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Técnicas Restauradoras Adesivas

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Técnicas Restauradoras Adesivas:
HISTÓRICO:
Bunocore em 1955 ao observar funcionários pintarem um navio utilizando uma tinta resinosa acrílica sobre o metal (superfície lisa) percebeu que antes dessa pintura eles faziam um jateamento de ácido.
Na época ele usava ácido fosfórico a 85% por 1 minuto. No decorrer dos anos as pesquisas se desenvolveram e a concentração do ácido foi diminuindo e o tempo de ação também até se observar que se tem um adequado padrão de desmineralização do esmalte condicionando ácido fosfórico a 37% por 30 segundos. 
O único material que possui adesão química ao dente é o CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO.
DEFINIÇÕES:
Adesivo: material que se solidifica entre dois substratos, sendo capaz de transferir carga de um substrato para outro.
Força de Adesão: capacidade de uma união adesiva de suportar uma carga.
Durabilidade de uma adesão: período de tempo em que a adesão permanece estável.
Classificação dos Sistemas Adesivos e fatores para escolha dos adesivos:
Convencionais podem ser de 2 ou 3 passos: com ácido fosfórico separado do primer ou do adesivo propriamente dito.
Autocondicionantes: de 2 passos ou passo único: ácido junto.
Os fatores da escolha dos adesivos são: Resistência Adesiva ao Esmalte e Dentina; infiltração marginal e desempenho clínico; custo; sensibilidade técnica e durabilidade da união.
Para regiões rasas e anteriores: Adesivos de 3 passos. Diretas em Resina Composta: Adesivos com Primer e Bond separados. Posteriores profundas: Adesivos Self Echting – autocondicionante de 2 passos.
Os adesivos autocondicionantes, quando comparados aos convencionais apresentam uma menor sensibilidade técnica e maior controle de umidade.
ADESÃO EM ESMALTE: 
O esmalte é um substrato homogêneo – 97% mineral + 3% de matéria orgânica e água.
A diferença entre a adesão ao esmalte e a dentina está principalmente na estabilidade ao longo prazo. Isso se explica por esmalte ser um substrato homogêneo e a dentina um substrato heterogêneo.
Para se conseguir ADESÃO no ESMALTE é necessário fazer CONDICICONAMENTO ÁCIDO.
É extremamente importante realizar o condicionamento ácido fosfórico 37% por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina. Após o condicionamento ácido, é necessário realizar a lavagem até não ter mais nenhum resquício de ácido fosfórico.
O condicionamento ácido é necessário para promover a DESMINERALIZAÇÃO do esmalte e consequentemente aumentar a superfície de contato o que favorece um melhor molhamento melhorando o molhamento. 
Contração de polimerização é a diminuição de espaço dos monômeros ao virarem Polímeros. Acontece quando há utilização da fotoativação. Microembricamento mecânico: brincadeira que foi realizada.
Para isso funcionar com força, o Esmalte tem que estar bem condicionado. É importante esses 30 segundos no Esmalte.
Aplicar o adesivo e utilizar o foto não funciona adequadamente. O adesivo precisa escorrer por ser um líquido. Então, o tempo em adesão é extremamente importante para escorrer.
Explique o que é contração de polimerização? Nada mais é do que a diminuição do espaço que os monômeros ocupavam antes deles se unirem para formar um polímero. É importante a sua contração de polimerização porque com ela, o adesivo “abraça” o esmalte. A medida em que há a contração de polimerização, você consegue deixar “forte”.
OBS: Camada Híbrida não existe em esmalte.
ADESÃO EM DENTINA:
Substrato heterogêneo: 50% mineral + 25% de água + 25% de matéria orgânica (colágeno). Fisiologicamente dinâmico. Presença da Smear Layer. É um substrato úmido e heterogêneo.
Smear Layer é a camada composta por bactérias, restos de matéria orgânica e inorgânica, água e óleo, produzida por instrumentação rotatória ou manual.
Monômeros hidrofílicos são compatíveis com a umidade, apresentam maior sorção de água e menor estabilidade de longo prazo.
Monômeros hidrofóbicos são mais viscosos e apresentam maior resistência e estabilidade. União micromecânica> União química.
O esmalte é mais mineralizado e mais organizado. A dentina tem mais água, a principal característica é o tubo dentinários; possui colágeno.
Próximo da polpa, os túbulos dentinários tem maior diâmetro, mais calibrosos e maior números do que próximos da linha amelo-dentinário.
As fibras colágenas da dentina podem sofrer colabamento/colapso.
