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A escola e a formacao do cidadao virtual a importancia

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A escola e a formação do cidadão virtual: a importância da construção de uma base 
sólida pautada na ética e nos valores morais 
 
Solange Duarte Palma de Sá Barros1 
Ubirajara Carnevale de Moraes2 
Cátia Cilene Lima Rodrigues3 
 
Resumo 
Este trabalho apresenta os resultados obtidos na execução do projeto “Uma análise das 
questões ético-computacionais e suas consequências: como formar cidadãos conscientes e 
engajados na Sociedade do Conhecimento”, realizado no Laboratório de Estudos em Ética nos 
Meios Eletrônicos da Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo) nos anos de 2008 e 
20091. Foi feito um levantamento quanto ao tipo de uso que jovens estudantes do Ensino 
Fundamental e Médio de escolas particulares faziam da Internet. Para isto, mais de 1.200 
alunos responderam a um questionário que abrangia desde a frequência e intensidade de uso 
da Internet até os principais locais de acesso, liberdade e as questões relacionadas aos perigos 
e problemas associados ao uso indiscriminado da Internet. A partir dos resultados obtidos e 
baseando-se no papel que a Internet exerce na vida dos jovens, este estudo objetiva apresentar 
as possíveis interferências e alterações que o uso da Internet impõe ao processo educacional e 
à vida social, identificando os problemas associados às questões éticas que envolvem o uso 
dessa tecnologia. 
Abstract 
This work presents the results obtained during the execution of the project “An analysis of 
computer ethics issues and their consequences: how can we form conscious and committed 
citizens within the Knowledge Society”. This project was undertaken in the laboratory of 
                                                            
1  Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada pelos autores citados e também pelos seguintes 
pesquisadores: Raquel Cymrot, Valdenice Minatel Melo de Cerqueira, Thiago Barnabé e Edson Takashi 
Okuyama. 
Ethics in Electronic Media Studies of Universidade Presbiteriana Mackenzie in São Paulo, 
during the years of 2008 and 2009. More than 1200 Primary and High School students 
answered a survey about frequency and intensity of Internet use as well as most visited sites, 
freedom and issues concerning danger and problems related to the indiscriminate use of 
Internet. Having obtained the results and based on the role that Internet has for the youth, this 
research aims at presenting the possibility of interference and alteration that the use of 
Internet imposes to educational process and social life, identifying problems related to ethical 
issues and involve the use of this technology. 
Palavras-chave: educação, Internet, ética, valores, computador e sociedade, cibercultura. 
 
