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CADERNO DE TESTES Testes de Direito Penal com Respostas Comentadas Michele Ribeiro de Melo CONTATO EDITORA NOVA APOSTILA FONE: (11) 3536-5302 / 28486366 EMAIL: NOVA@NOVAAPOSTILA.COM.BR WWW.NOVACONCURSOS.COM.BR NOSSA EQUIPE AUTORA MICHELE RIBEIRO DE MELO DIAGRAMAÇÃO EMANUELA AMARAL ELAINE CRISTINA GOMES DESIGN GRÁFICO BRUNO FERNANDES COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA ANDRÉIA AGOSTIN EMÍDIO MÁRCIO ANDRÉ EMÍDIO COORDENAÇÃO GERAL JULIANA PIVOTTO PEDRO MOURA ISBN: 978-85-64384-40-8 Michele Ribeiro de Melo Professora de Direito Civil na Faculdade de Direito da Alta Paulista em Tupã/SP. Consultora jurídica. Palestrante. Autora das obras: Psicografia e Prova Judicial pela Editora Lex Magister; Teoria Geral do Direito: ensaios sobre dignidade humana e fraternidade, Editora Boreal; Resumo de Direito Penal Comentado, pela Editora Nova. Autora de diversos artigos jurídicos. Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Universitário Eurípi- des de Marília – UNIVEM. Graduada em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília – UNIVEM. ÍNDICE APRESENTAÇÃO...........................................................................................07 AÇÃO PENAL..................................................................................................11 APLICABILIDADE DA LEI PENAL...........................................................22 CONCURSO DE PESSOAS...........................................................................57 EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.................................................................64 IMPUTABILIDADE PENAL.........................................................................73 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL............................................................79 TEORIA GERAL DO CRIME.......................................................................89 TEORIA GERAL DE PENA........................................................................136 DOS CRIMES EM ESPÉCIE: DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA......................................................................................................156 DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO..................................................158 DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA..........................183 DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA.....................................................185 DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.......................203 DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA...................242 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA.............................................................275 DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.................290 LEGISLAÇÕES............................................................................................291 APRESENTAÇÃO Nos dias atuais, o concurso público é a grande porta para careiras profissionais estáveis e bem remuneradas, onde se conjuga segurança, estabilidade e sucesso, por este motivo, cresce o número de candidatos em busca deste padrão profissional. Com a crescente procura por carreiras sólidas e estáveis, cresce também o grau de dificuldade das provas, visando a melhor seleção dos futuros funcionários públicos do Estado. Nesse contexto, é notória a necessidade da preparação do candidato por meio de cursos, vídeo-aulas, apostilas, livros, disciplina de estudo e preparação mental, pois para o sucesso do candidato é preciso aliar todas as ferramentas e recursos disponíveis, sempre lembrando que tão importante quando o estudo é a educação mental para atingir os objetivos. A preparação para as provas deve ser realizada por meio de estudo sério, aplicado e com muita disciplina, mas é preciso cuidar das emoções, criando uma conduta mental positiva, na confiança em si e compromissado com o bem geral, antecipando a responsabilidade com a carreira que pretende abraçar. O candidato a um cargo público precisa ter o perfil do agente transformador da sociedade, daquele que luta por um país mais justo a começar por suas pequenas atitudes diárias. Com certeza, com este perfil o candidato alcançará o tão almejado cargo e muito mais, alcançará o sucesso pessoal que todos buscam, a qualidade de vida que todos merecem, mas que somente se alcança quando se sente responsável por seus próprios atos e pelo meio em que vive. Acreditando no seu potencial reunimos nesta obra 500 questões de Direito Penal, visando oferecer mais uma importante ferramenta em sua preparação. O Direito Penal é o ramo do direito público que define as infrações penais e estabelece as sanções a serem aplicadas. É área muito importante no direito brasileiro e por este motivo de suma importância para o candidato à vaga em cargos públicos. A obra conta com questões da parte geral do Direito Penal, que é um ponto de suma importância para seus estudos, além das questões dos crimes contra a ordem tributária, contra o patrimônio, contra a incolumidade pública, contra a fé pública, contra a administração pública, contra a administração da justiça e dos crimes contra a vida. É interessante constatar que não raras vezes as questões das provas dos concursos se repetem ou até mesmo pouco se modificam, assim, o candidato que se propõe a resolver questões de concursos anteriores se prepara com mais plenitude, possuindo maiores conhecimentos que com certeza o auxiliarão a atingir o objetivo a ser atingido. O simulado de provas é um meio muito importante para a preparação do aluno, pois assim, oberva o grau de dificuldade das provas, o perfil das questões e a administração do tempo para a resolução das questões. Desse modo, reunimos questões de diversos concursos e diversos graus de dificuldade para facilitar o estudo e a preparação do candidato. É notório que concurso público exige perseverança, dedicação, renúncia e esforço, desse modo, é preciso ter foco naquilo que se almeja e força de vontade. Desejamos a você muito sucesso, confiantes de que será um profissional exemplar e dando sua quota de colaboração para a construção de um Brasil melhor. A autora. MICHELE RIBEIRO DE MELO Direito Penal Caderno de Testes 2ª edição São Paulo Nova Apostila 2014 Direito Penal 11 AÇÃO PENAL 1. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – CESPE/2012) Assinale a opção correta a respeito de ação penal. A) Nas hipóteses de ação penal privada, se o ofendido morrer ou for decla- rado ausente por decisão judicial, a ação será extinta, uma vez que não haverá mais legitimidade processual que justifique o seu prosseguimento. B) Em se tratando de delitos de ação penal pública condicionada à repre- sentação do ofendido, o órgão do MP dispensará o inquérito se, com a repre- sentação, forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal. C) Tanto a ação pública incondicionada quanto a ação condicionada devem ser promovidas por denúncia do MP, independentemente de representação do ofendido. D) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio da União ou de estado, a ação penal será pública condicionada à representação da autoridade competente. E) Se o MP, em vez de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invoca- das, deverá determinar o prosseguimento da ação penal. Atualmente, a doutrina tradicional entende que o inquérito policial, apesar de ser uma peça importante, não é imprescindível. Os defensores dessa corrente sustentam que o inquérito policial não é uma etapa obrigatória da persecução penal, podendo ser dispensado sempre que o integrante do Ministério Público ou o ofendido tiver elementos suficientes para promover a ação penal. Os doutrinadores baseiam tal entendimento no fato de o art. 12, do Código de Processo Penal, utilizar a expressão “sempre que”, que significa uma condição. