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anamnese ginecologia

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Realizar anamnese e Exame físico ginecológico
Estabelecer adequada relação estudante-paciente no campo específico(ginecologia)
Utilizar corretamente a terminologia ginecológica
Incorporar em sua prática clínica, atitudes de compreensão e respeito aos significados que o exame ginecológico e obstétrico tem para cada mulher, bem como o dever de esclarecê-las sobre suas dúvidas, sobre o procedimentos a serem realizados e os resultados encontrados. 
Discutir aspectos culturais, legais e éticos que determinam a conduta frente às mulheres. 
Explicar as alterações fisiológicas da mulher durante o ciclo menstrual
Descrever as alterações psicológicas e as preocupações e dúvidas mais frequentes da mulher
Explicar conceitos de saúde reprodutiva e de direitos sexuais e reprodutivos. 
Identificar os principais problemas referentes à saúde reprodutiva das mulheres no país, em particular ao acesso a anticoncepção e a violência contra a mulher.
Profª Patricia Leen Kosako
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Anamnese Ginecológica
Habilidades médicas iii
Bibliografia: porto 7ª ed cap. 141
Profª Patricia Leen Kosako
Anamnese Ginecológica
A anamnese constitui o passo inicial e básico do relacionamento médico-paciente. Nunca é excessivo ressaltar que o médico vai abordar a intimidade da mulher. Por isso, é comum que se estabeleça entre o médico e a paciente um laço mais emocional do que nas demais especialidades. A paciente deve sentir a disponibilidade afetiva do médico como ser humano que pretende e que pode ajudá-la. 
Não deve existir uma rígida rotina, um método inflexível de abordar a paciente durante o interrogatório. A sequência e a profundidade das perguntas vão depender da sensibilidade do médico e da compreensão da paciente. Assim como o médico deve impor limites, a paciente pode fazê-lo. Na anamnese, esse limite diz respeito aos problemas sexuais, havendo pacientes que por pudor ou por inibição dificultam esse tipo de questionamento( Porto , 7ª ed)
Profª Patricia Leen Kosako
Anamnese Ginecológica
1. Identificação:
Nome: forma precisa
Idade: permite situar a paciente na fase da vida ( puberdade, maturidade, climatério e senilidade)
Cor: Ex: leiomiomas uterinos mais frequentes em negras 
Estado civil: registro do nome do parceiro para possível contato e informações do estado de saúde da paciente com autorização prévia da paciente 
Grau de instrução: EX: pacientes de mais baixo nível de escolaridade, aumentam o risco de DST
Naturalidade e procedência: doenças mais comuns em determinadas regiões
Profissão: fatores de risco. Ex: mulheres grávidas que trabalham com agentes tóxicos. 
Religião: fornece informações, costumes, práticas e hábitos de vida da mulher. 
Profª Patricia Leen Kosako
Anamnese Ginecológica
2.Queixa principal (QP): a causa ou sintoma que levou a paciente ao consultório, registrar de preferência com as próprias palavras da mesma.
3. História Doença atual : início, progressão e características dos sintomas até o momento da consulta. Todas as particularidades devem ser perguntadas, tais como períodos de melhora espontânea, medicação utilizada, exames laboratoriais e possíveis tratamentos clínicos e/ou cirúrgicos realizados. 
4. Interrogatório sintomatológico (IS): . É de real importância porque muitas vezes uma queixa que a paciente pensava ser de origem ginecológica, pode ter, na realidade, outra origem, tal como o trato intestinal ou, ainda, o aparelho urinário. 
Começa-se o interrogatório pelo segmento cefálico, questionando sobre cefaleias, acuidade visual, auditiva, olfativa e gustativa. Questiona-se, também, a presença de nódulos cervicais e tireoidianos, pois alterações nesta glândula podem ter repercussões tanto sobre a função ovariana quanto sobre a gravidez. 
Profª Patricia Leen Kosako
Anamnese Ginecológica
Aparelho respiratório: EX: passado de doença pulmonar tal como tuberculose, bronquite crônica e surtos de eczema podem ser a causa de incontinência urinária de esforço, pelo fato de provocarem tosse crônica. 
Aparelho Cardiovascular: pacientes jovens, no período reprodutivo e desejosas de gravidez, visto a sobrecarga que a gravidez acarreta ao sistema circulatório. 