Introdução 
O crescente uso da Internet, associado às transformações sociais, econômicas e culturais que 
passa o mundo contemporâneo têm ampliado as discussões sobre os impactos, benefícios e 
problemáticas ocasionadas pelo uso da tecnologia no cotidiano da pós-modernidade. Os 
avanços acontecem ao mesmo tempo em que os valores e padrões éticos entram em 
decadência. A sociedade tem se deparado com problemas e situações inesperadas, onde 
crianças e adolescentes usam a tecnologia com a naturalidade de quem nasceu na era digital 
De acordo com Rask (2000), é responsabilidade da Escola, acrescentar à formação 
fundamental de um indivíduo, o debate sobre democracia, política e cidadania neste novo 
contexto educacional. O autor considera a discussão mais relevante que o oferecimento de 
condutas padrão aos jovens, uma vez que ainda não há consenso sobre o que é certo ou 
apropriado nas relações virtuais. Portanto, passa pela Escola a formação da consciência do 
“ser ético” nos jovens que vivem cada vez mais conectados e integrados ao universo virtual. 
O espaço virtual é uma extensão natural da vida dos jovens, que muitas vezes não sabem 
como agir e realizar certas tarefas, se não forem feitas através do computador e da Internet. 
Em termos educacionais, é preciso que os gestores, os educadores e os pais dos jovens alunos 
formem um elo sólido na busca da construção de indivíduo consciente, crítico e ativamente 
engajado na atual sociedade do conhecimento. 
Algumas escolas passaram a ensinar a ética no uso da Internet na busca de tentar 
disciplinar a pesquisa científica e frear as agressões entre as pessoas no espaço virtual. O 
trabalho destas instituições empenha-se, em geral, em conscientizar os jovens sobre as 
implicações dos atos realizados no espaço virtual, a influência que podem causar na vida 
alheia e a que podem submeter-se sem perceber, a agir adequadamente com o ser humano do 
outro lado. 
A ponderação no uso e o aproveitamento do uso do computador, sem que crianças e 
jovens incidam no risco problemas reais – como a pedofilia na rede, a violência digital, a 
dependência do uso do computador, entre outros – é o grande desafio destas iniciativas 
(Tancara et all, 2004). Diante da insegurança de pais e educadores no desafio de educar no 
novo contexto, há a necessidade de compreender a nova geração sem perspectivas 
apocalípticas, com a possibilidade de construção de valores necessários ao uso adequado para 
a prosperidade do indivíduo e do coletivo, com a contribuição de ambas as partes: enquanto 
os jovens são rápidos em assimilar o dinamismo das inovações tecnológicas, os adultos 
contribuem com a reflexão da aplicabilidade prática dos instrumentos e ferramentas (Tapscott, 
1999). 
O Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos (LEEME) da Universidade 
Mackenzie realizou em 2008 e 2009, uma pesquisa que teve como principal objetivo a 
identificação das principais problemáticas relacionadas com o uso indiscriminado e não ético 
da Internet pelas crianças e adolescentes. A partir de um levantamento teórico e um estudo 
empírico com 1217 estudantes em uma escola particular da região central da cidade de São 
Paulo (Brasil) que determinou o perfil de uso da Internet desses jovens, o que se pôde 
observar, é que existe uma escassez de material didático e científico, principalmente na língua 
portuguesa, que aborde de forma clara e séria toda a problemática da ética e os meios 
eletrônicos, em especial, a Internet. Os estudos mostram que pais e professores nem sempre 
estão preparados para conscientizar crianças e adolescentes acerca das problemáticas e 
perigos referentes ao uso da Internet, necessitando igualmente de atenção das instituições 
educacionais para o fortalecimento – quando não a construção – de uma cultura cibernética 
cidadã e responsável. 
A partir dos resultados obtidos e baseando-se no papel que a Internet exerce na vida 
dos jovens, este estudo objetiva apresentar as possíveis interferências e alterações que a 
tecnologia computacional, em especial a Internet, impõe ao processo educacional, 
identificando os problemas associados às questões éticas que envolvem o uso desta 
tecnologia. 
A Internet e sua penetração na sociedade 
A penetração da digitalização na vida das pessoas é tão rápida que sequer existe a 
possibilidade de reflexão. Não existe um período de transição ou de adaptação: um novo 
aparato tecnológico é lançado no mercado e o mesmo passa a ser um objeto de consumo em 
um curto espaço de tempo. Tudo aquilo que existe de parecido com um novo lançamento, 
passa a ser “velho” e “fora de moda”, e faz com que as pessoas queiram trocar equipamentos 
ainda novos e funcionais por um novo equipamento lançado. Este é um primeiro exemplo de 
uma consequência na mudança dos hábitos da sociedade digital, que consome tecnologia de 
forma desenfreada, sem reflexão e muitas vezes, sem necessidade. 
Bauman (2000, p 97), muito bem descreve este consumismo (que diferentemente de 
épocas passadas visava suprir as reaisnecessidades dos indivíduos) como uma simples 
liberação dos desejos pessoais, que mudam a toda hora e que é muitas vezes guiado pela vida 
do outro, que passa a ser vista como “uma obra de arte”. 
A convergência digital e a Internet trouxeram uma série de mudanças para a vida das 
pessoas, já que a compreensão acerca do espaço e do tempo mudou significativamente. Muito 
mais do que compartilhar informações, quem se conectada à grande rede pode realizar uma 
série de atividades: desde as atividades cotidianas mais simples, como conversar com amigos 
ou ouvir músicas, até realizar transações bancárias e gerar conteúdos próprios para publicação 
na Internet. Estatísticas mostram que a cada dia, mais e mais pessoas se conectam a Internet, 
passando grande parte do tempo na frente de um computador, navegando pelo chamado 
ciberespaço. De acordo com o site Internet Usage World Stats, o número de usuários da 
Internet em todo o mundo no ano de 2010, ultrapassará 1.650 milhões de usuários. 
 Este espaço plural e infinito permite o registro informações e idéias no formato 
multimídia. O conceito de “teia”, gerado a partir do uso do termo Web, transmite exatamente 
a noção da grandeza e do crescimento irreversível da Internet. A imagem do crescimento 
desta “teia” é inerente ao seu próprio conceito. Primo (2007) atribui à primeira geração da 
Web, a característica de isolamento, já que as interações entre usuários e os próprios sites não 
era frequente. Sem se conseguir traçar um “divisor de águas”, a primeira geração da Web foi 
sendo gradativamente substituída pela Web 2.0, que Primo (2007, p 1), define como “a 
segunda geração de serviços online que se caracteriza por potencializar as formas de 
publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para 
a interação entre os participantes do processo”. 
Mais importante do que o conceito de Web 2.0, é a consequência social de seu uso: “A 
Web 2.0 tem repercussões sociais importantes, que potencializam processos de trabalho 
coletivo, de troca afetiva, de produção e circulação de informações, de construção social de 
