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Cipa e NR 05

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NR5
NORMA REGULAMENTADORA Nº5
APOSTILA
CURSO DE PREVENÇÃO
DE ACIDENTES PARA
MEMBROS DA CIPA
Pertence a:________________
2
INTRODUÇÃO
A legislação sobre Segurança, Higiene e Saúde do Trabalhado no Brasil é
relativamente nova. Após a edição do Decreto Lei nº 5452 de 1943, que criou a
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, destacamos os seguintes fatos mais
marcantes:
Criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, através do
Decreto Lei nº 7.036 de 10 de novembro de 1.944.
Criação da Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do
Trabalho, hoje Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho-FUNDACENTRO, instituída pela Lei nº 5.161 de 21 de outubro de
1.966.
 Integração do Seguro de acidentes do Trabalho à Previdência Social, através da
Lei nº 5.316 de 14 de setembro de 1.967.
Criação obrigatória dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho pelas empresas, através da edição da Portaria nº 3.237
de 17 de julho de 1972.
Aprovação das Normas Regulamentadoras NR-Capitulo V, título II da CLT,
através da Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1.978.
Edição da Portaria nº 247 de 2011 que alterou a Norma Regulamentadora nº 5 –
CIPA, atualmente em vigor.
3
C.I.P.A.
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Comissão: Grupo de pessoas formado por representantes do empregador e
empregado,com o objetivo de prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
Interna: Seu campo de atuação está restrito a própria empresa.
Prevenção: Antecipar-se a situações de riscos quando nos deparamos com elas,
dando exemplos de pró -atividade e trabalho correto.
Acidentes: Qualquer ocorrência inesperada que interfere no andamento normal do
trabalho causando danos materiais, perda de tempo ou lesão ao trabalhador.
OBJETIVO DA CIPA
Tem como objetivo primordial “prevenir os acidentes e as doenças do trabalho”.
CONSTIUIÇÃO
Toda empresa pública ou privada deverá constituir CIPA, por estabelecimento, e
mantê-la em regular funcionamento com o objetivo de assegurar aos trabalhadores
um ambiente saudável.
A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados de
acordo com dimensionamento previsto no Quadro I da NR 5.
Os representantes do empregador serão indicados pelo empregador.
Os representantes dos empregados serão eleitos pelos próprios empregados, por meio
de voto secreto.
Quando a empresa não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um
responsável para manter e fazer cumprir as normas de Segurança do Trabalho.
O mandato dos membros da CIPA terá a duração de 1 ano, permitida uma reeleição.
O cipeiro não poderá sofrer dispensa arbitrária desde o registro de sua candidatura
até um ano após o final do seu mandato, salvo o exposto no capítulo V, artigos 158 e
alíneas, e 482, da CLT.
Os membros da CIPA serão empossados no 1º dia útil após o término do mandato
anterior.
Serão indicados de comum acordo com os membros da CIPA um secretário (a) e seu
substituto.
Deverá ser protocolada em até 10 dias úteis no MTE, os seguintes documentos: ata
de reeleição e de posse e calendário anual das reuniões ordinárias. (revogado)
4
ATRIBUIÇÕES GERAIS DA CIPA
 Identificar os riscos do processo de trabalho;
 Realizar periodicamente verificação nos ambientes e condições de trabalho;
 Elaborar plano de trabalho;
 Realizar após cada reunião, a verificação do cumprimento das metas fixadas;
 Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
 Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO, PPRA bem como
de outros programas de segurança e saúde desenvolvidos pela empresa;
 Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho e normas
internas de segurança relativas à segurança no trabalho;
 Participar em conjunto com o SESMT da análise das causas das doenças e
acidentes do trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados;
 Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
 Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção à AIDS e outros programas de saúde.
ATRIBUIÇÕES DA CIPA
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
 Convocar os membros para as reuniões da CIPA.
 Coordenar as reuniões.
 Manter o empregador informado sobre as decisões da CIPA.
 Coordenar e supervisionar as atividades do secretário.
 Delegar atribuições ao Vice-Presidente.
5
ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE
 Executar as atribuições que lhe forem delegadas.
 Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais e nos seus
afastamentos temporários.
ATRIBUIÇÕES DA(O) SECRETÁRIO
 Redigir a ata, que deverá ser bem clara em relação ao que foi discutido e
votado.
 Preparar correspondência.
 Elaborar relatórios estatísticos.
ATRIBUIÇÕES EM CONJUNTO
 Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o
desenvolvimento de seus trabalhos;
 Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que seus
objetivos sejam alcançados;.
 Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT;
 Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
 Encaminhar os pedidos de reconsideração da CIPA;
 Constituir Comissão Eleitoral.
O PAPEL DO CIPEIRO
Atividades principais do cipeiro:
 Identificar os riscos de acidentes no trabalho
 Realizar verificações e inspeções nos locais de trabalho
 Planejar a SIPAT em conjunto com o SESMT
 Elaborar Mapa de Riscos e Plano de Trabalho
Atividades participativas:
 Participar
 Colaborar
 Divulgar
 Orientar
A função de cipeiro é de esclarecimento. O cipeiro é um professor de adultos. Não tem
autoridade segundo a Lei, mas conquista a confiança através da autoridade moral, baseada no
exemplo e na prestação de serviço no trabalho. Sua atividade é de ensinar.
6
FUNCIONAMENTO DA CIPA
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais de acordo com o calendário pré-
estabelecido e poderão ser realizadas reuniões extraordinárias em situações
específicas.
REUNIÕES ORDINÁRIAS
 Serão realizadas durante o expediente normal de trabalho.
 Terão atas assinadas pelos presentes.
 Todos os membros da CIPA deverão participar das reuniões, tanto titulares
quanto suplentes.
 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído pelo suplente, quando
faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativas.
 No caso de afastamento definitivo do Presidente, a empresa indicará o
substituto em dois dias úteis, preferencialmente entre membros da CIPA.
 No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares
da representação dos empregados, escolherão o substituto entre seus titulares,
em dois dias úteis.
 Devem ser coordenadas pelo Presidente ou Vice-Presidente.
 Deverá ser respeitado calendário pré-estabelecido.
 Tratar exclusivamente de assuntos da CIPA.
 Execução do Plano de Trabalho.
 Utilização adequada do tempo.
REUNIÕES ORDINÁRIAS
Serão realizadas mensalmente conforme calendário de reuniões, durante o expediente
normal de trabalho.
REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS
 As reuniões extraordinárias ocorrerão em situações específicas:
 Acidentes de trabalho grave ou fatal.
 Denúncia de risco grave e iminente.
 Quando houver solicitação expressa de uma das representações.
Seqüência Sugerida
 Abertura (Presidente).
 Leitura da ata da reunião anterior (Secretário).
 Avaliar as pendências e suas soluções.
 Sugestões de medidas preventivas.
 Determinação dos responsáveis e prazos para realização das medidas
preventivas.
 Discussão sobre os acidentes ocorridos no período.
 Discussão das Inspeções de Segurança.
 Avaliação do cumprimento das metas fixadas.
 Encerramento (Presidente).
7
SEGURANÇA DO TRABALHO
Segurança do trabalho é o conjuntode medidas que são adotadas visando minimizar
os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade do
trabalhador e sua capacidade de trabalho.
ACIDENTE DO TRABALHO
CONCEITO LEGAL
A Lei nº 8.213 de 24.07.91 da Previdência Social define em seu artigo19 que:
Acidente de Trabalho – É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,
perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
CONCEITO PREVENCIONISTA
Acidente do Trabalho - é toda ocorrência não programada que interfere no
andamento normal do trabalho dos quais resultem, separadamente ou em conjunto,
lesões, danos materiais ou perda de tempo.
Esse enunciado nos traz uma visão de que acidente não é só aquele que causa uma
lesão no trabalhador, mas sim qualquer tipo de ocorrência inesperada, que hoje
ocasiona perda de tempo, danos materiais e financeiros.
8
EQUIPARAM-SE AO ACIDENTE DO TRABALHO
DOENÇA PROFISSIONAL
Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social.
Ex.: Tendinite nos digitadores.
DOENÇA DO TRABALHO
Assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais no
ambiente de trabalho, e com ele se relacione diretamente, e constante da relação
mencionada no item anterior.
Ex.: Surdez em digitadores que trabalhem em ambientes ruidosos.
ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO:
Quando outra pessoa “provoca o acidente”.
Culposo - sem intenção, por negligência, imprudência.
Doloso – Com intenção, por sabotagem, ofensa física.
ACIDENTE POR FORÇA MAIOR:
Oriunda de fenômenos da natureza,incêndios, inundações, descargas elétricas (raios),
desde que ocorridas no local e horário de trabalho.
ACIDENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO:
Cumprimento de Ordem de Serviço, sob autoridade da empresa.
Ex.: Viagens a serviço, sob qualquer meio de locomoção.
ACIDENTE DE TRAJETO:
É quando o empregado sofre um acidente no percurso da sua residência para o
trabalho ou do trabalho para sua residência.
