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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS a AULA 01 Professor: Eng. Gabriel Jones Ohana e-Mail: ohana@prof.iesam-pa.edu.br PLANO DE AULA 1- INTRODUÇÃO 2- EQUILÍBRIO DE UM CORPO 3- TENSÃO 4- EXERCÍCIOS 1- INTRODUÇÃO A resistência dos materiais é o ramo da engenharia que estuda as relações entre cargas externas aplicadas à um corpo deformável e a intensidade das forças internas que atuam dentro do corpo. Este assunto abrange também o cálculo da deformação do corpo e o estudo da sua estabilidade, quando ele esta submetido a forças externas. 1- INTRODUÇÃO No projeto de qualquer estrutura é importante compreender e utilizar os conceitos da estática para determinar as forças que atuam sobre a estrutura e em seu interior. As dimensões dos elementos, suas deflexões e estabilidade dependem não só das cargas externas mas também dos tipos de materiais que são empregados nessas estruturas. 2- EQUILÍBRIO DE UM CORPO A estática desempenha papel importante na análise de problemas estruturais, sendo assim, sabe-se que forças estáticas podem ser classificadas de algumas formas. Forças externas ◦ Forças de superfície ◦ Forças de corpo Reações de apoio 2.1- FORÇAS EXTERNAS Um corpo pode ser submetidos à vários tipos de forças não pertencentes a ele. À essas forças dá-se o nome de forças externas. Essas forças externas podem ser de 2 (dois) tipos. ◦ Forças de superfície Forças concentradas Carga linear distribuída ◦ Forças de corpo 2.1- FORÇAS EXTERNAS Forças de superfície: são causadas pelo contato direto de um corpo com a superfície de outro, em todos os casos essas forças são distribuídas em toda a área de contato entre os corpos. 2.1- FORÇAS EXTERNAS Forças concentradas: quando uma força de superfície é aplicada em uma área muito pequena se comparada a área total do corpo. 2.1- FORÇAS EXTERNAS Carga linear distribuída: quando uma força de superfície é aplicada em uma área muito estreita se comparada a área total do corpo. 2.1- FORÇAS EXTERNAS Força de corpo: são causadas quando um corpo não exerce força direta sobre um ao outro. Essa força atua sobre todas as partículas do corpo. E sua representação é feita no centróide. 2.1- FORÇAS EXTERNAS Reações de apoio: são forças de superfície geradas nos apoios ou pontos de contato entre as estruturas. As restrições de apoio podem ser entendidas como sendo forças geradas por quando alguma peça do sistema fornece qualquer tipo de restrições de movimento em qualquer sentido. 2.1- FORÇAS EXTERNAS 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO O equilíbrio de um corpo requer que o mesmo tenha equilíbrio de forças, para evitar movimento ao longo de uma trajetória retilínea ou circular, e equilíbrio de momentos, para garantir que o corpo não sofra rotação. A aplicação com sucesso das equações de equilíbrio exige a análise completa de todos os esforços que atuam sobre a estrutura. 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO A melhor maneira de analisar todas as forças que atuam sobre um corpo é desenhar, esboçar, o seu diagrama de corpo livre. Claramente, se o diagrama de corpo livre for desenhado corretamente, então é fácil perceber todas as forças e seus conjugados aplicados sobre a estrutura. 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO A aplicação da estática em solucionar problemas da resistência dos materiais auxilia a detecção de forças e momentos internos resultantes (cargas internas resultantes), as quais tem por finalidade a união coesa da estrutura, ou seja, as cargas internas resultantes são cargas que garantem o não desacoplamento estrutural interno de um corpo. 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Para visualizar as forças internas atuantes em um corpo infinitesimal, ou qualquer corpo, utiliza-se o método das seções. Este método requer que um corte imaginário seja feito em um plano no qual as cargas internas serão analisadas. 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Esse corpo é então separado em dois e em uma de suas partes é feito o diagrama de corpo livre. Neste diagrama pode-se verificar que realmente existe uma distribuição interna de cargas. 