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ARTIGO GÊNEROS TEXTUAIS

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
 Conteúdo, Metodologia e Prática de Ensino de Língua Portuguesa
Prof. Ms. Valdiney Valente Lobato de Castro
A importância dos Gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa
Andreia Sousa [1: Andreia SOUSA, acadêmica da Estácio do Amapá, e-mail: andreiasousa200986@yahoo.com.br]
Dayane Kajan[2: Dayane KAJAN, acadêmica da Estácio do Amapá, e-mail: dayanekajan@hotmail.com]
Jean Claudio[3: Jean CLAUDIO, acadêmico da Estácio do Amapá, e-mail: jeanestacio1998@gmail.com]
Josiane Silva[4: Josiane SILVA, acadêmica da Estácio do Amapá, e-mail: josiane.alcantara@hotmail.com]
Maiza Costa[5: Maiza COSTA, acadêmica da Estácio do Amapá, e-mail: maizcosta12@hotmail.com]
RESUMO
Este trabalho discute o ensino dos gêneros textuais no ensino fundamental partindo da discussão dos autores BAKTHIN(2003) e CALDAS(2005) e, após esta fundamentação teórica realizou-se uma pesquisa de campo na EMEF Eunice Picanço, onde foi entrevistada a professora Terezinha de Jesus Corrêa do 5° afim de, averiguar o processo de ensino de língua portuguesa nesse contexto. Para tanto, utilizou-se um questionário aberto e, com base nessa pesquisa, percebeu-se a grande importância que os gêneros textuais representam no ensino atual.
Palavras-chave: Gênero Textual, Pesquisa, Língua Portuguesa.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE OS GÊNEROS TEXTUAIS
Constantemente estamos envolvidos em situações comunicacionais em grande parte de nossas vidas, pois em um único dia podemos estar em contextos e ambientes diferentes que exigem de nós um comportamento linguístico específico. A linguagem é um dos mais eficientes e utilizados meios de comunicação, pois ela nos permite interagir com as pessoas, assim como alterar o nosso discurso de acordo com as necessidades do momento.
Diante da necessidade de nos comunicar e interagir com os outros surgiram os gêneros textuais, que variam muito e adaptam-se as necessidades dos falantes, mesmo que não possamos conta-los, é possível observar que eles possuem peculiaridades que nos permitem identifica-los e reconhecê-los entre tantos outros gêneros.
Diferentemente dos tipos textuais, os gêneros textuais são diversos e cumprem uma função social específica. Além disso, podem sofrer modificações ao longo do tempo, embora muitas vezes preservem características preponderantes. Como exemplo dessa “evolução”, temos a carta, que depois do advento da tecnologia foi transformada no e-mail. Contudo, alguns elementos linguísticos foram preservados, como as saudações, o remetente e, claro, o destinatário.
É essencial saber distinguir o que é gênero textual e tipo textual cada um possui um significado totalmente diferente, o gênero textual abrange todo tipo de texto, e o tipo textual é a forma como o texto se apresenta, podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo.
Para Bakhtin (2003), os gêneros são classificados como primários, ou seja, menos complexos como, as conversas em família ou com amigos, cartas, bilhetes e gêneros secundários mais complexos como, o livro didático, o romance, a palestra, o texto institucional. Desse modo podemos perceber que os gêneros estão diretamente ligados nosso cotidiano.[6: BAKTHIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.]
Assim o trabalho com gêneros e tipos textuais faz compreendermos as características estruturais de um texto e também as condições sociais que levam ao funcionamento e ao bom êxito de seu uso, por outro lado não podemos esquecer que a criatividade é uma ferramenta que deve ser levada em consideração.
1.1 Gêneros textuais e sua importância para o ensino de língua portuguesa
Durante muito tempo o ensino de língua portuguesa ficou retido as aulas de analises de estudo sobre a estrutura da oração e do período, em frases soltas para aprendizagem da gramática isto porque, o ensino era tradicional.
A partir da década de oitenta, opondo-se a essa maneira de ensino da língua portuguesa, começam a despontar propostas de trabalho que tomam o texto como unidade de estudo essencial, estando de acordo com os PCN´s.
Para Bakhtin (2003) os diferentes textos são equiparados porque se adequa segundo as características dos gêneros textuais que estão disponíveis não interações sociais. Portanto pode-se dizer que a comunicação verbal só é possível por meio de algum gênero que se materializa em textos e assim tomam formas variadas para atender a propósitos diferentes.[7: BAKTHIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.]
