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TRABALHO EM GRUPO – TG Licenciatura em Artes Visuais Estudos Disciplinares III Prof.ª Silmara Machado A DIVERSIDADE DAS INDIVIDUALIDADES E A PLURALIDADE CULTURAL BRASILEIRA NAS ESCOLAS Sandra Aparecida dos Santos Kecek – 1607212 Campos do Jordão – SP 2016 Sandra Aparecida dos Santos Kecek – 1607212 A DIVERSIDADE DAS INDIVIDUALIDADES E A PLURALIDADE CULTURAL BRASILEIRA NAS ESCOLAS Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA, referente ao curso de graduação em Artes Visuais, como um dos requisitos para a avaliação em Estudos Disciplinares III Orientadora: Prof.ª Silmara Machado Campos do Jordão – São Paulo 2016 SUMÁRIO 1. Introdução..............................................................................................................................4 2. Objetivos................................................................................................................................4 3. A Diversidade das Individualidades e a Pluralidade Cultural Brasileira nas Escolas...........4 4. Conclusão..............................................................................................................................6 5. Referências............................................................................................................................7 4 1. INTRODUÇÃO A diversidade cultural brasileira, resultado da pluralidade de culturas que formaram nossa sociedade, não pode ser ignorada em nossas escolas e comunidades, uma vez que buscamos uma realidade mais tolerante e pacífica, onde os cidadãos se identifiquem como integrantes de uma nação que valoriza e respeita as diferenças. Existe a necessidade de uma ampla discussão sobre o tema, onde nossa compreensão se amplie, e, assim, possamos mudar nossas posturas com relação as diferenças individuais e culturais. 2. OBJETIVOS Refletir sobre o modo como as diversidades individuais e o pluralismo cultural são tratados dentro do atual contexto educacional e buscar reconhecer, compreender e acolher as diferenças que interagem nos espaços escolares. 3. A DIVERSIDADE DAS INDIVIDUALIDADES E A PLURALIDADE CULTURAL BRASILEIRA NAS ESCOLAS A cultura brasileira é formada por diferentes elementos, crenças, ideias, valores, mitos, festas populares, culinária, modos de se vestir, etc.…vindos de várias partes do mundo. Essa cultura é transmitida de geração em geração, e vai se mesclando com outras culturas que, ainda nos dias atuais, chegam até nós por meio de novos imigrantes que aportam em nosso país. Europeus, asiáticos, sul-americanos, africanos e índios formaram o povo que somos hoje, uma população numerosa e miscigenada, com vasta diversidade cultural. A pluralidade cultural, ou seja, nossa herança cultural que vem de diversas culturas e etnias, nos caracterizou como um povo único, dono de uma diversidade imensa. Conhecer a diversidade cultural de nosso país é conhecer nossa própria história; saber a origem de nossas festas, do nosso folclore, da nossa culinária, de nossas crenças e costumes, assim como aprender a valorizar e a respeitar as diferentes culturas das quais somos herdeiros e participantes, nos dá um sentido de nação, de reconhecimento da nossa brasilidade. Quando uma pessoa se reconhece dentro de uma cultura ela tem um referencial de identidade e valores, e consegue mais facilmente se tornar um sujeito de transformação da sociedade em que vive. 5 A escola é, por excelência, o espaço onde as diversidades culturais, sociais, étnicas e de gêneros se encontram. Logo, não há melhor lugar para a discussão e a vivência desses temas. Cada criança é singular, tem sua própria maneira de ser, de aprender, de se expressar no mundo e traz sua bagagem cultural. Crianças com deficiências físicas e intelectuais, crianças superdotadas, crianças de população nômade, crianças de ambientes rurais e urbanos, de etnias e status sociais diversos, convivem diariamente em ambiente escolar. O respeito e o acolhimento a essas singularidades deveriam ser primordiais nas escolas. Só assim elas cresceriam aprendendo a conviver e a respeitar as diferenças. Porém, muitas vezes o que encontramos nas escolas é a discriminação, o preconceito e os rótulos em relação aos alunos que fogem ao padrão dito “normal” idealizado por uma sociedade que não reconhece, ou, até mesmo, repudia o que considera diferente. Educar valorizando a diversidade ainda é algo novo, e, até certo ponto, difícil, pois ao longo da história da educação brasileira, o que observamos foi a valorização de uma única cultura, ou seja, a cultura do homem branco colonizador. A vivência e o estudo das demais culturas se dava apenas em algumas datas, como o Dia do Índio e o Dia da Consciência Negra, como se os saberes dessas culturas fossem algo distante e descolado da nossa história. As Diretrizes Nacionais Gerais para a Educação Básica são baseadas no direito constitucional de que toda pessoa tem o direito ao seu pleno desenvolvimento, à preparação para o exercício da cidadania, à qualificação para o trabalho e na vivência e convivência em