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500 Questões de Dir Penal

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CADERNO DE TESTES
Testes de Direito Penal
com Respostas Comentadas
Michele Ribeiro de Melo
CONTATO
EDITORA NOVA APOSTILA 
FONE: (11) 3536-5302 / 28486366
EMAIL: NOVA@NOVAAPOSTILA.COM.BR
WWW.NOVACONCURSOS.COM.BR
NOSSA EQUIPE
AUTORA
MICHELE RIBEIRO DE MELO
DIAGRAMAÇÃO
EMANUELA AMARAL
ELAINE CRISTINA GOMES
DESIGN GRÁFICO
BRUNO FERNANDES
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
ANDRÉIA AGOSTIN EMÍDIO
MÁRCIO ANDRÉ EMÍDIO
COORDENAÇÃO GERAL
JULIANA PIVOTTO
PEDRO MOURA
ISBN: 978-85-64384-40-8
Michele Ribeiro de Melo 
Professora de Direito Civil na Faculdade de Direito da Alta Paulista em 
Tupã/SP. Consultora jurídica. Palestrante. Autora das obras: Psicografia e 
Prova Judicial pela Editora Lex Magister; Teoria Geral do Direito: ensaios 
sobre dignidade humana e fraternidade, Editora Boreal; Resumo de Direito 
Penal Comentado, pela Editora Nova. Autora de diversos artigos jurídicos. 
Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Universitário Eurípi-
des de Marília – UNIVEM. Graduada em Direito pelo Centro Universitário 
Eurípides de Marília – UNIVEM. 
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO...........................................................................................07
AÇÃO PENAL..................................................................................................11
APLICABILIDADE DA LEI PENAL...........................................................22
CONCURSO DE PESSOAS...........................................................................57
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.................................................................64
IMPUTABILIDADE PENAL.........................................................................73
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL............................................................79
TEORIA GERAL DO CRIME.......................................................................89
TEORIA GERAL DE PENA........................................................................136
DOS CRIMES EM ESPÉCIE: DOS CRIMES CONTRA A ORDEM 
TRIBUTÁRIA......................................................................................................156
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO..................................................158
DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA..........................183
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA.....................................................185
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.......................203
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA...................242
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA.............................................................275
DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.................290
LEGISLAÇÕES............................................................................................291
APRESENTAÇÃO
Nos dias atuais, o concurso público é a grande porta para careiras profissionais 
estáveis e bem remuneradas, onde se conjuga segurança, estabilidade e sucesso, por 
este motivo, cresce o número de candidatos em busca deste padrão profissional. 
Com a crescente procura por carreiras sólidas e estáveis, cresce também o 
grau de dificuldade das provas, visando a melhor seleção dos futuros funcionários 
públicos do Estado.
Nesse contexto, é notória a necessidade da preparação do candidato por meio 
de cursos, vídeo-aulas, apostilas, livros, disciplina de estudo e preparação mental, 
pois para o sucesso do candidato é preciso aliar todas as ferramentas e recursos 
disponíveis, sempre lembrando que tão importante quando o estudo é a educação 
mental para atingir os objetivos. 
A preparação para as provas deve ser realizada por meio de estudo sério, aplicado 
e com muita disciplina, mas é preciso cuidar das emoções, criando uma conduta 
mental positiva, na confiança em si e compromissado com o bem geral, antecipando 
a responsabilidade com a carreira que pretende abraçar.
O candidato a um cargo público precisa ter o perfil do agente transformador da 
sociedade, daquele que luta por um país mais justo a começar por suas pequenas 
atitudes diárias. 
Com certeza, com este perfil o candidato alcançará o tão almejado cargo e muito 
mais, alcançará o sucesso pessoal que todos buscam, a qualidade de vida que todos 
merecem, mas que somente se alcança quando se sente responsável por seus próprios 
atos e pelo meio em que vive. 
Acreditando no seu potencial reunimos nesta obra 500 questões de Direito 
Penal, visando oferecer mais uma importante ferramenta em sua preparação. 
O Direito Penal é o ramo do direito público que define as infrações penais e 
estabelece as sanções a serem aplicadas. É área muito importante no direito brasileiro 
e por este motivo de suma importância para o candidato à vaga em cargos públicos. 
A obra conta com questões da parte geral do Direito Penal, que é um ponto de 
suma importância para seus estudos, além das questões dos crimes contra a ordem 
tributária, contra o patrimônio, contra a incolumidade pública, contra a fé pública, 
contra a administração pública, contra a administração da justiça e dos crimes contra 
a vida. 
É interessante constatar que não raras vezes as questões das provas dos 
concursos se repetem ou até mesmo pouco se modificam, assim, o candidato que se 
propõe a resolver questões de concursos anteriores se prepara com mais plenitude, 
possuindo maiores conhecimentos que com certeza o auxiliarão a atingir o objetivo 
a ser atingido. 
O simulado de provas é um meio muito importante para a preparação do 
aluno, pois assim, oberva o grau de dificuldade das provas, o perfil das questões e a 
administração do tempo para a resolução das questões. 
Desse modo, reunimos questões de diversos concursos e diversos graus de 
dificuldade para facilitar o estudo e a preparação do candidato.
É notório que concurso público exige perseverança, dedicação, renúncia e 
esforço, desse modo, é preciso ter foco naquilo que se almeja e força de vontade.
Desejamos a você muito sucesso, confiantes de que será um profissional 
exemplar e dando sua quota de colaboração para a construção de um Brasil melhor.
A autora.
 
MICHELE RIBEIRO DE MELO
Direito Penal
Caderno de Testes
2ª edição
São Paulo
Nova Apostila
2014
Direito Penal
11
AÇÃO PENAL
1. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – CESPE/2012) Assinale a opção correta a 
respeito de ação penal. 
A) Nas hipóteses de ação penal privada, se o ofendido morrer ou for decla-
rado ausente por decisão judicial, a ação será extinta, uma vez que não haverá 
mais legitimidade processual que justifique o seu prosseguimento.
B) Em se tratando de delitos de ação penal pública condicionada à repre-
sentação do ofendido, o órgão do MP dispensará o inquérito se, com a repre-
sentação, forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal.
C) Tanto a ação pública incondicionada quanto a ação condicionada devem 
ser promovidas por denúncia do MP, independentemente de representação do 
ofendido.
D) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio 
da União ou de estado, a ação penal será pública condicionada à representação 
da autoridade competente. 
E) Se o MP, em vez de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do 
inquérito policial, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invoca-
das, deverá determinar o prosseguimento da ação penal. 
Atualmente, a doutrina tradicional entende que o inquérito policial, apesar de ser 
uma peça importante, não é imprescindível.
Os defensores dessa corrente sustentam que o inquérito policial não é uma etapa 
obrigatória da persecução penal, podendo ser dispensado sempre que o integrante do 
Ministério Público ou o ofendido tiver elementos suficientes para promover a ação 
penal.
Os doutrinadores baseiam tal entendimento no fato de o art. 12, do Código de 
Processo Penal, utilizar a expressão “sempre que”, que significa uma condição.
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia 
ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra”. 
Da mesma forma, porque o art. 27, do CPP, que trata da delatio crimi-
nis postulatória,estabelece que qualquer um do povo poderá fornecer, por escrito, 
informações sobre o fato e a autoria, indicando o tempo, o lugar e os elementos de 
convicção.
Direito Penal
12
Essa circunstância significa, que quando tais informações forem suficientes não 
é necessário o inquérito policial:
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar 
a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que 
caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, 
informações sobre o fato e a autoria e indicando o 
tempo, o lugar e os elementos de convicção.
No mesmo sentido, o § 5º, do art. 39, do CPP, estabelece que o integrante 
do Parquet dispensará o inquérito se forem apresentados elementos suficientes para 
a propositura da ação:
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, 
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, 
mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao 
órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
§ 5º. O órgão do Ministério Público dispensará o 
inquérito, se com a representação forem oferecidos 
elementos que o habilitem a promover a ação penal, 
e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 
(quinze) dias.