NÃO IMPORTANDO
 O meio de locomoção
 O caminho
9
O QUE PODE DESCARACTERIZAR O ACIDENTE DE TRAJETO
 Exceder o tempo habitual - Realização do percurso além do tempo habitual
 Se ocorrer uma parada entre esses dois pontos (residência/trabalho –
trabalho/residência) o acidente de trajeto poderá ser descaracterizado, sendo de
responsabilidade do acidentado e não da empresa, qualquer despesa salvo, se
em jurisprudência for decidido em contrário.
CAUSAS DOS ACIDENTES
Os acidentes do trabalho decorrem basicamente de três causas primárias:
ATOS INSEGUROS
São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador contrários às normas de
segurança.
Exemplos:
 Não usar o EPI.
 Deixar materiais espalhados pelo corredor.
 Operar máquinas e equipamentos sem habilitação.
 Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho.
 Utilizar ferramentas inadequadas.
 Manusear, misturar ou utilizar produtos químicos sem conhecimento.
 Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas.
 Usar ar comprimido para realizar limpeza em uniforme ou no próprio
corpo.
 Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar visão.
 Desligar dispositivos de proteção coletiva de máquinas e/ou equipamentos.
10
CONDIÇÕES INSEGURAS
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas instalações físicas,
máquinas e equipamentos que presentes no ambiente podem causar acidentes de
trabalho.
Exemplos:
 Falta de corrimão em escadas.
 Falta de guarda-corpo em patamares.
 Piso irregular.
 Escadas inadequadas.
 Equipamentos mal posicionados.
 Falta de sinalização.
 Falta de proteção em partes móveis.
 Ferramentas defeituosas.
 Falta de treinamento.
FATORES PESSOAIS DE INSEGURANÇA
São as características físicas ou mentais de um indivíduo que podem interferir no
trabalho que está sendo realizado (ex.: instabilidade emocional, falta de coordenação
motora).
11
RISCOS AMBIENTAIS
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos e de acidentes/mecânicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde
do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração,
intensidade e tempo de exposição ao agente.
Tais agentes são:
• RISCOS FÍSICOS
Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões
anormais e umidade.
12
• RISCOS QUÍMICOS
Poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras alcalinas, fumos metálicos, névoas,
neblinas, gases, vapores e produtos químicos diversos.
13
• RISCOS BIOLÓGICOS
Vírus, bactérias, parasitas, ricketsias, fungos e bacilos.
14
• RISCOS ERGONÔMICOS
Monotonia, posturas incorretas, rítmo de trabalho intenso, fadiga, preocupação,
trabalhos físicos pesados e repetitivos.
15
• RISCOS DE ACIDENTES / MECÂNICOS
Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas
inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de
incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e ausência de
sinalização.
16
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS
As medidas de controle dos riscos são:
 Técnicas
 Médicas
 Administrativas
 Educativas
17
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC
São os equipamentos que neutralizam o risco na fonte, dispensando, em
determinados casos, o uso dos equipamentos de proteção individual.
Quando instalamos, por exemplo, o protetor contra quebra de agulha, estamos
atuando sobre o ambiente de trabalho, esta medida é chamada de proteção coletiva,
pois protege o conjunto de trabalhadores.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
É todo meio ou dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador. Quando não for possível eliminar o risco, ou
neutralizá-lo através de medidas de proteção coletiva, implanta-se o Equipamento de
Proteção Individual - EPI.
MEDIDAS MÉDICAS
Desenvolver o Programa de Controle Médico de Saúde ocupacional (PCMSO),
responsável por promover a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos
agravos à saúde relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de
doenças profissionais ou de danos à saúde dos trabalhadores.
Submeter os trabalhadores à exames médicos: Admissional, Demissional, Periódico,
Retorno ao Trabalho e Mudança de Função.
Submeter os trabalhadores expostos ao ruído ocupacional a exames de audiometria
para prevenir a PAIRO.
Promover campanhas de vacinação contra Gripe, Hepatite, etc.
Controlar e avaliar as causa de Absenteísmo.
Realizar atendimento de primeiros socorros.
Trabalhar em conjunto com o SESMT na investigação e análise dos
Acidentes do Trabalho.
18
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
São ações administrativas para controlar a exposição dos trabalhadores aos agentes
ambientais, tais como: Revezamento e Rodízio de atividades; Pausas programadas;
Mudança de lay-out; Realização de ginástica laboral; Etc.
MEDIDAS EDUCATIVAS
São programas de treinamentos, palestras e cursos, inclusive DDS, destinados a
informar e capacitar os trabalhadores na execução segura de suas atividades.
