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INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÔNIA Prof. Max Trindade max@prof.iesam-pa.edu.br UND I – Conceitos Básicos ANÁLISE DE SISTEMAS DE ENERGIA Definição: Um Sistema de Energia Elétrica ou Sistema de Potência é um conjunto de equipamentos coordenados para gerar, transmitir e fornecer energia elétrica aos consumidores: Comerciais; Industriais; Urbanos e Residenciais. - Tais sistemas priorizam a qualidade e a continuidade do fornecimento de energia elétrica. - Estes sistemas serão tratados nesta disciplina por Sistemas de Energia. 1.1 Sistemas de Energia Elétrica 1.1.1 - Etapas do Sistema de Energia Geração; 1.1 Sistemas de Energia Elétrica Total no Brasil = 122.343.442 kW (fonte ANEEL) 1.1 Sistemas de Energia Elétrica b) Subestação Elevadora; 1.1 Sistemas de Energia Elétrica As subestações elevadoras permitem o aumento da tensão gerada. Visando diminuir a corrente e conseqüentemente a espessura dos condutores e as perdas. Esta atividade é comumente utilizada para facilitar o transporte da energia, diminuição das perdas do sistema e melhorias no processo de isolamento dos condutores. c) Transmissão; 1.1 Sistemas de Energia Elétrica Transmissão de energia elétrica é o processo de transportar energia entre dois pontos. O transporte é realizado por linhas de transmissão de alta potência. d) Subestação Rebaixadora (ou abaixadora); 1.1 Sistemas de Energia Elétrica e) Distribuição. A rede de distribuição de energia elétrica é um segmento do sistema elétrico, composto pelas redes elétricas primárias ( redes de distribuição de média tensão), e redes secundárias ( redes de distribuição de baixa tensão) , cuja construção, manutenção e operação é responsabilidade das companhias distribuidoras de eletricidade. 1.1 Sistemas de Energia Elétrica As subestação são etapas de transição entre as três principais etapas dos sistemas de energia. 1.1.1 - Etapas do Sistema de Energia 1.1 Sistemas de Energia Elétrica Década de 80: Sistema Isolado; Energia consumida a partir de uma única Usina; Energia transportada diretamente para um centro consumidor. 1.2 Sistemas de Energia Interligados Estrutura de um Sistema Isolado. 1.2 Sistemas de Energia Interligados Atualmente Sistema Interligado: Necessidade de grandes “blocos” de energia; Maior confiabilidade; Sistema Interligado Nacional (SIN). 1.2 Sistemas de Energia Interligados SIN Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial, o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um sistema hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Apenas 3,4% da capacidade de produção de eletricidade do país encontra-se fora do SIN, em pequenos sistemas isolados localizados principalmente na região amazônica. Fonte: ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) 1.2 Sistemas de Energia Interligados Sistema Interligado Nacional (SIN) 1.2 Sistemas de Energia Interligados O SIN apresenta duas principais desvantagens: Maior complexidade de operação e planejamento; Altas possibilidades de propagação de perturbações localizadas. Porém as seguintes vantagens se destacam: Maior número de unidades geradoras; Necessidade de menor capacidade de reserva para as emergências; Possibilidade de intercâmbio de energia entre regiões de diferentes sazonalidades. Atualmente existe dois grandes sistemas interligados no Brasil O sistema da região Sul/Sudeste/Centro-oeste e O sistema da região Norte/Nordeste. 1.2 Sistemas de Energia Interligados A filosofia básica dessa interligação é: Produzir o máximo de energia no sistema Norte/Nordeste durante o período de cheias dessa região; A energia excedente gerada é exportada para a região Sudeste. Nos períodos secos da região Norte e Nordeste o fluxo é invertido. A garantia de fornecimento da energia elétrica pode ser aumentada de duas formas principais: - Melhorando o projeto, para prever uma margem de capacidade de reserva de energia e - Planejando circuitos alternativos para o suprimento. 1.2 Sistemas de Energia Interligados O gerenciamento de um sistema de energia deve cobrir eventos com intervalos de tempo extremamente diversificados: de vários anos, para planejamentos, até microssegundos, para transitórios ultra-rápidos. Os eventos rápidos são controlados localmente; Os eventos longos são controlados por centros de controle. 