Aparelho digestivo: algumas alterações digestivas podem ser confundidas com queixa ginecológica, tais como a diverticulite ou a apendicite, pela semelhança das manifestações clínicas. 
Queixas do aparelho urinário: são, frequentemente, motivo de consulta ao ginecologista. Entre as mais frequentes encontram-se as cistites e as litíases renais. (Perda de urina, urgência miccional, disúria, hematúria, enurese)
Outros sistemas: osteoarticular, nervoso, psíquico e emocional.
Mamas: Dor: intensidade, ritmo, característica e local.
 Nódulo: determinar o número, local, tempo de aparecimento, consistência, mobilidade, crescimento rápido ou não, presença de nódulos axilares e regularidade de sua superfície. Interrogar sobre a possibilidade de saída de secreção pelo mamilo e, se presente, caracterizar coloração, quantidade, saída espontânea, se é uni ou bilateral, se por um ou mais ductos
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Anamnese Ginecológica
5. Antecedentes pessoais (AP): Doenças no passado como rubéola, toxoplasmose, sarampo, caxumba e outras assumem importância capital, durante o período reprodutivo da mulher. O passado de doença sexualmente transmitida deve ser investigado e esclarecido, pois pode ser causa de infertilidade.
Doenças prévias: hipertensão, diabetes, tromboembolismo, tratamentos já realizados.
Cirurgias anteriores: abdominais, pélvicas e trato genital, resultado do histopatológico. Houve necessidade de transfusão sanguínea ( isoimunização materna e risco de viroses emergentes
Hábitos: cigarro x TU ginecológico, tromboembolismo x estrógeno. Alcoolismo, drogas ilícitas
Medicamentos: diuréticos, antidepressivos e hormônios ( anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal )
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Anamnese Ginecológica
6. Antecedentes familiares (AF). História de miomas, problemas de tireoide, diabetes, hipertensão, câncer, alergias e doenças infectocontagiosas.
Câncer de mama: pré-menopausa ou pós-menopausa (família materna).
Câncer de endométrio e ovariano.
Tromboembolismo: Contracepção e Terapia de Reposição Hormonal (TRH).
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Anamnese Ginecológica
7. Antecedentes ginecológicos:
A)Puberdade: Início após 8 anos de idade. Estágios de Tanner
Telarca: surgimento das mamas (10-11 anos).
Pubarca: surgimento do pêlos pubianos (6-12 meses após a telarca).
Menarca: primeira menstruação (11-13 anos). Desvios de 10-16 anos ( ver caracteres sexuais)
Avaliação de Acne Facial , aumento de Pêlos
 b) Data da última menstruação (DUM) tem importância e deve ser anotada com destaque, principalmente se a paciente se encontrar no menacme (Período fértil da mulher, que vai da primeira menstruação (menarca) à última menstruação (menopausa).
 Se a paciente for idosa, indagar a data da menopausa (última menstruação, encerrando o período de menacme). A menopausa ocorre entre os 48 e 52 anos de vida. 
Intervalo entre as menstruações deve ser, em média, de 28 dias, porém variações de 21 a 35 dias podem ser normais. A duração do fluxo menstrual é de 4 a 5 dias. 
Menorragia Fluxo menstrual intenso Pequenas variações ( 2 a 8 dias) podem ocorrer e, também, são consideradas normais.
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Anamnese Ginecológica
A escala de Tanner (ou estágios de Tanner) é uma avaliação da maturação sexual através do desenvolvimento físico de crianças, adolescentes e adultos. A escala define as medidas físicas de desenvolvimento baseado nas características sexuais externas primárias e secundárias, tais como o tamanho das mamas, os órgãos genitais, o volume dos testículos e o desenvolvimento de pêlos pubianos
(M1, M2, M3, M4, M5):mamas
(P1, P2, P3, P4, P5): pêlos pubianos
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Anamnese Ginecológica
• Polimenorreia: quando a menstruação ocorre com intervalos menores que 21 dias
• Oligomenorreia: quando
a menstruação ocorre com intervalos maiores que 35 dias
• Amenorreia:que é a falta de menstruação por um período de tempo maior do que três ciclos prévios
• Hipermenorreia: quando a menstruação dura mais de 8 dias
• Hipomenorreia: quando ela dura menos de 2 dias 
• Menorragia: quando há excessiva perda de sangue durante o fluxo menstrual. Às vezes, confunde-se com hipermenorréia
• Metrorragia: quando a perda de sangue não obedece ao ritmo do ciclo menstrual
• Dismenorreia: que é um conjunto de sintomas que podem
acompanhar a menstruação.				Livro: Porto, 7ª ed.