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra”. Da mesma forma, porque o art. 27, do CPP, que trata da delatio crimi- nis postulatória,estabelece que qualquer um do povo poderá fornecer, por escrito, informações sobre o fato e a autoria, indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. Direito Penal 12 Essa circunstância significa, que quando tais informações forem suficientes não é necessário o inquérito policial: Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. No mesmo sentido, o § 5º, do art. 39, do CPP, estabelece que o integrante do Parquet dispensará o inquérito se forem apresentados elementos suficientes para a propositura da ação: Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. § 5º. O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 (quinze) dias. Finalmente, para os adeptos da referida tese, o § 1º do art. 46, descreve mais uma hipótese de dispensabilidade do inquérito policial: Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. § 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação. Direito Penal 13 No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. RESPOSTA: “B”. 2. (FEPESE/SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/2010) De acordo com o Código Penal, pode-se afirmar: a) A representação será irretratável depois de recebida a denúncia. b) O direito de queixa pode ser exercido mesmo depois de renunciado taci- tamente. c) O ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do data em que se praticou a conduta delituosa, ainda que outro seja o momento do resultado. d) Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fa- tos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. e) Para produzir efeitos, o perdão independe de aceitação pelo querelado. O Código Penal, em seu art. 101 dispõe sobre a ação penal no crime complexo: Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. Assim, a questão está correta de acordo com disposto no Código Penal. RESPOSTA: “D”. 3. (DPU - Agente administrativo - CESPE/2010) No sistema criminal brasi- leiro, não se admite a renúncia tácita ao direito de queixa. A questão está errada pois contrária dispositivo de lei, haja vista que, de acordo com o art. 104, do Código Penal. Art. 104. O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. Direito Penal 14 Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. RESPOSTA: “ERRADA”. 4. (DPU - Agente administrativo – CESPE /2010) Para oferecer queixa, o procurador deve ser necessariamente advogado e possuir poderes gerais de re- presentação do ofendido. Vejamos o que dispõe o Código Penal a respeito da Ação pública e de iniciativa privada: Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Desse modo, a questão está errada, pois a representação não necessita ser efetuada por advogado com poderes gerais de representação do ofendido. RESPOSTA: “ERRADA”. 5. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal privada, a vítima poderá perdoar o agressor, ainda que o processo esteja em grau de re- curso e tramitando perante tribunal, contanto que o faça antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. A questão está de acordo com o disposto no Código Penal, art. 106, § 2º que reza que “Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória”, desse modo, a questão está correta. RESPOSTA: “CORRETA”. 6. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Nos crimes de ação penal pública ou nos que se procede mediante queixa, o perdão do ofendido obsta o prosseguimento da ação. Direito Penal 15 A afirmativa está errada porque contraria o disposto no Código Penal, art. 105, in verbis: Art. 105. O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação. RESPOSTA: “ERRADA”. 7. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) O prazo decadencial de representação para os sucessores corre a partir do momento em que eles forem notificados judicialmente para manifestar interesse em representar. O Código Penal, art. 103, reza que o prazo decadencial é de 6 meses contado do dia em que o ofendido ou sucessor veio a saber quem é o autor do crime. Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. RESPOSTA: “ERRADA”. 8. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A ação penal no crime complexo será intentada, em qualquer hipótese, por intermédio de queixa-cri- me. O Código Penal, no art. 101, dispõe sobre a ação penal no crime complexo, vejamos: Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. Direito Penal 16 Dessa forma, a questão errada ao contrariar dispositivo de lei quando afirma que a ação penal no crime complexo será intentada por intermédio de queixa-crime. RESPOSTA: “ERRADA”. 9. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) No caso de morte do ofen- dido ou quando declarado ausente por decisão judicial, se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, na ausência deste, o parente mais próximo na ordem de ascendente, descendente ou irmão. Havendo divergência entre os sucessores, o juiz extinguirá a ação penal. O art. 100, § 4º do Código Penal, reza que: § 4º. No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. A doutrina entende havendo divergência entre sucessores, a ordem de preferência deverá ser respeitada. RESPOSTA: “ERRADA”. 10. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A recusa do perdão por um dos querelados não produz efeitos jurídicos aos demais querelados que acei- tarem ser perdoados e impede, de igual modo, a extinção da punibilidade. O Código Penal em seu art. 106 dispõe que: Art.106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; III - se o querelado o recusa, não produz efeito. § 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação. § 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. Direito Penal 17 Desse modo, observamos que a questão está errada, haja vista que, se um dos querelados não aceitar o perdão, os outros que o aceitaram terão extinta a punibilidade. RESPOSTA: “ERRADA”. 11. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na sucessão do direito de queixa ou de representação, caso o cônjuge, que possui preferência, manifeste desinteresse em propor a ação ou em ofertar a representação, isso obstará o direito dos outros sucessores. O art. 100, § 4º do Código Penal, reza que: § 4º. No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Dessa forma, caso o cônjuge manifeste desinteresse em propor a ação ou em ofertar a representação, não obstará o direito dos demais sucessores. RESPOSTA: “ERRADA”. 12. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal pública condicionada à representação, caso a vítima, maior de idade e capaz, tenha deixado transcorrer o prazo para representar, mesmo tendo ciência da autoria da infração penal, vindo esta a falecer, o direito de representação passará aos sucessores. O Código Penal em seu art. 103, reza que: Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. Observamos que o prazo para a representação é decadencial, de seis meses. Caso transcorra o prazo, o exercício do direito não passará aos sucessores. RESPOSTA: “ERRADA”. Direito Penal 18 13. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Em qualquer infração penal, o recebimento de valores pelo ofendido ou seus sucessores, como inde- nização do dano causado pelo crime, consiste em renúncia tácita ao direito de queixa ou de representação. Resposta: errada. De acordo com o parágrafo único, do art. 104, do Código Penal, in verbis: Parágrafo Único. Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. Assim, a questão está errada. RESPOSTA: “ERRADA”. 14. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A extinção da pessoa ju- rídica, titular da ação penal privada em curso, sem deixar sucessor, autoriza o MP a dar seguimento à ação. O art. 100 do Código Penal, dispõe sobre a ação pública e de iniciativa privada e em seu § 2º, reza que: § 2º. A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Em caso de extinção da pessoa jurídica, o Ministério Público não poderá dar prosseguimento à ação, portanto, a questão está errada. RESPOSTA: “ERRADA”. 15. