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1. CORRENTES DIADINÂMICAS - CORRENTES DE BERNARD 
CARACTERÍSTICAS 
 Monofásicas 
 Polarizada 
 Interrompidas (pulsada) 
 Baixa frequência (50 e 100 Hz) 
 Ação superficial 
TIPOS 
DIFÁSICA FIXA (DF) 
f = 100 Hz; T = 10 ms; sem pausas 
(contínua) 
Analgesia; Transtornos circulatórios 
Prepara a área para o uso de outras 
correntes 
 
MONOFÁSICA FIXA (MF) 
f = 50 Hz; T = 10 ms com intervalos de 10 
ms entre eles 
Estimular o tecido conjuntivo a agir nos 
processos dolorosos espasmódicos 
(produz contrações musculares de 
intensidade baixa) 
 
CURTO PERÍODO (CP) 
Correntes MF e DF conectadas 
alternadamente, sem intervalos de 
repouso (contínua) 
Analgesia 
 
LONGO PERÍODO (LP) 
Corrente monofásica com duas formas 
de onda variando a amplitude 
(intensidade) 
5s para formar uma DF de 100 Hz 
mantendo 10s em MF de 50 Hz; sem 
intervalo entre elas 
Analgésica 
 
RITMO SINCOPADO (RS) 
Monofásica de 50 Hz com pausas 
intercaladas 
Estimulante (ativa circulação, 
metabolismo e trofismo) 
Indicada para atrofias musculares leves 
(produz contrações musculares) 
 
APLICAÇÃO 
Tempo de aplicação: até 10 minutos 
Se o tratamento for superior a 3 minutos de uma corrente na mesma área  inverter a 
polaridade na metade dessa aplicação (zerar a intensidade, desligar a corrente, inverter 
a polaridade, ligar novamente e aumentar a intensidade lentamente) 
CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES 
 Marca-passo 
 Área cardíaca 
 Lesões pele 
 Perda da sensibilidade 
 Gestação
 
2. CORRENTES GALVÂNICAS – GALVANOTERAPIA 
Características: unidirecional/monofásica (polo positivo para o negativo), contínua, 
baixa frequência (até 1000 Hz), intensidade fixa durante a aplicação (miliamperagem – 
mA). 
 
