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Persuasão Racional do Juiz

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O PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ
A doutrina prevê 3 (três) sistemas principais de valoração da prova:
a)	Sistema da prova legal ou tarifada – a lei pré-concebe o valor da prova, não deixando qualquer valoração a critério do Juiz;
b)	Sistema do livre convencimento puro – o Juiz tem total liberdade para apreciar o valor da prova, não precisando nem expor os motivos que o levaram a decisão;
c)	Sistema de livre convencimento motivado (persuasão racional) – o Juiz tem liberdade para apreciar e valorar a prova com a condição de que, na decisão, exponha as razões do seu convencimento. 
No Código de Processo Civil de 1973 o sistema de valoração de prova adotado era, sem sombra de dúvidas, o da persuasão racional, sendo claro que o convencimento do magistrado é livre, porém, não é ilimitado, tem que se respaldar nas provas descritas nos autos processuais.
O princípio da persuasão racional do Juiz se traduz resumidamente, em que o juiz deve formar livremente seu convencimento através da análise de provas existentes nos autos. Ressalte-se que em razão do devido processo legal, ao tomar sua decisão o Juiz tem que se ater as provas existentes nos autos, podendo em alguns casos ter a possibilidade, de provas emprestadas e provas supervenientes, mas, a valoração dada a cada prova, depende do seu livre convencimento, devendo sempre indicar os motivos que formaram o seu convencimento.
A jurisprudência se baliza no princípio, conforme vemos no TJRJ:
	ACÓRDÃO 0046875-04.2015.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
	Ementa ADOLPHO CORREA DE ANDRADE MELLO JUNIOR - NONA CÂMARA CÍVEL
	DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Agravo com fundamento no artigo 557, § 1º do CPC. Ação de embargos à execução. Indeferimento de produção de prova. Insurgência. O juiz é o destinatário final da prova, encontrando-se, desta forma, adstrito ao sistema da livre persuasão racional, e se entendeu pela desnecessidade da produção de prova pericial, na lide de origem, decidiu com base no que se revela suficiente para a formação do seu livre convencimento, e ao desate da controvérsia, entendimento que não resvala em cerceamento de defesa. Inteligência do artigo 130 do CPC. Precedentes do TJERJ. Decisão mantida. Recurso desprovido.(Ocultar ementa)
	Data de julgamento: 17/11/2015
	Data de publicação: 19/11/2015
	Houve interposição de recurso
	INTEIRO TEOR
Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 17/11/2015
	0019632-76.2001.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
	Ementa ADEMIR PAULO PIMENTEL - SEXTA CAMARA CIVEL
	Processual Civil. Agravo de instrumento. Ação civil pública. Liminar condicionando a continuação de obras em loteamento a autorização do IBAMA e da FEEMA. Medida que inserindo nos limites da persuasão racional do Juiz e concedida dentro do princípio da livre apreciação das provas, que merece prestigio. Improvimento do recurso. I- Nos termos do art. 225, da Constituição Federal, "todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial `a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e `a coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"; II- Assim, correta a decisão monocrática concessiva de liminar em ação civil pública que condiciona o prosseguimento de obra em loteamento, `a autorização do IBAMA e da FEEMA, exigências, aliás, que já' haviam sido feitas pela municipalidade; III- Improvimento do agravo. (JRC) (Ocultar ementa)
	Data de julgamento: 05/02/2002
	Data de publicação: 17/07/2003
Conforme se verifica, a persuasão racional do Juiz é princípio indispensável para a valoração das provas dos autos e tomada de decisão. 
Em resumo estamos diante do livre convencimento motivado.
O sistema Brasileiro de 1973 adotou o Sistema da Persuasão Racional do juiz, sendo claro que o convencimento do magistrado é livre, porém, não é ilimitado, tem que se respaldar nas provas descritas nos autos processuais.
A persuasão não se traduz pura e simplesmente no campo das alegações sem comprovação, mas sim, observando a materialidade de valoração da prova que deve encontrar-se, necessariamente nos autos do processo, onde o juiz tem o dever de justificá-los e motivar sua decisão. Tal razão, se justifica como finalidade da Justiça, bem como a segurança Jurídica, pois assim às partes podem conferir a convicção foi extraída dos autos e que os motivos que o levaram a determinada sentença chegam racionalmente à conclusão exposta pelo magistrado.
