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Distopias genitais e incontinência urinária Tratamento Fisioterapêutico – Cleber Santos Prolapsos – Distopias Genitais Definição: Deslocamentos das vísceras pélvicas no sentido caudal , em direção ao hiato genital Desequilíbrio entre as forças encarregadas de manter os órgãos pélvicos na posição normal que tendem a impedi-los de ir para fora da pelve. Incidência: Idosas, multíparas, fumantes, trauma no parto, trauma do feto, envelhecimento, hipoestrogenismo. Sinais e sintomas: sensação de inchaço “algo que esta saindo; descendo.” Relação sexual afetada. Prolapsos – Distopias Genitais Prolapso Uterino: Descida do útero em direção ao anel himenal durante o esforço da paciente na manobra de valsalva. Retocele: Defeito da parede vaginal posterior Cistocele: Defeito da parede vaginal anterior A manobra de Valsalva, amplamente difundida, é realizada ao se exalar (emitir ou lançar fora de si.) forçadamente o ar contra os lábios fechados e nariz tapado, forçando o ar em direção ao ouvido médio se a tuba auditiva estiver aberta. Esta manobra aumenta a pressão intratorácica, diminui o retorno venoso ao coração e aumenta a pressão arterial, além de evidenciar sopros e hérnias abdominais. Classificação Prolapso uterino Classificação Cistocele Grau Classificação 0 Posição Normal 1 Ao esforço,há descida da parede vaginal anterior até o terço inferior da vagina 2 Ao esforçoa parede vaginal atinge o introito vaginal 3 Ao esforço,a parede vaginal ultrapassa o introito 4 A parede vaginal exterioriza mesmo em repouso Classificação Retocele Grau Classificação Leve Ao esforço,há descida da parede vaginal até o terço inferior da vagina Moderada Ao esforço,a parede vaginal atinge o introito vaginal Grave Ao esforço,a parede vaginal ultrapassa o introito Classificação Prolapso uterino Grau Classificação 1 O colo pinçado e tracionadoatinge o terço inferior da vagina sem ultrapassar o introito vaginal 2 Apenas o colo ou partedo corpo, pinçado e tracionado exteriorizam-se através do introito (Prolapso parcial) 3 Colo e todo corpo ultrapassam a fenda vulvar (Prolapso total) Artigo: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v26n6/21320.pdf Classificação Prolapso uterino Tratamento Fisioterapêutico Avaliação da força muscular perineal durante a gestação e pós parto: correlação entre perineometria e palpação digital vaginal http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n6/pt_14.pdf Cinesioterapia do assoalho pélvico KEGEL (1948) 300 – 400 Contrações diárias dos MAP Cura superior a 70% (mais importante que a quantidade é a qualidade das contrações) Atualmente Poucas repetições diárias com aumento gradativo da intensidade da força e do tempo de sustentação Contrações voluntárias repetitivas aumentam a força muscular Trabalhar fibras do tipo I e II Cinesioterapia do assoalho pélvico Inicio: Posição prono ou supino (ª) Após ganho progredir para situações de perda Contrações X repouso (proporção 1:2) 2 a 3 vezes na semana Protocolo constituído de exercícios de conscientização muscular contrações rápidas e lentas Tentar isolar musculatura acessória Exercícios com dispositivos intra vaginais – Perineômetro, cones Técnica de reeducação Exercícios – ativos assistidos, técnicas de reeducação manual, disposição dos dedos intra vaginal, sensibilidade, dor, toque, suave. Reflexo de estiramento: solicita reflexo miotático de estiramento e obtém resposta muscular. Associar contrações com técnicas respiratórias Durante a inspiração, relaxar períneo com abertura vaginal e anteversão da bacia. (osso coxal, ou Ilíaco) Durante a expiração contração do períneo com fechamento vaginal da bacia associado. Cinesioterapia para MAP Cinesioterapia para MAP Cinesioterapia para MAP Podem ser feitos com ajuda de aparelhos Perineômetro: mede alteração da pressão como resultado da contração da musculatura do assoalho pélvico Falhas: Aumenta a pressão intra-abdominal e tem pouca reprodutibilidade Ginastica Hipopressiva(Marcel Caufriez) Técnica que através do estimulo da musculatura acessória respiratória relaxa os músculos que mantem ao diafragma, diminui a pressão abdominal e reflexamente tonifica a musculatura abdominal a MAP. Eletroestimulação Utilizada para contração da musculatura esquelética. 4 a 10Hz hiperativa – Inibição do musculo detrusor Acima de 20Hz (50Hz) – IUE (incontinência urinária de esforço) Fortalecimento Muscular Tempo de repouso (off) x Contração (on) 2 a 3 vezes Duração: 20 a 30 minutos Indicação: IUE, IU, IUM, despertar consciência dos MAP Contra indicações: gravidez, infecção, período menstrual, carcapasso Eletroestimulação no nervo tibial posterior (TP) Gera inibição central de eferentes motores para bexiga e de aferentes pélvico e pudendos provenientes da bexiga O nervo TP (nervo misto), projeta-se na mesma região sacral da micção Aplicação 30 minutos 2 vezes na seman (T 200 ms F: 30Hz) Biofeedback Recurso empregado no tratamento muscular Importante para demostrar os efeitos dos esforções feitos pela pacientes Técnica que utiliza estímulos táteis elétricos ou auditivos, tem como objetivo a conscientização dos MAP Eletromiografia usa eletrodos de superfície ou agulhas A agulhas são eletivas e podem avaliar condições neurológicas Os de superfície não são seletivos devido a superfície ser grande. Intravaginal ou intra-anal: informação de função (para o paciente e para o examinador.) detecta sinais de outros músculos Conscientização do MAP Biofeedback Cones Vaginais Dispositivos que são inseridos na vagina que fornecem resistência aos MAP Composto por 5 cones com pesos que variam 25 – 75 g Utilizar em casa durante as atividades diárias, (15 min, 2 vezes ao dia) Contra indicações: infecção, período menstrual. Cones Vaginais Eles são inseridos dentro da vagina da mesma maneira que os absorventes internos. Para que eles fiquem lá dentro a paciente precisa contrair a musculatura do AP. A sensação do peso saindo faz com que a paciente contraia involuntariamente a musculatura correta. Mas o principal é que eles permitirem um treinamento com aumento de carga progressivo, exatamente como acontece na musculação de academia, com pesos, para o restante do corpo. Este tipo de treino é a forma mais rápida e eficaz de fortalecimento muscular. Utilizados de maneira correta, os cones permitem um fortalecimento crescente da musculatura do AP, além de melhorarem a propriocepção local (sensibilidade vaginal e percepção da contração e relaxamento da musculatura do AP). Melhorar força e propriocepção são úteis tanto para melhorar a sustetação dos órgãos pélvicos quanto na preparação para o parto. Cones Vaginais Cones Vaginais Indicações: Incontinência Urinária de Esforço; Urge-incontinência; Diminuição da propriocepção; Fraqueza do AP; Disfunção sexual; Ausência de coordenação musculatura AP/abdominais. Terapia comportamental Busca educar os hábitos da paciente Ex: treinamento vesical visa aumentar os intervalos entre as micções da paciente aumentando a capacidade vesical Utiliza-se diário miccional Obs. É importante avaliar os hábitos de vida da paciente, dieta alimentar, medicamentos em uso. Inicia se gradativamente (15 em 15 minutos, até conseguir intervalos maiores de 3 ou 4 horas)
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