EFEITOS 
EFEITOS POLARES  DIRETAMENTE NA PELE SOB OS ELETRODOS 
Polo positivo (ânodo) Polo negativo (cátodo) 
Vermelho Retirada de 
líquidos 
Preto Acúmulo de 
líquidos 
Reação ácida 
(↓ pH) 
Anaforese 
(rejeição de íons 
positivos) 
Reação alcalina 
(↑ pH) 
Cataforese 
(rejeição de íons 
negativos) 
Se houver excesso 
de carga → 
queimadura 
química tipo ácida 
Aneletrotônus 
(sedação elétrica 
nervosa) 
Se houver excesso 
de carga → 
queimadura 
química tipo 
alcalina 
Cateletrotônus 
(excitação elétrica 
nervosa) 
Pele ressecada e 
endurecida no 
local 
Vasoconstrição Pele úmida e 
amolecida no local 
Vasodilatação 
ELETROFORESE 
Processo de rearranjo iônico  os íons se dispersam pelo meio e se associam com outros 
próximos, devido as cargas elétricas existentes entre eles (atraindo-se, rejeitando-se e 
orientando-se). 
ELETRÓLISE 
Separação dos íons numa solução líquida  íons positivos para o polo negativo; íons 
negativos para o polo positivo. 
EFEITOS INTERPOLARES  NO INTERIOR DOS TECIDOS, NO SEGMENTO 
INTERPOSTO ENTRE OS ELETRODOS/POLOS 
1. Ação vasomotora e trófica 
Resultado da ativação da circulação e movimento iônico intracelular. 
Hiperemia local (desaparece ± 1 hora após estimulação, variável): ↑ oxigenação 
tecidual, ↑ irrigação, ↑ defesa, ↑ aporte de nutrientes e íons, ↑ metabolismo  
favorece reparação tecidual. 
2. Ação sobre o sistema nervoso 
Efeito de galvanonarcose. 
 Efeito ascendente/descendente da corrente galvânica: um eletrodo próximo/em 
cima da coluna vertebral e o outro eletrodo na extremidade do membro sendo tratado. 
Polaridade (posição dos eletrodos) depende do objetivo: 
- Redução dos sinais elétricos nervosos (efeito sedativo): eletrodo positivo próximo/em 
cima da coluna vertebral e o eletrodo negativo na extremidade do membro. 
- Estimulante dos sinais elétricos nervosos: eletrodo negativo próximo/em cima da 
coluna vertebral e o eletrodo positivo na extremidade do membro. 
 Aneletrotônus (sedação  aumenta o limiar das fibras nervosas sensitivas, 
diminui os estímulos dolorosos) e cateletrotônus (estimulação). 
DOSIMETRIA (mA/cm2) 
Medir a área do eletrodo (cm2)  multiplicar a área por 0,15 e 0,20  o valor obtido 
será a margem de segurança para modular intensidade  ainda assim, respeitar a 
subjetividade do paciente dentro dessa margem de segurança. 
O excesso de dose (intensidade muito alta) acarretará em queimaduras químicas no 
paciente. 
A intensidade da corrente (calculada) geralmente não será sentida pelo paciente, porém 
lembre-se que o objetivo da galvanoterapia NÃO depende da estimulação sensorial, e 
sim dos efeitos eletroquímicos gerados. 
TAMANHO DO ELETRODO 
Eletrodos de mesmo tamanho  para efeito aneletrotônus ou cateletrotônus. 
Eletrodos de tamanhos diferentes  para efeito galvânico/polar somente sob um (1) 
eletrodo (eletrodo menor, ativo)  CALCULAR A DOSE BASEADO NA ÁREA DO 
ELETRODO MENOR. 
- Eletrodo metálico  SEMPRE deve estar revestido por uma esponja umedecida. 
APLICAÇÃO 
- Aplicações variam entre 10-15 minutos. 
1. Processo Agudo 
Eletrodo positivo sobre o foco inflamatório agudo. 
Objetivo é bloquear a reação inflamatória exagerada: ↓ metabolismo, vasoconstrição, 
coagulação e sedação da dor inflamatória. 
2. Processo Crônico 
Eletrodo negativo sobre a área lesada. 
Objetivos: melhorar o metabolismo, eliminar o edema, restabelecer a circulação 
sanguínea, aliviar a dor 
INDICAÇÕES
Artralgia 
Artrose 
Artrite 
Bursite 
Cervicalgia 
Ciatalgia 
Contusão 
Distensão 
Entorse 
Mialgia 
Neurite 
Tendinite 
Algumas afecções 
estéticas 
CONTRAINDICAÇÕES
Extremos cronológicos 
Região precordial 
Neoplasias 
Olhos 
Pacientes com distúrbios 
de sensibilidade 
Ferida aberta 
Gônadas 
Útero gravídico 
Pacientes mentalmente 
confusos 
Endopróteses metálicas
CORRENTE MICROGALVÂNICA 
- Polarizada (mantém os polos negativo e positivo); 
- Baixa intensidade (microamperagem, µA); 
- Mesmos efeitos polares da corrente galvânica tradicional; 
INDICAÇÕES 
Principalmente tratamento de estrias (microgalvanopuntura). 
 Polo positivo (placa grande, eletrodo dispersivo) colocado em uma região 
corporal distante da área tratada; polo negativo (caneta com agulha na ponta, eletrodo 
ativo) perfura o trajeto da estria. 
Intensidade para tratamento de estrias: 300-400 µA 
CONTRAINDICAÇÃO 
- Durante o uso de medicamentos à base de corticoides e esteroides (provocam estrias); 
- Estrias decorrentes da Síndrome de Cushing; 
CUIDADOS 
Não associar tratamentos abrasivos (ácidos e mecânicos) durante a 
microgalvanopuntura. 
 
3. CORRENTES INTERFERENCIAIS 
 Princípios curativos e de resolução tecidual. 
o Alguma ação analgésica resultante 
 Pela teoria das comportas de dor (como no TENS) 
 Por ativação do SN Simpático, com liberação de catecolaminas 
 Corrente bifásica (alternada) sinusoidal; pulsada; intensidade em 
miliamperagem (mA). 
 