conhecimento apoiada pela informática” (Primo, 2007, p 1). 
O’Reilly (2005) apresenta em seu texto “What is Web 2.0?” o conjunto de princípios e 
práticas associadas ao uso da Web 2.0. Essas práticas mostram bem a passagem de uma 
cultura de uso da Internet de forma mais individualizada, para uma cultura de uso massivo e 
coletivo. Sejam escritas coletivas, compartilhamento de imagens ou músicas, existe toda uma 
gama de relações e interações sociais muito intensas por trás do uso da Web 2.0. E a próxima 
onda tecnológica (Web 3.0) promete unir os recursos da Web 2.0 com a chamada Web 
semântica, que passará a dar maior precisão às buscas, já que será possível atribuir um sentido 
aos conteúdos publicados. 
De fato, a tecnologia tem permitido a escolha de algumas possibilidades que antes 
eram inimagináveis e que hoje, trazem benefícios que podem ser percebidos a todo instante. 
Porém, estes benefícios não podem cegar a sociedade, a ponto de que não sejam reconhecidos 
os problemas que dizem respeito às consequências de seu uso desenfreado. Muitos falam em 
mudanças: no comportamento das pessoas, nas práticas cotidianas, no ensinar e no aprender. 
O simples fato de existir mudança, não significa necessariamente que se muda para melhor. 
Leal (1996), em seus estudos sobre dilemas éticos da sociedade da informação, apresenta 
algumas perdas decorrentes da incorporação da tecnologia na vida das pessoas: desemprego 
(perdas associadas à automação); diminuição na capacidade de comunicação (perda 
decorrente das novas formas de interação); diminuição dos espaços individuais (perdas 
associadas ao excesso de controle e consequente invasão de privacidade). 
Werthein (2000) apresenta outra questão, que diz respeito às diferenças sociais que são 
potencializadas pelos avanços tecnológicos. Existe certamente uma estreita ligação entre o 
nível de educação de uma nação e seu crescimento social, econômico, cultural e tecnológico. 
Nem todos os cidadãos têm acesso a uma educação efetiva, uma educação inclusiva, que dê 
oportunidades e que gere igualdade no acesso ao patamar tecnológico em que o mundo está 
inserido. Essas e outras questões merecem ser discutidas pela sociedade já que a tecnologia, 
principalmente, a tecnologia digital, veio para ficar. 
A melhoria da infraestrutura de telecomunicações e o aumento da velocidade de 
transmissão dos dados (banda larga) têm permitido que toda interatividade trazida pela Web 
2.0 seja plenamente usufruída. As páginas da Internet podem usar recursos mais sofisticados e 
serviços diferenciados podem ser prestados. Neste cenário, um usuário da Internet tem, ao 
clique do mouse, janelas que abrigam o mundo no formato digital. Músicas, filmes e imagens 
de todos os tipos circulam em alta velocidade e passam a configurar verdadeiros objetos de 
consumo. As informações são propagadas de forma inexplicável e ficam disponíveis para 
qualquer um que tenha interesse, ou seja, a Internet permite conexões permanentes com o 
mundo todo. A pessoa que carrega um celular ou um laptop, querendo ou não, é parte de uma 
conexão global. Esta conexão gigante, formada por milhões de elos, elimina os limites físicos, 
ignora diferenças (sociais, raciais, idiomáticas, etc,) e abriga dentro dela todo tipo de 
informação que se possa imaginar. 
Percebe-se, então, que o atual estágio da tecnologia impõe regras e coloca a 
humanidade em uma relação de dependência frente a obrigatoriedade de seu uso. A 
subordinação na relação homem-máquina parece estar invertida e as pessoas são literalmente 
conduzidas e mobilizadas pela tecnologia. Não se pretende adotar aqui, uma postura 
reacionária que vá contra ao desenvolvimento tecnológico, o que se pretende, é provocar 
reflexões sobre as profundas mudanças ocorridas na sociedade e suas consequências diretas e 
indiretas de seu mau uso, como por exemplo, no mau uso da Internet. O valor que a Internet 
tem para o mundo e para cada pessoa que a utiliza, está diretamente relacionada ao tipo de uso 
que é feito dela. 
Racismo, briga entre torcidas, apologia a crimes, neonazismo, incentivo ao suicídio, 
pedofilia, cyberbulling, isolamento social e dependência são apenas alguns temas que têm 
sido noticiados nos últimos tempos e que estão relacionados ao mau uso dos meios 
eletrônicos. As principais problemáticas associadas ao uso indiscriminado da Internet 
beneficiam-se da questão do anonimato dos usuários e também pelo fato da Internet ser um 
meio de comunicação em massa, que atinge uma grande quantidade de pessoas ao mesmo 
tempo. A Internet é uma ferramenta de comunicação, que facilita as discussões humanas, mas 
não determina o caráter destas discussões. A proliferação da anorexia, da pedofilia, do 
suicídio, racismo, ódio entre diferentes torcidas organizadas, manuais para crime, intolerância, 
pornografia, e diversas outras problemáticas sociais não são em si um problema da Internet, 
mas uma questão humana sobre ética que a Internet apenas evidenciou. A virtualidade é parte 
da realidade. 
Fazendo-se um levantamento mais detalhado sobre as questões éticas relacionadas 
com a Internet, pode se perceber que em algumas delas, o usuário pode ser considerado como 
vítima e em outras, ele é o próprio autor de uma ação antiética. A intenção de se conscientizar 
alguém sobre as problemáticas inerentes ao uso da Internet não é só evitar que esta pessoa 
seja uma vítima em potencial, mas também que padrões éticos e morais sejam adotados por 
ela, e assim, não se tornar um autor da problemática. 
O jovem e o fascínio pela Internet 
Os jovens da era digital têm um perfil comum e característicode quem nasceu inserido no 
universo tecnológico. Eles ouvem música e trocam mensagens pela Internet ao mesmo tempo 
em que fazem o download de um vídeo e pesquisam alguns conteúdos para trabalhos 
escolares. Em meio a tudo isso, falam ao celular, enviam mensagens de texto e transferem as 
fotografias que tiraram com seus celulares para o computador. 
Os jovens não querem apenas ser ouvintes ou expectadores, querem, além disso, 
perguntar, discutir, investigar, fantasiar e criar. O lugar "ideal" para esta geração não poderia 
ser outro que não fosse a Internet, visto o conjunto de ações possíveis e o prazer que sentem 
"ao navegar na grande rede", sendo este espaço o palco para os chamados webstars2. 
Não se pode ignorar mais a presença do computador na vida cotidiana em nossa 
geração. Embora o computador não eduque, oferece meios sofisticados de acesso ao 
conhecimento, constituindo-se um caro elemento para o desenvolvimento em nossa 
sociedade: a tecnologia pode estimular o aprendizado, abrindo uma nova dimensão de acesso 
á informação; a Internet é ferramenta de troca de idéias, compartilhamento de pesquisas e uma 
forte rede social – e quanto mais ligada a outras pessoas, maior o poder pessoal de cada 
indivíduo; as comunidades virtuais abrem nova dimensão ao exercício intelectual, com 
desenvolvimento da rapidez de raciocínio e trabalho em equipe. 
Os estudos pioneiros de Tapscott (1999) mostram que a geração digital é um 
                                                            
