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Produção de provas no direito civil

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Universidade Anhembi Morumbi
 	 Provas do código de processo civil -2005 
				Produção e utilização de provas 
		
 Trabalho de substituição 
 	 SÃO PAULO
				 2016
 Sumario 
Introdução.................................................................................................1
Característica das provas........................................................................2
Objetivo das provas..................................................................................3
Espécies de provas...................................................................................6
Ônus de provas..........................................................................................9 
Meios de provas.......................................................................................12
Conclusão.................................................................................................15
Introdução 
Carnelutt define documento como “uma coisa capaz de representar um fato”
A prova é fundamental do processo civil. Existem muitos processos em que a questão controvertida é apenas direito, e a produção de provas não se faz necessário. Mas o mais comum é que, para julgar, o juiz precise examinar a veracidade dos fatos que, no curso do processo tenham se tornado controvertido. Para isso, será indispensável que ele analise as provas produzidas no processo, que visam demostrar a veracidade dos fatos alegados pelas partes. É por meio das atividades probatórias que o juiz terá elementos para decidir sobre veracidade e a credibilidade das alegações.
A prova pode ser examinada sob aspecto objetivo e subjetivo. Como ensina João Lopes “sob o aspecto objetivo, é o conjunto de meios produtores da certeza jurídica ou conjunto de meios utilizados para demonstrar a existência de fatos relevantes para o processo”. Nesse sentido, é clássica a definição de Mittermayer: “prova é o complexo dos motivos produtores de certeza”. Sob o aspecto subjetivo, é a própria convicção que se forma no espirito do julgador a respeito da existência de fatos alegados no processo.
Em síntese, as provas são meios utilizados para formar o convencimento do juízo a respeito da existência de fatos controvertidos que tenham relevância para o processo.
Atualmente, em nosso ordenamento jurídico, quase toda a disciplina relativa a prova é feita no Código Processo Civil, o que demonstra o acolhimento da tendência mais moderna de considerar as normas sobre prova de cunho processual. 
Quando o instrumento for da substância do ato, por força do que determina a lei civil, a sua apresentação é indispensável, porque sem ele o negocio não se aperfeiçoa. A sua exigência se faz não como prova de que o negocio foi feito, mas como elemento, substancia do próprio ato. 
Características da prova 
Toda a prova há de ter um objetivo, uma finalidade, um destinatário, e deverá ser obtida mediante meios e métodos determinados. A prova judiciária tem objeto os fatos deduzidos pelas partes em juízo. Sua finalidade é a formação da convicção em torno dos mesmos fatos. O destinatário é o juiz, pois é ele que deverá se convencer da verdade dos fatos para dar solução jurídica ao litígio. Os meios legais de prova são os previstos nos art. 332 a 443; mas, além deles, permite o código outros não especificados, desde que “moralmente legítimos” (art.332)
A uma grande distinção entre fontes, objeto e meio de prova. O objeto, para doutrina majoritária, são, realmente, os fatos relevantes para o julgamento da causa, ou seja, os acontecimentos dos conflitos a ser solucionado. Fonte é aquilo que se utiliza para comprovar o fato inspecionado. Meio, por fim, seriam os modos admitidos em lei genericamente para a realização da prova; classifica-se como sendo documento, confissão, a perícia, a inspeção judicial, o indício. É em relação aos meios de prova, que se costuma falar que o processo judicial se serve da prova testemunhal, da prova pericial.
Há, igualmente, um método ou sistema preconizado legalmente para o emprego dos meios de prova, que forma o procedimento probatório minunciosamente regulado pelo Código Civil e que deve ser observado pelas partes e pelo juiz para que a apuração da verdade fática seja eficaz para fundamentar e justificar a sentença. 
Desde modo, só o que consta regularmente dos autos pode servir de prova para o julgamento da lide.
Objeto da prova 
Nem tudo o que se discute no processo precisa ser comprovado. O objeto da prova são exclusivamente os fatos. O direito não se prova, por que deve ser do conhecimento do juiz. Quando muito, ele pode exigir que a parte prove a vigência de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário (CPC, artigo. 337), o que constitui exceção a regra do jura novit cúria, que se justifica por que não é dado ao juiz conhecer todas as normas jurídicas do mundo inteiro, de todos os Estados e Municípios e ainda as regras consuetudinárias.