 Corrente interferencial: duas correntes de média frequência (distintas) que 
interagem (“interferem”) e produzem uma 3ª corrente resultante, de baixa 
frequência (AMF). 
 AMF: a verdadeira frequência terapêutica, dentro do limite de alcance biológico 
(150 Hz). 
 Efeitos sensoriais e motores. 
FREQUÊNCIA 
Corrente de média frequência, porém com efeitos de baixa frequência. 
 A média frequência diminui a impedância cutânea (↑ frequência ↓ 
resistência). 
 Possibilidade de utilizar intensidades mais baixas. 
Frequência Portadora (f1): 
 2000 – 4000 Hz (na maioria dos aparelhos) 
Frequência Moduladora (f2): 
 Baseada na f1: a diferença f2 – f1 (AMF – Modulação de Amplitude e 
Frequência) não deve ultrapassar 150 Hz (variação de 1 a 150 Hz para f2) 
Dois canais liberando corrente simultaneamente: 
1º canal: f1 
 2º canal: f2 = f1 + AMF 
 
TIPOS 
1. Tetrapolar 
Interferência é “manual”, ocorre entre os quatro eletrodos (dentro do organismo). 
a. Interferência Fixa ou Estática 
Lesões localizadas (pontuais, local definido do trauma): entorses, luxações, pós-fratura, 
pós-operatório. 
A ordem dos canais (qual libera 
f1 e f2) não é importante 
 A dor não necessariamente se manifesta no local lesionado. 
Eletrodos posicionados em “x” ou cruz “+”. O foco da lesão NUNCA deve estar no centro 
dos eletrodos, deve estar entre dois eletrodos de canais distintos: 
 
A corrente AMF incidirá em ± 45° entre os eletrodos de canais distintos. A intensidade 
de AMF diminui conforme se afasta dos eletrodos  diminuição dos efeitos 
terapêuticos. 
Tempo de aplicação: mínimo de 25 minutos. 
Intensidade da corrente (mA): de acordo com a sensação subjetiva do paciente. 
 Sensação de compressão ou aperto sobre o local da lesão ocasionado pela 
passagem da corrente. 
 Somente a sensação sensorial (formigamento) significa que a AMF não está 
incidindo sobre a lesão  reposicionar os eletrodos. 
* Quando o paciente referir à sensação objetivada será necessário aumentar um pouco 
mais a intensidade até o limite de sensação forte. 
 Não deve ser incomoda. 
 
b. Varredura Automática 
Lesão sem local definido, dor difusa, pontos gatilho (trigger points), drenagem de 
edemas. 
* O vetor resultante 𝐴𝑀𝐹⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ “gira” para cima e para baixo na região de 45° entre os 
eletrodos distintos  aumenta a área de estimulação efetiva:
 
Tempo de aplicação: no mínimo 30 
minutos. 
Intensidade da corrente (mA): de 
acordo com a sensação subjetiva do 
paciente. 
 Sensação de compressão ou 
aperto sobre o local da lesão 
ocasionado pela passagem da 
corrente. 
 Somente a sensação sensorial 
(formigamento) significa que a 
AMF não está incidindo sobre a 
lesão  reposicionar os 
eletrodos.
* Quando o paciente referir à sensação objetivada será necessário aumentar um pouco 
mais a intensidade até o limite de sensação forte. 
 Não deve ser incomoda. 
 
2. Bipolar 
 Interferência ocorre automaticamente dentro do aparelho. 
 Para regiões limitadas, onde a tetrapolar não seria possível. 
 Aplicação: fazer um “sanduiche” com os eletrodos e o local de aplicação. 
PARÂMETROS 
1. Tetra ou Bipolar 
2. F1 (portadora) 
3. F2 (moduladora) e AMF 
4. ∆AMF (se disponível) 
5. Slope (se disponível) 
6. Sweep (se disponível) 
7. Tempo de aplicação 
INDICAÇÕES 
Para o tratamento de tecidos moles, articulações, processos de drenagem 
(especialmente articular). 
PARA EVITAR ACOMODAÇÃO 
Programas disponíveis em alguns equipamentos: 
1. Sweep 
 Variação de frequência durante o tratamento  ∆AMF 
 O ∆AMF será somado ao AMF, cuidado para não exceder a frequência ideal. 
 É aconselhável que o ∆AMF seja no máximo 50% do valor de AMF. 
o Por exemplo: se escolhermos uma frequência terapêutica (AMF) de 80 
Hz, o valor do ∆AMF poderá ser 40 Hz (pode ser no máximo 70 Hz  
atingindo a frequência máxima de 150 Hz) e a variação no espectro será 
de 80 Hz até 120 Hz (AMF + ∆AMF). 
2. Slope 
 Como será a variação da frequência (∆AMF). 
o Lenta (triangular 6:6), média (trapezoidal 1:5:1) ou brusca (quadrada 1:1). 
 