19
MAPA DE RISCOS
 O que é o Mapa de Riscos?
Consiste na representação gráfica dos riscos à saúde identificados pela
CIPA, em cada um dos diversos locais de trabalho de uma empresa.
 Objetivos do Mapa de Riscos
 reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da
situação de segurança e saúde no trabalho na empresa.
 possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de
informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua
participação nas atividades de prevenção.
 Quem elabora o Mapa de Riscos?
É elaborado pelos membrosda Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA, após ouvir os trabalhadores de todos os setores
produtivos da empresa, com assessoria do SESMT - Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho,
quando este existir.
 Etapas de Elaboração do Mapa de Riscos
 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;
 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;
 Identificar os indicadores de saúde (queixas mais freqüentes,
acidentes de trabalho, doenças profissionais, etc.);
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
 Representação gráfica do Mapa de Riscos
 Os riscos serão representados por círculos de tamanhos e cores
diferentes que devem ser apostos sobre a planta (lay-out) do local
analisado.
 O tamanho do círculo indicará se o risco é grande, médio ou pequeno
(quanto maior for o círculo, maior o risco).
20
 Para cada tipo de risco os círculos serão representados por uma cor
diferente, conforme segue:
• riscos físicos: verde;
• riscos químicos: vermelho;
• riscos biológicos: marrom;
• riscos ergonômicos: amarelo;
• riscos de acidentes/mecânicos: azul.
 Alguns exemplos práticos:
• Num dado almoxarifado foi detectada a existência de muita poeira:
Risco grande (muita poeira)
Cor Vermelha (risco químico)
• Em uma área de escritório foram encontradas algumas cadeiras
fixas, utilizadas para operação do microcom-putador:
Risco médio (cadeiras fixas)
Cor Amarela (risco ergonômico)
• Na copa foi encontrado um botijão de gás:
Risco pequeno (gás de cozinha)
Cor Azul (risco de acidente/mecânico)
21
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
É a vistoria que se faz nos locais de trabalho, a fim de se descobrir riscos de
acidentes:
 INSPEÇÕES DE ROTINA
 São inspeções normalmente efetuadas pelos membros da CIPA e que
visam, acima de tudo, observar e evitar a criação de riscos conhecidos, tais
como: arrumações perigosas, defeitos nos pontos vitais dos equipamentos,
carpetes descolados, utilização de extensões, benjamins (“tês”), atitudes
perigosas dos funcionários, etc.
 INSPEÇÕES PERIÓDICAS
 São inspeções que se fazem a intervalos regulares, principalmente para
descobrir riscos já previstos, que podem caracterizar-se por desgastes,
esforços e outras agressividades a que estão sujeitos móveis, máquinas,
etc.
 INSPEÇÕES ESPECIAIS
 São inspeções geralmente realizadas por especialistas em Segurança do
Trabalho, utilizando-se equipamentos especiais para monitora- mento de
agentes físicos e/ou químicos (Ex.: decibelímetro, termômetro, dosímetro,
etc.).
 ETAPAS DE INSPEÇÕES DE SEGURANÇA
 Observação do ambiente e dos meios de trabalho;
 Coleta de informações;
 Registro de dados e elaboração do relatório;
 Apresentação nas reuniões da CIPA;
 Encaminhamento do relatório através do Presidente da CIPA;
 Acompanhamento da implantação das medidas recomendadas.
22
INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES
Investigar um acidente é fazer a sua análise, após a sua ocorrência, com o objetivo de
descobrir as causas e tomar providências corretivas para evitar a repetição de casos
semelhantes.
Para se realizar uma investigação do acidente, deve-se analisar 5 (cinco) fatores:
 AGENTE DA LESÃO
 É o local, o ambiente, o ato, enfim, o que possa ser o causador da lesão.
 A FONTE DA LESÃO
 É o objeto que, agindo sobre o organismo, provocou a lesão.
 FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA
 Se houver.
 A NATUREZA DA LESÃO
 Estabelecer como foi o contato entre a pessoa lesionada e o objeto ou
movimento que a provocou (queimadura, corte, fratura, etc.).
 A LOCALIZAÇÃO DA LESÃO
 Permite, muitas vezes, identificar a fonte da lesão e indicar, também, certas
freqüências em relação a alguns fatores de insegu-rança.
De acordo com a legislação, todo acidente do trabalho deve ser imediatamente
comunicado à previdência social por meio de formulário próprio denominado CAT.
A comunicação do acidente poderá ser realizada pela empresa, pelo acidentado ou
por qualquer pessoa que dele tiver conhecimento.
Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à autoridade policial. A empresa por
sua vez, deve comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro
dia útil seguinte ao da ocorrência.
23
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – E.P.I
Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo de uso
individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador.
Quando não for possível eliminar o risco, ou neutralizá-lo através de medidas de
proteção coletiva, implanta-se o Equipamento de Proteção Individual - EPI.
 CABE AO EMPREGADOR
Fornecer aos empregados, gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual
aprovado pelo Ministério do Trabalho - MTb, adequado ao risco e em perfeito
estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral
não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde
dos empregados.
 CABE AO EMPREGADO
• Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se por sua guarda, conservação e higienização;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso;
• Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada do uso do E.P.I.
 OBSERVAÇÃO
Todo E.P.I. deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante ou da empresa importadora, e o número de
C.A.(*)
(*) - C.A. - Certificado de Aprovação, expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
E.P.I.’s MAIS UTILIZADOS
24
TIPO DE
PROTEÇÃO
FINALIDADE EQUIPAMENTO INDICADO
PROTEÇÃO
PARA A FACE
contra riscos de impacto de
partículas, respingos de produtos
químicos, ação de radiação
calorífica ou luminosa (infra-
vermelho, ultra-violeta e calor).
- óculos de segurança (para
maçariqueiros, rebarbadores,
esmerilhadores, soldadores, torneiros).
- Máscaras e escudos (para soldadores).
PROTEÇÃO
PARA O CRÂNIO
contra riscos de queda de objetos
batidas, batidas por choque elétrico,
cabelos arrancados, etc.
- capacete de segurança
PROTEÇÃO
AUDITIVA
contra níveis de ruído que
ultrapassem os limites de tolerância.
- protetores de inserção
- protetores externos (tipo concha)
PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA
contra gases ou outras substâncias
nocivas ao organismo que tenham
por veículo de contaminação as vias
respiratórias.
- respiradores com filtros mecânicos,
químicos ou com a combinação dos
dois tipos, etc.
PROTEÇÃO DO
TRONCO
contra os mais variados tipos de
agentes agressores.
- aventais de napa ou couro, de PVC, de
lona e de plástico, conforme o tipo de
agente.
PROTEÇÃO DOS
MEMBROS
SUPERIORES
contra materiais cortantes, abrasivos,
escoriantes, perfurantes, térmicos,
elétricos, químicos, biológicos e
radiantes que podem provocar lesões
nas mãos ou provocar doenças por
intermédio delas.
- luvas de malhas de aço, de borracha,
de neoprene e vinil, de couro, de raspa,
de lona e algodão, Kevlar, etc.
PROTEÇÃO DOS
MEMBROS
INFERIORES
contra impactos, eletricidade, metais
em fusão, umidade, produtos
químicos, objetos cortantes ou
pontiagudos, agentes biológicos, etc.
- sapatos de segurança
- perneiras
- botas (com biqueiras de aço, isolantes,
etc., fabricados em couro, lona,
borracha, etc.
25
CAMPANHAS DE SEGURANÇA
Campanhas de segurança são eventos voltados para a educação e sensibilização dos
funcionários, transmitindo conhecimentos sobre segurança e saúde no trabalho.
Os eventos mais comuns e que envolvem a CIPA são:
 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
 Antitabagismo - cabe também à CIPA, recomendar que em todos os locais de
trabalhos e adotem medidas restritivas ao hábito defumar.
26
AIDS / HIV
A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo
HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica
mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais
graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica
prejudicado.
O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno.
COMO PREVENIR
Sim, seguindo alguns conselhos:
 Reduzir o número de parceiros sexuais;
 Não usar drogas injetáveis;
 Usar preservativos;
 Para transfusão exigir sangue testado.
RECOMENDAÇÕES
 Não ter pavor do doente, nem da doença, preocupando-se em demonstrar
solidariedade e amor ao doente.
 Encarar o fato, por mais difícil que possa ser, com seriedade.
 Se necessário, procurar profissionais para apoio emocional (psicólogo).
 Cuidados, para evitar riscos desnecessários. Seu amor, carinho e
aceitação são fundamentais para que o paciente encontre forças para lutar
contra a AIDS.
27
PREVENÇÃO E COMBATE À
INCÊNDIOS
As instruções a seguir, têm por finalidade dar algumas noções teóricas quanto ao
emprego dos equipamentos portáteis de combate a incêndio.
 FOGO
É o resultado de uma reação química decorrente da combinação de três
elementos, consituindo o chamado “Triângulo do Fogo”:
COMBUSTÍVEL
É o elemento que serve de alimento ao fogo e pode ser:
Sólido: tecido, madeira, papel, etc.