2 Nome atribuído às pessoas que usam a Internet para se promover e se tornarem figuras públicas, as chamadas 
“celebridades” 
imperativo irreversível à nossa cultura, e não nos cabe concordar ou não com ela. A nós, pais 
e educadores, cabe aceitar a realidade e torná-la o melhor possível. A Figura 1 ilustra de 
forma clara, o tempo que os chamados “nativos digitais” passaram conectados à Internet ao 
longo de suas vidas: 
dem 
ser percebidos através do tempo que esta geração irá despender com algumas atividades: 
l 
 
De acordo com de Kerckhove (2008), da mesma forma que existiu a geração do rádio 
e da televisão, existe a geração da Internet, que de certa forma, apresenta a característica da 
ubiquidade, já que é uma geração que está sempre conectada à Internet. Os efeitos desta 
conexão “em tempo integral”, de acordo com as pesquisas de de Kerckhove (2008), po
Tempo da vida de um nativo digita
Mais de 10.000 horas de videogame 
Mais de 250.000 horas de emails e SMS 
Mais de 10.000 horas no telefone celular 
Mais de 20.000 horas de televisão 
Mais de 500.000 horas de contato co
Figura 1 – Influência da Internet sobre as
Fonte: de Kerckhove (200
 diferentes gerações 
8) 
m chamadas publicitárias 
Menos de 5.000 horas lendo livros 
 