 
 
 Tempo (em segundos) que a frequência leva para sair do valor mínimo (AMF), 
chegar ao valor máximo (AMF + ∆AMF) e voltar ao valor mínimo (AMF). 
o “Espectro de frequência”  a corrente interferencial varia/passa por 
todos os valores de frequência entre o mínimo e o máximo. 
o A frequência não muda direto de um valor para outro, a mudança é 
gradativa. 
3. Se houver acomodação mesmo com ∆AMF e Slope, variar a intensidade (mA). 
FASES DA LESÃO 
1. Fase Aguda 
Processo inflamatório agudo, edema quente, limitação dos movimentos, dor intensa. 
- Variação de frequência: 90 – 150 Hz 
(terapêutica)*. 
- Tempo de aplicação: 30 – 60 minutos. 
- Variação triangular (lenta, 6:6). 
 
* As frequências mais elevadas (90 – 150 Hz) têm maior seletividade para fibras 
sensoriais e promovem estímulos menos vibratórios  ideal para processos agudos. 
* Ação sobre o metabolismo local, estimulação de processos de reparação e drenagem. 
2. Fase Subaguda 
Intermediaria entre os estágios extremos. 
- Variação de frequência: 40 - 80 Hz. 
- Tempo de aplicação: ≈30 minutos. 
- Variação trapezoidal (media, 1:5:1). 
 
NÃO é a forma do pulso, é a forma de variação da frequência. O pulso é sinusoidal. 
* Estimulação de fibras sensoriais e motoras. 
* Ação sobre o metabolismo, aumenta o processo de reparação e drenagem. 
3. Fase Crônica 
Fase mais tardia do processo de recuperação tecidual  suporta mais carga de 
estimulação. 
- Variação de frequência: 5 - 30 Hz. 
- Tempo de aplicação: ≈30 minutos. 
- Variação quadrada (brusca, 1:1). 
* Estimulação de fibras sensoriais e motoras. 
* Remoção de resíduos metabólicos, relaxamento muscular, analgesia (liberação de 
opióides endógenos), reparo tecidual. 
CUIDADOS 
 Posicionamento correto dos eletrodos  se preciso marcar na pele o local da 
lesão antes de colocar os eletrodos. 
 Posicionar o paciente de maneira confortável  aplicação longa. 
 Se possível despir a região recebendo os eletrodos. 
 Se possível remover pelos em excesso. 
O tratamento é prolongado, podendo passar das 10 sessões tradicionais. Dependendo 
do tipo e grau da lesão será necessário repetir a aplicação mais de uma vez ao dia. 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
 Estimulação de membranas excitáveis (musculos, nervos e células sensoriais) 
incluídas as fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas. 
 Modificação da permeabilidade das membranas celulares e dos mecanismos de 
transporte através da membrana celular. 
 Ação sobre o funcionamento das organelas celulares, especialmente do reticulo 
endoplasmático que se estende pelas fibras musculares e contém íons cálcio 
necessários para o acoplamento eletromecânico (são liberados na excitação e 
desencadeiam a contração). 
 Deslocamento de moléculas portadoras de carga e, consequentemente, 
transporte osmótico de água no tecido. 
 Efeito nutritivo devido à vasodilatação controlada pelo sistema nervoso 
vegetativo e por influência das organelas celulares controladoras do 
metabolismo. 
ALGUMAS INDICAÇÕES 
 Síndrome do túnel do carpo 
 Epicondilite 
 Lombalgia e cervicalgia 
 Fasciíte plantar 
 Entorse articular 
 Pubalgia (dor na região do púbis) 
 Trigger Point 
 Contraturas 
 Processos inflamatórios 
 Fibromialgia 
 Edema 
CONTRAINDICAÇÕES 
 Pacientes eletricamente susceptíveis, usuários de marca-passo. 
 Áreas com resposta sensorial prejudicada. 
 Pacientes incapazes de relatar desconforto e dor. 
 Aplicação transtorácica, na região dos olhos, nervos do saio carotídeo, 
transcerebral. 
 Aplicação sobre tumores, áreas com insuficiência circulatória e perigo de 
hemorragia. 
 Não usar simultaneamente com hipertermoterapia. 
 