Em verdade, o que se prova nesses casos não é propriamente o direito, mas a sua vigência. Isso pode ser feito por meio de certidões ou, no caso de direito estrangeiro, por pareceres de juristas do outros países ou ainda por juristas locais que tenham notório conhecimento na legislação estrangeira.
Consideram-se os fatos, o objetivo essencial da prova. No entanto, nem todos precisam ser demonstrados. É preciso, antes de tudo, que eles sejam relevantes para o processo. O juiz não deverá deferir a produção de provas quando elas não tenham qualquer repercussão para o julgamento da causa. São irrelevantes os fatos que não tem nenhuma importância, que não influenciaram o julgamento do pedido ou não guardam pertinência com a questão litigiosa.
Mas, mesmo entre os fatos relevantes, há alguns que não precisam ser comprovados. O CPC, art. 334, os enumera:
Os notórios: aqueles de conhecimento geral, na região em que o caso tramita.
Os firmados por uma parte e confessados pela parte contraria: não há necessidade de prova dos fatos incontroversos.
Os admitidos, no processo, como incontroversos: há certa superposição entre esta hipótese e a anterior, por que os fatos confessados, expressa ou fictamente, são incontroversos. Mas a fatos incontroversos que precisam da produção de provas, são os enumerados nos incisos do art. 302 e no art. 320, em que a revelia não produz efeito.
Aqueles em cujo favor milita presunção legal existência ou veracidade: há casos em eu o legislador faz presumir, de maneira absoluta ou relativa, a veracidade de determinados fatos. A presunção relativa, juris tantum, é aquela que admite prova em contrario, e a absoluta, juris et de jure, não. 
A alegação em relação a qual milita uma presunção de veracidade não precisa ser provada. Se a presunção for relativa, a parte que a apresentou não precisara produzir provas, mas o adversário poderá fazê-lo, para demonstrar a inveracidade; todavia, se a presunção for absoluta, não será admitida a produção de provas em contrario.
A revelia, por exemplo, gera uma presunção de veracidade relativa, que pode ceder ante os elementos contrários que auxiliem a formação da convicção do juiz. 
As presunções podem ser estabelecidas pelo próprio legislador, como as decorrentes da revelia ou da culpa do patrão por ato de seu empregado. São as denominadas presunções legais. 
As presunções não se confundem com os indícios, que são sinais indicativos da existência ou veracidade de um fato, mas que, por si só, seriam insuficientes para prova-lo. A soma de vários indícios, ou a sua análise em conjunto com as demais circunstâncias, pode levar a prova de fato.
 Espécies de prova 
A classificação doutrinaria coloca a prova quanto ao fato (diretas e indiretas); quanto ao sujeito (pessoais e reais); quanto ao objeto (testemunhais, documentais, e materiais); e quantoà preparação (causais ou pré constituídas)
A prova direta é aquela que se destina a comprovar justamente a alegação de fato que se procura demostrar como verdadeira. Já a prova indireta é aquela destinada a demonstrar as alegações de fatos secundários ou circunstanciais, das quais o juiz, por um raciocínio dedutivo, presume como verdadeiro o fato principal. As provas indiretas são conhecidas como indícios. 
A prova pessoal decorre de uma consciente declaração feita por uma pessoa, enquanto a prova real é aquela constituída por meio de objetos ou coisas, que representam fatos sem na verdade declararam conscientemente sua veracidade. 
A prova testemunhal é toda prova produzida na forma oral, devendo ser entendida de forma lato sensu, ou seja, além da prova testemunhal propriamente dita, também se incluem nesse critério o depoimento pessoal, o interrogatório e o depoimento do perito em audiência de instrução. Prova documental é toda a afirmação de um fato escrita ou gravada, como um contrato ou uma fotografia. Prova material é qualquer outra forma material, que, não sendo testemunhal nem prova material, comprove um fato, como perícia e a inspeção judicial.
Por prova causal entende-se aquela produzida dentro do próprio processo, como ocorre com o depoimento pessoal e a perícia. Já a prova pré-constituída é aquela formada fora do processo, geralmente antes mesmo da instauração da demanda, como ocorre com a prova fundamental.