Finalmente, para os adeptos da referida tese, o § 1º do art. 46, descreve mais uma 
hipótese de dispensabilidade do inquérito policial:
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, 
estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data 
em que o órgão do Ministério Público receber os autos 
do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto 
ou afiançado. No último caso, se houver devolução do 
inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o 
prazo da data em que o órgão do Ministério Público 
receber novamente os autos.
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito 
policial, o prazo para o oferecimento da denúncia 
contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de 
informações ou a representação.
Direito Penal
13
No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), 
contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente 
os autos.
RESPOSTA: “B”. 
2. (FEPESE/SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/2010) De 
acordo com o Código Penal, pode-se afirmar:
a) A representação será irretratável depois de recebida a denúncia.
b) O direito de queixa pode ser exercido mesmo depois de renunciado taci-
tamente.
c) O ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce 
dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do data em que se praticou a conduta 
delituosa, ainda que outro seja o momento do resultado.
d) Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fa-
tos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, 
desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do 
Ministério Público.
e) Para produzir efeitos, o perdão independe de aceitação pelo querelado.
O Código Penal, em seu art. 101 dispõe sobre a ação penal no crime complexo:
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou 
circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, 
constituem crimes, cabe ação pública em relação 
àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se 
deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
Assim, a questão está correta de acordo com disposto no Código Penal. 
RESPOSTA: “D”.
3. (DPU - Agente administrativo - CESPE/2010) No sistema criminal brasi-
leiro, não se admite a renúncia tácita ao direito de queixa.
A questão está errada pois contrária dispositivo de lei, haja vista que, de acordo 
com o art. 104, do Código Penal.
Art. 104. O direito de queixa não pode ser exercido 
quando renunciado expressa ou tacitamente. 
Direito Penal
14
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito 
de queixa a prática de ato incompatível com a vontade 
de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber 
o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
4. (DPU - Agente administrativo – CESPE /2010) Para oferecer queixa, o 
procurador deve ser necessariamente advogado e possuir poderes gerais de re-
presentação do ofendido.
Vejamos o que dispõe o Código Penal a respeito da Ação pública e de iniciativa 
privada: 
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei 
expressamente a declara privativa do ofendido. 
2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante 
queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para 
representá-lo. 
Desse modo, a questão está errada, pois a representação não necessita ser 
efetuada por advogado com poderes gerais de representação do ofendido. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
5. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal privada, a 
vítima poderá perdoar o agressor, ainda que o processo esteja em grau de re-
curso e tramitando perante tribunal, contanto que o faça antes do trânsito em 
julgado da sentença penal condenatória.
A questão está de acordo com o disposto no Código Penal, art. 106, § 2º que 
reza que “Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença 
condenatória”, desse modo, a questão está correta. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
6. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Nos crimes de ação penal 
pública ou nos que se procede mediante queixa, o perdão do ofendido obsta o 
prosseguimento da ação.
Direito Penal
15
A afirmativa está errada porque contraria o disposto no Código Penal, art. 105, 
in verbis:
Art. 105. O perdão do ofendido, nos crimes em 
que somente se procede mediante queixa, obsta ao 
prosseguimento da ação. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
7. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) O prazo decadencial de 
representação para os sucessores corre a partir do momento em que eles forem 
notificados judicialmente para manifestar interesse em representar.
O Código Penal, art. 103, reza que o prazo decadencial é de 6 meses contado do 
dia em que o ofendido ou sucessor veio a saber quem é o autor do crime.
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o 
ofendido decai do direito de queixa ou de representação 
se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, 
contado do dia em que veio a saber quem é o autor do 
crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, 
do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da 
denúncia. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
8. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A ação penal no crime 
complexo será intentada, em qualquer hipótese, por intermédio de queixa-cri-
me.
O Código Penal, no art. 101, dispõe sobre a ação penal no crime complexo, 
vejamos:
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou 
circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, 
constituem crimes, cabe ação pública em relação 
àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se 
deva proceder por iniciativa do Ministério Público. 
Direito Penal
16
Dessa forma, a questão errada ao contrariar dispositivo de lei quando afirma 
que a ação penal no crime complexo será intentada por intermédio de queixa-crime.
RESPOSTA: “ERRADA”.
9. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) No caso de morte do ofen-
dido ou quando declarado ausente por decisão judicial, se comparecer mais de 
uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, na ausência 
deste, o parente mais próximo na ordem de ascendente, descendente ou irmão. 
Havendo divergência entre os sucessores, o juiz extinguirá a ação penal.
O art. 100, § 4º do Código Penal, reza que: 
§ 4º. No caso de morte do ofendido ou de ter sido 
declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
A doutrina entende havendo divergência entre sucessores, a ordem de preferência 
deverá ser respeitada. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
10. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A recusa do perdão por 
um dos querelados não produz efeitos jurídicos aos demais querelados que acei-
tarem ser perdoados e impede, de igual modo, a extinção da punibilidade.
O Código Penal em seu art. 106 dispõe que:
Art.106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso 
ou tácito: 
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos 
aproveita; 
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica 
o direito dos outros; 
III - se o querelado o recusa, não produz efeito. 
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato 
incompatível com a vontade de prosseguir na ação. 
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em 
julgado a sentença condenatória.
Direito Penal
17
Desse modo, observamos que a questão está errada, haja vista que, se um 
dos querelados não aceitar o perdão, os outros que o aceitaram terão extinta a 
punibilidade. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
11. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na sucessão do direito de 
queixa ou de representação, caso o cônjuge, que possui preferência, manifeste 
desinteresse em propor a ação ou em ofertar a representação, isso obstará o 
direito dos outros sucessores.
O art. 100, § 4º do Código Penal, reza que: 
§ 4º. No caso de morte do ofendido ou de ter sido 
declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Dessa forma, caso o cônjuge manifeste desinteresse em propor a ação ou em 
ofertar a representação, não obstará o direito dos demais sucessores. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
12. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal pública 
condicionada à representação, caso a vítima, maior de idade e capaz, tenha 
deixado transcorrer o prazo para representar, mesmo tendo ciência da autoria 
da infração penal, vindo esta a falecer, o direito de representação passará aos 
sucessores.
O Código Penal em seu art. 103, reza que: 
Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o 
ofendido decai do direito de queixa ou de representação 
se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado 
do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, 
no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se 
esgota o prazo para oferecimento da denúncia. 
Observamos que o prazo para a representação é decadencial, de seis meses. 
Caso transcorra o prazo, o exercício do direito não passará aos sucessores. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
Direito Penal
18
13. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Em qualquer infração 
penal, o recebimento de valores pelo ofendido ou seus sucessores, como inde-
nização do dano causado pelo crime, consiste em renúncia tácita ao direito de 
queixa ou de representação.
Resposta: errada. 
De acordo com o parágrafo único, do art. 104, do Código Penal, in verbis:
Parágrafo Único. Importa renúncia tácita ao direito de 
queixa a prática de ato incompatível com a vontade de 
exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o 
ofendido a indenização do dano causado pelo crime. 
Assim, a questão está errada. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
14. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A extinção da pessoa ju-
rídica, titular da ação penal privada em curso, sem deixar sucessor, autoriza o 
MP a dar seguimento à ação.
O art. 100 do Código Penal, dispõe sobre a ação pública e de iniciativa privada 
e em seu § 2º, reza que:
§ 2º. A ação de iniciativa privada é promovida mediante 
queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para 
representá-lo.
Em caso de extinção da pessoa jurídica, o Ministério Público não poderá dar 
prosseguimento à ação, portanto, a questão está errada. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
15. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A denúncia é o instru-
mento de provocação da jurisdição na ação penal pública, seja esta condiciona-
da ou incondicionada.
A questão está correta, haja vista que, a ação penal pública, seja ela condicionada 
ou incondicionada, necessita de provocação do Ministério Público e é inicia por 
meio da denúncia. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
Direito Penal
19
16. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal pública 
condicionada, caso o MP não ofereça denúncia no prazo, ocorrerá para este a 
decadência.