 
Não se pode negar que estes dados trazem algumas preocupações, já que algumas das 
atividades acima se referem ao lazer, como jogar videogame e assistir televisão. Ainda, o forte 
apelo ao consumo pelo qual esta geração irá passar ao longo de suas vidas, é motivo de 
preocupação, visto que as consequências que estes dados podem trazer para a sociedade 
podem não ser percebidas em curto prazo de tempo. Esta é uma geração que pouco lê e 
basicamente passa os olhos pelos textos. A busca pela informação é feita através das 
“chamadas”, como em anúncios publicitários, assim, livros são deixados para trás e os 
“buscadores” da Internet passaram a
Figura 2 – Ativ “nativo digital” 
Fonte: ada
idades realizadas ao longo da vida de um
ptado de de Kerckhove (2008)
 ser os grandes aliados desta geração, que prefere o 
trabalho coletivo ao individualizado. 
Um último aspecto que se pode trazer à discussão, é que se tem feito um uso 
minimizado das potencialidades que a Internet oferece: limitados aos comunicadores 
instantâneos e às redes sociais. Há que se mostrar para esta geração que não existem limites 
para a criação e para o aprendizado através da Internet. De que adiantam máquinas e 
infraestrutura cada vez mais moderna, se o uso da Internet tem sido minimizado? De que 
adianta um contato intenso com a tecnologia e com a Internet se seus recursos não estão sendo 
 benefício da educação e do crescimento pessoal? 
o auto-
acompanha
osmopolita, simpatia, memória coletiva, democracia e 
maturidade pessoal e profissional”. 
uagem metafórica, a sociedade contemporânea está “plantando silvas e espera colher 
rosas”. 
usados em
 
O papel da escola no mundo contemporâneo 
A escola do mundo contemporâneo é o elemento centralizador na formação dos indivíduos. 
Vivemos em uma sociedade complexa, onde um dos maiores bens é a informação e onde as 
respostas para os problemas devem ser dadas quase que instantaneamente. Os indivíduos, 
muito mais do que uma formação escolar baseada em conteúdos didáticos, precisam estar 
preparados para a Sociedade do Conhecimento, que exige uma série de capacidades sociais e 
interpessoais, onde Hargreaves (2004, p 67) inclui “o sentido dos direitos e responsabilidades, 
a construção de confiança, identidade e formação para a cidadania”. Assim sendo, 
“precisamos de professores comprometidos e engajados na busca, no aprimoramento, n
mento e na análise de sua própria aprendizagem” (Hargreaves, 2004, p 41). 
O mundo em que vivemos encontra-se desequilibrado em termos de valores: há muita 
intolerância, individualismo, exclusão e insegurança. A escola do mundo contemporâneo 
deve, acima de tudo, promover os valores mínimos para a convivência em sociedade como 
Hargreaves (2004, p 83) tão bem relaciona: “caráter, senso de comunidade, segurança, 
inclusão, integridade, identidade c
Rodrigues, Cymrot, Barros, Moraes et all (2008, p 24) afirmam que há uma dicotomia 
entre a prática cotidiana e a expectativa de resultados na realidade da vida: desejamos formar 
crianças e jovens honestos, atenciosos, cooperativos, afetuosos, trabalhadores, responsáveis, 
com autonomia moral e espírito crítico; mas oferecemos exemplos comportamentais de 
descaso, de falta de comprometimento e de fidelidade, com mentiras e agressões, ou dando 
“um jeitinho” de adquirir benefícios pessoais descompassados com os resultados coletivos. 
Em ling
De acordo com Heath (2001, p.20) “Ensinar valores é um processo que acontece 
diariamente”. Deste modo, supõe reflexão e conhecimento dos valores que orientam a conduta 
real dos sujeitos e instituições sociais; enxergar as oportunidades para, conscientemente, 
aplicar os valores que se quer fundamentar; sugeri-los verbalmente e discutir sobre conduta 
com crianças, jovens e pares; ouvir e entender a compreensão alheia sobre regra; e, por fim, 
analisar o valor e a atitude coerente com o que se valoriza para desenvolver a humanidade a 
partir da observação da prática mantida nas diferentes situações (Rodrigues, Cymrot, Barros, 
Moraes et all , 2008, p 24). 
fil 
de professores. Não se p
ue é 
feito por parte dos usuários. Com
inclusive na dimensão virtual que permeia a vida dos jovens (crianças e 
Pesquisa de campo 
net e se tinha conhecimento acerca 
das problem
Por ser o professor o elemento que está em contato direto com os jovens, deposita-se 
nele, muita das expectativas na formação do indivíduo contemporâneo. O “ensinar” de hoje é 
muito mais complexo que o “ensinar” de ontem. Novas técnicas devem ser dominadas pelos 
professores e um aprimoramento constante no uso das mesmas é exigido em diferentes 
ambientes de aprendizagem. Se existe um novo perfil de alunos, deve existir um novo per
ode fazer de conta que os alunos são os mesmos de dez anos atrás. 
Ainda se enfrenta o problema de alunos que tecnologicamente falando, estão à frente 
de seus professores. E isso configura um problema, se oprofessor não tiver um perfil 
dinâmico e investigador. Um dos grandes desafios educacionais é ajudar os alunos a 
transformar informação em conhecimento. O repositório de informações representado pela 
Web é infinito, porém, fazendo-se uma fria análise deste cenário, observa-se que as infinitas 
escolhas oferecidas pela Internet são inversamente proporcionais ao aproveitamento q
o fazer uma boa escolha diante de 1 milhão de opções? 
Fica claro, então, que o papel da escola contemporânea vai muito além do domínio das 
técnicas pelos alunos, é necessário formar cidadãos capazes e engajados na sociedade do 
conhecimento, 
adolescentes). 
Foi feito um levantamento do tipo de uso que é feito da Internet pelos indivíduos que 
pertencem ao nível Fundamental II e Médio do ensino brasileiro. Para isso, foi elaborado 
como instrumento de pesquisa um questionário composto de vinte questões fechadas, que 
objetivava identificar onde o jovem acessa a Internet, por quanto tempo (frequência de 
acesso), o que costuma fazer durante seus acessos na Inter
áticas e perigos associados ao uso da Internet. 
A pesquisa e seu instrumento de pesquisa foram submetidos e aprovados pelo Comitê 
de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Sua aplicação foi realizada 
como atividade de sala de aula na disc
preenchim
%). Sendo que 41,66% 
cursam
ia de acesso à Internet, duração de cada 
conexão, local dos acessos, liberdade de acesso, presença dos pais durante os acessos e o 
conhecime
 