Líquido: gasolina, álcool, éter, óleo, diesel, etc.
Gasoso: gás de cozinha, gás de rua, etc.
OXIGÊNIO
Também chamado de comburente, é outro elemento do fogo e está presente
na natureza, é ele que dá vida às chamas.
CALOR
É o último elemento, cabendo a ele a missão de iniciar a combustão.
Observação: a não existência de qualquer um destes elementos não propicia o
aparecimento do fogo.
28
 ASPECTO LEGAL
De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios,
todas as empresas deverão possuir:
 Proteção contra incêndios .
 Saídas suficientes para uma rápida evacuação do prédio.
 Equipamentos suficientes para combater o fogo no seu início.
 Pessoas treinadas no uso correto dos equipamentos (extintores, hidrantes,
etc.).
 PREVENÇÃO
O principal objetivo da prevenção é impedir o aparecimento de um princípio de
incêndio, seja dificultando o seu desenvolvimento ou proporcionando sua
extinção.
 HIERARQUIA DE AÇÕES
Em caso de incêndio deve-se adotar os seguintes procedimentos:
Acionar o Corpo de Bombeiro;
 Iniciar o abandono do estabelecimento;
 Combater o fogo.
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
CLASSE
CATEGORIA MATERIAL
MÉTODO DE EXTINÇÃO
TIPO DE EXTINTOR
A - (I) Material combustível comum:
papel, madeira, tecido, etc. que ao
queimarem, deixam resíduos
Resfriamento: água ou extintor
que contenha água.
B - (II) Líquidos inflamáveis: gasolina,
óleos, tintas, graxas, etc., que ao
queimarem não deixam resíduos
Abafamento: extintores que
abafam ou isolam o líquido
inflamável do ar: pó químico,
espuma, CO-2
C - (III) Equipamentos elétricos
energizados
Extintores não condutores de
corrente elétrica, ou seja, não
contenham água: CO-2 e pó
químico seco.
D - (IV) Metais Pirofóricos: magnésio,
tungstênio, titânio, zircônio
Areia, compostos químicos
especiais, grafite, limalha de
ferro ou sal-gema.
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QUADRO COMPARATIVO (CARACTERÍSTICAS DOS EXTINTORES)
CATEGORIA DE EXTINTOR
INCÊNDIO PÓ QUÍMICO
SECO ESPUMA(*) CO2 ÁGUA
A - (I)
MADEIRA,
TECIDOS,
PAPÉIS, ETC.
Não; mas
controla
inícios de
incêndio
Sim
Não; mas
controla
pequenos
focos
Sim
B - (II)
ÓLEOS,
GASOLINA,
TINTAS,
GRAXAS,ETC.
Sim Sim Sim Não
C - (III)
EQUIP.
ELÉTRICO
ENERGIZADO
Sim Não Sim Não
D - (IV)
METAIS
PIROFÓRICOS
Agentes extintores: areia, compostos químicos
especiais, grafite, limalha de ferro ou sal-gema
E - (V)
INCÊNDIOS
NUCLEARES
Extinção Específica
(*) Espuma Mecânica
PRIMEIROS SOCORROS
Abaixo fornecemos noções básicas, simples e importantes para o atendimento de
primeiros socorros.
É bom lembrar que a vida do acidentado depende do modo e da rapidez com que tais
atendimentos são dados.
 Hemorragia
Toda a vez que o sangue sair do interior das veias ou artérias provoca
hemorragia.
Características:
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• Quando se nota que o sangue jorra ou espirra em jato sabemos que houve
lesão de artéria e o sangue é de cor vermelho vivo;
• Quando o sangue flue continuamente sem jatos, a lesão foi das veias e sua
cor é vermelho escuro azulado;
• Quando o sangue é visto sair do ferimento, dizemos tratar-se de
hemorragia externa, em caso contrário a hemorragia é chamada interna.
Tratamento:
 nas hemorragias de pequena intensidade em braços e pernas:
• eleva-se o membro ferido, fazendo compressão com gaze ou pano
limpo.
 nas hemorragias abundantes:
• o procedimento deve ser rápido e seguro, iniciando por cortar ou
rasgar rapidamente as roupas para que o ferimento fique bem exposto;
• Em seguida com gaze ou mesmo uma toalha fazer compressão sobre a
ferida;
• As hemorragias das pernas, braços e dedos podem ser controladas por
meio de garrote (gravata, lenço ou tira de pano).
 nas hemorragias nasais (epistaxes):
• desapertar as roupas e retirar gravatas;
• colocar o acidentado em posição recostada e com a cabeça elevada;
• comprimir com o dedo indicador a asa do nariz contra o septo nasal
durante 5 a 10 minutos.
 nas hemorragias de pescoço:
• comprimir o local com gaze e nunca usar garrote.