Vejamos o que dispõe o art. 103, do Código Penal: 
Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o 
ofendido decai do direito de queixa ou de representação 
se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado 
do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, 
no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se 
esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
De acordo com mencionado artigo, observamos que na ação penal pública 
condicionada, existe prazo decadencial para o oferecimento da representação, 
entretanto, não há prazo decadencial para a denúncia, devendo ser observado o 
prazo prescricional do delito.
RESPOSTA: “ERRADA”.
17. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Se, na ação penal priva-
da personalíssima, a vítima se tornar incapaz, o direito de queixa transfere-se 
ao curador legal e uma vez restabelecida a capacidade, pode a vítima prosse-
guir com a ação penal intentada ou desistir dela.
A legitimidade ativa, na ação penal privada personalíssima, é exclusiva do 
ofendido, desse modo, é vedado seu exercício ao curador legal. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
18. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) Na ação penal privada 
personalíssima, sendo a vítima menor de idade, deverá aguardara maioridade 
para ingressar com a ação penal, ou nomear curador especial para tal fim.
Na ação penal personalíssima, a legitimidade ativa é exclusiva do ofendido, não 
cabendo portanto, a nomeação de curador especial. Caso o ofendido seja menos, 
este deve aguardar a maioridade para ingressar com ação penal e a partir de então 
terá início a contagem do prazo decadencial. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
Direito Penal
20
19. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) No caso de falecimento 
do titular da ação penal privada personalíssima com a ação penal em curso, os 
sucessores poderão prosseguir no feito.
Como já antes mencionado, a legitimidade, na ação penal personalíssima, é exclusiva 
do ofendido, em caso de falecimento do titular da ação penal privada personalíssima, 
não haverá possibilidade de prosseguimento no feito por seus sucessores. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
20. (DPU - Agente administrativo – CESPE/2010) A única possibilidade da 
ação penal privada personalíssima do ofendido existente no ordenamento ju-
rídico brasileiro é a do crime de induzimento a erro essencial e ocultação de 
impedimento para o casamento.
A única possibilidade existente em nosso Direito Penal da ação penal privada 
personalíssima do ofendido é a do crime de induzimento a erro essencial e ocultação 
de impedimento para o casamento.
De acordo com o Código Penal:
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro 
essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe 
impedimento que não seja casamento anterior: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do 
contraente enganado e não pode ser intentada senão 
depois de transitar em julgado a sentença que, por 
motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
RESPOSTA: “CORRETA”.
21. (TJ/MS - Magistratura – FGV/2008) O prazo para o ajuizamento da 
queixa-crime é:
a) de seis meses, iniciando a fluência desse prazo no dia seguinte ao dia em 
que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime.
b) de dois meses, iniciando a fluência desse prazo no dia seguinte ao dia em 
que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime.
c) de seis meses, iniciando a fluência desse prazo no dia em que o ofendido 
vem a saber quem é o autor do crime.
d) de dois meses, iniciando a fluência desse prazo no dia em que o ofendido 
vem a saber quem é o autor do crime.
e) enquanto não estiver prescrito o crime praticado.
Direito Penal
21
O Código Penal trata da decadência do direito de queixa ou de representação em 
seu artigo 103:
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o 
ofendido decai do direito de queixa ou de representação 
se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, 
contado do dia em que veio a saber quem é o autor do 
crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código,do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da 
denúncia. 
Desse modo, a resposta correta é a alternativa “C”. 
RESPOSTA: “C”.
22. (OAB – FGV/2006) sobre a ação penal, assinale a alternativa INCOR-
RETA:
a) A ação de iniciativa privada é provida mediante representação do ofendi-
do ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
b) A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara pri-
vativa do ofendido.
c) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa passa ao côn-
juge, ascendente, descendente ou irmão.
d) A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, 
se o Ministério Público não oferece no prazo denúncia no prazo legal.
Vejamos o que alude o Código Penal sobre a ação publica e ação privada em seu 
art. 100 e § 2º: 
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei 
expressamente a declara privativa do ofendido. 
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante 
queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para 
representá-lo.
Desse modo, a alternativa “A” está errada, pois a ação de iniciativa privada 
é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para 
representá-lo. 
RESPOSTA: “A”.
Direito Penal
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APLICABILIDADE DA LEI PENAL
23. (TRE/MS – Analista Judiciário - Área Judiciária - CESPE/2013) No que 
diz respeito à aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às 
pessoas, assinale a opção correta.
A) Por força do princípio tempus regit actum, o fato de lei nova suprimir 
determinado recurso, existente em legislação anterior, não afasta o direito à re-
corribilidade subsistente pela lei anterior, quando o julgamento tiver ocorrido 
antes da entrada em vigor da lei nova.
B) A nova lei processual penal aplicar-se-á imediatamente, invalidando os 
atos realizados sob a vigência da lei anterior que com ela for incompatível.
C) O princípio da imediatidade da lei processual penal abarca o transcurso 
do prazo processual iniciado sob a égide da legislação anterior, ainda que mais 
gravosa ao réu.
D) A lei processual penal posterior, que de qualquer modo favorecer o agen-
te, aplicar-se-á aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condena-
tória transitada em julgado.
E) De acordo com o princípio da territorialidade, aplica-se a lei processual 
penal brasileira a todo delito ocorrido em território nacional, sem exceção, em 
vista do princípio da igualdade estabelecido na Constituição Federal de 1988.
Quanto ao tempo do crime O Código Penal adotou a teoria da atividade, con-
forme dispõe o art. 4º.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento 
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento 
do resultado.
Segundo esta teoria, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omis-
são, independentemente do momento do resultado. Conjuntamente aos princípios da 
legalidade e anterioridade, surge o princípio do tempus regit actum, pelo qual a lei a 
ser aplicada ao crime será a lei vigente no momento da prática da conduta delituosa.
Desse modo, o fato de lei nova suprimir determinado recurso, existente em le-
gislação anterior, não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, 
quando o julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova.
RESPOSTA: “A”. 
Direito Penal
23
24. (TRF/5ª Região – Estágio em Direito – TRF/5ª Região/2013) Sobre a 
aplicação da lei penal, é CORRETO dizer que: 
a) a lei excepcional ou temporária não se aplica ao fato praticado durante 
sua vigência, se decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstân-
cias que a determinaram. 
b) considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outro seja o momento do resultado. 
c) a lei brasileira não se aplica aos crimes contra o patrimônio ou a fé pú-
blica da União, do Direito Federal, de Estado, de Território, de Município, de 
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituí-
da pelo Poder Público, se praticados no estrangeiro. 
d) considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omis-
são, no todo ou em parte, sendo irrelevante onde se produziu ou deveria produ-
zir-se o resultado. 
e) aplica-se a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, aos crimes 
contra a administração pública praticados por qualquer pessoa. 
 
O Código Penal, em seu art. 4º, adotou a teoria da atividade em que “considera-
se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
momento do resultado”.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento 
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento 
do resultado.
RESPOSTA: “B”. 
25. (TJ/ RJ – Juiz Substituto – VUNESP/2012) A regra tempus regit actum 
explica o fenômeno da
A) retroatividade da lei penal mais benéfica.
B) ultratividade da lei penal excepcional.
C) territorialidade temperada.
D) extraterritorialidade.
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência. 
Direito Penal
24
A lei excepcional é a feita para vigorar em períodos especiais, como guerra, 
calamidade, etc. Ela vigorará enquanto perdurar o período excepcional. 
Já a lei temporária é a feita para vigorar em um período de tempo pré-determinado 
fixado pelo legislador. A lei traz em seu texto a data de cessação de sua vigência. 
Segundo o princípio do tempus regit actum, a lei a ser aplicada ao delito é a lei 
vigente no momento da prática da conduta delituosa.
As leis penais temporárias e excepcionais possuem característica ultrativa, 
de acordo com art. 3º o Código Penal, embora cessadas as circunstâncias que 
determinaram a lei excepcional ou mesmo decorrido o período de vigência da lei 
temporária, aplicam-se elas aos fatos ocorridos durante a sua vigência e ainda que 
prejudique o agente. 