 
 
 
xposição aos diversos riscos oferecidos pela grande rede, se 
nirmos a esta informação, o fato de que o tempo que os jovens passam conectados a cada 
cesso é conside
iplina Ensino Religioso e Ética, sendo seu 
ento não obrigatório. 
O questionário preservou o anonimato dos alunos e foi respondido por 1217 estudantes 
de uma tradicional e renomada escola da cidade de São Paulo, Brasil. A amostra se compõe 
636 jovens do sexo feminino (52,26%) e 581 do sexo masculino (47,74
 o Ensino Fundamental II e 58,34% cursam o Ensino Médio. As idades da amostra 
variam entre 10 e 19 anos, sendo que a maioria (20,79%) tem 16 anos. 
A fim de se adequar aos objetivos deste estudo, apenas os seguintes aspectos da 
pesquisa de campo serão abordados: frequênc
nto dos riscos que a Internet oferece. 
 
 
 
 
Nota-se que o acesso à Internet é uma atividade cotidiana da maioria da amostra (67,2%), o 
que comprova o excesso de e
Figura 3 – Frequência de acesso à Internet 
u
a rado elevado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 no seu próprio quarto. Em relação à liberdade que o 
jovem 
por ter um computador em seu próprio quarto para realizar esses acessos, fica 
mais su
rcela dos pais não conhece profundamente o 
funcion
e dos problemas que acontecem 
nesse m
 