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A denúncia é o instru- mento de provocação da jurisdição na ação penal pública, seja esta condiciona- da ou incondicionada. A questão está correta, haja vista que, a ação penal pública, seja ela condicionada ou incondicionada, necessita de provocação do Ministério Público e é inicia por meio da denúncia. RESPOSTA: “CORRETA”. Direito Penal 19 16. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal pública condicionada, caso o MP não ofereça denúncia no prazo, ocorrerá para este a decadência. Vejamos o que dispõe o art. 103, do Código Penal: Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. De acordo com mencionado artigo, observamos que na ação penal pública condicionada, existe prazo decadencial para o oferecimento da representação, entretanto, não há prazo decadencial para a denúncia, devendo ser observado o prazo prescricional do delito. RESPOSTA: “ERRADA”. 17. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Se, na ação penal priva- da personalíssima, a vítima se tornar incapaz, o direito de queixa transfere-se ao curador legal e uma vez restabelecida a capacidade, pode a vítima prosse- guir com a ação penal intentada ou desistir dela. A legitimidade ativa, na ação penal privada personalíssima, é exclusiva do ofendido, desse modo, é vedado seu exercício ao curador legal. RESPOSTA: “ERRADA”. 18. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal privada personalíssima, sendo a vítima menor de idade, deverá aguardara maioridade para ingressar com a ação penal, ou nomear curador especial para tal fim. Na ação penal personalíssima, a legitimidade ativa é exclusiva do ofendido, não cabendo portanto, a nomeação de curador especial. Caso o ofendido seja menos, este deve aguardar a maioridade para ingressar com ação penal e a partir de então terá início a contagem do prazo decadencial. RESPOSTA: “ERRADA”. Direito Penal 20 19. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) No caso de falecimento do titular da ação penal privada personalíssima com a ação penal em curso, os sucessores poderão prosseguir no feito. Como já antes mencionado, a legitimidade, na ação penal personalíssima, é exclusiva do ofendido, em caso de falecimento do titular da ação penal privada personalíssima, não haverá possibilidade de prosseguimento no feito por seus sucessores. RESPOSTA: “ERRADA”. 20. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A única possibilidade da ação penal privada personalíssima do ofendido existente no ordenamento ju- rídico brasileiro é a do crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento para o casamento. A única possibilidade existente em nosso Direito Penal da ação penal privada personalíssima do ofendido é a do crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento para o casamento. De acordo com o Código Penal: Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. RESPOSTA: “CORRETA”. 21. (TJ/MS - Magistratura – FGV/2008) O prazo para o ajuizamento da queixa-crime é: a) de seis meses, iniciando a fluência desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. b) de dois meses, iniciando a fluência desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. c) de seis meses, iniciando a fluência desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. d) de dois meses, iniciando a fluência desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. e) enquanto não estiver prescrito o crime praticado. Direito Penal 21 O Código Penal trata da decadência do direito de queixa ou de representação em seu artigo 103: Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código,do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. Desse modo, a resposta correta é a alternativa “C”. RESPOSTA: “C”. 22. (OAB – FGV/2006) sobre a ação penal, assinale a alternativa INCOR- RETA: a) A ação de iniciativa privada é provida mediante representação do ofendi- do ou de quem tenha qualidade para representá-lo. b) A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara pri- vativa do ofendido. c) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa passa ao côn- juge, ascendente, descendente ou irmão. d) A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece no prazo denúncia no prazo legal. Vejamos o que alude o Código Penal sobre a ação publica e ação privada em seu art. 100 e § 2º: Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Desse modo, a alternativa “A” está errada, pois a ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. RESPOSTA: “A”. Direito Penal 22 APLICABILIDADE DA LEI PENAL 23. (TRE/MS – Analista Judiciário - Área Judiciária - CESPE/2013) No que diz respeito à aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às pessoas, assinale a opção correta. A) Por força do princípio tempus regit actum, o fato de lei nova suprimir determinado recurso, existente em legislação anterior, não afasta o direito à re- corribilidade subsistente pela lei anterior, quando o julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova. B) A nova lei processual penal aplicar-se-á imediatamente, invalidando os atos realizados sob a vigência da lei anterior que com ela for incompatível. C) O princípio da imediatidade da lei processual penal abarca o transcurso do prazo processual iniciado sob a égide da legislação anterior, ainda que mais gravosa ao réu. D) A lei processual penal posterior, que de qualquer modo favorecer o agen- te, aplicar-se-á aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condena- tória transitada em julgado. E) De acordo com o princípio da territorialidade, aplica-se a lei processual penal brasileira a todo delito ocorrido em território nacional, sem exceção, em vista do princípio da igualdade estabelecido na Constituição Federal de 1988. Quanto ao tempo do crime O Código Penal adotou a teoria da atividade, con- forme dispõe o art. 4º. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Segundo esta teoria, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omis- são, independentemente do momento do resultado. Conjuntamente aos princípios da legalidade e anterioridade, surge o princípio do tempus regit actum, pelo qual a lei a ser aplicada ao crime será a lei vigente no momento da prática da conduta delituosa. Desse modo, o fato de lei nova suprimir determinado recurso, existente em le- gislação anterior, não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, quando o julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova. RESPOSTA: “A”. Direito Penal 23 24. (TRF/5ª Região – Estágio em Direito – TRF/5ª Região/2013) Sobre a aplicação da lei penal, é CORRETO dizer que: a) a lei excepcional ou temporária não se aplica ao fato praticado durante sua vigência, se decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstân- cias que a determinaram. b) considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. c) a lei brasileira não se aplica aos crimes contra o patrimônio ou a fé pú- blica da União, do Direito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituí- da pelo Poder Público, se praticados no estrangeiro. d) considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omis- são, no todo ou em parte, sendo irrelevante onde se produziu ou deveria produ- zir-se o resultado. e) aplica-se a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, aos crimes contra a administração pública praticados por qualquer pessoa. O Código Penal, em seu art. 4º, adotou a teoria da atividade em que “considera- se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. RESPOSTA: “B”. 25. (TJ/ RJ – Juiz Substituto – VUNESP/2012) A regra tempus regit actum explica o fenômeno da A) retroatividade da lei penal mais benéfica. B) ultratividade da lei penal excepcional. C) territorialidade temperada. D) extraterritorialidade. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Direito Penal 24 A lei excepcional é a feita para vigorar em períodos especiais, como guerra, calamidade, etc. Ela vigorará enquanto perdurar o período excepcional. Já a lei temporária é a feita para vigorar em um período de tempo pré-determinado fixado pelo legislador. A lei traz em seu texto a data de cessação de sua vigência. Segundo o princípio do tempus regit actum, a lei a ser aplicada ao delito é a lei vigente no momento da prática da conduta delituosa. As leis penais temporárias e excepcionais possuem característica ultrativa, de acordo com art. 3º o Código Penal, embora cessadas as circunstâncias que determinaram a lei excepcional ou mesmo decorrido o período de vigência da lei temporária, aplicam-se elas aos fatos ocorridos durante a sua vigência e ainda que prejudique o agente. RESPOSTA: “B”. 26. (DPF - Agente de Polícia Federal – CESPE/2012) Julgue os itens a seguir com base no direito penal O fato de determinada conduta ser considerada crime somente se estiver como tal expressamente prevista em lei não impede, em decorrência do prin- cípio da anterioridade, que sejam sancionadas condutas praticadas antes da vigência de norma excepcional ou temporária que as caracterize como crime. O item está errado, aqui temos a cobrança literal da lei. Em consonância com o que reza o CP, art. 3º: Art. 3º. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Portanto, a lei temporária não pode sancionar condutas anteriores a sua vigência. RESPOSTA: “ERRADA”. 27. (DPF - Agente de Polícia Federal – CESPE/2012) Será submetido ao Código Penal brasileiro o agente, brasileiro ou não, que cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra administração pública, estando a seu serviço, ou co- meter crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, de empresa pública ou de sociedade de economia mista. A circunstância de a conduta ser lícita no país onde foi praticada ou de se encontrar extinta a punibilidade será irrelevan- te para a responsabilização penal do agente no Brasil. Direito Penal 25 A afirmativa está correta, pois não há possibilidade de recurso, tendo em vista o assunto da assertiva encontra amparo legal no Código Penal, aplicando-se o princí- pio da extraterritorialidade incondicionada, ou seja, embora os delitos tenham sido cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira. Assim, no enunciado é abordado a questão do crime contra a administração pú- blica, por agente que está a seu serviço, estrangeiro ou não, este será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. RESPOSTA: “CORRETA”. 28. (TJ/AC – Juiz Leigo – TJ - AC/2012) Em relação à aplicação da pena, assinale a alternativa incorreta: A) As circunstâncias e consequências do crime são levadas em conta na análise das circunstâncias judiciais (art. 59 do Código Penal). Direito Penal 26 B) O comportamento da vítima não é levado em conta na análise das cha- madas circunstâncias judiciais (art. 59 do Código Penal). C) Incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. D) Os motivos do crime podem constituir uma agravante. Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: Conforme disposto no art. 59, do Código Penal, o comportamento da vítima é levado em conta na análise das chamadas circunstâncias judiciais. RESPOSTA: “B”. 29. (TCE/ES – Auditor de Controle Externo – CESPE/2012) A eficácia da sentença penal condenatória proferida no estrangeiro depende de homologação tanto para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis quanto para o reconhecimento da reincidência. A sentença penal condenatória proferida no estrangeiro, necessita de homolo- gação para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e outros efeitos civis e para sujeitá-lo à medida de segurança. RESPOSTA: “ERRADA”. 30. (DPF - Agente de Polícia Federal – CESPE/2012) Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no princípio da consunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro criem aplica-se a norma mais abrangente. Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento para prática do crime de estelionato, sem mais po- tencialidade lesiva, este absorve aquele. O item está certo. Configura-se conflito aparente de normas penais, quando num primeiro momento, acredita-se que haja mais de um dispositivo legal tipificando a mesma conduta. Direito Penal 27 Para resolver o problema basta aplicar ao caso concreto uma série de interpre- tações, dentre as quais, podemos destacar o princípio da consunção ou da absorção, o qual tem como característica básica o englobamento de uma conduta típica menos gravosa por outra de maior relevância. A primeira conduta de portar arma de fogo de maneira ilegal está descrita como crime no Estatuto do Desarmamento, art. 14 da Lei 10.826/03, porém, no exemplo, é absorvida pela conduta tipificada no art. 121 do Código Penal, por ter sito um meio necessário para a configuração do delito. Já à última parte da questão, consta do inteiro teor da Súmula n.º 17 do STJ, in verbis: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido”. RESPOSTA: “CORRETA”. 31. (TJ/AL - Analista Judiciário Especializado – CESPE/2012) Assinale a opção correta no que diz respeito à lei penal no tempo, à lei penal no espaço e ao conflito aparente de normas. A) Pelo princípio da bandeira, ficam sujeitos à lei penal brasileira os crimes praticados a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. B) A irretroatividade da lei penal mais grave é decorrência direta do prin- cípio constitucional da humanidade. C) Entre o roubo e o furto é possível estabelecer uma relação de especiali- dade, em que a violência contra a pessoa ou a grave ameaça funcionam como elementos especiais ou especializantes. D) Para o princípio da consunção não é importante a relação entre meio e fim, mas o grau de violação do mesmo bem jurídico. E) A requisição do ministro da Justiça é condição indispensável para aplica- ção da lei penal brasileira aos crimes cometidos contra brasileiro fora do Brasil. De acordo com disposto no artigo 5º do Código Penal, aplicam-se à lei penal brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Direito Penal 28 § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. RESPOSTA: “A”. 32. (TJ/PR – Assessor Jurídico – UFPR/2012) Relativamente à lei penal no tempo, considere as seguintes afirmativas: 1. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 2. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 3. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 4. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, não cessando em virtude dela, entretanto, a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. B) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. C) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. D) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. Direito Penal 29 A afirmativa 1 está correta, conforme disposto no Código Penal, art. 2º, caput: Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. A afirmativa 2 está correta, conforme disposto no Parágrafo único do art. 2º do Código penal: Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Desse modo, observamos que a norma penal, não retroagirá, não atingirá fatos passados, exceto quando for mais benéfica ao réu, nesse caso ela retroagirá. RESPOSTA: “A”. 33. (TJ/PR – Assessor Jurídico – UFPR/2012) No que concerne à lei penal no tempo e no espaço, assinale a alternativa correta. A) O Código Penal, no que concerne ao local do crime, adotou aquela que se chama de teoria da atividade ou de teoria da ação. B) O Código Penal, no que concerne ao tempo do crime, adotou aquela que se chama de teoria da ubiquidade ou de teoria mista. C) O Código Penal, noque concerne ao local do crime, adotou aquela que se chama de teoria da ubiquidade ou de teoria mista. D) O Código Penal, no que concerne ao tempo do crime, adotou aquela que se chama de teoria do resultado. Nos termos do Código Penal: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Direito Penal 30 Deste modo, verificamos que a teoria adotada pelo Código Penal para definir o lugar do crime é a teoria da ubiquidade, ou mista, pois considera o lugar do crime o local onde ocorreu a ação/omissão, bem como o local onde se deu o resultado. RESPOSTA: “C”. 34. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – CESPE/2012) A tripulação de determi- nado navio africano de propriedade privada, quando a embarcação já se encon- trava em águas territoriais brasileiras, percebeu a presença de um passageiro clandestino que, jogado ao mar antes de a embarcação atracar no porto de Maceió, morreu afogado. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal. A) A lei penal brasileira só será aplicada ao caso se os responsáveis pelo delito não forem julgados em seus países de origem. B) Nesse caso, aplica-se a lei penal brasileira para a punição dos responsá- veis pelo delito, ainda que todos sejam de nacionalidade estrangeira. C) Deve ser aplicada ao caso exclusivamente a lei penal do país de origem do navio, já que não se trata de embarcação que estava a serviço de país estrangeiro. D) Aplica-se a essa situação a lei penal do país onde se localizava o último porto em que a embarcação havia atracado antes de ingressar em águas mari- nhas brasileiras. E) Segundo previsão expressa do Código Penal, a lei brasileira será aplica- da ao caso narrado apenas se a vítima for de nacionalidade brasileira. No caso hipotético acima descrito, aplica-se a lei penal brasileira para a punição do crime, uma vez que foi praticado em território nacional. Em nossa legislação penal considera-se território nacional todo o espaço em que o Estado exerce sua soberania, englobando mares interiores, baías, faixa do mar exterior ao longo da costa. No caso acima descrito o crime ocorreu em mar territorial brasileiro e desse modo, com fulcro no art. 5º, § 2º, aplica-se a lei penal brasileira. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, Direito Penal 31 bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. RESPOSTA: “B”. 35. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – Cespe/2012) Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade, da lei penal no tempo e no espaço e da contagem de prazo, assinale a opção correta. A) Conforme previsão do Código Penal, o tempo do crime é o momento da ação ou omissão que coincida com o momento do resultado. B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omis- são, sendo irrelevante o lugar onde ocorreu o resultado. C) Se determinada pessoa tiver sido vítima de homicídio no dia 1.º/8/2012, a contagem dos prazos penais, nesse caso, terá iniciado em 1.º/8/2012. D) Segundo o princípio da legalidade, no ordenamento jurídico brasileiro determinada conduta só será considerada crime caso seja publicada lei poste- rior definindo-a como tal. E) Exceto se já decididos por sentença transitada em julgado, a lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores. A contagem de prazos penais inclui-se o dia do começo no cômputo do prazo, conforme disposto no art. 10, do Código Penal. Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. RESPOSTA: “C”. 36. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – Cespe/2012) Determinado cidadão brasi- leiro praticou delito de genocídio na Argentina, tendo matado membros de um grupo étnico daquele país, onde foi condenado definitivamente à pena máxima Direito Penal 32 de oito anos de reclusão, segundo a legislação argentina. Após ter cumprido integralmente a pena, esse cidadão retornou a Maceió, cidade onde sempre es- tabeleceu domicílio. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta em relação à extraterritorialidade da lei penal, à pena cumprida no estrangeiro e à eficácia da sentença estrangeira. A) A hipótese revela situação de extraterritorialidade da lei penal brasi- leira, que seria aplicada apenas se o brasileiro não tivesse sido condenado na Argentina. B) Se tivesse sido absolvido pela justiça argentina, o brasileiro não deveria ser submetido à aplicação da lei penal brasileira, sob pena de violação do prin- cípio da anterioridade. C) Nesse caso, o brasileiro poderá ser condenado novamente pela justiça do Brasil e, se a pena aplicada no Brasil for superior àquela cumprida na Argen- tina, será atenuada. D) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, não pode ser homologada no Brasil para fins de reparação civil. E) Por se tratar de delito de genocídio, a utilização da lei penal argentina afasta a aplicação da lei penal brasileira, que só seria aplicada caso as vítimas fossem brasileiras. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Deste modo, na situação hipotética acima descrita o brasileiro poderá ser con- denado novamente pela justiça do Brasil e, se a pena aplicada no Brasil for superior àquela cumprida na Argentina, será atenuada. RESPOSTA: “C”. Direito Penal 33 37. (TJ/MT – Oficial de Justiça – TJ/MT/ 2012) Em relação à aplicação da lei penal, analise as assertivas. I - Segundo o princípio da anterioridade, uma pessoa só pode ser punida se, à época do fato por ela praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o delito. II - Segundo o princípio da reserva legal, a lei em sentido formal pode descre- ver condutas criminosas, bem como decretos e outras normas gerais e abstratas. III - As leis penais excepcionais ou temporárias têm como característica a ultratividade, pois regulam condutas praticadas durante sua vigência produ- zindo efeitos mesmo após sua revogação. IV - Caso uma nova lei venha a revogar lei antiga que descrevia um crime, seus efeitos devem retroagir, salvo para beneficiar os agentes. Estão corretas as afirmativas: A) I e III, apenas. B) I e IV, apenas. C) I, II e III, apenas. D) II, III e IV, apenas. Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Segundo o princípio da anterioridade é necessário que na data em que o fato é praticado a lei que descrevia o delito já estava em vigor. Desse modo, consagra-se a irretroatividade da norma penal, salvo a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Logo, a afirmativa está correta. No que tange as leis temporárias e excepcionais, o art. 3º, do Código Penal dispõe que: Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o períodode sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Assim, as leis temporárias e excepcionais são ultrativas, pois em consonância com o art. 3º o Código Penal, embora cessadas as circunstâncias que determinaram a lei excepcional ou mesmo decorrido o período de vigência da lei temporária, aplicam-se elas aos fatos ocorridos durante a sua vigência e ainda que prejudique o agente. Diante deste contexto, também está correta a afirmativa, III. RESPOSTA: “A”. Direito Penal 34 38. (PC/SP - Delegado de Polícia Civil – PC/SP/2011) Em relação ao tempo do crime, a teoria adotada é: a) da equivalência dos antecedentes. b) do resultado. c) da ubiquidade. d) da atividade. e) da territorialidade temperada. Em relação ao tempo do crime o Direito Penal adotou a teoria da atividade, previsto no art. 4º CP, in verbis: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. RESPOSTA: “D”. 39. (CEF - Advogado – CESPE/2010) No que diz respeito à lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar que a vigência de norma penal posterior atenderá ao princípio da imediatidade, não incidindo, em nenhum caso, sobre fatos praticados na forma da lei penal anterior. No tocante à lei penal no espaço, o Código Penal (CP) adota o princípio da territorialidade como regra geral. De acordo com o parágrafo único do art. 2º do Código Penal, in verbis: Art. 2º. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Desse modo, a questão está errada ao afirmar que em nenhum caso lei posterior incide sobre fatos praticados na forma da lei penal anterior. RESPOSTA: “ERRADA”. 40. (MPE/RS – Secretário de Diligências – FCC/2010) Em tema de aplica- ção da lei penal, é INCORRETO afirmar: a) Na contagem do prazo pelo Código Penal, não se inclui no seu cômputo, o dia do começo, nem se desprezam na pena de multa, as frações de Real. b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omis- são, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se e o resultado. Direito Penal 35 c) O princípio da legalidade compreende os princípios da reserva legal e da anterioridade. d) A regra da irretroatividade da lei penal somente se aplica alei penal mais gravosa. e) As leis temporárias ou excepcionais são autorrevogáveis e ultrativas. O Código Penal dispõe em seu artigo 10 sobre a contagem de prazo: Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Assim, observamos que a alternativa “A” está incorreta, pois de acordo com disposto no Código Penal, o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. RESPOSTA: “A”. 