É sabido que a prova técnica (laudo pericial) costuma se revestir de notável importância para a solução da causa e, embora elaborada por um expert está sujeita a valoração pelo Juiz, podendo este valorá-la em consonância com os outros elementos constantes dos autos, nos termos do artigo 479 do Novo Código de Processo Civil (artigo 431 do Código de Processo Civil).
Não existe uma pontuação de prova, sendo uma mais importante que a outra, no caso concreto que o Magistrado apreciará em conjunto e seu peso é considerado única e exclusivamente pelo juiz.
A Constituição Federal determina em seus artigos 5º, LX e 93, IX, determinam a motivação e publicidade das decisões sob pena de nulidade.
A exigência de motivação das decisões judiciais e sua publicidade, abre a possibilidade de recursos pois, se as partes sabem o porquê ter o Juiz decidido desta forma e estando descontentes, tem como argumentar de forma concreta para contradizer o raciocínio que fez com que aquela decisão tenha sido tomada, tornando mais efetivo o recurso. Desta forma assegura-se o duplo grau de jurisdição.
 Na doutrina e na jurisprudência comumente encontramos a afirmação de que o destinatário da prova é o Juiz mas, na verdade, ele não é o único destinatário da prova; o Juiz é o destinatário direto sendo que as partes e os outros interessados no processo são os destinatários indiretos.
Todos os sujeitos do processo tem que se convencer que aquela prova que foi produzida foi determinante para a decisão proferida pelo Juiz. A avaliação feita pelas partes em relação as provas, é levada em conta quando se verifica se vale a pena ou não recorrer de determinada decisão.
É comum a insatisfação das partes quanto ao resultado alcançado, essa insatisfação vem levando, cada vez mais, a apreciação da causa pelas instâncias superiores.
Com a entrada em vigência do Novo Código de Processo Civil a doutrina tem entendimentos diversos sobre a ocorrência ou não da persuasão racional do Juiz.
O artigo 371 do Novo Código de Processo Civil dispõe: “o juiz apreciará a prova constante dos autos independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da razão de seu convencimento”.
 No Novo Código de Processo Civil de 2015, desaparece a palavra “livremente” estabelecida no artigo 131 do Código de Processo Civil de 1973 e, por isso, uma corrente doutrinária conclui não existir mais o livre convencimento motivado no Direito de Processo Civil Contemporâneo.
Já para outros ao analisar como um todo o Código de Processo Civil de 2015, asseguram que a ausência da palavra “livremente” não retirou a persuasão racional como regra nas decisões judiciais. 
Quando observamos a valoração das provas no Novo Código de Processo Civil verificamos que o artigo 927, busca dar uma importância maior aos precedentes, ou seja, tem um destaque aos casos repetitivos, porém, não impacta no livre convencimento, pois, a normatização do art. 927, não trouxe nada de muito novo, pois, o Judiciário é um poder verticalizado, em que as instâncias inferiores devem, como regra, aplicar a lei tal como interpretada pelas cortes superiores a novidade da regra é de interpretação da lei, não de valoração da prova (que continua sendo livre). A liberdade que os juízes continuarão a ter de valorar a prova motivadamente.
Como garantia, o artigo 489, § 1º, VI, do Novo Código de Processo Civil, explicita que o juiz pode deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, desde que demonstre, através de fundamentaçãoidônea, a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Exemplificando o reconhecimento do princípio da persuasão racional do Juiz, tanto no Código de Processo Civil de 1973 quanto no de 2015, temos os seguintes acórdãos:
TJ-SP - Apelação APL 00144313920138260566 SP 0014431-39.2013.8.26.0566 (TJ-SP)
Data de publicação: 08/07/2016
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS. Compra e Venda de Veículo – Ação Desconstitutiva c.c. Indenizatória - Sentença de Procedência da Ação Principal e Improcedência da Reconvenção – RECURSO PRINCIPAL DA RÉ – Alegação de adimplemento das parcelas – Ausência de prova do pagamento – Inteligência do artigo 320 do CCB - Ré Apelante que não comprova a quitação das referidas prestações, sendo ônus que lhe incumbia - Inteligência do artigo 373, II do NCPC - Exceção do Contrato não Cumprido – Inoponibilidade – Requerida que se encontrava em mora antes mesmo do surgimento de supostos defeitos no Veículo – Ausência de Impugnação específica sobre a prova documental apresentada – Irrelevância – Sendo o Magistrado o destinatário da prova, cabe a este analisar e ponderar sobre esta, de acordo com o conjunto probatório e alegações apresentadas nos Autos – Inteligência dos artigos 370 e 371 do NCPC – Aplicação do Princípio da Persuasão Racional do Juiz - APELO DA RÉ NÃO PROVIDO. RECURSO ADESIVO DO AUTOR - NÃO PROVIDO - Sendo a Cláusula Penal a pré-avaliação das eventuais perdas e danos sofridos pela parte lesada no descumprimento do Contrato, sua cobrança cumulativa com o "quantum" indenizatório pretendido pelo Autor incidiria em inegável "bis in idem"- Sentença de Primeiro Grau mantida - Ratificação nos termos do artigo 252, do Regimento Interno. RECURSOS NÃO PROVIDOS.