Os dados da pesquisa mostram que 98,5% dos jovens têm computador em casa, sendo 
que desses, 60,2% têm computador
Figura 4 – Tempo da conexão em cada acesso 
encontra em sua casa para realizar seus acessos à Internet, 24,87% afirmam não gozar 
desta condição enquanto a maioria de 75,13% das respostas afirma que o jovem tem liberdade 
para acessar a Internet em sua casa. 
Fica claro nesta pesquisa, que a amostra estudada, por ter sua maioria com liberdade 
de acesso e 
jeita aos riscos do uso indiscriminado do computador, ou seja, sem a supervisão de um 
adulto/responsável, esses jovens ficam livres para acessar o que desejarem e no momento que 
desejarem. 
Se fizermos uma comparação com as outras atividades diárias das 
crianças/adolescentes, como ir para a escola, visitar amigos, frequentar clubes e ir a festas, é 
interessante perceber que os pais exercem um monitoramento, além de conversarem com os 
filhos sobre a presença de estranhos e os perigos do mundo real. Esta diferença de atitudes 
talvez possa ser explicada pelo degrau que existe no nível de conhecimento acerca da Internet 
e das tecnologias atuais entre pais e filhos (jovens que já nasceram inseridos no mundo 
tecnológico). Se por um lado uma pa
amento e não estão inseridos de forma plena no mundo tecnológico, por outro lado, os 
filhos desconhecem, por questões de maturidade e/ou ingenuidade as problemáticas e os 
riscos que são inerentes ao mundo virtual. 
Cabe aqui, para cada um dos lados, uma urgência na busca pela parte que falta: pais 
precisam estar à frente dos filhos nas questões tecnológicas, participando, se informando e 
vivendo junto com os filhos a experiência de “estar conectado à Internet” e os filhos, precisam 
ter limites e serem exaustivamente informados dos riscos 
undo paralelo, o mundo virtual. Em ambos os casos, a escola tem papel fundamental, 
já que o conhecimento e a sua difusão “passa” pela escola, seja nas diferentes formas de 
contato com os pais, seja no processo de ensino dos alunos. 
Obviamente, a presença dos pais durante os acessos, não é costumeira na vida virtual 
dos filhos, já que 36,88% declaram que os pais nunca estão presentes, 61,47% dizem que às 
vezes os pais os acompanham e apenas 1,65% respondem que os pais estão sempre presentes 
quando
 dos meios de comunicação em massa serem 
os prim
em jornais, telejornais, revis
 que a Internet 
propicia, tem levado muitos jovens
 acessam a Internet. A ausência dos pais durante os acessos de 36,88% da amostra 
pode ser justificada por algumas razões: os pais não estão em casa por estarem trabalhando; 
ou estes acessos estão acontecendo dentro do quarto do filho (local privado) ou então, os pais 
desconhecem e/ou estão desinteressados em saber o que seus filhos estão fazendo na Internet. 
Apesar da grande maioria da amostra estudada conhecer que existem riscos associados 
ao uso indiscriminado da Internet (99,26%), atribui-se aos meios de comunicação de massa a 
transmissão destes conhecimentos (94,43%). Neste ponto da pesquisa, reforça-se que a escola 
aparece como a terceira opção dos jovens com 43,97% e em segundo lugar, ficou a família 
como a fonte desta informação (70,07%). O fato
eiros na questão da informação dos perigos comprova que o assunto tem sido pauta 
tas e programas de rádio. Talvez isso se deva ao aumento da 
ocorrência desses problemas, onde todos os dias lêem-se notícias que relatam crimes, roubos e 
golpes através da Internet. 
Os meios de comunicação em massa, apenas informam; os pais, na maioria das vezes, 
alertam; mas para quem fica o papel de construir uma base sólida de conhecimentos sobre o 
uso construtivo da Internet? Não há dúvida que a escola é a maior responsável por esta tarefa. 
A escola não pode apenas informar e/ou alertar, cabe a ela definir meios práticos e eficazes de 
reforçar a ética e os valores, inclusive na esfera virtual. Todas as situações vividas pelos 
jovens podem servir como exemplo: não se pode ter como preocupação apenas a instalação de 
vírus, o roubo de dados confidenciais ou a diminuição do lixo eletrônico que invade a caixa 
postal do internauta. A preocupação deve-se estender para a integridade emocional de uma 
criança, que precocemente acessa conteúdos pornográficos, ou de uma jovem, que tenta 
buscar ajuda na Internet, a qualquer preço, para emagrecer. O vício no uso da Internet tem 
tirado muitos jovens do convívio familiar (muitas vezes facilitados pelos próprios pais, que 
“equipam” os quartos dos jovens com computador e televisão). A acomodação
 a não realizarem pesquisas escolares e se renderem às 
cópias e plágios de trabalhos. O que se pretende mostrar é que os meios de comunicação de 
massa e os pais nem sempre mostram ou têm condição de mostrar os danos emocionais e/ou 
cognitivos que o uso indiscriminado da Internet pode causar a um adolescente. 
A palavra de ordem é ponderação,senso crítico e equilíbrio. A atual geração de pais e 
educadores é uma das últimas gerações que conhecem “os dois lados da moeda”: a vida antes 
olhos, como se nada estivesse acontecendo e 
 jovens é a mesma, ou melhor. Mais uma vez, ressalta-se que não é 
Considerações finais 
deixar as crianças
lizadas como, por exemplo, na Inglaterra, 
que tornou obrigatório o ensino dos princípios de
Para isso, saber realizar uma busca de qualidade é essencial, já que é fundamental 
                                                           
e depois da Internet. Não se podem fechar os 
aceitar que a vida dos
possível e não se deseja adotar uma postura retrógrada, que vá contra aos avanços e ao 
progresso. O que se deseja, é que se conduzam crianças e adolescentes no uso sadio e 
responsável do espaço cibernético. 
Muito tem se falado sobre este tema, mas apenas no sentido informativo. Muito material tem 
sido publicado em forma de “cartilha” disponível para download na Internet. Muito mais do 
que informar, é necessário formar, muito mais que uma “cartilha” que informa como 
“sobreviver” no universo virtual, é necessária a formação de valores e padrões éticos. 
O bem e o mal, o certo e o errado coexistem lado a lado na Internet. Não se podem 
 e adolescentes à “deriva” no mar de informações e mídias presentes na 
Internet. As consequências podem não ser vistas em curto prazo, porém, conforme estudos e 
pesquisas realizadas por Smith (2007), danos materiais, sequelas emocionais e em caso mais 
graves, sequelas físicas podem ficar na vida desses jovens. 
Aos poucos, algumas ações vão sendo rea
 segurança na Web para crianças acima de 5 
anos a partir de 20113. Se as crianças iniciam seus primeiros acessos à rede nesta idade, deve 
ser nessa fase que a escola deve propiciar a formação adequada, que permita um uso 
consciente e responsável, e que permita a exploração dos inúmeros recursos culturais, 
informativos e de serviços prestados pela Internet. 
saber identificar quais são os conteúdos confiáveis disponíveis na rede. A escola precisa estar 
preparada para ensinar e formar os alunos da geração digital, que muitas vezes repetem 
comportamentos sem sequer refletir nas consequências ou sem sequer conhecerem que 
existem regras e leis a serem seguidas. 
 