41. (TRT - 8° - Analista Judiciário – FCC/2010) João cometeu um crime para o qual a lei vigente na época do fato previa pena de reclusão. Posterior- mente, lei nova estabeleceu somente a sanção pecuniária para o delito cometido por João. Nesse caso, a) a aplicação da lei nova depende da expressa concordância do Ministério Público. b) aplica-se a lei nova somente se a sentença condenatória ainda não tiver transitado em julgado c) não se aplica a lei, nova em razão do princípio da irretroatividade das leis penais. d) aplica-se a lei nova, mesmo que a sentença condenatória já tiver transi- tado em julgado. e) a aplicação da lei nova, se tiver havido condenação, depende do reconhe- cimento do bom comportamento carcerário do condenado. O artigo 2º do Código Penal discorre sobre o tema da seguinte forma: Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Direito Penal 36 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. A resposta correta, portanto, é a alternativa “D”, que está de acordo com disposto no artigo acima citado, aplica-se a lei nova para favorecer o réu, mesmo que a sentença condenatória já tiver transitado em julgado. RESPOSTA: “D”. 42. (TRT 8° - Analista Judiciário – FCC/2010) José, brasileiro, cometeu cri- me de peculato, apropriando-se de valores da embaixada brasileira no Japão, onde trabalhava como funcionário público. Em tal situação, a) somente se aplica a lei brasileira se José não tiver sido absolvido no Ja- pão, por sentença definitiva. b) somente se aplica a lei brasileira se José não tiver sido processado pelo mesmo fato no Japão. c) aplica-se a lei brasileira, independentemente da existência de processo no Japão e de entrada do agente no território nacional. d) aplica-se a lei brasileira, independe da existência de processo no Japão, mas está condicionado à entrada do agente no território nacional. e) aplica-se a lei brasileira, somente se for mais favorável ao agente do que a lei japonesa. A resposta correta é alternativa “C”, pos trata acertadamente sobre a extraterritorialidade incondicionada, prevista no artigo 7º do Código Penal. A extraterritorialidade incondicionada ocorre quando a lei brasileira é aplicada a fatos ocorridos no exterior, independentemente de condições ou requisitos. RESPOSTA: “C”. 43. (TJ/MG - Técnico Judiciário – FUNDEP/2010) Analisando a Constitui- ção de 1988, é INCORRETO afirmar que: A) a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. B) não haverá juízo ou tribunal ou exceção. C) não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia comi- nação legal. D) tribunal do júri tem competência unicamente para o julgamento dos crimes dolosos consumados, contra a vida. Direito Penal 37 De acordo com a Constituição Federal (art. 5º, XXXVIII, alínea “d”), é reconhecida a instituição do júri com competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, quais sejam: homicídio, infanticídio, participação em suicídio, aborto. No entanto, essa competência ditada pela Lei Maior, qual seja, para julgar os crimes dolosos contra a vida, é considerada mínima porque ela não pode ser suprimida, isto por- que somente o Tribunal do Júri pode julgar crimes desta natureza. Mas essa competência é mínima também porque ela pode ser estendida. Dispõe do artigo 78, inciso I, do Código de Processo Penal que. Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri. Veja-se, portanto, que o Tribunal do Júri, minimamente, deve julgar o crime doloso contra a vida, mas lhe incumbe também o julgamento dos crimes que forem conexos aos dolosos contra a vida, muito embora essa regra comporte exceções. O Tribunal do Júri, portanto, será competente, também para julgar crimes conexos, desde que não sejam crimes eleitorais, juízo de menores (Vara da Infância e Juventude) ou sujeitos à Justiça Militar. RESPOSTA: “D”. 44. (TCE/RO - Procurador - FCC/2010) No tocante à aplicação da lei penal, a) a lei brasileira adotou a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime. b) lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime per- manente, se a sua vigência é anterior à cessão da continuidade ou da permanên- cia, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. c) a lei brasileira adotou a teoria do resultado quanto ao tempo do crime. d) o dia do fim inclui-se no cômputo do prazo, contando-se os meses e anos pelo calendário comum, desprezados os dias. e) compete ao juízo da causa a aplicação da lei mais benigna, ainda que transitada em julgado a sentença condenatória, segundo entendimento sumula- do do superior Tribunal de Justiça. De acordo com o art. 6º do Código Penal: Art. 6º - Considera-se praticado o crime nolugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Direito Penal 38 A teoria adotada pelo Código Penal é a teoria da ubiquidade, como disposto no artigo acima citado, pois considera-se o lugar do crime tanto o da conduta quanto o do resultado. RESPOSTA: “A”. 45. (MP/SP Analista de Promotoria –– VUNESP/2010) Considere que um indivíduo, de nacionalidade chilena, em território argentino, contamine a água potável que será utilizada para distribuição no Brasil e Paraguai. Considere, ainda, que neste último país, em razão da contaminação, ocorre a morte de um cidadão paraguaio, sendo que no Brasil é vitimado, apenas, um equatoriano. De acordo com a regra do art. 6.°, do nosso Código Penal (“lugar do cri- me”), considera-se o crime praticado a) na Argentina, apenas. b) no Brasil e na Argentina, apenas. c) no Chile e na argentina, apenas. d) na Argentina, no Brasil e no Paraguai, apenas. e) no Chile, na Argentina, no Paraguai, no Brasil e no Equador. Vejamos o que reza o Código Penal acerca do lugar do crime: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. O Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, onde o local do crime é tanto o lugar em que ocorreu a ação ou omissão, quanto onde se produziu o resultado. Dessa forma, no caso acima citado, o crime foi praticado na Argentina e o resul- tado no Brasil e no Paraguai, logo a resposta “D” é a alternativa correta. RESPOSTA: “D”. 46. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae- ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. Direito Penal 39 Art. 5º, § 1º Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Desse modo, a questão está correta. RESPOSTA: “CORRETA”. 47. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae- ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. A resposta está correta, pois segue o disposto no art. 5º, § 1º do Código penal: § 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar”. RESPOSTA: “CORRETA”. 48. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae- ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. De acordo com o art. 5º. § 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, Direito Penal 40 bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar”. RESPOSTA: “CORRETA”. 49. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae- ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. Conforme dispõe o art. 5º, § 1º do Código Penal: § 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar”. RESPOSTA: “CORRETA”. 50. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e aero- naves brasileiras de natureza pública, desde que se encontrem no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar. De acordo com o Art. 5º, § 1º, in verbis: § 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Assim, a resposta está errada, pois o território nacional estende-se a embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública onde quer que se encontrem. RESPOSTA: “ERRADA”. Direito Penal 41 51. (OAB/SP – FGV/2009) Sobre norma e lei penal, assinale a alternativa CORRETA: a) A lei penal pode retroagir em qualquer caso. b) A lei penal brasileira aplica-se a todos os crimes ocorridos no Brasil. c) A lei penal brasileira não se aplica a nenhum crime ocorrido fora do território nacional. D) Admite-se a interpretação extensiva em bonam partem (em favor do acusado). No Direito Penal brasileiro, admite-se a interpretação extensiva em bonam par- tem, para beneficiar o réu. RESPOSTA: “D”. 52. (TJ /SP - Magistratura – VUNESP/2009) A norma inserida no art. 7.°, inciso II, alínea “b”, do Código Penal – ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro (...) os crimes (...) praticados por brasileiro – encerra o princípio a) da universalidade ou da justiça mundial. b) da territorialidade. c) da nacionalidade ou da personalidade ativa. d) real, de defesa ou da proteção de interesses. Vejamos o disposto no Código Penal: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II - os crimes: b) praticados por brasileiro. No disposto no artigo acima citado observamos que o Código Penal adotou o princípio da nacionalidade ou personalidade ativa em que aplica-se a lei nacional do autor do crime, independentemente do local da prática do crime. RESPOSTA: “C”. 53. (TJ/GO - Magistratura - FCC/2009) Pela regra da consunção, a) norma especial afasta a geral. b) é admissível a combinação de normas favoráveis ao agente. Direito Penal 42 c) a norma incriminadora de fato que constitui meio necessário para práti- ca de outro crime fica excluída pela que tipifica a conduta final. d) a norma subsidiária é excluída pela principal. e) o concurso material prevalece ao final, se favorável ao agente. Pela regra da consunção a norma incriminadora de fato que constitui meio necessário para prática de outro crime fica excluída pela que tipifica a conduta final. O princípio da consunção se aplica quando um fato definido como crime atua como fase de preparação, execução ou exaurimento do crime mais grave, ficando o crime mais leve absorvido pelo crime mais grave. RESPOSTA: “C” 54. (PGE/PE - Procurador do Estado – CESPE/2009) A respeito da aplica- ção da lei penal, assinale a opção correta. a) quando ao momento em que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a teoria da ubiquidade, desprezando a teoria da atividade. b) Com relação ao lugar em que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a teoria da atividade, desprezando a teoria da ubiquidade. c) Aplica-se a lei penal brasileira a crimes praticadoscontra a vida ou a liberdade do presidente da República, mesmo que o crime tenha ocorrido em outro país. d) Os agentes diplomáticos são imunes á lei civil do Brasil, mas não à lei penal. e) Os parlamentares não podem ser processados civilmente pelas opiniões que emitem no exercício de sues mandatos, mas estão sujeitos à sanção penal no caso de incorrerem em crime contra a honra. O artigo 7º do Código Penal dispõe sobre o tema: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; Desse modo, a alternativa correta é a “C”. RESPOSTA: “C” Direito Penal 43 55. (DETRAN-DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) O Estado é a única fonte de produção do direito penal, já que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria penal. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Excepcionalmente, de acordo com parágrafo único do art. 22, “lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo”. RESPOSTA: “CORRETA”. 56. (DETRAN/DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) A lei penal admite interpretação analógica, recurso que permite a ampliação do conteúdo da lei penal, através da indicação de fórmula genérica pelo legislador. A lei penal admite interpretação analógica, que se trata de hipótese de interpretação extensiva do conteúdo da norma aos casos análogos correspondentes à vontade da lei. RESPOSTA: “CORRETA”. 57. (PGE/PE - Procurador - CESPE/2009) Com relação ao lugar em que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a teoria da atividade, desprezando a teoria da ubiquidade. Conforme o art. 6º do Código Penal, foi adotada a teoria da ubiquidade, haja vista que considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. RESPOSTA: “ERRADA”. 58. (DETRAN/DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) O Estado é a única fonte de produção do direito penal, já que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria penal. Direito Penal 44 Conforme disposto no art. 22, I da Constituição Federal, compete privativamente à União legislar sobre o Direito Penal. Existe exceção no que tange lei estadual e distrital, que poderá tratar sobre questões específicas de Direito Penal, desde que por meio de lei complementar, permitido pela União. RESPOSTA: “CORRETA”. 59. (DETRAN/DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) O princípio da le- galidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de crimes e penas pelos costumes. O princípio da legalidade está consagrado no art. 1º do Código Penal, e também no art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal. Segundo este princípio: Art. 1º. Não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal. Desse modo, somente a lei pode definir condutas criminosas e sanções, portanto, não é possível que costumes, atos normativos secundários e analogia penal in malam partem sirvam para incriminar condutas. RESPOSTA: “CORRETA”. 60. (AGU - Advogado - CESPE/2009) O princípio da legalidade, que é des- dobrado nos princípios da reserva legal e da anterioridade, não se aplica às medidas de segurança, que não possuem natureza de pena, pois a parte geral do Código Penal apenas se refere aos crimes e contravenções penais. O princípio da legalidade é subdividido em princípio da anterioridade e princípio da reserva legal, conforme disposto no art.1º do Código Penal. Entretanto, a medida de segurança está sujeita ao princípio da legalidade, só pode ser imposta quando houver previsão legal, para a prática de fato definido como crime, por inimputável ou, excepcionalmente, por semi-imputável. RESPOSTA: “ERRADA”. 61. (OAB/SP - CESPE/2009) A lei excepcional ou temporária, embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a deter- minaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência. Direito Penal 45 Lei excepcional é aquela produzida para vigorar em períodos especiais, como guerra, calamidade, etc. Ela vigorará enquanto perdurar o período excepcional. Já a lei temporária é a feita para vigorar em um período de tempo pré- determinado fixado pelo legislador. A lei traz em seu texto a data de cessação de sua vigência. 3º. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Portanto, basta que o fato tenha sido praticado na vigência da lei para que a norma seja aplicada, não importa revogação ou atenuação posterior. RESPOSTA: “CORRETA”. 62. (PGE/PE - Procurador - CESPE/2009) Quanto ao momento em que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a teoria da ubiquidade, desprezando a teoria da atividade. O código Penal, quanto ao momento do crime, adotou a teoria da atividade, que de acordo com o art. 4º, in verbis: Art. 4º. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. RESPOSTA: “ERRADA”. 63. (PGE/PE - Procurador - CESPE/2009) Aplica-se a lei penal brasileira a crimes praticados contra a vida ou a liberdade do presidente da República, mesmo que o crime tenha ocorrido em outro país. De acordo com o Art. 7º, I, “a”: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. RESPOSTA: “CORRETA”. Direito Penal 46 64. (TJ/SP - Juiz de Direito - VUNESP/2009) O Código Penal Brasileiro, em seu art. 6º, como lugar do crime, adota a teoria: a) da atividade ou da ação. b) do resultado ou do evento. c) da ação ou do efeito. d) da ubiquidade. Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. O Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, segundo a qual o lugar do crime é tanto o da conduta quanto o do resultado. RESPOSTA: “D”. 