1.3 Análise de Sistemas de Energia As estratégias de expansão e operação de um sistema elétrico são organizadas da seguinte maneira: Planejamentos de Recursos e Equipamentos: Planejamento da geração - 20 anos; Planejamento da transmissão e distribuição - 5 a 15 anos. Planejamento de Operação: Programação da geração e manutenção: 2 a 5 anos. Operação em Tempo Real: Planejamento da geração: 8 horas a 1 semana; Despacho: continuamente; Proteção automática: fração de segundos. 1.3 Análise de Sistemas de Energia Sob o ponto de vista da operação e do planejamento o comportamento de um sistema elétrico deve ser: Acompanhado de forma sistemática, de maneira programada e padronizada Criteriosamente representado através de uma modelagem adequada ao tipo de estudo a ser realizado. Esse acompanhemento possibilita: Manter um histórico permenentemente atualizado do sistema; Analisar o comportamento do sistema frente a contingências e alterações; Diagnosticar e prever efeitos de medidas a serem aplicadas e Planejar ampliação e alterações de configuração; 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.1 - Diagrama Unifilar de um Sistema de Potência O sistema elétrico opera, normalmente equilibrado, assim se torna possível representa-lo por um diagrama unifilar, no qual: Os elementos do sistema são representados por simbologias e A linha de transmissão trifásica é substituída por um único traço 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.1 - Diagrama Unifilar de um Sistema de Potência Com esse diagrama é claramente observado: A topologia (configuração física) e Os dados significativos do sistema. 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase A representação por fase de um sistema equilibrado é feita por uma única fase desse sistema na configuração Y equivalente, em que cada elamento é representado pelo seu circuito equivalente por fase. O circuito equivalente por fase dos principais elementos do sistema de energia são: Gerador Síncrono 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Transformador R1 e R2 são as resistências dos enrrolamentos primários e secundários X1 e X2 são as reatâncias equivalentes, que representam os fluxos dispersos nas bobinas do transformador. Xm é a reatância equivalente de magnetização, que representa o fluxo resultante no núcleo, necessário à operação normal do transformador. Rf é a resistência elétrica equivalente que representa as perdas por histerese e correntes parasitas no núcleo. 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Transformador Circuito simplificado Desprezando: As corrente de Derivação (magnetização) e Os elementos estáticos (Resistências) 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Linhas de Transmissão (TL) Curta: Tensão de Linha (VL) Comprimento Máximo VL < 150kV 80 km 150kV ≤ VL < 400kV 40 km VL ≥ 400kV 20 km 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Linhas de Transmissão (LT) Média: Modelo π Modelo T Y é a admitância total da linha de transmissão 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Linhas de Transmissão (LT) Média: Tensão de Linha (VL) Comprimento Máximo (L) VL < 150kV 80 km ≤ L ≤ 200 km 150kV ≤ VL < 400kV 40 km ≤ L ≤ 200 km VL ≥ 400kV 20 km ≤ L ≤ 100 km 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Linhas de Transmissão (LT) Longa: Possui representação mais complexa, mas pode-se aplicar o medelo π idêntico as LT’s médias, se considerarmos as seguintes simplificações: Em que: l é o comprimento da linha de transmissão γ é a constante de propagação, dado por Com y sendo a admitância shunt por unidade de comprimento e z a impedância série por unidade de comprimento. 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Para simplificar a linha de transmissão em um modelo geral representa-es elas como se fossem LT’s curtas. 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Representação Por Fase Cargas 1.4 Representação de um Sistema de Potência 1.4.2 - Diagrama de Impedância Com os modelos dos elementos do sistema de energia definidos, monta-se o diagrama de impedâncias. 1.4 Representação de um Sistema de Potência Exercício 3 Monte o Diagrama de Impedâncias do Sistema abaixo. 1.4 Representação de um Sistema de Potência
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