Reconhecido o princípio da persuasão racional do Juiz que entendeu não haver provas de quitação do veículo.
TJ-BA - Apelação APL 00006817120118050065 (TJ-BA)
Data de publicação: 18/10/2016
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. PRELIMINARES DE INTEMPESTIVIDADE E CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADAS. REVELIA DECRETADA. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 319 E 320 DO CPC/73. PRINCÍPIO DO CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ OU DA PERSUASÃO RACIONAL. VALORAÇÃO DAS PROVAS. CORTE INDEVIDO DE ENERGIA ELÉTRICA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. APLICAÇÃO DO CDC E ART. 186 CC/02. CARACTERIZADO DANO MORAL. APELO IMPROVIDO. Considerando o disposto nos arts. 4º, §§ 3º e 4º da Lei 11.419/2006, a apelação cível interposta encontra-se tempestiva. É entendimento reiterado pela doutrina e pela jurisprudência que a decretação da revelia, por si só, não conduz, necessariamente, à procedência da ação, porquanto seus efeitos não dispensam a presença, nos autos, de elementos suficientes para o livre convencimento do Juiz. O feito deve ser analisado à luz do livre convencimento motivado do juiz, ante a observância da regra disposta no art. 333 do Códex mencionado, no sentido de que o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito, e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Não há cerceamento de defesa em face do julgamento antecipado da lide se reconhecida a revelia do réu, pois, nesse caso, deverá o juiz conhecer diretamente do pedido e proferir sentença conforme o estado do processo, segundo o teor do art. 330, II, do Código de Processo Civil/73. Fornecimento de energia elétrica é serviço essencial e indispensável, por isso constitui relação de consumo fornecedor/usuário, aplicando-se, assim, o CDC. O corte de energia por falta de pagamento constitui prática abusiva, possuindo a empresa ré meios jurídicos para cobrar seus débitos. O corte de energia por falta de pagamento repousa no campo da responsabilidade objetiva e o dano moral decorre só pelo fato do indevido corte, ou seja, é in re ipsa, sendo desnecessária prova do prejuízo dele advindo. Indenização razoável e proporcional segundo os precedentes dessa Corte...
Reconhecimento da possibilidade de o Juiz entender ter provas suficientes para julgar o feito, princípio da persuasão racional, mesmo em razão de revelia.
TST - RECURSO DE REVISTA RR 203755620145040014 (TST)
Data de publicação: 03/06/2016
Ementa: RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 . 1. NULIDADE. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Quando a decisão se mostra bem lançada, com estrita observância das disposições dos arts. 93, IX, da Constituição Federal, 458 do CPC/73 e 832 da CLT, não se cogita de nulidade, por negativa de prestação jurisdicional. Recurso de revista não conhecido. 2. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. JULGAMENTO "EXTRA PETITA". Seguindo a diretriz traçada nos arts. 128 e 460 do CPC/73, não pode o juiz prolatar decisão que extrapole os limites do pedido do autor e da resposta do réu, devendo compor a lide dentro dos estritos parâmetros estabelecidos pela "litis contestatio". Assim, na hipótese vertente, não há que se falar em julgamento "extra petita", uma vez que o posicionamento adotado pelo Regional considerou o pedido formulado na inicial. Recurso de revista não conhecido. 3. HORAS EXTRAS. ÔNUS DA PROVA. A valoração dos meios de prova ofertados pela parte constitui prerrogativa do julgador, pelo princípio da persuasão racional, que tem previsão no ordenamento processual, na aplicação subsidiária do art. 371 do NCPC. Assim, não há que se falar em equívoco quanto às regras de distribuição do ônus da prova, quando o julgador, confrontando o acervo instrutório dos autos, reputa comprovados os fatos constitutivos do direito postulado. Recurso de revista não conhecido. 4. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA. EFEITOS. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio , só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário, conforme dispõe a segunda parte da Súmula 371/TST. Recurso de revista não conhecido. 5. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. DOENÇA PROFISSIONAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR. CONCAUSA. CONFIGURAÇÃO. 5 . 1. A legislação previdenciária equipara a doença profissional a acidente do trabalho ainda que o trabalho não tenha sido causa única, mas desde que contribua, diretamente, para o surgimento...
