Ebook Guia para Compatilizacao de Projetos com BIM

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Guia para
Compatibilização de 
projetos Com bim
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Sumário
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Introdução
O autor convidado
Capítulo 1 - Compatibilizar é preciso
Capítulo 2 - É inovador e, por isso, esbarra em dificuldades
Capitulo 3 - Aplicações do BIM na análise de interferências
Capítulo 4 - Softwares BIM que realizam a compatibilização
Conclusão
GUIA - CompAtIbIlIzAção de projetos Com o AUxílIo do bIm
GUIA - CompAtIbIlIzAção de projetos Com o AUxílIo do bIm
introdução
por: Francisco Gonçalves junior | Engenheiro Eletricista
boa leitura!
p or que utilizar o BIM para compatibilização de projetos? Isso é o que vamos tentar responder ao longo desse Guia.Em 2013, uma pesquisa feita pela editora Pini mostrou um pouco do cenário da utilização do BIM no mercado de construção brasileiro. dos 588 profissionais da área 
de construção civil entrevistados, 56% afirmaram que utilizavam a tecnologia para 
a compatibilização de projetos. 
Com a criação de projetos em BIM, o objetivo é reunir os diversos profissionais em todas as etapas 
do projeto, a partir de sistemas que conversam entre si e que apontam soluções de integração e 
análise de interferências automatizadas. Mas a vantagem de utilizar a modelagem BIM vai além: com 
a tecnologia, é possível oferecer em uma representação gráfica todas as informações — desde as 
construtivas, até a quantificação de trabalhos e tempos de mão-de-obra — e, ainda, incluir dados do 
processo de desmontagem ao fim do ciclo de vida útil.
ou seja, incluir a modelagem de informações na rotina dos projetistas significa investir mais 
tempo no planejamento da obra para evitar desperdícios na execução.
Esperamos que as informações desse Guia tragam uma nova visão sobre a compatibilização de 
projetos.
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Graduado em Engenharia de Produção Elétrica pela Universidade Federal de 
Santa Catarina (2001), Pós-Graduado em Instalações Elétricas pela Universidade 
do Sul de Santa Catarina (2003), Pós-Graduado em Engenharia de Segurança do 
Trabalho pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2009). Certificado FCP Master 
Furukawa – Projetos de Redes de Cabeamento Estruturado (SENAC 2005).
Atuou como professor da disciplina “Instalações elétricas e Automação 
aplicada” para turma de pós-graduação de Arquitetura de interiores – Instituto 
Superior Tupy- Sociesc (2012). Integra atualmente o grupo de funcionários AltoQi 
Tecnologia aplicada a engenharia, tendo atuado nos departamentos de Suporte 
Técnico , Desenvolvimento e atualmente Produto e serviços.
Atua também como projetista de instalações prediais e integrador de 
sistema de automação residencial. Ministrante de palestras e cursos presenciais 
com mais de 200 edições, no qual é o autor do curso básico presencial e a distância 
do software Lumine V4.
O autor convidado
Francisco
Gonçalves Jr.
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Com o aumento de disciplinas nos projetos, originadas 
para evolução da tecnologia e pela mudança de hábitos 
da sociedade, o desenvolvimento de projetos ficou mais 
segmentado. Por um lado, essa mudança trouxe a especialidade 
em diversas áreas. Por outro, no entanto, afastou os projetistas e 
prejudicou a comunicação e integração entre equipes.
Nesse contexto, surge a compatibilização de projetos 
com o objetivo de averiguar as diversas plantas que 
compõem uma edificação, aproximando novamente os 
profissionais envolvidos. Mais do que isso: a prática integra 
as soluções, desde arquitetônicas até instalações. Com isso, é 
possível checar, antes da execução da obra, as interferências 
entre os projetos. incluir a compatibilização na rotina da 
construção civil é, portanto, uma forma de reduzir custos 
com refações, desperdício de materiais e atrasos no 
cronograma de obra. 
Quando falamos em BIM para a compatibilização de 
projetos, falamos em contar com o auxílio da tecnologia de 
modelagem de informações para automatizar a análise de 
interferências e os possíveis ajustes, antes de iniciar a execução 
da obra.
Indo mais além, o BIM aplicado em todas as fases do 
projeto não só garante um trabalho com dados confiáveis, como 
também promove a integração dos profissionais. Quando os 
diversos agentes dessa cadeia possuem uma visão global 
da edificação e se dedicam ao planejamento, alcançamos 
soluções integradas entre as diversas áreas e tornamos um 
empreendimento realizável.
1. Compatibilizar é preciso
Mão de obra atualizada
Toda a cadeia de profissionais precisa se adaptar ao 
BIM na compatibilização de projetos, pois essa etapa requer o 
compartilhamento de informações.
Melhor estrutura, mais tempo
O tempo para pensar no projeto, para fazer simulações e 
possíveis adequações antes de tirar o estudo do papel é precioso. 
É esta boa prática que garante uma obra com menos refação e 
com maior segurança. Além disso, há custos de implantação do 
BIM - softwares e computadores de alto desempenho.