RESPOSTA: “B”. 
26. (DPF - Agente de Polícia Federal – CESPE/2012) Julgue os itens a seguir 
com base no direito penal
O fato de determinada conduta ser considerada crime somente se estiver 
como tal expressamente prevista em lei não impede, em decorrência do prin-
cípio da anterioridade, que sejam sancionadas condutas praticadas antes da 
vigência de norma excepcional ou temporária que as caracterize como crime.
O item está errado, aqui temos a cobrança literal da lei. Em consonância com o 
que reza o CP, art. 3º: 
Art. 3º. A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência. 
Portanto, a lei temporária não pode sancionar condutas anteriores a sua vigência.
RESPOSTA: “ERRADA”.
27. (DPF - Agente de Polícia Federal – CESPE/2012) Será submetido ao 
Código Penal brasileiro o agente, brasileiro ou não, que cometer, ainda que no 
estrangeiro, crime contra administração pública, estando a seu serviço, ou co-
meter crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, de empresa pública 
ou de sociedade de economia mista. A circunstância de a conduta ser lícita no 
país onde foi praticada ou de se encontrar extinta a punibilidade será irrelevan-
te para a responsabilização penal do agente no Brasil.
Direito Penal
25
A afirmativa está correta, pois não há possibilidade de recurso, tendo em vista o 
assunto da assertiva encontra amparo legal no Código Penal, aplicando-se o princí-
pio da extraterritorialidade incondicionada, ou seja, embora os delitos tenham sido 
cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira. 
Assim, no enunciado é abordado a questão do crime contra a administração pú-
blica, por agente que está a seu serviço, estrangeiro ou não, este será punido segundo 
a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro: 
I - os crimes: 
contra a vida ou a liberdade do Presidente da 
República; 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, 
do Distrito Federal,de Estado, de Território, de 
Município, de empresa pública, sociedade de economia 
mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder 
Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu 
serviço; 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou 
domiciliado no Brasil; 
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou 
a reprimir; 
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, quando em 
território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo 
a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no 
estrangeiro.
 
RESPOSTA: “CORRETA”.
28. (TJ/AC – Juiz Leigo – TJ - AC/2012) Em relação à aplicação da pena, 
assinale a alternativa incorreta: 
A) As circunstâncias e consequências do crime são levadas em conta na 
análise das circunstâncias judiciais (art. 59 do Código Penal). 
Direito Penal
26
B) O comportamento da vítima não é levado em conta na análise das cha-
madas circunstâncias judiciais (art. 59 do Código Penal). 
C) Incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da 
pena abaixo do mínimo legal. 
D) Os motivos do crime podem constituir uma agravante. 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos 
antecedentes, à conduta social, à personalidade do 
agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências 
do crime, bem como ao comportamento da vítima, 
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente 
para reprovação e prevenção do crime: 
Conforme disposto no art. 59, do Código Penal, o comportamento da vítima é 
levado em conta na análise das chamadas circunstâncias judiciais. 
RESPOSTA: “B”. 
29. (TCE/ES – Auditor de Controle Externo – CESPE/2012) A eficácia da 
sentença penal condenatória proferida no estrangeiro depende de homologação 
tanto para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros 
efeitos civis quanto para o reconhecimento da reincidência. 
A sentença penal condenatória proferida no estrangeiro, necessita de homolo-
gação para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e outros efeitos 
civis e para sujeitá-lo à medida de segurança. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
30. (DPF - Agente de Polícia Federal – CESPE/2012) Conflitos aparentes 
de normas penais podem ser solucionados com base no princípio da consunção, 
ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime constitui meio 
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro criem aplica-se 
a norma mais abrangente. Por exemplo, no caso de cometimento do crime de 
falsificação de documento para prática do crime de estelionato, sem mais po-
tencialidade lesiva, este absorve aquele.
O item está certo. Configura-se conflito aparente de normas penais, quando num 
primeiro momento, acredita-se que haja mais de um dispositivo legal tipificando a 
mesma conduta. 
Direito Penal
27
Para resolver o problema basta aplicar ao caso concreto uma série de interpre-
tações, dentre as quais, podemos destacar o princípio da consunção ou da absorção, 
o qual tem como característica básica o englobamento de uma conduta típica menos 
gravosa por outra de maior relevância. 
A primeira conduta de portar arma de fogo de maneira ilegal está descrita como 
crime no Estatuto do Desarmamento, art. 14 da Lei 10.826/03, porém, no exemplo, é 
absorvida pela conduta tipificada no art. 121 do Código Penal, por ter sito um meio 
necessário para a configuração do delito. 
Já à última parte da questão, consta do inteiro teor da Súmula n.º 17 do STJ, in 
verbis:
“Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, é por este absorvido”.
RESPOSTA: “CORRETA”.
31. (TJ/AL - Analista Judiciário Especializado – CESPE/2012) Assinale a 
opção correta no que diz respeito à lei penal no tempo, à lei penal no espaço e 
ao conflito aparente de normas.
A) Pelo princípio da bandeira, ficam sujeitos à lei penal brasileira os crimes 
praticados a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública 
ou privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
B) A irretroatividade da lei penal mais grave é decorrência direta do prin-
cípio constitucional da humanidade.
C) Entre o roubo e o furto é possível estabelecer uma relação de especiali-
dade, em que a violência contra a pessoa ou a grave ameaça funcionam como 
elementos especiais ou especializantes.
D) Para o princípio da consunção não é importante a relação entre meio e 
fim, mas o grau de violação do mesmo bem jurídico.
E) A requisição do ministro da Justiça é condição indispensável para aplica-
ção da lei penal brasileira aos crimes cometidos contra brasileiro fora do Brasil. 
De acordo com disposto no artigo 5º do Código Penal, aplicam-se à lei penal 
brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras de 
natureza pública ou privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, 
ao crime cometido no território nacional.
Direito Penal
28
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, 
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes 
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações 
estrangeiras de propriedade privada, achando-se 
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no 
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil.
RESPOSTA: “A”. 
32. (TJ/PR – Assessor Jurídico – UFPR/2012) Relativamente à lei penal no 
tempo, considere as seguintes afirmativas: 
1. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
2. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
3. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
fatos anteriores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada 
em julgado. 
4. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, não cessando em virtude dela, entretanto, a execução e os efeitos penais 
da sentença condenatória. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
C) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
D) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
Direito Penal
29
A afirmativa 1 está correta, conforme disposto no Código Penal, art. 2º, caput:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando em 
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória.
A afirmativa 2 está correta, conforme disposto no Parágrafo único do art. 2º do 
Código penal: 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda 
que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado.
Desse modo, observamos que a norma penal, não retroagirá, não atingirá fatos 
passados, exceto quando for mais benéfica ao réu, nesse caso ela retroagirá. 
RESPOSTA: “A”. 
33. (TJ/PR – Assessor Jurídico – UFPR/2012) No que concerne à lei penal 
no tempo e no espaço, assinale a alternativa correta. 
A) O Código Penal, no que concerne ao local do crime, adotou aquela que 
se chama de teoria da atividade ou de teoria da ação. 
B) O Código Penal, no que concerne ao tempo do crime, adotou aquela que 
se chama de teoria da ubiquidade ou de teoria mista. 
C) O Código Penal, noque concerne ao local do crime, adotou aquela que 
se chama de teoria da ubiquidade ou de teoria mista. 
D) O Código Penal, no que concerne ao tempo do crime, adotou aquela que 
se chama de teoria do resultado. 
Nos termos do Código Penal:
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em 
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
Direito Penal
30
Deste modo, verificamos que a teoria adotada pelo Código Penal para definir o 
lugar do crime é a teoria da ubiquidade, ou mista, pois considera o lugar do crime o 
local onde ocorreu a ação/omissão, bem como o local onde se deu o resultado. 
RESPOSTA: “C”. 
34. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – CESPE/2012) A tripulação de determi-
nado navio africano de propriedade privada, quando a embarcação já se encon-
trava em águas territoriais brasileiras, percebeu a presença de um passageiro 
clandestino que, jogado ao mar antes de a embarcação atracar no porto de 
Maceió, morreu afogado.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da 
aplicação da lei penal. 