Os gêneros passaram a ser concebidos como grandes instrumentos na aprendizagem da leitura e escrita da língua materna. A leitura e a escrita são pontes incontestáveis para que haja uma inclusão do indivíduo dentro da sociedade, diante da importância dos gêneros textuais se faz necessária uma variedade de textos como ferramenta para melhor aprendizagem de tal assunto.
Nas práticas didáticas é necessário colocar os alunos diante da diversidade de gêneros textuais que são produzidos dentro e fora da escola, em diferentes áreas de conhecimento, para que o aluno reconheça melhor as particularidades do maior número possível deles, e possa preparar-se para usá-los.
 O papel do professor é de fundamental importância para ensinar os diversos tipos de gêneros que estão presente em nosso cotidiano, para que os alunos possam aprender que o texto é construído diariamente nos momentos de comunicação tanto escrito quanto oralmente, e não apenas as formas com a qual a escola vem trabalhando – descrição, narração e dissertação. Explorar os gêneros textuais em sala de aula permite ainda a articulação das atividades entre as áreas de conhecimento, contribuindo diretamente para o aprendizado significativo de prática de leitura, produção e compreensão.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa (BRASIL, 1997) sugerem um trabalho didático com base nos gêneros textuais para favorecer a leitura, a produção de textos orais e escritos. 
Cabe a escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los. Isso inclui os textos das diferentes disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo assim, não consegue manejar, pois não há um trabalho planejado com essa finalidade. (PCN, 1997, p.30)[8: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.]
Diante do que foi apresentado acima a escola deve procurar envolver seus alunos em situações concretas de uso da língua, de modo que consigam, de forma criativa e consciente, escolher meios adequados aos fins que se deseja alcançar.
Na visão dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) o aluno só desenvolve uma habilidade leitora capaz de ser pró eficiente em todas as disciplinas a partir do exercício da leitura, ela é de extrema importância para o ensino e aprendizagem dos alunos. As leituras em sala de aula têm como finalidade formar leitores e produtores de textos aptos para uso claro e devido dos diversos gêneros textuais. Conforme as orientações expostas pelos PCN’s independente da área do professor o este deve utilizar o texto como ferramenta de trabalho, logo, o texto torna a ocupar destaque no cotidiano escolar, pois por meio dele o trabalho será orientado para a leitura e assim o estudante poderá compreender os conceitos, apresentar novas informações e argumentar.
 Desse modo o discente irá prosseguir na conquista de sua autonomia no processo de aprendizagem. No entanto para construir as competências e habilidades para a produção textual e a leitura é necessário que todos os professores não somente os de ensino da língua portuguesa, mas os demais de outras disciplinas passam a trabalhar de formas mais eficaz os textos que correspondem a cada particularidade da disciplina.
1.2 Como trabalhar os gêneros no ensino fundamental?
Sabemos que os gêneros textuais são meios utilizados para melhorare efetivar a comunicação seja escrita ou verbal, e dessa forma, é de suma importância trabalhar desde cedo esses textos, que fazem parte do cotidiano dos alunos, para que o ensino da língua não fique distante da realidade vivenciada pelos educandos. Mas como utilizar os gêneros textuais de forma eficiente e prazerosa, levando em conta, principalmente a realidade de cada aluno?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) lista uma série de gêneros textuais a ser trabalhado no ensino fundamental, desde conto e fábulas a receitas e diários, isto é, tudo que possa envolver o cotidiano do aluno. Dessa forma, cabe a escola propiciar situações didáticas onde envolva os gêneros e os alunos, mostrando dessa forma a importância em estudar os gêneros textuais.
Outra forma que se pode trabalhar os gêneros é mudando a visão estereotipada de que texto são aquelas composições tradicionais, ou não leva o aluno/leitor a ler tal texto com criticidade ou que se envolva devido o texto levar em conta a sua realidade, são textos que a escola ainda insiste em usá-los
É papel do professor apresentar e trabalhar com os alunos os tipos e os gêneros textuais que fazem parte do cotidiano. É fundamental que os estudantes compreendam que texto não são somente aquelas composições escritas tradicionais com a qual se trabalha na escola – descrição, narração e dissertação – mas sim que o texto é produzido diariamente em todos os momentos em que nos comunicamos, tanto na forma escrita como na oral. (CALDAS, p.3)[9: CALDAS, L. K. Trabalhando tipos/gêneros textuais em sala de aula. São José do Rio Preto: IBILCE/UNESP, 2007.]