O adesivo que eu coloco no esmalte é o mesmo que eu coloco na dentina? Sim.
O adesivo é feito de monômeros, carga e solvente. Como que o adesivo funciona num lugar seco como o esmalte e todo heterogênio, com mais água como a dentina? Sistema adesivo é adesivo? O que a gente chama de adesivo é na verdade, SISTEMA ADESIVO.
Dentro do Sistema adesivo, temos o primer e o adesivo. Temos que ter o prática de falar “Aplicar o Sistema Adesivo” que este é constituído de pelo menos 2 substâncias. Ta claro que cada componente vai ter 1 função.
Passo a passo:
Ácido na dentina: 15 segundos.
Na dentina, quando você termina com o instrumento rotatório. Surge uma camada chamada “Smear Layer”. Daí tu aplica o ácido fosfórico. A primeira coisa que esse ácido vai fazer é a remoção da Smear Layer.
1ª função do ácido na dentina: remover a Smear Layer. Quando ele remove a lama dentinária, ele expõe os túbulos dentinários. Por que é importante expor os túbulos dentinários? Para o adesivo penetrar. A importância de você expor os túbulos dentinários – muda.
2ª função : expor dentina. Agora eu estou vendo a dentina e um monte túbulos. Eles são úmidos. O adesivo que prendeu no esmalte seco, não vai prender na dentina úmida. Eu tenho que criar um jeito de fazer a dentina úmida se comportar como uma dentina seca.
Joguei ácido na dentina, limpei a lama dentinária e expus a dentina. Tive os túbulos expostos. Uns 5 segundos de ácido é suficiente para isso. Além de limpar e expor, eu preciso fazer com que a dentina perca toda estrutura mineral (descalcificar a dentina). Logo, eu vou deixar ela apenas como fibras colágenas. 3ª função- descalcificar a dentina, expondo as fibras colágenas. Aonde eu quero chegar é na fibra colágena. 
Para isso, eu preciso de 15 segundos. No esmalte não faz diferença deixar mais de 30 segundos (menos deixa). Na dentina tem que ser 15 segundos mesmo (porque aí acaba de vez com o conteúdo mineral. Se fizer menos, não expõe as fibras. Se fizer mais, vai expor muitas fibras colágenas.
Eu tenho colágeno e ácido. Eu vou ter que lavar. Vou lavar bem porque eu não tenho certeza. É importante lavar abundantemente.
Para realizar a adesão, eu ainda preciso secar muito bem. Eu preciso tirar a água. Agora eu vou colabar. A dentina é uma panela com macarrão. 
Eu QUERO FICAR SEM ÁGUA na dentina. Só tem um jeito de tirar a água da dentina. Pega a seringa tríplice e seca toda, senta o dedo. Não tem uma regra pra dentina. A dentina superficial é de um jeito, profunda também. Na dúvida, seca tudo, aí eu vou ter o COLAPSO.
Agora eu vou aplicar o sistema adesivo. Composto por primer e o adesivo.
PRIMER:
Primer é uma solução de monômeros dissolvidos em solventes orgânicos. Composto por água, acetona e etanol. Apresenta hidrofilicidade e fluidez.
Após a evaporação do solvente, uma fina película de monômero fica aderida a superfície do substrato.
PRIMER num frasco. ADESIVO num frasco. Vou utilizar primeiro o PRIMER. O que o primer vai fazer na dentina que está cheia de colágeno? Primer é o líquido. Ele vai penetrar e realizar a reexpensão das fibras colágenas, vai fazer com que elas subam, mas precisa de tempo. Para isso, além de fazer essa reexpensão, o primer tem solvente (acetona ou etanol). Se tiver uma aguinha marota entre as fibras colágenas, essa acetona/água vão abraçar ela e evaporar. Agora a fibra levantou e está sem água (está coberta pelo primer). O primer é uma molécula que tem duas polaridades – bifuncional (hidrofóbico e hidrofílico). No colágeno, o primer está usando o seu lado hidrofílico (se agarra no colágeno). O primer se prende na fibra colágena por meio de seu braço hidrofílico e vira: primer+colágeno: CAMADA HÍBRIDA. 
Formação inadequada da CamadaHíbrida:
Condicionamento ácido não uniforme, pode ser por meio do calor friccional; extensão de desmineralização x extensão de infiltração – nanoinfiltração; umidade da superfície – excesso ou ausência; alterações fisiológicas ou patológicas do substrato – esclerose, cárie, contato com materiais de forro ou restauração.