Reconhecimento do princípio da persuasão racional do Juiz na vigência do Novo Código de Processo Civil.
TJ-SP - Inteiro Teor. Apelação: APL 144313920138260566 SP 0014431-39.2013.8.26.0566
Data de publicação: 08/07/2016
Decisão: Inteligência dos artigos 370 e 371 do NCPC Aplicação do Princípio da Persuasão Racional do Juiz... JUDICIÁRIO São Paulo se o Princípio Processual da Persuasão Racional do Juiz. Ora, ainda que não.../APELADO: ANTÔNIO ALVES DE SENA COMARCA: SÃO CARLOS JUIZ “A QUO”: CARLOS CASTILHO AGUIAR FRANÇA APELAÇÕES...
TJ-MG - Inteiro Teor. Apelação Cível: AC 10672120050949001 MG
Data de publicação: 01/02/2017
Decisão: da persuasão racional do Juiz, que regula a apreciação e a avaliação das provas existentes nos autos... com outros elementos ou fatos provados nos autos." Referido artigo preconiza a aplicação do princípio..., analisando as circunstâncias do caso concreto e obedecendo aos princípios da razoabilidade
TJ-SP - Agravo de Instrumento AI 22252401720168260000 SP 2225240-17.2016.8.26.0000 (TJ-SP)
Data de publicação: 16/03/2017
Ementa: REDISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA – ART. 373, § 1º, CPC – INDEFERIMENTO - Agravo de instrumento – Insurgência contra decisão que indeferiu a inversão do ônus da prova em favor da autora – Impossibilidade de produção das provas necessárias ao deslinde da ação não demonstrada – Hipóteses de aplicação da redistribuição do ônus da prova não vislumbradas – Princípio da livre persuasão racional – Exibição de documentos requerida que não se mostra essencial à formação do convencimento do juiz da causa – Decisão mantida. Recurso não provido.
O Juiz, através do princípio da persuasão racional considerou a prova produzida como desnecessária ao desenrolar da lide.
TRT-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO 01088201505603000 0001088-71.2015.5.03.0056 (TRT-3)Data de publicação: 23/08/2016
Ementa: NULIDADE DO JULGADO. CERCEAMENTO AO DIREITO DE DEFESA. SIGNIFICADO. ATO DO JUIZ. Não há cerceamento de defesa ou do direito de produzir prova, quando o juiz lastreado no depoimento do próprio autor da ação indefere a oitiva de testemunha. O cerceamento ocorre quando o magistrado obsta a produção de prova relevante quanto a fatos que ainda demandam esclarecimentos, o que não ocorre quando o próprio autor da ação já esclareceu sobre os fatos juridicamente relevantes acerca da matéria afeta ao vínculo de emprego. Dessa forma, a diligência indeferida pelo Juízo mostrou-se própria e adequada ao caso, pois não seria útil ao processo, não havendo nulidade a ser reconhecida. Aplicação do princípio da livre persuasão racional do juiz e incidência dos art. 130 e 131 do CPC, de aplicação subsidiária, consoante o art. 769 da CLT.
Neste caso o princípio da persuasão racional foi reconhecido por se tratar de depoimento do autor ter sido considerado suficiente, sem a necessidade de oitiva de testemunhas.
TST - Inteiro Teor. : ARR 2146003320065020040
Data de publicação: 16/09/2016
Decisão: de Processo Civil, eis que sua conclusão decorreu da aplicação do princípio da persuasão racional... que sua conclusão decorreu da aplicação do princípio da persuasão racional. Cumpre observar que não..., posto que sua conclusão decorreu da aplicação do princípio da persuasão racional...