65. (AGU - Advogado da União - CESPE/2009) Ocorrendo a hipótese de novatio legis in mellius em relação a determinado crime praticado por uma pessoa definitivamente condenada pelo fato, caberá ao juízo da execução, e não ao juízo da condenação, a aplicação da lei mais benigna. A súmula 611 do STF dispõe da seguinte forma: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna. Desse modo a resposta está correta. RESPOSTA: “CORRETA”. 66. (MPE/RR - Oficial de Promotoria - CESPE/2008) A lei temporária, após decorrido o período de sua duração, não se aplica mais nem aos fatos pratica- dos durante sua vigência nem aos posteriores. De acordo disposto no art. 3º do Código Penal, in verbis: Art. 3º. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Direito Penal 47 A questão contraria o disposto em lei, porque a lei temporária será aplicada ao fato praticado em sua vigência mesmo que tenha decorrido o período de sua duração. RESPOSTA: “ERRADA”. 67. (PC/TO - Delegado – CESPE/2008) Considere que um indivíduo seja preso pela prática de determinado crime e, já na fase da execução penal, uma nova lei torne mais branda a pena para aquele delito. Nessa situação, o indiví- duo cumprirá a pena imposta na legislação anterior, em face do princípio da irretroatividade da lei penal. De acordo com disposto no art. 2º do Código Penal, in verbis: Parágrafo único: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididospor sentença condenatória transitada em julgado. Desse modo, observamos que a irretroatividade da lei penal é regra, salvo quando a norma for mais benéfica ao réu. RESPOSTA: “ERRADA”. 68. (Polícia Civil/TO - Delegado – Polícia Civil – CESPE/2008) Na hipótese de o agente iniciar a prática de um crime permanente sob a vigência de uma lei, vindo o delito a se prolongar no tempo até a entrada em vigor de nova legisla- ção, aplica-se a última lei, mesmo que seja a mais severa. O caso acima citado trata-se de crime permanente, que é aquele que se prolonga no tempo. De acordo com a súmula 711 do STF “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”, aplica-se ao crime permanente a lei vigente no momento em que cessa o crime. RESPOSTA: “CORRETA”. 69. (PM/AC - Fiscal de Tributos - CESPE/2007) O princípio da estrita lega- lidade ou da reserva legal e o da irretroatividade da lei penal controlam o exer- cício do direito estatal de punir, ao afirmarem que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Direito Penal 48 O Art. 1º do Código Penal dispõe que: Art. 1º. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Consagra-se, desse modo, o princípio da reserva legal e da irretroatividade penal, visando o controle do direito estatal de punir, protegendo o indivíduo de possíveis ações arbitrárias por parte do Estado. RESPOSTA: “CORRETA”. 70. (PM/AC - Fiscal de Tributos- CESPE/2007) O princípio da anteriorida- de, no direito penal, proíbe que uma lei penal seja aplicada a um delito cometi- do menos de um ano após a publicação da norma incriminadora que passou a prever o fato como criminoso. O princípio da anterioridade penal está previsto na Constituição Federal no art.5º, XXXIX, e no art.1º do Código Penal. O princípio da anterioridade conjuntamente com o princípio da reserva legal, preceitua que “não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal”. Desse modo, o princípio contemplado impede a aplicação de lei penal nova a fatos pretéritos, mas não impede que a lei penal seja aplicada a fatos ocorridos no início de sua vigência. RESPOSTA: “ERRADA”. 71. (PM/AC - Fiscal de Tributos- CESPE/2007) A Constituição Federal veda de forma expressa a adoção da pena de morte, salvo nos casos de guerra declarada, as penas de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis. Nossa constituição pátria, reza em seu art. 5º, XLVII, que: XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; Assim, a resposta está de acordo com a Constituição Federal, portanto, está correta. RESPOSTA: “CORRETA”. Direito Penal 49 72. (TCM/GO - Procurador - CESPE/2007) Quando lei nova que muda a natureza da pena, cominando pena pecuniária para o mesmo fato que, na vi- gência da lei anterior, era punido por meio de pena de detenção, não se aplica o princípio da retroatividade da lei mais benigna. A pena privativa de liberdade é mais rígida que a pena pecuniária, nesse caso, aplica-se o princípio da retroatividade da lei mais benigna, ou seja, aplica-se a pena pecuniária, de acordo com disposto no art. 2º, parágrafo único do Código Penal: Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. RESPOSTA: “ERRADA”. 73. (TJ/SP – Juiz de Direito – TJ/SP/2007) A Lei n. 11.343/06, que afastou a incidência de pena privativa de liberdade e de multa quanto ao crime de porte de substância entorpecente para uso próprio (cominadas na Lei n. 6.368/76) e estabeleceu, em seu lugar, a aplicação de outras medidas (advertência, presta- ção de serviços à comunidade, etc.), configura hipótese de: a) abolitio criminis. b) novatio legis in pejus. c) novatio legis incriminadora. d) novatio legis in mellius. A novatio legis in mellius ocorre quando a lei nova, sem excluir a incriminação, for mais favorável ao sujeito, assim ela retroagirá; sendo aplicado o princípio da retroatividade da lei mais benigna. RESPOSTA: “D”. 74. (TCM/GO - Procurador - CESPE/2007) As leis temporárias e excepcio- nais não derrogam o princípio da reserva legal e não são ultra-ativas. A primeira parte da questão está correta, pois as leis temporárias e excepcionais não derrogam o princípio da reserva legal, já que não se aplicam a fatos ocorridos antes de sua vigência. Ocorre, porém, que as leis temporárias são ultra-ativas, são aplicadas aos fatos praticados durante sua vigência, mesmo depois de sua auto-revogação. RESPOSTA: “ERRADA”. Direito Penal 50 75. (TJ/SP – Juiz de Direito – TJ/SP/2006) JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante sequestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o mo- mento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendi- do, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei. b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade. c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência. d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamen- to penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda. A resposta a esta questão está contida na Súmula n. 711 do STF, in verbis: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. RESPOSTA: “C”. 76. (PGM/SP - Procurador Municipal — FCC/2004) Em relação à aplicação da lei penal no espaço, é incorreto afirmar que: a) um dos princípios que regem a matéria é o da territorialidade. Este prin- cípio é absoluto e não admite exceções; b) é possível a aplicação da lei penal pátria a crime cometido fora do terri- tório nacional; c) é possível a aplicação da lei penal pátria a crime cometido por estrangei- ro contra brasileiro; d) um dos princípios que regem a matéria é o da justiça universal. Regula as situações em que a punição é de interesse da humanidade; e) o brasileiro que comete um crime no exterior e se refugia no Brasil não poderá ser extraditado. Direito Penal 51 O art. 5º do Código Penal adotou o princípio da territorialidade temperada, em que a lei penal brasileira aplica-se a todo crime ocorrido no Brasil, salvo o disposto em tratado, convenção ou regras internacionais. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de con- venções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como ex- tensão do território nacional as embarcações e aerona- ves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do gover- no brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes prati- cados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspon- dente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. RESPOSTA: “A”. 77. (TJ/DF - Analista Judiciário - CESPE/2004) Considere a seguinte situa- ção hipotética. Um indivíduo respondia a processo judicial por ter sido preso
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