Ônus da prova 
A uma divisão, ou melhor, classificação quanto ao ônus da prova, a primeira chamada de ônus subjetivo da prova e a segunda ônus objetivo. No tocante ao ônus subjetivo da prova, analisa se o instituto sob a perspectiva de quem é o responsável pela produção de determinada prova (quem deve provar o que), enquanto no ônus objetivo da prova, o instituto é visto como uma regra de julgamento a ser aplicada pelo juiz, no momento de proferir a sentença no caso de a prova se mostrar inexistente ou insuficiente. No aspecto objetivo o ônus da prova afasta a possibilidade de o juiz declarar o non liquet diante as dividas a respeito das alegações de fato em razão da insuficiência ou inexistência de provas. Sendo obrigado a julgar e não estando convencido das alegações de fato, aplica a regra do ônus da prova.
O ônus da prova é, portanto, regra de julgamento, aplicando-se para as situações em que, ao final demanda, persistem fatos controvertidos não devidamente comprovados durante a instrução probatória. Trata se de ônus imperfeito por que nem sempre a parte que tinha o ônus de prova e não produziu a prova será colocado num estado de desvantagem processual, bastando imaginar a hipótese de produção de prova de ofício ou ainda da prova ser produzida pela parte contrária. Mas também é regra de conduta das partes, por que indica a elas quem potencialmente será prejudicado diante a ausência de prova.
Como já colocado, o ônus da prova, em seu aspecto objetivo, é uma regra de julgamento, aplicando se somente no momento final a demanda, quando o juiz estiver pronto para proferir sentença. É regra que se aplica apenas no caso de inexistência ou insuficiência da prova, uma vez que, tendo sido produzida, não interessando por quem, o princípio não se aplicara. Tratando se do princípio da comunhão da prova (ou aquisição da prova), que determina que, uma vez tendo sido a prova produzida, ela passa ser do processo, e não de quem a produziu. 
Dessa forma, o aspecto subjetivo só passa a ter relevância para decisão do juiz se ele for obrigado a aplicar o ônus da prova em seu aspecto objetivo: diante de ausência ou insuficiência de provas, deve indicar qual das partes tinha o ônus de provar e coloca-la numa situação de desvantagem processual.
Regras de distribuição do ônus da prova (art. 333 CPC)
Segundo a regra geral estabelecida pelo art. 333 CPC, cabe ao autor o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito, ou seja, deve provar a matéria fática que traz em sua petição inicial e que serve como origem da relação jurídica deduzida em juízo. Em relação ao réu, também o ordenamento processual dispõe sobre o ônus probatório, mas não concernentes aos fatos constitutivos do direito do autor.
Meios de prova
Como já mencionado a prova é o meio empregado para demostrar a existência do ato ou negócio jurídico. Deve ser admissível (não proibida em lei e aplicável em caso de exame), pertinente (adequada a demonstração dos fatos em questão) e concludente (esclarecedora dos fatos controvertidos)
Não basta alegar: é preciso provar. O que se prova é o fato alegado, não o direito de aplicar, pois é atribuição do juiz conhecer e aplicar o direito. Por outro lado, o ônus da prova incumbe a quem alega o fato e não a quem o contradita, sendo que os fatos notórios independem da prova. 
Os meios de obter essas provas são:
 Confissão: ocorre quando a parte admite a verdade de um fato, contrario ao seu interesse e favorável a seu adversário (CPC art.348).
Pode ser judicial (em juízo) ou extrajudicial (fora do processo), espontânea ou provocada, expressa ou presumida (ou ficta) pela revelia (CPC, art.302 e 319). Tem, como elementos essenciais, a capacidade da parte, a declaração de vontade e o objeto possível. 
Não é valida, assim a confissão de quem não é comprovadamente capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados (CC art. 213). Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado (art. 213, paragrafo único). Nas ações que versarem sobre bens imóveis, a confissão de um cônjuge não terá validade sem a do outro (CPC, art. 350, paragrafo único). Não vale também a confissão relativa a direitos indisponíveis (CPC, art. 351). A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação (CC art.214).
Documento: pode ser publico ou particular. Tem função apenas probatória. Públicos são elaborados por autoridade publica, no exercício das suas funções, como: certidões, translado etc. Particulares quando elaborados por particulares. Uma carta, um telegrama, por exemplo, podem constituir importante elemento de prova. 