 Queimaduras
As queimaduras são lesões produzidas pelo excesso de calor, eletricidade ou
produtos químicos (ácidos, bases).
Classificação:
 Podem ser de 1º, 2º e 3º graus e são tanto mais graves quanto mais extensas
as áreas do corpo atingidas.
Tratamento:
 cobrir o local queimado com gaze;
 nas queimaduras extensas, procurar envolvê-las com panos, lençois limpos
ou plásticos;
 se a queimadura for produzida por embebição da roupa com ácidos ou
bases, retirá-la, imediatamente, e lavar com água corrente a superfície
atingida;
 nunca usar no local queimado qualquer “remédio caseiro”;
31
 não perfurar bolhas;
 encaminhar para avaliação médica.
 Insolação e Intermação
Características:
 A insolação é provocada pela ação direta dos raios solares;
 A intermação é devida a proximidade da fonte de calor, como por exemplo,
fornos utilizados por fundidores, maquinistas, foguistas, etc.
Tratamento:
• retirar a roupa do doente;
• colocá-lo na sombra ou ambiente fresco e arejado;
• promover hidratação, se necessário.
 Desmaios
Características:
 São causados por diversos motivos, tais como:
- fraqueza;
- jejum prolongado;
- posição erecta imóvel.
Tratamento:
• desapertar as roupas da vítima e colocá-la em lugar arejado;
• falar com a vítima no sentido de respirar fundo, abaixando forçadamente
sua cabeça para a frente, colocando-a entre as pernas, em nível mais baixo
do que os joelhos;
• pode-se também, manter a vítima deitada de costas, procurando deixar a
cabeça em nível mais baixo do que o restante do corpo.
 Ferimento dos Olhos
Características:
 São causados por corpos estranhos como limalha de ferro, poeira, insetos,
esmeril, materiais ácidos, cáusticos, etc.
Tratamento:
• não tentar retirar o corpo estranho;
• nos casos de materiais acidos, ou cáusticos, lavar imediatamente o olho
atingido em água corrente;
32
• fazer tamponamento e encaminhar a vítima para atendimento médico.
 Lesões nos ossos e articulações
 Lesões na coluna:
- mantenha a vítima agasalhada e imóvel.
- não mexa e não deixe ninguém tocar na vítima.
- nunca vire uma pessoa com suspeita de fratura na coluna;
- observe os sinais vitais;
- o transporte tem de ser feito emmaca ou padiola, evitando-se ao
máximo curvar o corpo do acidentado;
- durante o transporte em veículos, evitar balanços e freadas bruscas para
não agravar a lesão;
- quando a lesão for no pescoço, enrolar ao redor do mesmo, sem
apertar, uma camisa, toalha ou outro pano, para imobilizá-lo.
 Fraturas:
Em caso de fraturas, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o
deslocamento das partes quebradas para se evitar maiores danos.
Características:
- fraturas fechadas: quando o osso se quebrou mas a pele não foi
perfuradas;
- fraturas expostas: quando o osso está quebrado e a pele rompida.
Providências:
 nas fraturas fechadas:
• manter o membro acidentado na posição em que foi encontrado,
procurando não corrigir desvios;
• Colocar talas sustentando o membro atingido, de forma que estas
tenham comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e
abaixo da fratura;
• qualquer material rígido pode ser empregado como tala (tábua,
papelão, vareta de metal, revista ou jornal dobrado);
• usar panos ou material macio para acolchoar as talas, a fim de
evitar danos a pele;
• amarrar as talas com ataduras ou tiras de pano, não muito
apertadas, na extremidade da junta abaixo da fratura e na
extremidade da junta acima da fratura.
 nas fraturas expostas:
• colocar uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento;
33
• fixar firmemente o curativo no lugar, utilizando-se para isso, de
uma gravata, tira de pano, etc.;
• no caso de hemorragia grave siga as instruções vistas
anteriormente;
• manter a vítima deitada;
• aplicar talas, conforme descrito para as fraturas fechadas, sem
tentar puchar o membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural;
• transportar a vítima para um médico ou hospital, conforme
instruções anteriores, após a fratura ter sido imobilizada.
 Luxações ou Deslocamentos:
• Toda vez que os ossos de uma articulação ou junta sairem de seu
lugar proceda como no caso de fraturas fechadas.