A) A lei penal brasileira só será aplicada ao caso se os responsáveis pelo 
delito não forem julgados em seus países de origem. 
B) Nesse caso, aplica-se a lei penal brasileira para a punição dos responsá-
veis pelo delito, ainda que todos sejam de nacionalidade estrangeira. 
C) Deve ser aplicada ao caso exclusivamente a lei penal do país de origem do 
navio, já que não se trata de embarcação que estava a serviço de país estrangeiro. 
D) Aplica-se a essa situação a lei penal do país onde se localizava o último 
porto em que a embarcação havia atracado antes de ingressar em águas mari-
nhas brasileiras. 
E) Segundo previsão expressa do Código Penal, a lei brasileira será aplica-
da ao caso narrado apenas se a vítima for de nacionalidade brasileira. 
No caso hipotético acima descrito, aplica-se a lei penal brasileira para a punição 
do crime, uma vez que foi praticado em território nacional.
Em nossa legislação penal considera-se território nacional todo o espaço em 
que o Estado exerce sua soberania, englobando mares interiores, baías, faixa do mar 
exterior ao longo da costa. 
No caso acima descrito o crime ocorreu em mar territorial brasileiro e desse 
modo, com fulcro no art. 5º, § 2º, aplica-se a lei penal brasileira. 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, 
ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, 
Direito Penal
31
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes 
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações 
estrangeiras de propriedade privada, achando-se 
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no 
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil.
RESPOSTA: “B”. 
35. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – Cespe/2012) Acerca dos princípios da 
legalidade e da anterioridade, da lei penal no tempo e no espaço e da contagem 
de prazo, assinale a opção correta.
A) Conforme previsão do Código Penal, o tempo do crime é o momento da 
ação ou omissão que coincida com o momento do resultado.
B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omis-
são, sendo irrelevante o lugar onde ocorreu o resultado.
C) Se determinada pessoa tiver sido vítima de homicídio no dia 1.º/8/2012, a 
contagem dos prazos penais, nesse caso, terá iniciado em 1.º/8/2012.
D) Segundo o princípio da legalidade, no ordenamento jurídico brasileiro 
determinada conduta só será considerada crime caso seja publicada lei poste-
rior definindo-a como tal. 
E) Exceto se já decididos por sentença transitada em julgado, a lei posterior 
que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores. 
A contagem de prazos penais inclui-se o dia do começo no cômputo do prazo, 
conforme disposto no art. 10, do Código Penal.
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do 
prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum.
RESPOSTA: “C”. 
36. (TJ/AL – Auxiliar Judiciário – Cespe/2012) Determinado cidadão brasi-
leiro praticou delito de genocídio na Argentina, tendo matado membros de um 
grupo étnico daquele país, onde foi condenado definitivamente à pena máxima 
Direito Penal
32
de oito anos de reclusão, segundo a legislação argentina. Após ter cumprido 
integralmente a pena, esse cidadão retornou a Maceió, cidade onde sempre es-
tabeleceu domicílio.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta em relação à 
extraterritorialidade da lei penal, à pena cumprida no estrangeiro e à eficácia 
da sentença estrangeira. 
A) A hipótese revela situação de extraterritorialidade da lei penal brasi-
leira, que seria aplicada apenas se o brasileiro não tivesse sido condenado na 
Argentina. 
B) Se tivesse sido absolvido pela justiça argentina, o brasileiro não deveria 
ser submetido à aplicação da lei penal brasileira, sob pena de violação do prin-
cípio da anterioridade. 
C) Nesse caso, o brasileiro poderá ser condenado novamente pela justiça do 
Brasil e, se a pena aplicada no Brasil for superior àquela cumprida na Argen-
tina, será atenuada. 
D) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na 
espécie as mesmas consequências, não pode ser homologada no Brasil para fins 
de reparação civil. 
E) Por se tratar de delito de genocídio, a utilização da lei penal argentina 
afasta a aplicação da lei penal brasileira, que só seria aplicada caso as vítimas 
fossem brasileiras. 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou 
domiciliado no Brasil.
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena 
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, 
ou nela é computada, quando idênticas. 
Deste modo, na situação hipotética acima descrita o brasileiro poderá ser con-
denado novamente pela justiça do Brasil e, se a pena aplicada no Brasil for superior 
àquela cumprida na Argentina, será atenuada.
RESPOSTA: “C”. 
Direito Penal
33
37. (TJ/MT – Oficial de Justiça – TJ/MT/ 2012) Em relação à aplicação da 
lei penal, analise as assertivas. 
I - Segundo o princípio da anterioridade, uma pessoa só pode ser punida se, 
à época do fato por ela praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o delito. 
II - Segundo o princípio da reserva legal, a lei em sentido formal pode descre-
ver condutas criminosas, bem como decretos e outras normas gerais e abstratas. 
III - As leis penais excepcionais ou temporárias têm como característica a 
ultratividade, pois regulam condutas praticadas durante sua vigência produ-
zindo efeitos mesmo após sua revogação. 
IV - Caso uma nova lei venha a revogar lei antiga que descrevia um crime, 
seus efeitos devem retroagir, salvo para beneficiar os agentes. 
 Estão corretas as afirmativas: 
A) I e III, apenas. 
B) I e IV, apenas. 
C) I, II e III, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. 
Não há pena sem prévia cominação legal.
Segundo o princípio da anterioridade é necessário que na data em que o fato é 
praticado a lei que descrevia o delito já estava em vigor. 
Desse modo, consagra-se a irretroatividade da norma penal, salvo a lei posterior, 
que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
Logo, a afirmativa está correta. 
No que tange as leis temporárias e excepcionais, o art. 3º, do Código Penal 
dispõe que:
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o períodode sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência. 
Assim, as leis temporárias e excepcionais são ultrativas, pois em consonância com 
o art. 3º o Código Penal, embora cessadas as circunstâncias que determinaram a lei 
excepcional ou mesmo decorrido o período de vigência da lei temporária, aplicam-se 
elas aos fatos ocorridos durante a sua vigência e ainda que prejudique o agente. 
Diante deste contexto, também está correta a afirmativa, III.
RESPOSTA: “A”. 
Direito Penal
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38. (PC/SP - Delegado de Polícia Civil – PC/SP/2011) Em relação ao tempo 
do crime, a teoria adotada é:
a) da equivalência dos antecedentes.
b) do resultado.
c) da ubiquidade.
d) da atividade.
e) da territorialidade temperada.
Em relação ao tempo do crime o Direito Penal adotou a teoria da atividade, 
previsto no art. 4º CP, in verbis:
 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento 
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento 
do resultado.
 
RESPOSTA: “D”.
39. (CEF - Advogado – CESPE/2010) No que diz respeito à lei penal no 
tempo e no espaço, é correto afirmar que a vigência de norma penal posterior 
atenderá ao princípio da imediatidade, não incidindo, em nenhum caso, sobre 
fatos praticados na forma da lei penal anterior. No tocante à lei penal no espaço, 
o Código Penal (CP) adota o princípio da territorialidade como regra geral.
De acordo com o parágrafo único do art. 2º do Código Penal, in verbis:
Art. 2º. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos 
por sentença condenatória transitada em julgado. 
Desse modo, a questão está errada ao afirmar que em nenhum caso lei posterior 
incide sobre fatos praticados na forma da lei penal anterior.
RESPOSTA: “ERRADA”.
40. (MPE/RS – Secretário de Diligências – FCC/2010) Em tema de aplica-
ção da lei penal, é INCORRETO afirmar:
a) Na contagem do prazo pelo Código Penal, não se inclui no seu cômputo, o 
dia do começo, nem se desprezam na pena de multa, as frações de Real.
b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omis-
são, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se e 
o resultado.
Direito Penal
35
c) O princípio da legalidade compreende os princípios da reserva legal e da 
anterioridade.
d) A regra da irretroatividade da lei penal somente se aplica alei penal mais 
gravosa.
e) As leis temporárias ou excepcionais são autorrevogáveis e ultrativas.