 
4. ELETRODIAGNÓSTICO – AVALIAÇÃO ELÉTRICA MUSCULAR 
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES 
 
Tipo I, Tônicas, Vermelhas 
Tipo IIa, Tônico-
fásicas, 
Vermelhas 
Tipo IIb, Fásicas, Brancas 
Velocidade de contração 
lenta 
Velocidade de 
contração rápida 
Velocidade de contração rápida 
Maior capacidade de 
metabolismo aeróbio (via 
oxidativa) 
Obtêm energia por 
via glicolítica e 
oxidativa 
Anaeróbias (utilizam ATP e 
glicogênio armazenados 
localmente – via glicolítica) 
Grandes quantidades de 
mitocôndrias e mioglobina 
 
Pobres em mioglobina 
Responsáveis pela 
contração estática ou 
posturalResponsáveis pelas contrações 
dinâmicas, com movimentos 
breves e pouca força 
Resistentes a fadiga 
Media resistência à 
fadiga 
Pouco resistentes a fadiga 
Frequências de 
estimulação: 30-40 Hz 
 Frequências de estimulação: > 
60 Hz 
Inervadas por pequenos 
motoneurônios: 
 Baixa velocidade 
de condução 
 Pequena amplitude 
de pulso 
 Frequência de 
descarga baixa 
 Inervadas por grandes 
motoneurônios: 
 Elevada velocidade de 
condução 
 Grandes amplitudes de 
pulso 
 Frequência de descarga 
elevada 
 