É de suma importância que a escola, juntamente com o professor, venha trabalhar os gêneros textuais com os alunos desde cedo, para que eles possam perceber que o mundo que os rodeia está cheio de texto e de todas as formas, além de abrir a visão que eles tinham de que texto só se limitava ao que a escola estava acostumada a ensinar.
Vale ressaltar ainda, que o professor ao ensinar os gêneros textuais precisa saber escolher bem os textos que serão lidos, deixando um pouco de lado o gênero em que o ele se encaixa e levando em consideração como os alunos irão se identificar com tal texto e, também, ver como será a interação dos alunos com o gênero, fazendo com que eles possam interagir e refletir sobre em seu cotidiano. Assim os profissionais da educação em exercício poderão inovar, refletir diante de suas práticas pedagógicas, e contribuir de forma mais eficaz para o processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Eunice Picanço, no dia 28 de setembro de 2016, localizada na Rua Claudomiro de Morais, 3015 – BURITIZAL, com uma boa recepção desde a portaria até os professores.
Figura 1 - Frente da EMEF Eunice Picanço
 Ao chegarmos na instituição nos apresentamos a uma moça que estava na porta da secretaria e pedimos para conversar com a pedagoga, mas ela nos informou que não estava no momento. Informamos a ela que estávamos ali naquele instante para fazer uma pesquisa de campo em nome da faculdade Estácio, e já estávamos com o oficio que o diretor Fábio Furtado da Silva, atual diretor da escola, já havia nos autorizado, e logo nos direcionou para uma das salas de aula do 5º ano onde a professora estava ministrando sua aula.
Tivemos a oportunidade de entrevistar uma das professoras do colégio, formada em pedagogia, professora esta que já atua há 36 anos, trabalhou muitos anos na educação infantil e se identificou mais no ensino fundamental.
 Após expor a ela o objetivo maior da pesquisa relacionada aos gêneros textuais, em nenhum momento não hesitou em ajudar, autorizando tirar algumas fotos, gravar entrevistas, algumas anotações e respondendo algumas perguntas, seguindo o questionário elaborado pelo grupo.
A respeito da primeira pergunta sobre os tipos de gêneros trabalhados em sala de aula a professora nos informou que:
Trabalho em minha disciplina com poemas, contos, jornal, com a reprodução de textos em cima dos textos originais. Mas, na questão de gêneros textuais trabalho mais o conto. A interpretação desses contos retiro do livro de Língua Portuguesa, pois ele é rico em gêneros textuais como conto, poemas, assim é fazendo a leitura através de imagens que começam a produção de textos. Dessa produção de texto obtenho o conto popular, tem as faces da verdade que fala sobre as questões dos valores que leva também a produção de textos, e essas atividades são feitas para realizarem em casa também para melhor desenvolvimento. 
Neste livro, adotado pela professora na turma, segundo ela, são explorados bem alguns gêneros. As histórias que a professora ler e que são reproduzidas pelos alunos: Os Três Porquinhos, A História De Pandora e Minhas Férias entre outros.
Figura 2 – Livro de Língua Portuguesa que se trabalham os gêneros textuais.
Figura 3 – Atividade sobre gêneros textuais feita pelos alunos
A professora informou ainda que a dificuldade de leitura e reprodução é muito grande, eles vieram de uma outra turma na qual não se preparam bem. Todo dia ela está trabalhando com texto independente da disciplina. A professora ainda complementou
No que se refere às atividades percebe-se que a produção de gêneros é muito importante, seja para análise dos níveis de escrita, seja para a leitura em que eles estão e, trabalhando esses gêneros em prática na sala de aula, eles são levados a pensarem e a produzirem textos, mas a falta de incentivo dos pais, com essas tecnologias avançadas muitas vezes prejudicam as crianças, pois quando chegam em casa só ligam a TV e mudam o foco da escola e acabam voltando para a sem realizar a atividade.
Quanto à aplicação da metodologia do ensino dos gêneros textuais, a professora nos informou que trabalha com a turma de forma individual e coletiva em cima dos textos, leituras e interpretações, elaborações de panfletos voltados aos gêneros textuais, além de produção individual e coletiva com cartazes. A professora utiliza também jogos de interpretação envolvendo teatro, para eles ensaiarem criando personagens através de diálogos, dessa forma o teatro entra também na produção de texto, para que apresentem para outras turmas, contarem algumas histórias, fazem empréstimos de livros incentivando eles a lerem, inclusive, muitos deles já leem livros maiores. 