O Código Penal dispõe em seu artigo 10 sobre a contagem de prazo:
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do 
prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum. 
Assim, observamos que a alternativa “A” está incorreta, pois de acordo com 
disposto no Código Penal, o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. 
RESPOSTA: “A”.
41. (TRT - 8° - Analista Judiciário – FCC/2010) João cometeu um crime 
para o qual a lei vigente na época do fato previa pena de reclusão. Posterior-
mente, lei nova estabeleceu somente a sanção pecuniária para o delito cometido 
por João.
Nesse caso, 
a) a aplicação da lei nova depende da expressa concordância do Ministério 
Público.
b) aplica-se a lei nova somente se a sentença condenatória ainda não tiver 
transitado em julgado
c) não se aplica a lei, nova em razão do princípio da irretroatividade das 
leis penais.
d) aplica-se a lei nova, mesmo que a sentença condenatória já tiver transi-
tado em julgado.
e) a aplicação da lei nova, se tiver havido condenação, depende do reconhe-
cimento do bom comportamento carcerário do condenado.
O artigo 2º do Código Penal discorre sobre o tema da seguinte forma:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando em 
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
Direito Penal
36
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda 
que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
A resposta correta, portanto, é a alternativa “D”, que está de acordo com 
disposto no artigo acima citado, aplica-se a lei nova para favorecer o réu, mesmo 
que a sentença condenatória já tiver transitado em julgado. 
RESPOSTA: “D”.
42. (TRT 8° - Analista Judiciário – FCC/2010) José, brasileiro, cometeu cri-
me de peculato, apropriando-se de valores da embaixada brasileira no Japão, 
onde trabalhava como funcionário público.
Em tal situação, 
a) somente se aplica a lei brasileira se José não tiver sido absolvido no Ja-
pão, por sentença definitiva.
b) somente se aplica a lei brasileira se José não tiver sido processado pelo 
mesmo fato no Japão.
c) aplica-se a lei brasileira, independentemente da existência de processo no 
Japão e de entrada do agente no território nacional.
d) aplica-se a lei brasileira, independe da existência de processo no Japão, 
mas está condicionado à entrada do agente no território nacional.
e) aplica-se a lei brasileira, somente se for mais favorável ao agente do que 
a lei japonesa.
A resposta correta é alternativa “C”, pos trata acertadamente sobre a 
extraterritorialidade incondicionada, prevista no artigo 7º do Código Penal. A 
extraterritorialidade incondicionada ocorre quando a lei brasileira é aplicada a fatos 
ocorridos no exterior, independentemente de condições ou requisitos. 
RESPOSTA: “C”. 
43. (TJ/MG - Técnico Judiciário – FUNDEP/2010) Analisando a Constitui-
ção de 1988, é INCORRETO afirmar que:
A) a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
B) não haverá juízo ou tribunal ou exceção. 
C) não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia comi-
nação legal. 
D) tribunal do júri tem competência unicamente para o julgamento dos 
crimes dolosos consumados, contra a vida. 
Direito Penal
37
De acordo com a Constituição Federal (art. 5º, XXXVIII, alínea “d”), é reconhecida 
a instituição do júri com competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida, quais sejam: homicídio, infanticídio, participação em suicídio, aborto. 
No entanto, essa competência ditada pela Lei Maior, qual seja, para julgar os crimes 
dolosos contra a vida, é considerada mínima porque ela não pode ser suprimida, isto por-
que somente o Tribunal do Júri pode julgar crimes desta natureza. Mas essa competência 
é mínima também porque ela pode ser estendida.
Dispõe do artigo 78, inciso I, do Código de Processo Penal que.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão 
ou continência, serão observadas as seguintes regras: 
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro 
órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência 
do júri. 
Veja-se, portanto, que o Tribunal do Júri, minimamente, deve julgar o crime doloso 
contra a vida, mas lhe incumbe também o julgamento dos crimes que forem conexos aos 
dolosos contra a vida, muito embora essa regra comporte exceções.
O Tribunal do Júri, portanto, será competente, também para julgar crimes conexos, 
desde que não sejam crimes eleitorais, juízo de menores (Vara da Infância e Juventude) 
ou sujeitos à Justiça Militar.
RESPOSTA: “D”. 
44. (TCE/RO - Procurador - FCC/2010) No tocante à aplicação da lei penal, 
a) a lei brasileira adotou a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime.
b) lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime per-
manente, se a sua vigência é anterior à cessão da continuidade ou da permanên-
cia, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal.
c) a lei brasileira adotou a teoria do resultado quanto ao tempo do crime.
d) o dia do fim inclui-se no cômputo do prazo, contando-se os meses e anos 
pelo calendário comum, desprezados os dias.
e) compete ao juízo da causa a aplicação da lei mais benigna, ainda que 
transitada em julgado a sentença condenatória, segundo entendimento sumula-
do do superior Tribunal de Justiça.
De acordo com o art. 6º do Código Penal: 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime nolugar em 
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado.
Direito Penal
38
A teoria adotada pelo Código Penal é a teoria da ubiquidade, como disposto no 
artigo acima citado, pois considera-se o lugar do crime tanto o da conduta quanto o 
do resultado. 
RESPOSTA: “A”.
45. (MP/SP Analista de Promotoria –– VUNESP/2010) Considere que um 
indivíduo, de nacionalidade chilena, em território argentino, contamine a água 
potável que será utilizada para distribuição no Brasil e Paraguai. Considere, 
ainda, que neste último país, em razão da contaminação, ocorre a morte de um 
cidadão paraguaio, sendo que no Brasil é vitimado, apenas, um equatoriano.
De acordo com a regra do art. 6.°, do nosso Código Penal (“lugar do cri-
me”), considera-se o crime praticado
a) na Argentina, apenas.
b) no Brasil e na Argentina, apenas.
c) no Chile e na argentina, apenas.
d) na Argentina, no Brasil e no Paraguai, apenas.
e) no Chile, na Argentina, no Paraguai, no Brasil e no Equador.
Vejamos o que reza o Código Penal acerca do lugar do crime:
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em 
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado.
O Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, onde o local do crime é tanto o 
lugar em que ocorreu a ação ou omissão, quanto onde se produziu o resultado. 
Dessa forma, no caso acima citado, o crime foi praticado na Argentina e o resul-
tado no Brasil e no Paraguai, logo a resposta “D” é a alternativa correta. 
RESPOSTA: “D”.
46. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo 
com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae-
ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde 
quer que se encontrem.
Direito Penal
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Art. 5º, § 1º Para os efeitos penais, consideram-se 
como extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, 
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar. 
Desse modo, a questão está correta. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
47. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo 
com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae-
ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde 
quer que se encontrem.
A resposta está correta, pois segue o disposto no art. 5º, § 1º do Código penal:
§ 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, 
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar”.
RESPOSTA: “CORRETA”.
48. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo 
com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae-
ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde 
quer que se encontrem. 
De acordo com o art. 5º. 
§ 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, 
Direito Penal
40
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar”.
RESPOSTA: “CORRETA”.
49. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo 
com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e ae-
ronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde 
quer que se encontrem.
Conforme dispõe o art. 5º, § 1º do Código Penal:
§ 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão 
do território nacional as embarcações e aeronaves 
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou 
de propriedade privada, que se achem, respectivamente, 
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar”.
RESPOSTA: “CORRETA”.
50. (MPE/SE - Promotor de Justiça Substituto – CESPE/2010) De acordo 
com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e aero-
naves brasileiras de natureza pública, desde que se encontrem no espaço aéreo 
brasileiro ou em alto-mar.
De acordo com o Art. 5º, § 1º, in verbis:
§ 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão 
do território nacional as embarcações e aeronaves 
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou 
de propriedade privada, que se achem, respectivamente, 
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
Assim, a resposta está errada, pois o território nacional estende-se a embarcações 
e aeronaves brasileiras de natureza pública onde quer que se encontrem. 