Profª Patricia Leen Kosako
Anamnese Ginecológica
Antecedentes ginecológicos:
C)Sintomas pré-menstruais e menstruais: engurgitamento mamário, mastalgia (Dor na mama) , que normalmente acompanha o ingurgitamento mamário, deve ser bem esclarecida quanto à época de aparecimento, período do ciclo menstrual em que inicia, característica da dor
D)Dismenorréia ou algomenorréia: a menstruação acompanhada de dor. Quanto ao tipo, se em cólica, em peso ou contínua, quanto à intensidade, se é leve, moderada ou forte e quanto ao período de aparecimento pré-menstrual, menstrual ou pós-menstrual. Também, deve ser anotado se houve modificações do ciclo e de que tipo foram.
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Anamnese Ginecológica
e)Presença de corrimento vaginal: tempo de duração, a quantidade, a coloração, o odor, possíveis variações com o ciclo menstrual, tipo de tratamento utilizado e o resultado do mesmo. Questiona-se, ainda, a realização de cauterização, quando e quantas vezes elas ocorreram. Alterações vulvares: como prurido (coceira), prolapso uterino. 
F)Antecedentes Obstétricos: número de gestações, duração de cada gravidez, tipos de partos(normal ou cesariana), uso de fórceps, vitalidade do recém-nascido, peso dos filhos ao nascer, número de abortos, curetagem, evolução do puerpério, amamentação. 
Gesta ( G) Para (P) Aborto(A) Cesária (C)
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Anamnese Ginecológica
8. Antecedentes Sexuais: Neste tópico, são abordados problemas íntimos da paciente e o médico deve ter uma postura neutra e serena ao lidar com possíveis desajustes conjugais e opções sexuais. Consulta da Adolescente 
 Se há atividade sexual: ritmo, frequência ou esporádico. 
Coitarca ou Sexarca: primeira relação sexual (idade)
libido (desejo sexual)está presente e normal, se ocorre orgasmo nas relações, se há dispareunia (dor às relações), se há sinusiorragia (sangramento às relações), e práticas sexuais variadas, tais como sexo anal e oral. 
É importante nesta fase da anamnese, ouvir com naturalidade o relato da paciente, a fim de não constrangê-la, quebrando desta forma a relação de confiança mútua.
Profª Patricia Leen Kosako
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Anamnese Ginecológica
 Regra dos 8 Passos 
 1. Identificação (I)
2.Queixa principal (QP)
3. História Doença atual (HDA)
4. Interrogatório sintomatológico (IS)
Estado geral, Pele e Fâneros, Cabeça, Olhos, Ouvidos, Nariz e cavidades paranasais, Cavidade bucal e anexos, Faringe, Laringe, Vasos e linfonodos, Sistema respiratório, Sistema cardiovascular, Sistema digestório, Sistema urinário, Sistema Nervoso, Sistema osteoarticular, Psíquico, Emocional, Mamas. 
5. Antecedentes pessoais (HMP): Doenças de infância, cirurgias, doenças graves, alergias, uso de medicamentos (medicamentos de uso contínuo, anticoncepcional. Hábitos (Alimentação, atividades físicas, álcool, tabaco, drogas ilícitas)
6. Antecedentes familiares (HMF)
7. Antecedentes ginecológicos (AG): a)puberdade (telarca, pubarca, menarca), b)ciclo menstrual, DUM (Menopausa), c)TPM, d)dismenorreia, e)corrimento, F)Gestação e Nascimento, condições do parto, ordem do nascimento. GESTA /PARA/ABORTO/CESARIA
8. Antecedentes sexuais (AS): Sexarca, atividade sexual, número de parceiros, Orientação sexual, disfunção sexual, vida conjugal, disfunção sexual, dor na relação, sangramento na relação.
 “Quem não sabe o que procura, não compreende 
o que encontra” e “Quem está dosando muito está sabendo muito pouco.” 
					Dr. Lucas Viana Machado 
Profª Patricia Leen Kosako

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