A aplicação ATIVA de sistema adesivo existe vários trabalhos afirmando que AUMENTA A FORÇA DE ADESÃO. O que se imagina é que de tal forma que se esfrega o primer consegue-se imbricar melhor com a fibra colágena do que simplesmente deixar a gota e permitir que ela atue. 
O colágeno + primer vira camada híbrida. Você não sabe diferenciar quem é quem. Tem que ter cuidado com os detalhes. Tem que ter tempo para fazer a reexpansão, do solvente evaporar o que tinha, dos braços hidrofílicos se agarrarem e sobrar só os braços hidrofóbicos. Na hora que você aplica a 1ª camada do adesivo (PRIMER), tem que ter tempo de pelo menos, 30 segundos.
Tenho um monte de braço hidrofóbico. No momento que eu aplico a 2ª camada do adesivo (Adesivo propriamente dito), o adesivo se agarra aos braços hidrofóbicos, joga-se a luz e há a polimerização se agarra. O tempo de polimerização do ADESIVO é de 20 SEGUNDOS, se o profissional fizer 15 segundos o mesmo ira ter funcionalidade de 75% de sua capacidade. Quando fotopolimerizado o ADESIVO da origem a uma superfície lisa. 
Nesse caso não se tem mais uma adesão MECÂNICA e sim uma ADESÃO QUÍMICA entre a RESINA e o ADESIVO. 
Muitas vezes iremos utilizar um frasco único. O primer não se polimeriza. Se o primer não se polimeriza, após a primeira camada, não se polimeriza.
Para eu ter a certeza que a detina está pronta para receber o adesivo. Eu tenho duas maneiras: 1ª – se o paciente não estiver anestesiado: secando a dentina com vontade, se eu jogar o ar e doer, é porque tem túbulo dentinário exposto/aberto. Logo, a adesão não está bem feito. Tem água ainda. Eu aplico o primer novamente então, quantas vezes forem necessárias. Não se polimeriza o primer.
Na segunda aplicação (adesivo), não precisa de tempo. Tirou o excesso com a seringa e depois fotopolimerizou.
2ª- se o paciente estiver anestesiado: secou a dentina, ela ficou fosca, brilhante: ainda tem que aplicar o primer. Aplicar até não ficar mais brilhante.
O adesivo é uma Resina Fluida, ou seja, LÍQUIDA. Como que a Resina gruda aqui? O oxigênio inibe a polimerização. Com a luz prende monômero com monômero. A Resina tem que ser incremental.
O que o Adesivo e a Resina têm em comum em termos de composição?
Os dois possuem componente resinoso, como o BIS-GMA, partículas de carga, silano para unir a carga. É logico que uma resina tem muito mais componentes. Adesivo e resina são a mesma coisa, entretanto o primeiro é mais fluido que o segundo sendo essa viscosa-pastosa.
CONDICIONAMENTO SELETIVO EM ESMALTE:
O grande problema do autocondicionante é que o mesmo melhorou NA DENTINA e PIOROU no ESMALTE. Sendo assim a ideia do autocondicionante na dentina é muito boa, mas para o esmalte é ruim. 
Os pesquisadores sob essa óptica pensaram que se ele é bom na dentina e ruim no esmalte pode-se fazer o condicionamento ácido apenas no esmalte e não na dentina e posteriormente utilizar o Adesivo autocondicionante Essa técnica ficou conhecida como CONDICIONAMENTO SELETIVO do ESMALTE (CSE). Essa técnica é apenas utilizada quando se faz uso de adesivo autocondicionante. 
Técnica: Condiciona-se o esmalte com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos. Lava e seca. Aplica-se o Sistema Autocondicionante em tudo, no esmalte e na dentina, onde o esmalte já vai estar pré-condicionado e a dentina será condicionada pelo sistema.
O condicionamento seletivo de esmalte é abrangentemente utilizado numa situação que é necessária muita adesão, como CLASSE IV. 
PROTOCOLO CLÍNICO DE RESTAURAÇÃO DENTES POSTERIORES:
Obviamente é necessário realizar uma Profilaxia.
Anestesia;
Seleção de Cor;
Verificação dos contatos oclusais;
Preparo do Dente;
Isolamento do Campo Operatório;
Sistema Adesivo;
Inserção da RC;
Ajuste Oclusal;
Acabamento e Polimento.
Para lesão cervical não é necessário o Ajuste Oclusal.
Diastema não é necessário Isolamento Absoluto, e sim Relativo. Logo, não é necessário Anestesia.
Para Anterior fraturado, primeiramente se realiza a Confecção de Guia de Silicona.

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