Abaixo exemplo de cartazes feitos em grupo pelos alunos:
Figura 4 e 5 – Diversas atividades feitas pelos alunos.
A matemática, por exemplo, é trabalhada o histórico da matemática, sempre uma história sobre o assunto, independente da disciplina, para ela tem que haver a escrita, apresentando sempre a produção de texto. A educação física eles gostam, mas não tem espaço, também expondo na produção de texto a história da educação física, o que eles sabem sobre a educação física, o que eles gostariam de saber. Depois fizeram uma produção individual sobre outro poema, o título era meu lugar ou nosso lugar. Uns escolheram a casa, alguns a escola, outros a praça, eles gostaram bastante. Mas ainda possuem muita dificuldade para produzir.
 Nesta pesquisa vimos que a professora não é específica na área, mas tenta se adaptar com aquilo que tem. Então utiliza muita produção de texto, sempre destacando o livro acima, o qual gosta muito na questão do conto, dando ênfase na interpretação e na produção dos textos, ou seja, trabalhando oficina, os termos que compõem uma poesia, mural coletivo que foi exposto na parede sobre poemas. E ainda escolheram a melhor poesia de cada grupo para expor sempre envolvendo gêneros e produção em todas as atividades. 
A respeito da seleção dos gêneros textuais que será exposto e trabalhado pela classe, a professora seleciona os textos e os alunos também os selecionam a partir da vontade deles. Eles escolhendo o tipo de gênero e ela escolhendo o tema. 
Baseado no que já foi discutido percebe-se que ela tentatrabalhar o máximo possível de gêneros, colocando aqueles que precisam se intensificar mais, pois no planejamento anual da escola já consta o trabalho com os gêneros, então ela já seleciona uns junto aos alunos e vai trabalhando de acordo com a necessidade deles.
Percebe-se que a docente sempre valoriza textos que se relaciona com a realidade do aluno, trazendo temas que são direcionados para seu dia a dia. Um exemplo foi de um coleguinha que eles sempre comentavam que na sala de aula nunca falava nada. Então ela trabalhou em cima disso criando um tema. O tema abordado foi Daniel no mundo do silêncio, sempre fazendo eles pensarem sobre a realidade deles, e sempre trabalhando os gêneros.
Outro exemplo foi a elaboração de panfletos, com o tema cuidados para evitar a dengue. E um aluno questionou a professora: como é que ele iria deixar a caixa d’água tampada se não tem nem uma d’água na casa dele, pois a maioria mora em área de ressaca sem contar com o hábito de jogar o lixo na área de ressaca.
Em relação às atividades aplicadas em sala, a professora sempre faz seus trabalhos visando de um modo geral a turma, como tem muitos alunos, não dar para especificar uma atividade para cada um, contando que todos moram em terra firme, mas ensinando pra quem mora em área de ressaca os cuidados, os valores e ensinando a colocar o lixo na lixeira independentemente de onde morar, trabalhando com textos que possa incentivar a eles pensar sobre a realidade deles. 
Em relação à forma de avaliação sobre os gêneros textuais, a professora informa que observa como seus alunos produz o texto dando a eles um assunto que possa interpretar e em cima de cada gênero explorado, verifica se eles realmente compreenderam. Trabalhando um tema, lendo livros, elaborando relatório, fazendo pesquisa para que depois desse processo eles possam produzir uma poesia com todos os gêneros que conheceram até hoje, falando da poesia, conto e suas características entre outros gêneros que são trabalhados em sala, então em cima disso é que eles vão construir. 
A proposta de avaliação é deixar o tempo todo e colocar eles para fazer, a produzir um texto, a elaborar um livro, fazer um relatório, e através do desenho o que eles compreenderam para produzir, assim como tem crianças que avançaram bastante e os que estão meio fraquinhos, mas que a professora sempre tenta dar uma atenção maior. Trabalhando também o cantinho da leitura que sempre tem jornais, revistas, livros, bulas de remédios etc. sempre fazendo rodizio desses livros para poder trabalhar todo tipo de gênero.
Figura 6 – Livros sobre os diversos gêneros textuais na sala de aula.