ambiente educativo em igualdade, liberdade, diversidade, respeito, justiça social, solidariedade e sustentabilidade, e orienta que a construção dos currículos escolares, bem como o planejamento das ações coletivas devem considerar a valorização das diferenças, atendendo à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade, buscando a ressignificação e recriação da cultura herdada e a reconstrução das identidades culturais, valorizando as raízes próprias das diferentes regiões do país. Por isso, as escolas devem aceitar o desafio de construir um currículo no qual os alunos se reconheçam em suas diferenças, sejam eles negros, brancos, índios, mestiços, vindos da zona rural ou urbana, com necessidades especiais, com diferenças de gênero, com suas religiões, seus hábitos regionais, sejam pobres ou sejam ricos. A escola deve estar preparada, se não estiver, deve se preparar para receber e acolher alunos de todos os grupos sociais, revendo seus valores, seus conhecimentos sobre esses grupos e até mesmo sua estrutura física. A construção de uma nova escola, onde o debate sobre a diversidade cultural, política, religiosa, étnica e sexual existentes no Brasil, nos possibilita identificar e revitalizar nossa identidade, nossas relações 6 inter-raciais, rever nossa autoimagem e melhorar nossa autoestima. O debate nos leva à reflexão e possibilita estimular a convivência saudável e pacífica dentro da escola, onde o respeito mútuo seja algo compreendido e desejado. Os professores são os agentes mediadores de toda diversidade que vem dos alunos, portanto é muito importante e necessário a preparação desses professorespara essa tarefa. Para saber lidar com a diversidade é preciso antes conhecê-la, compreendê-la no seu contexto, respeitá-la para poder passar esse respeito aos alunos. É preciso saber sobre ela. O professor que consegue enxergar e compreender a diversidade em seus alunos, seus muitos saberes, entendendo suas dificuldades, porém, não usando essas dificuldades como desculpas para uma limitação de aprendizagem, com certeza planeja suas aulas comtemplando a todos, sem exclusão, priorizando suas potencialidades e capacidades. As pessoas provêm de diferentes e singulares contextos. Pessoas pobres, pessoas ricas, urbanas, do interior e do litoral. São brancas, negras, índias e mestiças. São singulares e belas ao seu modo. Querem e precisam ser aceitas umas pelas outras para, só assim, alcançarem seu desenvolvimento pleno como seres humanos. Em O Livro dos Abraços, de Eduardo Galeno, o homem que conseguiu subir aos céus e contemplar a vida humana lá de cima, constatou que somos “um montão de gente, um mar de fogueirinhas”. “Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais”, disse o autor. Reconhecer e admirar a luz própria de cada pessoa nos permite brilhar em nossa plenitude. 4. CONCLUSÃO Conhecer e valorizar as diferenças étnicas, culturais, religiosas, de gênero e políticas não significa aderir aos valores e preferências do outro, mas sim que respeitamos esses valores como expressão da diversidade. Reconhecer a diversidade como parte da identidade nacional, conhecer, compreender e valorizar os diferentes grupos sociais que convivem em nosso país, assim como reconhecer as desigualdades socioeconômicas e as relações sociais que discriminam e excluem os considerados “diferentes”, são pontos fundamentais que devem ser considerados se queremos formar cidadãos reflexivos que podem contribuir para uma sociedade mais justa e pacífica. 7 5. REFERÊNCIAS Portal Brasil, Resolução n° 4 de 13 de julho de 2010, Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf>. Acesso em 14/09/2016. Galeno, Eduardo. O Livro dos Abraços. Porto Alegre: L&PM, 2008. Bibliografia Freitas, Fatima e Silva de. A Diversidade Cultural Como Prática na Educação. Curitiba: Editora Intersaberes, 2012. Disponível em: < http://unip.bv3.digitalpages.com.br/users/publications>. Acesso em 14/09/2012. Paula, Claudia Regina de. Educar para Diversidade: entrelaçando redes, saberes e identidades. Curitiba: Editora Intersaberes, 2013. Disponível em: <http://unip.bv3.digitalpages.com.br/users/publications>. Acesso em14/09/2016. Perspectiva em diálogos: Revista de Educação e Sociedade, A Diversidade Cultural e o Currículo Escolar: A Ressignificação da Relações Étnicos-Raciais/Pereira. Disponível em: < http://www.seer.ufms.br/index.php/persdia/article/view/17>. Acesso em 18/09/2016. Portal Educação, A Pluralidade Cultural Frequenta a Escola/Cunha. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/23068/a-pluralidade-cultural- frequenta-a-escola>. Acesso em 18/09/2016. Recanto das Letras, Diversidade Cultural um Desafio na Escola Gabriel Lage/Souza. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3563268>. Acesso em 20/09/2016 Scielo.br, Universos Culturais e Representações Docentes: Subsídios para formação de professores para a diversidade cultural/Canen. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 73302001000400010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em 20/09/2016.
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