparecimento obrigatório do 
agressor em programas de recuperação e 
reeducação, de maneira a reduzir seu 
comportamento agressivo. 
Não havia previsão legal para proibir o agressor 
de frequentar os mesmos lugares que a vítima 
frequenta. Também não havia previsão legal que 
vedasse o agressor de se aproximar da vítima ou 
de seus familiares. 
Pela Lei Maria da Penha é possível através das 
chamadas medidas protetivas, que Juiz fixe um 
limite mínimo de distanciamento entre o agressor 
e a vítima, seus familiares e testemunhas, assim 
como pode proibir qualquer tipo de contato do 
agressor com a ofendida, seus familiares e 
testemunhas.

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