Documentos não se confundem com instrumentos públicos ou particulares. Estes são espécies, aqueles são o gênero. O instrumento é criado com a finalidade precípua de servir de prova, como a escritura publica, ou a letra de câmbio. Os instrumentos públicos são feitos perante o oficial público, observando os requisitos do art. 215 do Código Civil. 
Os instrumentos particulares somente são realizados com a assinatura dos próprios interessados como dispõe o art. 221 do Código civil. 
Em princípio, o instrumento deve ser exibido no original. Estatui o art. 216 do CC, porém, que farão a mesma prova que os originais “as certidões textuais de qualquer peça judicial, do protocolo das audiências, ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele subescritas, assim como os transladados de autos, quando por outro escrivão consertados”. Essa é a regra repetida no art. 365 do CC.
O art. 217 do CC acrescenta que terão “a mesma força probante os traslados e as certidões, extraídas por tabelião ou oficial de registro, de instrumento ou documento lançado em suas notas”.
Certidão é a produção do que se encontra transcrito em determinado livro ou documento. Quando integral, abrangendo todo o conteúdo da anotação, chama se verbo ad verbum. Se abranger apenas determinados pontos indicados pelo interessado, denomina-se certidão em breve relatório. Translado é copia do que se encontra lançado em um livro ou em autos. A admissibilidade das diversas formas de reprodução mecânica de documentos hoje existêntes, bem como os seus efeitos, esta regulamentada no Código de Processo Civil, na seção em que trata da força probante dos documentos (art. 364 e s.). A lei n.11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispôs sobre a informatização do processo judicial, alterando o Código Processo Civil, preceitua no art.11. “no processo eletrônico com garantiada origem e de seu signatário, na forma estabelecida nesta lei, serão considerados originais para todos os efeitos legais”. “o telegrama, quando lhe for contestado a autenticidade, faz prova mediante conferência com o original assinado” .
Todos os documentos para poder se valer como prova, precisam, necessariamente, da cópia original e estar baseada nos art. 222, 223, 225,226 do Código de Processo Civil.
Testemunhas podem ser instrumentarias ou judiciárias: Estas são as que prestam depoimento e juízo. Aquelas são as que assinam o instrumento. A prova testemunhal é menos segura que a documental. Por esta razão, não se admite, salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal dos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o decuplo do maior salario vigente no País ao tempo em que foram celebrados. Qualquer que seja o valor do negocio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar, da prova por escrito (CC art. 227 e paragrafo único). Algumas pessoas, no entanto, não podem ser admitidas como testemunhas. O art. 228 menciona os menores de dezesseis anos; aqueles que, por enfermidade ou retardo mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil; os cegos surdos e mudos, quando a ciência do fato que se provar dependa dos sentidos que lhes faltam; o interessado no litígio, o amigo íntimo ou inimigo capital das partes; os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade. No entanto, para a prova dos fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir os depoimentos das partes envolvidas (art. 228, paragrafo único). O Código de Processo Civil, no art. 405, relaciona os incapazes para testemunhar, os impedidos e os suspeitos. E o art. 229 do CC dispõe que ninguém pode ser obrigado a depor sobre o fato: a) a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo; b) o que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo íntimo; c) que o exponha, ou as pessoas referidas na letra antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato.
Presunção: é a ilação que extrai de um fato conhecido para se chegar a um desconhecido. Não se confunde com indício, que é meio de se chegar a uma presunção. Exemplo de presunção: como é conhecido o fato de que o credor só entrega o título ao devedor por ocasião do pagamento, a sua posse pelo devedor conduz a presunção de haver sido pago. As presunções podem ser legais ou comuns. Legais são as que decorrem da lei, como a que recai sobre o marido, que a lei presume ser pai do filho nascido de sua mulher, na constância do casamento. Comuns ou hominis são as que se baseiam no que ordinariamente acontece, na experiência de vida. Presumisse por exemplo, embora não de forma absoluta, que as dívidas do marido são extraídas em beneficio da família (CC art.230). As presunções legais se dividem em absolutas e relativas. Absolutas são as que não admitem prova em contrário. A presunção de verdade atribuída pela lei certa fatos é, nesses casos, indiscutível. Relativas são as que admitem prova em contrário. Por exemplo, a presunção de paternidade atribuída ao marido, em relação ao filho de sua mulher nascido na constância do casamento, pode ser elidida por meio da ação negatória de paternidade (CC art.1.601).