TJ-RJ - APELAÇÃO APL 00476964020088190004 RIO DE JANEIRO SAO GONCALO 4 VARA CIVEL (TJ-RJ)
Data de publicação: 17/06/2016
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ALEGAÇÃO AUTORAL DE QUE CONDUZIA SEU AUTOMÓVEL PELA VIA PÚBLICA E AO CAIR EM UM BURACO NA PISTA TEVE SEU VEÍCULO DANIFICADO. APÓLICE DE SEGURO DO VEÍCULO EM VIGOR. COMPANHIA SEGURADORA ACIONADA PARA O REPARO DAS AVARIAS. NEGATIVA DE CONSERTO DO VEÍCULO HAJA VISTA QUE OS DANOS EXISTENTES NO MOTOR NÃO ERAM ORIUNDOS DO SINISTRO RELATADO. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO. ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL ENTRE O DEFEITO DO MOTOR E O SINISTRO RELATADO NA INICIAL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. APELO DA PARTE AUTORA COM LASTRO EM RAZÕES INFUNDADAS. HIPÓTESE EM QUE A PROVA PERICIAL PREVALECE SOBRE A PROVA TESTEMUNHAL, UMA VEZ QUE SE TRATA DE QUESTÃO EMINENTEMENTE TÉCNICA. APLICAÇÃO DA REGRA DO ARTIGO 131 DO CPC/1973, EM VIGOR À ÉPOCA DA PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA, QUE ASSEGURA O PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL OU LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ DE 1º GRAU, O QUAL ASSENTOU-SE NA PROVA PERICIAL OFICIAL ELABORADA POR PROFISSIONAL ESPECIALIZADO NA MATÉRIA EM JULGAMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CARACTERIZADO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA QUE SE MANTÉM. IMPROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO.
Reconhecimento do princípio da persuasão racional do Juiz para se basear no laudo pericial para prolação da sentença.
TJ-RN - Apelação Cível AC 20160150641 RN (TJ-RN)
Data de publicação: 02/03/2017
Ementa: CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. PASSAGEM DE REDE DE ENERGIA ELÉTRICA. INDENIZAÇÃO. IMÓVEL QUE, APESAR DE SER DE GRANDE EXTENSÃO, SITUA-SE EM ÁREA DE EXPANSÃO URBANA. ADOÇÃO PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU DAS CONCLUSÕES DO LAUDO DO PERITO OFICIAL. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO OU PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL. PREVALÊNCIA DA PROVA TÉCNICA. INEXISTÊNCIA NO PROCESSO DE OUTROS ELEMENTOS DE PROVA CAPAZES DE AFASTAR AS CONCLUSÕES DO LAUDO OFICIAL. INCIDÊNCIA DE JUROS COMPENSATÓRIOS ENQUANTO DURAR A SERVIDÃO. VIABILIDADE. SERVIDÃO CONTÍNUA DE DURAÇÃO INDEFINIDA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 56 DO STJ E DA SÚMULA 618 DO STF. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. PERCENTUAIS, NO ENTANTO, QUE DEVEM INCIDIR TÃO SOMENTE SOBRE DIFERENÇA ENTRE O VALOR DEPOSITADO PREVIAMENTE E O MONTANTE DETERMINADO EM SENTENÇA. CONHECIMENTO E PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. - Em atenção aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, vislumbra-se justo que, nas hipóteses de servidão administrativa, o cálculo da respectiva indenização deve ser mensurado considerando os danos emergentes e lucros cessantes efetivamente infligidos ao domínio do titular da terra, além da extensão da área efetivamente correspondente à ocupação e dos prejuízos materiais causados pela limitação do uso da propriedade pelo seu titular. - A despeito de o julgador não estar adstrito à perícia judicial, é inquestionável que, tratando-se de controvérsia cuja solução dependa de prova técnica, o juiz só poderá recusar a conclusão do laudo se houver motivo relevante, uma vez que o perito judicial se encontra em posição equidistante das partes, mostrando-se imparcial e com mais credibilidade.
Reconhecimento do princípio da persuasão racional do Juiz para se basear no laudo pericial para prolação da sentença.
BIBLIOGRAFIA 
THEODORO JR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. I. 58 ed. Atualizada e ampliada. São Paulo: Forense, 2016
WAMBIER, Luiz Rodrigues, TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processual Civil. 13 ed. Revista Atualizada . São Paulo: revista dos Tribunais, 2014
BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de direito processual civil. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. 8ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
DIDIER JR., Fredie et all. Curso de direito processual civil. V. 2. 11. ed. Salvador: Jus Podivm: 2016. 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. Vol. Único ed 6ª. Revista Atualizada e Ampliada. São Paulo: Método, 2014

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