• Colocar o braço em uma tipóia quando houver luxação do ombro,
cotovelo ou punho;
• encaminhar para atendimento médico.
 Entorses:
• Tratar como se houvesse fratura fechada;
• aplicar gelo e compressas frias;
• encaminhar para atendimento médico.
 Intoxicações:
Tipos:
• por ingestão;
• por inalação;
• por contaminação da pele.
Providências:
• observar evidências no local (frasco de veneno, comprimidos, etc.);
• avaliar sinais vitais e nível de consciência;
• remover a vítima para local arejado, quando houver contaminação do meio
ambiente;
• retirar a roupa e lavar com água corrente, quando houver contaminação da
pele;
• não provocar vômitos se a vítima ingeriu gasolina, querosene, ácidos, soda
cáustica ou se ainda estiver inconsciente ou apresentando convulsões;
• não ofereça líquidos e nem antídotos caseiros;
• encaminhar a vítima para atendimento médico.
34
 Ressuscitação Cárdio Pulmonar - RCP
A RCP é um conjunto de medidas que devem ser seguidas no caso de haver uma
parada cardíaca e/ou respiratória até que se transporte a vítima ao local
adequado para atendimento médico.
 Parada Respiratória:
 Quando ocorre a ausência total de respiração;
A pessoa morrerá se a respiração não for imediatamente reestabelecida.
 Sinais da Parada Respiratória:
• ausência da expansão toráxica;
• ausência da saída de ar pela narina ou boca.
 Providências:
• aproximar o ouvido da face da vítima para tentar ouvir se há
passagem de ar; ou
• colocar um espelho ou algum objeto de vidro à frente da boca e
narinas da vítima e se este não ficar embaçado estará constatada
a parada respiratória;
• aplicar imediatamente 04 (quatro) insufladas de ar e para isto:
• colocar a vítima na posição correta (deitada de costas apoiando
o seu pescoço com uma mão e com a outra pressione a testa
para baixo;
• manter a cabeça nesta posição, tampar as narinas e assoprar
vigorosamente dentro da boca da vítima (posicionar os lábios
de forma que abranja toda a boca da vítima para que não haja
escape de ar);
• em crianças, abranja com os lábios a boca e a narina;
• entre cada insuflada de ar, retire a boca para não dificultar o
retorno do ar (expiração);
• após as 04 (quatro) primeiras insufladas continuas, manter a
respiração num ritmo de 12 (doze) a 16 (dezesseis) por minuto;
• quando a parada respiratória for causada por gases venenosos,
vapores químicos ou falta de oxigênio, remover a vítima para
local arejado antes de iniciar a respiração;
• quando a parada respiratória for causada por afogamento,
retirar, se possível, a vítima da água ou removê-la para um
barco ou para um local mais razo para iniciar a respiração;
• quando a parada respiratória for causada por sufocamento por
saco plástico, rasgar o plástico e iniciar imediatamente a
respiração;
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• quando a parada respiratória for causada por choque elétrico,
interromper ou separar a vítima da corrente antes de iniciar a
respiração.
 Parada Cardíaca:
 Sinais da Parada Cardíaca:
• ausência de batimentos do coração;
• ausência de pulsação (carotidea, femural ou radial);
• acentuada palidez.
 Providências:
• colocar a vítima deitada de costas sobre superfície dura;
• colocar as duas mãos sobrepostas e com os dedos entrelaçados
na metade inferior do esterno da vítima;
• fazer a seguir uma pressão com bastante vigor, para que o
esterno baixe mais ou menos 05 (cinco) centímetros e
comprima o coração de encontro a coluna vertebral
(descomprima em seguida);
• repetir a manobra tantas vezes quantas necessarias (cerca de 60
(sessenta) compressões por minuto).
• em bebês fazer pressão apenas com 02 (dois) dedos para se
evitar fraturar as costelas.
 Parada Cárdio-Respiratória:
Se houver ao mesmo tempo parada cárdio-respiratória, deve-se executar
massagem cardíaca associada à respiração boca a boca, da seguinte
maneira:
 fazer 30 (trinta) massagens cardíacas e sem interrupção, aplicar 02
(duas) respirações boca a boca, repetindo este ciclo tantas vezes
quantas necessárias (isto se estiver sozinho prestando socorro);
 caso necessário, continuar estes procedimentos enquanto a vítima
estiver sendo transportada para o hospital.
As novas diretrizes para RCP e ACE publicadas ontem dia 18/10/2010 levam
como ênfase permanente a RCP de alta qualidade.

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