 Tipo I Tipo IIa Tipo IIb 
Cor da fibra muscular Vermelha Vermelha Branca 
Irrigação vascular Alta Alta Pobre 
Diâmetro da fibra 
muscular 
Pequeno Médio Grande 
Velocidade de 
contração 
Lenta Rápida Rápida 
Tipo de contração Longa (20 – 100 
ms) 
Media Curta (10 – 15 
ms) 
Resistência à fadiga Muito alta Alta Baixa 
Tensão tetânica Baixa Intermediaria Elevada 
Fibras / unidade 
motora 
Baixa Intermediaria Elevada 
Frequência de 
descarga 
Baixa Intermediaria Elevada 
Recrutamento Primeiras Intermediarias Últimas 
Fonte de ATP Fosforilação 
oxidativa 
Fosforilação 
oxidativa 
Glicólise 
anaeróbia 
ATPase fibrilar Baixa Alta Alta 
Conteúdo de 
glicogênio 
Baixo Intermediário Alto 
Mitocôndrias Elevado Elevado Baixo 
Mioglobina Elevado Elevado Baixo 
Lesão no nervo ou lesão no próprio musculo diminui a capacidade de trabalho do 
componente muscular. 
CURVAS I/T E A/T 
i/T  intensidade/tempo; A/T  acomodação/tempo 
Permitirão ver como os musculos (ou nervos) respondem frente a um estimulo elétrico 
(em relação à forma, intensidade e duração do estimulo). 
Também podem ser utilizadas para adequar a estimulação para cada indivíduo 
especificamente. 
A estimulação para as curvas i/T e A/T deve ser feita nos pontos motores (nervosos ou 
musculares). 
 Pontos motores nervosos: pontos de máxima estimulação de um nervo. Área 
onde o nervo está mais próximo da superfície cutânea. Sua estimulação levará à 
estimulação de todos os musculos inervados por esse nervo a partir do ponto 
motor. 
 Pontos motores musculares: área de máxima estimulação de um determinado 
musculo. Estimulação desse ponto estimulará somente o musculo em questão. 
1) Localizar o ponto motor 
 Utilizando corrente monopolar  1 eletrodo grande (dispersivo) nas raízes 
nervosas vinculadas ao musculo e 1 eletrodo pequeno/pontual (ativo; cátodo  
negativo) móvel. 
 Utilizar pulsos retangulares, monofásicos, com largura de pulso de 1 
milissegundo, com tempos de repouso de 1 segundo entre os pulsos. 
 Aumentar a intensidade até conseguir estimulo motor, contração mínima  
intensidade deve ser confortável ao paciente. 
 Mantenha a intensidade constante, deslocando o eletrodo ativo pelo musculo 
até obter a melhor/maior contração  será ai o ponto motor. 
o O musculo pode ter mais de 1 ponto motor. 
Coloque um eletrodo fixo (autoadesivo; cátodo  negativo) no ponto motor. Esse 
eletrodo fixo deve ser menor que o dispersivo, o qual é mantido nas raízes nervosas. 
2) Realizar as curvas i/T e A/T 
 Para a curva i/T  pulsos monofásicos retangulares. 
 Para a curva A/T  pulsos progressivos (linear, triangular, exponencial ou 
sinusoide). 
Fazer primeiro a curva i/T e depois A/T  a diferença entre elas é o tipo de pulso 
(retangular ou progressivo). 
 Fazer estimulações com intensidade crescente em diferentes larguras de pulso. 
Até gerar um limiar motor mínimo. 
 Larguras de pulso a testar: 1000; 700; 500; 200; 100; 50; 30; 20; 10; 5; 3; 2; 1; 
0,5; 0,3; 0,2; 0,1 e 0,05 milissegundos. 
 Repouso de 1-2 segundos entre os pulsos. 
 Anotar os resultados em um gráfico (qual intensidade foi efetiva em cada largura 
de pulso). 
NA CURVA I/T TEMOS: 
 Reobase  intensidade mínima para gerar contração. 
 Tempo (ponto) útil muscular  largura de pulso mínima para gerar contração 
muscular, com intensidade mínima igual à reobase. 
 Umbral (limiar) farádico  intensidade mínima para que um pulso de 1 ms gere 
contração. 
 Cronaxia  largura de pulso para gerar contração muscular com intensidade 
igual à 2x a reobase. 
o Em condições normais é < 1ms. 
 Ramo reobásico  trajeto na curva i/T que vai desde a reobase até o tempo útil 
muscular. Fundamentado na ‘lei do tudo ou nada’  abaixo dessa linha não será 
gerada contração muscular; acima será gerada contração muscular  Limiar 
Motor. 
 Ramo cronáxico  trajeto na curva que contém o valor de cronaxia. Abaixo do 
‘tempo útil muscular’  quanto menor a largura de pulso, maior a intensidade 
para alcançar o limiar motor. 
 Área quadrangular de resposta  acima da curva i/T. Todos os valores de largura 
de pulso e intensidade gerarão contração. 
O valor de cronaxia nos informa o estado do complexo neuromuscular: 
 Entre 1 – 3 ms  denervação parcial, leve comprometimento. 
 Entre 3 – 6 ms  denervação parcial, comprometimento moderado. 
 Entre 6 – 30 ms  comprometimento grave. 
 > 30 ms  denervação completa, totalmente comprometido. 
NA CURVA A/T TEMOS: 
 Umbral galvano-tetânico  intensidade para conseguir estimulo motor mínimo, 
com largura de pulso de 1000 ms (similar à reobase). 
 Ângulo de deflexão  tempo para que pulsos progressivos provoquem 
contração com intensidade mínima. 
o Entre 10 – 30 ms em condições normais. 
 Umbral farádico  intensidade mínima para que um pulso monofásico 
progressivo de 1 ms gere contração. 
 Ramo de acomodação  trajeto na curva que vai do ‘umbral galvano-tetânico’ 
até o ângulo de deflexão. Indica como está a acomodação da fibra muscular. 
o Em condições normais forma um ângulo de 45° com a horizontal. 
 Ramo de faradização  trajeto na curva que vai desde o ângulo de deflexão até 
valores de largura de pulso mais baixos (abaixo do ângulo de deflexão). 
 Área triangular de resposta  acima da curva A/T. Todos os valores de 
intensidade e largura de pulso geram contração. 
o Indica o índice/coeficiente de acomodação  𝑢𝑚𝑏𝑟𝑎𝑙 𝑔𝑎𝑙𝑣𝑎𝑛𝑜 −
𝑡𝑒𝑡â𝑛𝑖𝑐𝑜 ÷ 𝑟𝑒𝑜𝑏𝑎𝑠𝑒. 
o Entre 3 – 6  condições normais. 
o Entre 2,7 – 1,5  denervação parcial 
o < 1,5  denervação completa 
o > 7  hipersensibilidade à acomodação 
O índice de acomodação pode ser calculado com largura de pulso de 500 ms se o 
paciente não tolerar 1000 ms: 
o Entre 2,5 – 3,5  condições normais. 
o Entre 1,5 – 1,1  denervação parcial 
o < 1,1  denervação completa 
Estimulação elétrica muscular: 
 Complexo neuromuscular integro: estimular com pulso retangular. 
 Complexo neuromuscular lesionado/denervado: estimular com pulso 
progressivo. 
CONDIÇÕES MANIFESTADAS NOS GRÁFICOS I/T E A/T 
1. Hiperexcitabilidade 
Geração de umbral motor com estímulos mínimos, a curva i/T fica muito baixa. 
2. Fibrose muscular 
Curvas mais elevadas que as normais, o estímulo motor se alcança com valores de 
intensidade mais altos que o normal. Poderão aparecer algumas formas em ‘dente’ na 
curva. 
Acomodação normal. 
3. Denervação parcial 
Curvas mais elevadas que as normais, o estímulo motor se alcança com valores de 
intensidade mais altos que o normal. Sem formação de ‘dentes’ nas curvas. 
Valor do índice de acomodação baixo. 
4. Denervação completa 
Curvas altas e deslocadas à direita do gráfico. 
Valor do índice de acomodação baixo. 
Valores de ‘ponto útil muscular’, cronaxia e ângulo de deflexão elevados. 
 