3 Folha on line – Inglaterra torna obrigatória aula de segurança na Web para crianças 
À medida que mudamos nosso nível de informação, mudamos nossas verdades sociais. 
o um 
elemento. Através da excelência moral, do discernimento e bom-senso, consegue-se lapidar o 
 homem e máquina possa ser benigna. 
rnidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. 
an/images/Fellows/technopsy_intro_DdeK_Winter2008_1.pdf. 
urança. 
nternetworldstats.com. Acesso em 17 fev 2010. 
 
k/8k_3.htm. Acesso em 17 fev 2010. 
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 to protect your children on the Internet: a Road map for parentes and 
.(2004). Filhos da Era digital. 
Disponível em http://www.assespropr.org.br/uploadAddress/Filhos_da_Era_Digital.pdf 
Conseguimos então visualizar a informação como um processo e não apenas com
paradigma da tecnologia em busca de referenciais compatíveis com os rumos e valores desta 
sociedade, onde a relação
Referências 
Bauman, Zygmunt. Mode
de Kerckhove, Derrick. Introduction to Technopsychology. 2008. Disponível em 
http://www.utoronto.ca/mcluh
Acesso em 17 fev 2010. 
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Acesso em 17 fev 2010. 
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Makron Books, 1999. 
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Acesso em 17 fev 2010, disponível em http://www.scielo.br. 
                                                            
1 Solange Duarte Palma de Sá Barros (solbarros@mackenzie.br) 
Possui graduação em Processamento de Dados, graduação em Licenciatura Plena para o 
a Computação pela Universidade 
o Ensino Superior (Mackenzie). 
enzie e 
zie. Tem experiência na área de 
 Computadores (Linguagens C, 
gia Familiar. Mestre em Ciências da Religião 
ela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, concluiu em 2008 o doutorado na mesma 
área e instituição. Atualmente é Professora Assistente da Universidade Presbiteriana 
Mackenzie, pesquisadora da Universidade de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica 
de São Paulo, e psicoterapeuta em Clínica Particular, onde coordena os cursos e eventos 
promovidos pela instituição. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Processos 
Grupais e de Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: religião, identidade, 
psicologia social da religião, ética e educação. 
 
Currículo do Ensino de 2º Grau e mestrado em Ciência d
Presbiteriana Mackenzie. Especialização em Didática d
Extensão Universitária em Análise de Sistemas (FAAP). Atualmente é professora em tempo 
parcial da Universidade Presbiteriana Mackenzie e ministra aulas no curso de graduação em 
Sistemas de Informação. Atua em pesquisa na área de Tecnologia Educacional, 
principalmente com os seguintes temas: Ética computacional, Ética e segurança na Internet, 
novas tecnologias, ambientes virtuais de aprendizagem. 
 
2 Ubirajara Carnevale de Moraes (bira@mackenzie.br) 
Bacharel e Licenciado em Matemática pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, graduação 
em Curso Superior de Processamento de Dados pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, 
graduação em Licenciatura Plena para o Currículo do Ensino de 2º Grau pela Universidade 
Presbiteriana Mackenzie. Mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Presbiteriana 
Mackenzie e Doutorado em Engenharia Elétrica (área de concentração em Engenharia da 
Computação) pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialização em Didática do 
Ensino Superior (Mackenzie). Especialização em Análise de Sistemas (Mackenzie). Extensão 
Universitária em Análise de Sistemas (FAAP). Extensão Universitária em Gerência de 
Projetos(Mackenzie). Atualmente é pesquisador da Universidade Presbiteriana Mack
professor Adjunto da Universidade Presbiteriana Macken
Sistemas de Informação com ênfase em Programação de
Delphi e VB) e no uso da Informática como estratégia no processo de Ensino/Aprendizagem, 
atuando principalmente nos seguintes temas: Computação e linguagens de programação, 
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, Informática Aplicada à Educação, Tecnologia 
Educacional, Ensino online e Análise de Sistemas. Pesquisa o uso dasTIC’s no processo 
Ensino-aprendizagem tanto no Ensino Superior (UPM) como no Ensino Fundamental. 
 
3 Cátia Cilene Lima Rodrigues (catiaclr@mackenzie.br) 
Possui graduação em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde também 
desenvolveu o seu aprimoramento em Psicolo
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