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Revisão Direito Civil aula 01 – Obrigações – 07/02 Conceito de Obrigação Vinculo jurídico que o sujeito assume livremente → professora; Vinculo jurídico que confere ao credor o direito de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestação. É o patrimônio do devedor que responde por suas obrigações → livro. Pagar uma obrigação → cumprir a obrigação na forma e no prazo, não é somente dinheiro. Obrigações legais → imperativas → impostas por lei → Exemplo IPVA, IPTU Diferença entre Direito Obrigacional e Real Direito obrigacional Direito real Vinculo jurídico que o sujeito assume livremente, une o sujeito a outro sujeito; Exemplo: contrato de compra e venda. Vinculo de um sujeito de direito que o une ao bem; (sujeito tem vínculo com o bem); Quem tem direito real é quem tem a posse. Exemplo: contrato de compra e venda; Vendedor → tem o direito de entregar a casa → até ele entregar chamada (tradição) ele tem direito real sobre a casa, pois o sujeito está vinculado ao bem por ter a posse. Comprador → tem o direito de pagar o preço da casa → após a tradição → assumindo a posse ele passa a ter direito real sobre o bem, porque vai uni-lo ao bem, passa a ter obrigação legal de pagar IPTU. Obrigação vinculada ao bem é chamada de “propter rem”, porque o proprietário tem o direito real sobre o bem. Estrutura das obrigações → são 3 Sujeitos da relação (elementos subjetivos) → credor e devedor; Objeto da obrigação (elemento objetivo) → pode ser físico ou não; Vinculo jurídico → entre o credor e devedor. Revisão Direito Civil aula 02 – Obrigações – 08/02 Classificação básica ou fundamental das obrigações → prevista em lei 1) OBRIGAÇÃO DE DAR → devedor assume com o credor de entregar objeto material (um bem) - o compromisso de entrega da coisa (podendo ou não haver restituição) O negócio jurídico pode ser somente entregar → exemplo: venda de carro; O negócio jurídico pode ser dar e receber de volta, há restituição → exemplo: empréstimo → se implica no dever de devolver - direito à coisa (não direito sobre a coisa ou direito real) – execução Vinculo obrigacional dá direito à coisa e não sobre a coisa, direito à coisa é dado somente com o direito real, de quem tem a posse. O credor adquire somente o direito de pleitear, pedir o bem, mas não o real, porque não ocorreu a tradição (entrega) que transfere a propriedade, então o bem ainda é do devedor. Caso o devedor não queira dar a coisa o credor não pode exigir que ele dê, pois, a posse ainda é ele, não ocorreu a tradição passando a posse ao credor, e não há mecanismo jurídicos para obrigar o devedor a dar a coisa se ele ainda tem a posse, nem o juiz pode obrigar, mas pode indenizar por perdas e danos. Obrigação de dar a coisa certa – aceitação de outra Coisa certa não quer dizer rara; Só cumpre a obrigação de dar a coisa certa mediante a entrega (tradição). Conceito → Coisa certa → objeto com características próprias que o individualizam; O credor não é obrigado a aceitar outra coisa, mesmo sendo melhor - acessórios e o principal Em regra, o bem acessório segue o principal, mas pode variar, há exceções. Revisão Direito Civil aula 03 – Obrigações – 14/02 b) responsabilidade por perda ou deterioração do bem - Necessário observar a tradição da coisa e a culpa do devedor (indenização) I) Perda → o bem se perde no mundo jurídico. - Antes da tradição (entrega) Sem culpa do devedor – art. 234, 1ª parte Se não houver culpa do devedor que deveria entregar o bem e ele se perdeu sem ser sua culpa então só extingue a obrigação do devedor de entregar o bem; Não cabe perdas e danos; Exemplo: venda de um carro, negócio foi firmado, um dia antes o devedor estaciona em um local correto e sem sua culpa um ônibus bate em seu veículo. Com culpa do devedor – art. 234, 2ª parte Sendo o devedor culpado pela perda do bem, extingue a obrigação, se já recebeu do credor o preço paga pelo bem que tinha obrigação de entregar, então ele devolve (credor recebe o equivalente), e devedor também responde por perdas e danos; Exemplo: venda de um carro, negócio foi firmado, um dia antes da tradição o devedor bate o carro por dirigir embriagado. Perda - Após a tradição No caso de perda após a tradição (entrega), o devedor não tem mais nenhuma culpa e caso o credor perca o bem a responsabilidade é toda sua II) Deterioração → perda parcial do bem - Antes da Tradição Sem culpa do devedor – art. 235 Se o bem se deteriora antes da tradição (entrega), o credor por optar em receber o bem no estado que se encontra e rediscutir o preço Ou pode extinguir a obrigação; Não cabe perdas e danos. Com culpa do devedor – art. 236 Credor pode optar em receber o bem com o abatimento do valor; Também pode pedir perdas e danos; Ou pode extinguir contrato e pedir mais perdas e danos. c) a melhora, frutos ou acréscimos no bem antes da tradição – art. 237 Se haver acréscimo de valor do bem antes da tradição (entrega) o devedor que tem obrigação de entregar o bem pode exigir o aumento do preço, se o credor não aceitar o devedor pode extinguir a obrigação sem o credor ter direito a perdas e danos - frutos percebidos e pendentes – art. 237, § único Frutos percebidos → são do devedor → estão na época de colher; Pendentes → são do credor → não estão na época de colher Revisão Direito Civil aula 04 – Obrigações – 15/02 B) A obrigação de restituir Conceito → é aquela em que o devedor adquire a posse de um bem pertencente ao credor e assume o compromisso