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Supondo que momentos externos a este corpo e forças externas atuem sobre ele, pode-se então observar uma força resultante e um momento resultante em um ponto O aleatoriamente escolhido. 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Desta força resultante duas forças podem ser decompostas, assim como dois momentos podem ser decompostos do momento resultante. 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Força normal: atua perpendicularmente à área. Criada sempre que forças externas tentam empurrar ou puxar o corpo. (N) Força de cisalhamento: localiza-se no plano da área e é criada quando as cargas externas tendem a provocar o deslizamento de uma parte sobre a outra do corpo. (V) Momento de torção: criado quando uma carga externa tende a torcer uma parte do corpo em relação a outra. (T) Momento fletor: provocado pelas cargas externas que tendem a fletir o corpo em relação a um eixo. (M) 2.2- EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Cargas coplanares: são forças e momentos que atuam em um corpo e podem ser visualizadas em um plano, o que auxilia a simplificação dos problemas de resistência dos materiais. 2.3- EXERCÍCIO Determinar a resultante das cargas internas que atuam na seção transversal que passa pelo ponto C da viga abaixo. 3- TENSÃO É a intensidade da força interna de um corpo atuando sobre um plano específico que passa por um determinado ponto. Tensão Normal (σ): Força por unidade de área, ou intensidade de força, que atua perpendicular a ∆A. 𝜎𝑧 = lim ∆𝐴→0 ∆𝐹𝑧 ∆𝐴 Tração Compressão 3- TENSÃO Tensão de Cisalhamento (τ): Intensidade de força, ou força por unidade de área, que atua tangente a ∆A. 𝜏𝑧𝑥 = lim ∆𝐴→0 ∆𝐹𝑥 ∆𝐴 𝜏𝑧𝑦 = lim ∆𝐴→0 ∆𝐹𝑦 ∆𝐴 3- TENSÃO Estado Geral da Tensão: Obtido através secionamento do corpo não somente no plano x-y, mas também nos planos x-z e y-z. 3- TENSÃO Estado Geral da Tensão: Obtido através secionamento do corpo não somente no plano x-y, mas também nos planos x-z e y-z. 3- TENSÃO A barra da figura abaixo tem largura constante de 35 mm e espessura de 10 mm. Determinar a tensão normal máxima da barra quando submetida ao carregamento mostrado. 3.1- EXERCÍCIO Frequentemente os elementos estruturais são compridos e finos, submetidos a cargas axiais geralmente aplicadas em suas extremidades. 3- TENSÃO Determinar a distribuição média de tensão que atua na seção transversal da barra com carregamento axial nas extremidades. O corte feito na barra define a área de sua seção transversal, caso todas as seções feitas na barra tenham mesmo formato e área, a esta barra dá-se o nome de prismática. Na seção em que o corte é feito, para equilíbrio das forças internas da estrutura, a força aplicada na outra extremidade é transferida diretamente para a nova extremidade. 3- TENSÃO Antes de determinar a distribuição média de tensão que atua na área da seção transversal da barra, é necessário definir duas hipóteses simplificadoras referentes à descrição do material e àaplicação específica da carga. 3- TENSÃO Hipótese 1: É necessário que a barra permaneça reta tanto antes como depois de a carga ser aplicada, e, além disso, a seção transversal deve permanecer plana durante a deformação. 3- TENSÃO Hipótese 2: A fim de que a barra possa sofrer deformação uniforme, é necessário que P seja aplicada ao longo do eixo do centróide da seção transversal e o material deve ser homogêneo e isotrópico. 3- TENSÃO Material homogêneo: Possui as mesmas propriedades físicas e mecânicas em todo o seu volume. Material isotrópico: Possui as mesmas propriedades físicas e mecânicas em todas as direções. 3- TENSÃO A distribuição da tensão normal média é analisada sabendo que a deformação da estrutura é constante e uniforme. 3- TENSÃO σ é a tensão normal média; P é a força normal interna; A é a área da seção transvesal. A luminária de 80 kg é suportada por duas hastes AB e BC como mostra a figura. Se AB tem diâmetro de 10 mm e BC tem diâmetro de 8 mm. Determinar a tensão normal média em cada haste. 3.1- EXERCÍCIO
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