RESPOSTA: “ERRADA”. 
Direito Penal
41
51. (OAB/SP – FGV/2009) Sobre norma e lei penal, assinale a alternativa 
CORRETA:
a) A lei penal pode retroagir em qualquer caso.
b) A lei penal brasileira aplica-se a todos os crimes ocorridos no Brasil.
c) A lei penal brasileira não se aplica a nenhum crime ocorrido fora do 
território nacional.
D) Admite-se a interpretação extensiva em bonam partem (em favor do 
acusado).
No Direito Penal brasileiro, admite-se a interpretação extensiva em bonam par-
tem, para beneficiar o réu. 
RESPOSTA: “D”.
52. (TJ /SP - Magistratura – VUNESP/2009) A norma inserida no art. 7.°, 
inciso II, alínea “b”, do Código Penal – ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro (...) os crimes (...) praticados por brasileiro – encerra 
o princípio
a) da universalidade ou da justiça mundial.
b) da territorialidade.
c) da nacionalidade ou da personalidade ativa.
d) real, de defesa ou da proteção de interesses.
Vejamos o disposto no Código Penal:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro:
II - os crimes: 
b) praticados por brasileiro. 
No disposto no artigo acima citado observamos que o Código Penal adotou o 
princípio da nacionalidade ou personalidade ativa em que aplica-se a lei nacional do 
autor do crime, independentemente do local da prática do crime. 
RESPOSTA: “C”.
53. (TJ/GO - Magistratura - FCC/2009) Pela regra da consunção, 
a) norma especial afasta a geral.
b) é admissível a combinação de normas favoráveis ao agente.
Direito Penal
42
c) a norma incriminadora de fato que constitui meio necessário para práti-
ca de outro crime fica excluída pela que tipifica a conduta final.
d) a norma subsidiária é excluída pela principal.
e) o concurso material prevalece ao final, se favorável ao agente. 
Pela regra da consunção a norma incriminadora de fato que constitui meio 
necessário para prática de outro crime fica excluída pela que tipifica a conduta final.
O princípio da consunção se aplica quando um fato definido como crime atua 
como fase de preparação, execução ou exaurimento do crime mais grave, ficando o 
crime mais leve absorvido pelo crime mais grave. 
RESPOSTA: “C”
54. (PGE/PE - Procurador do Estado – CESPE/2009) A respeito da aplica-
ção da lei penal, assinale a opção correta.
a) quando ao momento em que o crime é considerado praticado, a lei penal 
brasileira adotou expressamente a teoria da ubiquidade, desprezando a teoria 
da atividade.
b) Com relação ao lugar em que o crime é considerado praticado, a lei penal 
brasileira adotou expressamente a teoria da atividade, desprezando a teoria da 
ubiquidade.
c) Aplica-se a lei penal brasileira a crimes praticadoscontra a vida ou a 
liberdade do presidente da República, mesmo que o crime tenha ocorrido em 
outro país.
d) Os agentes diplomáticos são imunes á lei civil do Brasil, mas não à lei 
penal.
e) Os parlamentares não podem ser processados civilmente pelas opiniões 
que emitem no exercício de sues mandatos, mas estão sujeitos à sanção penal no 
caso de incorrerem em crime contra a honra.
O artigo 7º do Código Penal dispõe sobre o tema:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro:
I - os crimes: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da 
República;
Desse modo, a alternativa correta é a “C”. 
RESPOSTA: “C”
Direito Penal
43
55. (DETRAN-DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) O Estado é a única 
fonte de produção do direito penal, já que compete privativamente à União 
legislar sobre normas gerais em matéria penal.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar 
sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, 
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Excepcionalmente, de acordo com parágrafo único do art. 22, “lei complementar 
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo”. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
56. (DETRAN/DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) A lei penal admite 
interpretação analógica, recurso que permite a ampliação do conteúdo da lei 
penal, através da indicação de fórmula genérica pelo legislador.
A lei penal admite interpretação analógica, que se trata de hipótese de 
interpretação extensiva do conteúdo da norma aos casos análogos correspondentes 
à vontade da lei. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
57. (PGE/PE - Procurador - CESPE/2009) Com relação ao lugar em que o 
crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a 
teoria da atividade, desprezando a teoria da ubiquidade.
Conforme o art. 6º do Código Penal, foi adotada a teoria da ubiquidade, haja 
vista que considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, 
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
RESPOSTA: “ERRADA”.
58. (DETRAN/DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) O Estado é a única 
fonte de produção do direito penal, já que compete privativamente à União 
legislar sobre normas gerais em matéria penal.
Direito Penal
44
Conforme disposto no art. 22, I da Constituição Federal, compete privativamente 
à União legislar sobre o Direito Penal. Existe exceção no que tange lei estadual e 
distrital, que poderá tratar sobre questões específicas de Direito Penal, desde que por 
meio de lei complementar, permitido pela União. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
59. (DETRAN/DF - Analista de Trânsito – CESPE/2009) O princípio da le-
galidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de crimes e penas 
pelos costumes. 
O princípio da legalidade está consagrado no art. 1º do Código Penal, e também 
no art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal. Segundo este princípio:
Art. 1º. Não há crime sem lei anterior que o defina e não 
há pena sem prévia cominação legal. 
Desse modo, somente a lei pode definir condutas criminosas e sanções, portanto, 
não é possível que costumes, atos normativos secundários e analogia penal in malam 
partem sirvam para incriminar condutas. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
60. (AGU - Advogado - CESPE/2009) O princípio da legalidade, que é des-
dobrado nos princípios da reserva legal e da anterioridade, não se aplica às 
medidas de segurança, que não possuem natureza de pena, pois a parte geral do 
Código Penal apenas se refere aos crimes e contravenções penais. 
O princípio da legalidade é subdividido em princípio da anterioridade e princípio 
da reserva legal, conforme disposto no art.1º do Código Penal. Entretanto, a medida 
de segurança está sujeita ao princípio da legalidade, só pode ser imposta quando 
houver previsão legal, para a prática de fato definido como crime, por inimputável 
ou, excepcionalmente, por semi-imputável. 
RESPOSTA: “ERRADA”. 
61. (OAB/SP - CESPE/2009) A lei excepcional ou temporária, embora tenha 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a deter-
minaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência. 
Direito Penal
45
Lei excepcional é aquela produzida para vigorar em períodos especiais, como 
guerra, calamidade, etc. Ela vigorará enquanto perdurar o período excepcional. 
Já a lei temporária é a feita para vigorar em um período de tempo pré-
determinado fixado pelo legislador. A lei traz em seu texto a data de cessação de sua 
vigência. 
3º. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido 
o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias 
que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência. 
Portanto, basta que o fato tenha sido praticado na vigência da lei para que a 
norma seja aplicada, não importa revogação ou atenuação posterior.
RESPOSTA: “CORRETA”. 
62. (PGE/PE - Procurador - CESPE/2009) Quanto ao momento em que o 
crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou expressamente a 
teoria da ubiquidade, desprezando a teoria da atividade. 
O código Penal, quanto ao momento do crime, adotou a teoria da atividade, que 
de acordo com o art. 4º, in verbis:
Art. 4º. Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
RESPOSTA: “ERRADA”.
63. (PGE/PE - Procurador - CESPE/2009) Aplica-se a lei penal brasileira 
a crimes praticados contra a vida ou a liberdade do presidente da República, 
mesmo que o crime tenha ocorrido em outro país.
De acordo com o Art. 7º, I, “a”: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro os crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. 
RESPOSTA: “CORRETA”. 
Direito Penal
46
64. (TJ/SP - Juiz de Direito - VUNESP/2009) O Código Penal Brasileiro, em 
seu art. 6º, como lugar do crime, adota a teoria:
a) da atividade ou da ação.
b) do resultado ou do evento.
c) da ação ou do efeito.
d) da ubiquidade.
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em 
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
O Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, segundo a qual o lugar do crime 
é tanto o da conduta quanto o do resultado.
RESPOSTA: “D”. 