Novo workflow
A integração é o maior desafio imposto para as empresas, 
que precisam aprender a trabalhar em conjunto e compartilhar 
informações. O novo modelo de processo exige, ainda, que os 
contratantes tenham uma abordagem mais integral, com foco 
no custo e no desempenho do empreendimento a longo prazo, 
incluindo o custo de operação dos edifícios.
2. É inovador e, por isso, 
esbarra em dificuldades
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Ao utilizar a metodologia BIM na compatibilização de 
projetos, é possível efetuar rapidamente diversas simulações, 
contemplando diferentes cenários para antecipar dificuldades 
de execução da obra. 
Afinal, os modelos feitos em BIM são uma construção 
virtual do objeto arquitetônico. Com isso, é possível quantificar, 
planejar, coordenar e recuperar informações a qualquer 
momento da vida da edificação. 
a análise minuciosa de interferências acontece 
porque o bim trabalha com elementos paramétricos que 
vão além da representação gráfica, pois traz todas as 
informações necessárias a cada item do projeto. Além 
de facilitar a visualização e compreensão do detalhamento 
do projeto, os softwares BIM indicam soluções integradas 
automaticamente. Essas soluções podem ser aplicadas a 
diversas áreas, como estrutural, hidráulica, arquitetônica, 
elétrica, orçamentária e de projeto. 
Além da compatibilização geométrica, os sistemas que 
trabalham com a técnica BIM apontam também as interferências 
baseadas em normas, de Corpo de Bombeiros e Prefeituras, 
por exemplo. Para isso, os softwares devem ter habilidades de 
análises do modelo. 
3. aplicações do bim na 
análise de interferências
O papel do coordenador 
de projetos
A integração das equipes só é possível com a presença 
do coordenador de projetos. É ele que, com elevada capacidade 
multidisciplinar, consegue sensibilizar os profissionais a 
trocarem informações, reunirem dados consistentes e buscarem, 
juntos, as melhores soluções para evitar as incompatibilidades 
entre projetos. 
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Realizar a compatibilização de projetos com BIM requer 
o envolvimento de vários profissionais. Por isso, é preciso 
que todos os modelos utilizados pelos projetistas conversem 
entre si, assim como as ferramentas. sendo assim, o bim 
traz o conceito de interoperabilidade, que é a condição 
básica para que os modelos conversem entre si e, assim, 
seja possível averiguar, testar, avaliar impactos de mudanças e 
simular diversos cenários.
Para isso, criou-se o IFC (Industry Foundation Classes), 
um formato de arquivo de dados voltado para o objeto, 
baseado na definição de classes que representam elementos, 
processos, aparências, etc. o iFC é, portanto, uma linguagem 
comum, utilizada para a troca entre modelos de diversos 
fabricantes.
Separamosdois softwares que fazem a compatibilização 
com uso do BIM.Além da compatibilização geométrica, os 
sistemas que trabalham com a técnica BIM apontam também 
as interferências baseadas em normas, de Corpo de Bombeiros 
e Prefeituras, por exemplo. Para isso, os softwares devem ter 
habilidades de análises do modelo. 
Naviswork
Com ele é possível importar arquivos e fazer a análise 
de interferências por meio de objetos animados. A checagem 
é automática e o programa tem uma função de coordenação, 
que gerencia e controla as interferências até a solução desses 
conflitos. São gerados relatórios com os resultados de testes de 
conflitos e é possível compartilhar esses cenários com outros 
usuários, além de guardar as informações para utilizar em 
projetos semelhantes. 
solibri
esse software é considerado um verificador de modelos. 
Ele possui funções mais sofisticadas, pois permite criar regras 
mais detalhadas e personalizar filtros para que o sistema faça 
diversas detecções. Podemos incluir nessas análises: rotas 
de fuga, acessibilidade, modelo contra os parâmetros do 
programa de necessidades, atendimento de normas (Prefeitura, 
Bombeiros e programas como Minha Casa Minha Vida). Além 
disso, o Solibri também importa modelos, faz checagens, gera 
relatórios e quantitativos. 
4. softwares bim que realizam 
a compatibilização
Para criar projetos já integrados e, com isso, trabalhar a 
compatibilização em cada etapa, temos o software Qibuilder. 
A grande vantagem é poder trabalhar em uma plataforma 
integrada a diversas disciplinas, permitindo desenhos 2D e 3D. 
saiba mais no site do Qibuilder.
o engenheiro Francisco Gonçalves junior mostra 
em vídeo as ferramentas de compatibilização de projetos 
utilizando o conceito bim. 
A AltoQi pode ajudar você a encontrar um software adequado para elaboração 
dos seus projetos. saiba mais!
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Conclusão
Pensar a compatibilização de projetos com BIM é uma maneira de encarar o 
desafio de reduzir erros no processo de criação de projetos. As falhas na execução 
de edificações causam muitas perdas, desde atrasos no cronograma de obras até 
gastos extras com compra de materiais ou refação de estruturas. 
Com a complexidade atual dos projetos e o envolvimento de cada vez mais 
profissionais nessa cadeia, o BIM se apresenta como uma tecnologia integradora, 
que facilita o compartilhamento de informações e a análise de interferências entre 
projetos. 
O potencial de simulação, de acordo com diversos agentes que podem 
impactar a execução da obra eleva a confiabilidade da compatibilização. Que tal 
gerar um projeto cada vez mais próximo de sua construção? 
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