Algo que nos chamou a atenção foi a Olimpíada da Língua Portuguesa, esse projeto é um processo chamado TIM FAZ CIÊNCIA, que é um programa integrado com a secretaria de educação de São Paulo em parceria do Instituto TIM (empresa de telefonia) dirigidos a professores e estudantes do 4°e 5° anos do ensino fundamental. Esse projeto trabalha a questão da ciência com outro olhar, na questão das histórias, interpretação da história, observação, relatórios de avaliação pessoal deles levando ao aluno a passarem por módulos conforme seus desempenhos para chegarem aos níveis mais elevados.
 Eles ainda estão no primeiro módulo. E o primeiro conceito que estão trabalhando é o tema OBSERVAR. Esse projeto tem um livro que inicia com o gênero textual uma história, dessa história fazem interpretação, depois jogos de observação, dentro desse livro possuem jogos que a professora pratica com eles, tudo referente ao tema observação e por esse mesmo livro tem os critérios de avaliação para saber se o aluno evoluiu para passar para o próximo modulo.
 Por exemplo, a auto avalição, como se saíram nos jogos, nas observações o que eles veem no refeitório, às brincadeiras que acontecem, o que as meninas e os meninos baseados as experiências deles. Por isso que é interessante esse projeto que vai passando de módulo conforme seu desempenho, que dar muita ênfase nessa questão dos gêneros e ajuda em todos os aspectos para seu melhor desenvolvimento, ao observar, fazer, ler, explicar e na hora de auto avaliar e avaliar conforme as produções de textos e relatórios produzidos pelos próprios alunos.
Esse livro e uma ferramenta, um manual para orientar professor instruir os alunos.
Figura 7 – Livro sobre gênero textual do projeto TIM FAZ CIÊNCIA.
Para Bakhtin (2003, p.285) é preciso dominar os gêneros textuais para praticar livremente em nosso dia a dia, e tendo o domínio de várias produções textuais o aluno poderá ser ativo na sociedade sendo um crítico reflexivo nas relações sociais produzindo a oralidade e a escrita nas situações adequadas. E, em nossa pesquisa, percebemos que a professora entrevistada sabe realmente trabalhar fluentemente os textos em sala de aula, em qualquer disciplina que leciona está sempre buscando aproveitar o máximo do texto, dando a oportunidade para o aluno produzir frequentemente seus textos tanto de forma oral quanto escrito, em qualquer momento que envolve a comunicação.[10: BAKTHIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi observado que a docente entrevistada trabalha com as variedades de gêneros textuais com a turma, colocando os seus alunos a ler, interpretar, interagir e produzir seus próprios textos de acordo com seu entendimento, e esse processo de produção textual é frequente em suas aulas não somente na disciplina de português, mas também nas demais disciplinas, da qual leciona.
Apesar de alguns alunos apresentarem dificuldades em elaborar pequenos textos, devido sua falta de leitura, ela sempre busca da melhor maneira trazendo temas relacionados com seu ambiente, sabemos que para incentivar o estudante a produzir seu texto tem que começar a trabalhar com gêneros textuais partindo de sua realidade para depois introduzir textos mais complexos. Nota-se que ela trabalha a produção textual não somente na escrita mas, principalmente, na oralidade. 
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa (1997), a docente tem que aplicar diversos gêneros textuais para que o aluno possa agir socialmente na comunicação e a professora entrevistada está preparada em trabalhar com a classe utilizando dos diversos textos, pois ela prioriza o texto em qualquer momento em sua aula e os textos são significativos e relevantes para os alunos, e isso faz que o aluno se sinta capaz de interagir de forma crítica e criativo em seu meio social. Vale ressaltar que a professora ainda tem apoio de um programa (TIM FAZ CIÊNCIA) que auxilia na avaliação do aprendizado do aluno em relação a sua forma de interpretação.
Contudo é interessante saber que existe educador que se importa com o ensino, repassando para o aluno a compreensão, entendimento de dizer escrever os diferentes gêneros textuais de acordo com as exigências culturais do lugar e do momento e assim leva-lo a falar, ouvir, ler e escrever as variedades de textos conforme a situação em que se pede.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKTHIN, Mikail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 
CALDAS, Lilian Kelly. Trabalhando tipos/gêneros textuais em sala de aula. Uma estratégia didática na perspectiva da mediação dialética. São José do Rio Preto: IBILCE/UNESP, 2007.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

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