Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Procedimentos relacionados ao sistema respiratório Msc Tatiana Lunelli Avaliação padrão respiratório Presença de dificuldade Frequência respiratória Amplitude ou profundidade Ritmo Simetria Uso de musculatura acessória Tiragem inter/sub costal Perfusão periférica Tosse/secreção Avaliação respiratória – Gasometria pH: 7,35 a 7.45 PaO2: 80 a 100 mmHg PaCO2: 35 a 45 mmHg HCO3: 22 a 26 mEq/L Sat: > 95% BE: -2 a 2 SaO2 PaO2 estimada 97% 97 mmhg 90% 60 mmhg 80% 45 mmhg Curva da dissociação oxigênio-hemoglobina. Em temperatura e PH fisiológicos. Fatores que interferem na necessidade de oxigenação: Ventilação: obstruções ( engasgos, tumores, aumento de secreção), atelectasias, traumatismos torácicos. Difusão de gases: enfisemas, toxicidade ao oxigênio. Transporte de gases: anemias, problemas cardíacos, problemas vasculares. Avaliação paciente Sinais de hipóxia são: • Sistema nervoso – agitação psicomotora, sonolência, torpor, coma. • Sistema cardiovascular – taquicardia, arritmias, hipertensão ou hipotensão. • Sistema respiratório – taquipnéia ou bradipnéia, movimentos respiratórios superficiais e irregulares, diminuição da expansibilidade torácica. • Sistema tegumentar – sudorese, cianose nas extremidades digitais, lábios e lóbulos da orelha Oxigenoterapia Administração de oxigênio medicinal através da via inalatória Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. Promove aumento na fração inspirada de O2 – ar ambiente 21% Oxigenoterpia Oxigênio pode provocar ressecamento e irritação da mucosa – deve ser administrado umidificado Umidificador – utilizar água destilada (estéril – trocar a cada 24 hs) Medidas de segurança – oxigênio alimenta a combustão O oxigênio necessita de um fluxômetro e um regulador de pressão para ser liberado; A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia Oxigenoterapia – sistemas de administração Sistemas de baixo fluxo – fornecem oxigênio permitindo elevar sua concentração – varia de 24 a 50% - com fluxo de até 6 l/min Sistemas de alto fluxo Oxigenoterapia – meios de administração Cateter tipo óculos Cateter nasal Máscara facial Máscara facial com reservatório Máscara de Venturi Capacetes/tendas Colar traqueostomia Materiais necessários Fonte de oxigênio (canalizado, cilindro, concentrador) Fluxômetro (controlar fluxo de oxigênio) *Manômetro (indica quantidade de oxigênio no cilindro) Umidificador Cateter ou máscara Umidificador e água destilada Intermediário de látex ou silicone Micropore ou esparadrapo*** Regulador de pressão. FLUXOMETRO Métodos de Administração de Oxigênio: É empregado quando o paciente requer uma concentração baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse, alimente, sem interrupção de O2. O oxigênio é distribuído por meio de cânulas plásticas, colocadas na narina do paciente. Oferece 40%, Mais de 6 L/min - dor de cabeça e ressecamento das mucosas. Cânula nasal Cateter nasal tipo óculos Cateteres nasais Vantagens: Conforto maior que no uso do cateter; - Economia, não necessita ser removida; - Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos; - Facilidade de manter em posição. Desvantagens: -Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais; - De pouca aceitação por crianças pequenas; Cateter Nasal Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada principalmente por crianças 40%. VANTAGENS -Método econômico e que utiliza dispositivos simples; - Facilidade de aplicação. Desvantagens - Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido; - A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2; - Irritabilidade tecidual da nasofaringe; - Facilidade no deslocamento do cateter; - Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas. Máscara simples É colocada sobre o nariz e boca e presa uma tira elástica. O oxigênio flui por um orifício de entrada, na parte inferior da máscara, saindo por grandes orifícios grandes nas laterais da máscara. Facilita a administração de níveis elevados de oxigênio. 35 a 50%. Máscara de reinalação parcial É acoplada a uma bolsa que funciona como reservatório, durante a expiração, o primeiro terço do ar exalado entra nesse reservatório, ao passo que o restante é liberado na atmosfera através de pequenos orifícios na máscara. 40 a 70%. O paciente inspira oxigênio de uma bolsa- reservatório, com o ar atmosférico e o oxigênio da máscara. Mascara de não-reinalação Ao inalar, abre-se a válvula de via única, direcionando o oxigênio de uma bolsa reservatório para a máscara. Ao expirar, o gás sai da máscara por uma válvula expiratória de via única e entra na atmosfera. O paciente respira somente o ar da máscara. 