Perícia: é o exame de perícia e vistoria (art.420). Exame: é a apreciação de alguma coisa, por peritos, para auxiliar o juiz a formar a sua convicção. Vistoria é também perícia, restrita porem a inspeção ocular. É diligência frequente nas ações imobiliárias, como possessórias e demarcatórias. A vistoria é regida pelo art. 846 e 851 do Código Civil. 
Também se considera prova pericial a avaliação. O arbitramento é forma de avaliação. É o exame pericial destinado a apurar o valor de determinado bem, comum nas desapropriações e ações de indenização. 
O código Civil coloca em seus artigos, que se a pessoas não se prestar a exames periciais, não poderão se valer dessas provas (art.231e 232).
Assim a lei n.12.004, de 29 de julho de 2009, mandou acrescer a lei n.8.560, de 29 de dezembro de 1992, o art. 2º- A, cujo parágrafo único assim dispõe; “a recusa do réu em se submeter ao exame de código genético –DNA- gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório”. 
Todavia a recusa de parentes em realizar exame de DNA não gera presunção de paternidade, por se tratar de direito personalíssimo e indisponível, como decidiu o Supremo Tribunal de Justiça (REsp 714.969,4º., rel.Min. Luiz Felipe Salamão, Editora Magister, 15-3-2010).
Conclusão 
 	Com a fase instrutória do processo, forma-se uma dialética entre as partes. Sendo que o juiz ouve a versão dos fatos trazida pelo autor e pelo réu, determinando a produção de provas necessárias para a apuração da veracidade de uns e outros. Somente haverá a necessidade de provas sobre aqueles fatos que o réu tenha tornado controvertidos; os incontroversos as dispensam. Cada parte tem o ônus de provar os fatos que afirmou e que sejam de seu interesse.
Como já dito na introdução, prova é o meio que as partes se utilizam para estabelecer uma verdade mediante verificação ou demonstração no âmbito processual. Segundo Arruda Alvim, são os “meios definidos pelo direito ou contidos por compreensão num sistema jurídico (v. arts. 332 e 366), como idôneos a convencer (prova como ‘resultado’) o juiz da ocorrência de determinados fatos, isto é, da verdade de determinados fatos, os quais vieram ao processo em decorrência de atividade principalmente, dos litigantes (prova como ‘atividade’)”.
Portanto, se infere que a fase instrutória do processo, tem como grande finalidade, dirimir as dúvidas existentes para o convencimento do juiz, acerca da lide que está a sua frente, tendo ele que ter a diligência necessária para perceber quando o réu tenta de forma descabida e desarrazoada, atrasar o andamento do processo, pedindo a produção de provas que não ajudarão em nada a elucidação do caso. Porém, o juiz tem livre arbítrio pra decidir as questões do jeito que achar mais justo, desde que não contrarie a lei, sendo que pode, quando não achar necessário, negar a produção de provas para o caso concreto, ou até mesmo, nos casos enumerados em lei, julgar antecipadamente da lide.
No entanto, sempre que pairar dúvidas no juiz, sobre a veracidade dos fatos alegados pelas partes, deve ele requisitar que as partes indiquem as provas que querem produzir e quando não o fizerem, tem o juiz poder para ele mesmo, de ofício, requerer produção de provas que o ajudem a decidir melhor a lide. Tudo isso decorrente do princípio do devido processo legal, junto com o da ampla defesa e do contraditório.
Referencias bibliográficas
Amorim. Daniel Assumpção Neves, Manual de direito Civil, edição 2106,editora Método.
Theodoro. Humberto Junior, Curso de Direito Processual Civil, vol1, 53º edição.
Scarpinella. Cassio Bueno, curso sistematizado de Direito Processual Civil,7º edição, editora Saraiva.
Rios Gonçalves, Marcos Vinicius, novo Curso de Direito Processual Civil, 11º edição, editora Saraiva.
Wambier. Luiz Rodrigues, Curso Avançado De processo Civil, 12º edição, editora Revista dos Tribunais.

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