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Síntese da compreensão sobre Banalidade do mal de Hannah Arendt

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Síntese da compreensão do vídeo de Hannah Arendt.
Após assistir ao documentário e buscar mais sobre o tema, observa-se que Arendt foi surpreendente e ousada ao escrever o seu livro “Banalidade do Mal” sobre o julgamento de Adolf Eichmann por redigir os artigos ao jornal e posteriormente o livro tratando da questão filosófica e não como uma repórter de um tema que trouxe grande comoção aos envolvidos se tratando de um crime contra humanidade segundo ela, pois os judeus eram humanos, e sendo criticada e acusada de nazista, antissemita e de defender Eichmann pelos seus pátrios e amigos que ela tinha grande apreço. Interessante ver que Hannah era judia e o réu era julgado por matar seus compatriotas e mesmo assim não leva para lado pessoal e diz que os lideres judeus poderiam ter agido diferente se eles tivessem cooperado poderia ter causado menos mortes, o que gera polêmica, pois, os seus críticos acusam de culpar os judeus pela sua própria morte. 
Dizer que Arendt defendeu o acusado, é considerar de maneira equivocada, porque se observar toda questão filosófica levantada pela autora, ela não o defende, e sim tenta entender e conciliar a mediocridade do acusado com seus atos abomináveis, Hannah diz que quando os motivos se tornam supérfluos, o mal é banal. 
Eichmann como nazista, foi capturado e julgado em Jerusalém, a terra dos judeus, pois na Segunda Guerra Mundial era oficial do exército de Hitler e trabalhava como burocrata assinando documentos que autorizava entrada de judeus nos campos de extermínio. 
Quando Hannah cria três teorias para tentar entender porque Eichmann fez o que fez é necessário compreender que ela não tenta defende-lo.
O réu dizia que era seu trabalho fazer isso e só cumpria ordens e na época não era crime matar judeus, a ordem era matar ao invés de não matar, onde o mal, o ato de matar, se tornou comum e por isso se tornou banal, ocorre a banalidade do mal, mas não quer dizer que era certo. E, a partir disso, Hannah diz que o mal é uma coisa comum e no julgamento observava o seu comportamento perante o julgamento, com toda sua calma, e que ninguém acharia que é quem era, pois tinha família, era comum, vivia uma vida comum e era uma pessoa normal. 
Segundo Arendt, na sua primeira teoria (da engrenagem), o acusado cumpria ordens e fez isso por causa do trabalho, era uma parte da engrenagem, um dente, que poderia ser substituído e engrenagem voltaria a funcionar.
Na segunda teoria (da culpa coletiva), Arendt, culpa a sociedade por colocar Hitler no poder e que Eichmann era por ser engrenagem também tinha culpa e participa da culpa coletiva, mas como não dava para julgar todos então o escolhem. 
Na sua terceira teoria (da consciência), Eichmann não tem consciência, não há o dialogo consigo mesmo, não pensa que é errado o que está fazendo e nem nas consequências, mesmo sendo autorizado, por isso, se torna incapaz de juízos morais e encara sua tarefa com banalidade e ausência de empatia e essa incapacidade de pensar faz com que homens comuns cometam atos abomináveis. 
Pode-se concluir que banalidade do mal porque matar o que é algo incomum, mas na 2º Guerra Mundial por ser autorizado e cometido várias vezes se tornou comum, por esse mal ser comum, há banalidade do mal, e que qualquer um pode ser um Eichmann no cotidiano sem saber quando banaliza algo e não faz juízos morais, diálogo com si mesmo para distinguir o bem e o mal. A grosso modo pode comparar com um exemplo: compartilhar vídeos íntimos que ofendam a honra de uma pessoa com argumento de que todo mundo faz isso, se eu não mandar outra pessoa vai mandar, sou apenas mais um. Uma pessoa comum sem nenhuma maldade pode compartilha sem saber o mal que está fazendo por não ter empatia, não parar para pensar na sua atitude, por ser comum, esse mal é banalizado, assim o torna um Eichmann do cotidiano.

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