60 a 80%. Máscara de Venturi - Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou freqüência da respiração. - A máscara é conectada a um dispositivo de Venturi, que misture um volume específico de ar e oxigênio. Máscara de venturi Vantagens - fácil e de boa tolerância. Desvantagens - interfere na fala e na alimentação e restringe os movimentos Cateter transtraqueal Concentrador de oxigênio Extrai moléculas de oxigênio do ar ambiente. Pode ser usado para baixo fluxo de oxigênio (inferior a 4 L/minuto) e não necessita de refil de oxigênio. Uma vez que funcionam com eletricidade, entretanto, não funcionarão durante falta de energia elétrica. Máscara de Aerosol - São utilizadas com dispositivo de aerosol, que podem ser ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%. - Uma máscara facial, um capuz, uma tenda, ou traquéia ou colar de traqueostomia é conectado a uma traqueia de grande calibre que recebe o oxigenio em aerosol, com origem em um nebulizador a jato. Efeitos Tóxicos e Colaterais na Administração de O2 • Em pacientes portadores de DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminará o estímulo respiratório - apnéia; (hipercapnia/hipóxia); • Cansaço, letargia, fraqueza, inquietação, naúsea, vômito, anorexia, tosse e dispneia que evolui para dispneia grave, taquipneia, taquicardia, sons respiratórios diminuídos, crepitações e cianose. • Resseca a mucosa do sistema respiratório; Efeitos Tóxicos e Colaterais na Administração de O2 • Altas concentrações de O2 (acima de 50%) por tempo prolongado ocasionam alterações pulmonares (atelectasias, hemorragia e outros); • Altas concentrações de O2 (100%) há ação tóxica sobre os vasos da retina, determinando a fibroplasia retrolenticular. Cuidados com o O2 e com sua Administração • Não administrá-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro; • Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; • Colocar aviso de "Não Fumar" na porta do quarto do paciente; • Controlar a quantidade de litrospor minutos; • Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento • Explicar as condutas e as necessidades da oxigenoterapia ao paciente e acompanhantes e pedir para não fumar; • Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão; • Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter); • Dar apoio psicológico ao paciente; • Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do umidificador e a quantidade de litros por minuto; Avaliar com frequência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência adequada; Manter vias aéreas desobstruídas; Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor; Controlar sinais vitais. Cateter oxigênio: não há reomendação para frequência da troca. Frasco de umidificar de oxigênio: a cada 24 horas. Máscara de venturi: a cada 24 horas. Extensor de silicone ou látex: a cada 24 horas. Água estéril para umidificador e macronebulização: uso único (não completar a água nos umidificadores, esvaziar antes de completar). Macronebulização, máscara de venturi e extensor – cada 24 horas. OBSERVAÇÃO: Seguir CCIH de cada instituição. Avaliação do funcionamento respiratório: Dados que indicam satisfação das necessidades de O2: Respiração normal de 12 a 20 mpm; Ritmo regular, sem esforço respiratório; Sons pulmonares normais; Expansão torácica normal. O que é a oximetria de pulso? Refere-se a técnica para medir a saturação de oxigênio no sangue, a saturação de oxigênio ou SaO2, é a percentagem de oxigênio aglutinada à hemoglobina. Em adultos normais e saudáveis, ela é de 95 a 100%. Oximetria de pulso (não invasiva) É monitorada com um aparelho chamado oxímetro de pulso, composto por um sensor e por um microprocessador. Uma luz vermelha e infravermelha é emitida de um dos lados de sensor, que é preso a um dos dedos da mão, pé, ou lóbulo da orelha. O lado oposto do sensor detecta a quantidade de luz que é absorvida pela hemoglobina. Assim aparece na aparelho. Oximetria de pulso (não invasiva) A manutenção de um nível inferior a 90% é motivo de preocupação. Atenção com alguns cuidados Luz exagerada no ambiente - pode falsamente elevar a oximetria. Movimento do paciente - considere a oximetria apenas quando a extremidade estiver em repouso por mais de um minuto Conexão apertada ou alguém fazendo pressão no dedo do paciente - pode baixar os resultado Interferência com outros aparelhos Observar hipotensão, hipotermia, frio ambiente, os quais podem indicar um falso resultado Esmalte nas unhas interferem na leitura Vantagens do método Fácil de usar Monitoração instantânea e não invasiva Confiabilidade de 80 a 100% Acessível nos três níveis de atenção à saúde. Como Proceder Explicar para o paciente o procedimento Observar as condições que incorrem em erro de leitura Escolher o sensor adequado ao tamanho do paciente (adulto / criança / neonato); Adaptar adequadamente o sensor Observar a captação do sinal e proceder a leitura somente quando o leitor estiver estabilizado Anotar no prontuário os valores fornecidos, juntamente com outras informações importantes (oxigenoterapia, perfusão periférica, temperatura corporal...). Evitar manter o sensor em um único local para não fazer lesão.
Compartilhar