65. (AGU - Advogado da União - CESPE/2009) Ocorrendo a hipótese de 
novatio legis in mellius em relação a determinado crime praticado por uma 
pessoa definitivamente condenada pelo fato, caberá ao juízo da execução, e não 
ao juízo da condenação, a aplicação da lei mais benigna.
A súmula 611 do STF dispõe da seguinte forma:
Transitada em julgado a sentença condenatória, 
compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais 
benigna. 
Desse modo a resposta está correta. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
66. (MPE/RR - Oficial de Promotoria - CESPE/2008) A lei temporária, após 
decorrido o período de sua duração, não se aplica mais nem aos fatos pratica-
dos durante sua vigência nem aos posteriores. 
De acordo disposto no art. 3º do Código Penal, in verbis:
Art. 3º. A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência.
Direito Penal
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A questão contraria o disposto em lei, porque a lei temporária será aplicada ao 
fato praticado em sua vigência mesmo que tenha decorrido o período de sua duração. 
RESPOSTA: “ERRADA”. 
67. (PC/TO - Delegado – CESPE/2008) Considere que um indivíduo seja 
preso pela prática de determinado crime e, já na fase da execução penal, uma 
nova lei torne mais branda a pena para aquele delito. Nessa situação, o indiví-
duo cumprirá a pena imposta na legislação anterior, em face do princípio da 
irretroatividade da lei penal. 
De acordo com disposto no art. 2º do Código Penal, in verbis:
Parágrafo único: A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda 
que decididospor sentença condenatória transitada em 
julgado. 
Desse modo, observamos que a irretroatividade da lei penal é regra, salvo 
quando a norma for mais benéfica ao réu. 
RESPOSTA: “ERRADA”. 
68. (Polícia Civil/TO - Delegado – Polícia Civil – CESPE/2008) Na hipótese 
de o agente iniciar a prática de um crime permanente sob a vigência de uma lei, 
vindo o delito a se prolongar no tempo até a entrada em vigor de nova legisla-
ção, aplica-se a última lei, mesmo que seja a mais severa.
O caso acima citado trata-se de crime permanente, que é aquele que se prolonga 
no tempo. 
De acordo com a súmula 711 do STF “A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência”, aplica-se ao crime permanente a lei vigente no 
momento em que cessa o crime. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
69. (PM/AC - Fiscal de Tributos - CESPE/2007) O princípio da estrita lega-
lidade ou da reserva legal e o da irretroatividade da lei penal controlam o exer-
cício do direito estatal de punir, ao afirmarem que não há crime sem lei anterior 
que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
Direito Penal
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O Art. 1º do Código Penal dispõe que: 
Art. 1º. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não 
há pena sem prévia cominação legal.
Consagra-se, desse modo, o princípio da reserva legal e da irretroatividade penal, 
visando o controle do direito estatal de punir, protegendo o indivíduo de possíveis 
ações arbitrárias por parte do Estado. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
70. (PM/AC - Fiscal de Tributos- CESPE/2007) O princípio da anteriorida-
de, no direito penal, proíbe que uma lei penal seja aplicada a um delito cometi-
do menos de um ano após a publicação da norma incriminadora que passou a 
prever o fato como criminoso.
O princípio da anterioridade penal está previsto na Constituição Federal no 
art.5º, XXXIX, e no art.1º do Código Penal. 
O princípio da anterioridade conjuntamente com o princípio da reserva legal, 
preceitua que “não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia 
cominação legal”. 
Desse modo, o princípio contemplado impede a aplicação de lei penal nova a 
fatos pretéritos, mas não impede que a lei penal seja aplicada a fatos ocorridos no 
início de sua vigência. 
RESPOSTA: “ERRADA”. 
71. (PM/AC - Fiscal de Tributos- CESPE/2007) A Constituição Federal 
veda de forma expressa a adoção da pena de morte, salvo nos casos de guerra 
declarada, as penas de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento 
e as cruéis.
Nossa constituição pátria, reza em seu art. 5º, XLVII, que: 
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX;
Assim, a resposta está de acordo com a Constituição Federal, portanto, está 
correta. 
RESPOSTA: “CORRETA”.
Direito Penal
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72. (TCM/GO - Procurador - CESPE/2007) Quando lei nova que muda a 
natureza da pena, cominando pena pecuniária para o mesmo fato que, na vi-
gência da lei anterior, era punido por meio de pena de detenção, não se aplica o 
princípio da retroatividade da lei mais benigna.
A pena privativa de liberdade é mais rígida que a pena pecuniária, nesse caso, 
aplica-se o princípio da retroatividade da lei mais benigna, ou seja, aplica-se a pena 
pecuniária, de acordo com disposto no art. 2º, parágrafo único do Código Penal:
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
RESPOSTA: “ERRADA”. 
73. (TJ/SP – Juiz de Direito – TJ/SP/2007) A Lei n. 11.343/06, que afastou a 
incidência de pena privativa de liberdade e de multa quanto ao crime de porte 
de substância entorpecente para uso próprio (cominadas na Lei n. 6.368/76) e 
estabeleceu, em seu lugar, a aplicação de outras medidas (advertência, presta-
ção de serviços à comunidade, etc.), configura hipótese de:
a) abolitio criminis.
b) novatio legis in pejus.
c) novatio legis incriminadora.
d) novatio legis in mellius.
A novatio legis in mellius ocorre quando a lei nova, sem excluir a incriminação, 
for mais favorável ao sujeito, assim ela retroagirá; sendo aplicado o princípio da 
retroatividade da lei mais benigna.
RESPOSTA: “D”. 
74. (TCM/GO - Procurador - CESPE/2007) As leis temporárias e excepcio-
nais não derrogam o princípio da reserva legal e não são ultra-ativas.
A primeira parte da questão está correta, pois as leis temporárias e excepcionais 
não derrogam o princípio da reserva legal, já que não se aplicam a fatos ocorridos antes 
de sua vigência. Ocorre, porém, que as leis temporárias são ultra-ativas, são aplicadas 
aos fatos praticados durante sua vigência, mesmo depois de sua auto-revogação. 
RESPOSTA: “ERRADA”. 
Direito Penal
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75. (TJ/SP – Juiz de Direito – TJ/SP/2006) JOSÉ foi vítima de um crime de 
extorsão mediante sequestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. 
O Código Penal, em seu artigo 4º, com vistas à aplicação da lei penal, considera 
praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o mo-
mento do resultado.
No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendi-
do, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a 
opção correta.
a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da 
irretroatividade da lei.
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da 
atividade.
c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior 
à cessação da permanência.
d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamen-
to penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o 
momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção 
da lei anterior, por ser mais branda.
A resposta a esta questão está contida na Súmula n. 711 do STF, in verbis:
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado 
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência.
RESPOSTA: “C”. 
76. (PGM/SP - Procurador Municipal — FCC/2004) Em relação à aplicação 
da lei penal no espaço, é incorreto afirmar que:
a) um dos princípios que regem a matéria é o da territorialidade. Este prin-
cípio é absoluto e não admite exceções;
b) é possível a aplicação da lei penal pátria a crime cometido fora do terri-
tório nacional;
c) é possível a aplicação da lei penal pátria a crime cometido por estrangei-
ro contra brasileiro;
d) um dos princípios que regem a matéria é o da justiça universal. Regula 
as situações em que a punição é de interesse da humanidade;
e) o brasileiro que comete um crime no exterior e se refugia no Brasil não 
poderá ser extraditado.
Direito Penal
51
O art. 5º do Código Penal adotou o princípio da territorialidade temperada, em 
que a lei penal brasileira aplica-se a todo crime ocorrido no Brasil, salvo o disposto 
em tratado, convenção ou regras internacionais.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de con-
venções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como ex-
tensão do território nacional as embarcações e aerona-
ves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do gover-
no brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no 
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes prati-
cados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras 
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no 
território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspon-
dente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
RESPOSTA: “A”. 
77. (TJ/DF - Analista Judiciário - CESPE/2004) Considere a seguinte situa-
ção hipotética. Um indivíduo respondia a processo judicial por ter sido preso

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