de restituir o bem quando a relação jurídica que lhe atribui a posse se extinguir Perda ou deterioração do bem antes da tradição I) Perda * sem culpa do devedor - art 238 - (ressalva de direitos) Sofrerá o credor a perda, devedor não fica obrigado a restituir → regra Mas se no contrato estiver clausula de restituir fica obrigado → ex: livro * com culpa do devedor – art 239 Responde pelo equivalente + perdas e danos II) Deterioração -sem culpa do devedor – art 240, 1ª parte Credor recebe o bem como ele estiver, recebe deteriorado, sem direito a indenização -com culpa do devedor – art 240, 2ª parte Respondera pelo equivalente + perdas e danos III) A melhoria e o acréscimo do bem - sem despesa ou trabalho do devedor – art 241 Devedor entrega o bem para o credor com melhorias e não recebe e nem tem direito a receber nada, lucrara o credor sem obrigação de indenização - com despesa ou trabalho do devedor – art 242 – regras das benfeitorias (boa e má fé) Se for melhoria necessária o devedor quando entregar pode cobrar, as melhorias uteis e volupteis não tem direito a cobrar - os frutos percebidos – parágrafo único – art 242 Enquanto durar o empréstimo é do devedor Exemplo: pé de goiaba no terreno D) Obrigações de dar coisa incerta conceito: art 243 → é aquela em que o devedor se compromete à entregar ao credor bens classificados por quantidade, qualidade e espécie. A concentração do débito: Momento da escolha → ou → separação → dos bens que serão entregue - direito da escolha e dever do devedor – art 244 Quem escolhe em regra Não é obrigado a entregar os melhores e nem os piores, dentro da média, meio termo - a responsabilidade do devedor antes da escolha por caso fortuito e força maior – art 246 Dívida do devedor é gênero, gênero não se perde Mesmo se o bem se perder sem culpa do devedor ele ainda é responsável para substituir, fica obrigado a entregar outro bem do mesmo gênero Revisão Direito Civil aula 05 – Obrigações – 21/02 Responsabilidades por perda ou deterioração após a concentração do débito Após a concentração (escolha e separação), o bem se torna coisa certa, se acontecer perda ou deterioração segue as orientações da coisa certa 2) OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER A) Obrigação de fazer Qualquer prestação que se envolva fazer Atos / serviços executados pelo devedor Não é relação de trabalho a) Conceito e modalidades: -genérica ou fungível Comum → admitesubstituição do devedor para prestar o serviço que não prejudica o cumprimento da obrigação. Ex: pedreiro, jardineiro -personalíssima ou infungível: art 247 (cláusula ou qualidade pessoal) Devedor tem que cumprir pessoalmente (intituiu personae) → não pode substituir Exemplo: qualidade artística, cirurgião plástico renomado Devedor tem características próprias B) diferenças e semelhanças entre as obrigações de dar e fazer * ambas positivas → exigem atitude do devedor * o dar – coisa → não foi o devedor quem fez Exemplo: concessionaria só vende, só dá a coisa, não foi ela quem fez * fazer – serviço, não necessariamente dar Exemplo: fabrica de veículos, tem obrigação de fazer * a execução da obrigação de dar: obrigar à coisa Credor entra com uma ação para fazer cumprir a obrigação * a execução de fazer: a multa “astreints ou astreintes” Juiz não pode obrigar ninguém a fazer o que não queira, é proibido trabalho forçado, então credor entra com uma ação, caso devedor não queira, aplica-se multa diária “astreints” para obrigar Revisão Direito Civil aula 06 – Obrigações – 22/02 b) O descumprimento da obrigação de fazer I - o devedor se recusa a fazer: - ação para executar com a imposição de astreintes Ação com multa diária para obrigar a fazer caso devedor se negue → regra - mandar fazer às expensas do devedor: art. 249 Credor pode colocar outra pessoa para fazer a custo do devedor, é necessário entrar com ação com documentação de gastos cobrando em juízo. - a indenização por perdas e danos II – prestação se torna impossível por culpa do devedor – indenização art 248, 2ª parte Responde por perdas e danos III – prestação impossível sem culpa do devedor – art 248, 1ª parte Observa o caso concreto, se não houver culpa resolve se a obrigação, sem perdas e danos c) A execução direta da obrigação de prestar declaração de vontade: art 463 CC Obrigação do vendedor de assinar a escritura de compra e venda no cartório e não a faz Bem imóvel → ação de adjudicação compulsória Bem móvel → ação de obrigação de fazer B) Obrigação de não fazer Advogado tem obrigação de não fazer, não contar nada do cliente, sigilo Exemplo: compra de um terreno em um condomínio que não pode fazer muro, obrigação de não fazer muro conceito: Obrigação negativa quem impõe ao devedor um dever de abstenção, a de não praticar o ato que poderia livremente fazer, se não houvesse sido obrigado Se cumpre quando o devedor se abstém da pratica do ato b) O inadimplemento e as consequências: I – sem culpa do devedor: art 250 Exemplo: psicólogo que precisa contar sobre o paciente em juízo, para interdição, está descumprindo obrigação de não fazer, não falar, sem culpa sua II – com culpa do devedor: art 251 -desfazer – as perdas e danos Pode exigir que ele desfaça, sob pena de desfazer a sua custa, ressarcindo o culpado por perdas e danos -o não desfazer- a indenização Tem ocasiões que não dá para desfazer o que já foi feito Exemplo: palavra dita, não dá para desfazer, então é obrigado a indenização
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