5. LASERTERAPIA 
A escolha de uma determinada luz terapêutica tem relação com o valor do seu 
comprimento de onda (λ)  define o tipo de célula ou tecido (cromóforo: moléculas 
capazes de absorver radiação luminosa) que irá absorver a onda. 
 Laser e LED:sempre emitidos em um único comprimento de onda. 
o Laser: Luz Amplificada por Emissão Estimulada de Radiação 
o LED: Emissão de Luz por Diodo 
 Luz Intensa Pulsada (IPL): emite vários comprimentos de onda simultaneamente 
 permite sua absorção por diferentes células ao mesmo tempo. 
Luz: radiação eletromagnética. Energia transmitida através de fótons. Espectro de 
emissão desde o ultravioleta, passando pela luz visível até o infravermelho. A luz tem 
natureza de onda. Cada cor corresponde a um comprimento de onda específico. 
POTÊNCIA 
Indica os efeitos teciduais que essas energias irão promover, especialmente em relação 
ao efeito térmico final. 
Potência Exemplos Temperatura 
Atingida 
Efeitos 
Alta Laser cirúrgico > 100 °C Efeitos ablativos 
Média Laser 
terapêutico e 
IPL 
≈ 60 °C Efeito térmico concentrado nas áreas 
tratadas. Mais indicado para 
tratamentos dérmicos (estética). 
Baixa Laser 
terapêutico e 
LED 
Sem efeito 
térmico 
considerável 
Produz fotobioestimulação celular. 
Efeitos fotoquímicos. 
Fotobiomodulação (normalização da 
região). 
MEIO DE EMISSÃO DO LASER 
Gás Argônio, CO2, Hélio Neônio 
Sólido Nd: YAG; Erb: YA 
Semicondutores 
Diodo  Arseneto de Gálio (AsGa); 
Arseneto de Gálio e Alumínio (AsGaAl) 
GERADORES DE LASER DE BAIXA POTÊNCIA 
 
 
TIPO DE 
LASER 
COMPRIMENTO 
DE ONDA 
FORMA 
DE ONDA 
FEIXE 
DISTÂNCIA 
APLICAÇÃO DA 
PELE 
HENE 632,8 nm Contínua 
Visível (luz 
vermelho 
alaranjado) 
Pode ficar a uma 
distância 
moderada da área 
tratada 
ASGA 904 nm Pulsada 
Não visível 
(infravermelho) 
Contato direto 
com a pele 
(pontual) 
ALGAINP 670 nm 
Contínua 
ou 
Pulsado 
Visível (luz 
vermelha) 
Bem próximo da 
pele (sem 
contato) 
ASGAAL 830 nm Contínua 
Não visível 
(infravermelho) 
Contato direto 
com a pele 
(pontual) 
 
TIPO DE 
LASER 
PENETRAÇÃO 
POTÊNCIA DE 
PICO 
CROMÓFORO ALVO 
PRINCIPAL 
HENE 
Superficial (10 – 15 
mm) 
2 – 10 mW Hemácias 
ASGA Mais profunda 15 – 30 mW Hemoglobina e água 
ALGAINP Superficial 15 – 30 mW 
ASGAAL Mais profunda 30 mW Hemoglobina e água 
 
CLASSIFICAÇÃO/ CATEGORIAS DE LASER 
Categoria Descrição 
I e II Potência muito baixa; não produzem efeitos na pele (luz visível). 
IIIA e IIIB Potência baixa ou média, luz no espectro vermelho visível ou 
infravermelho – recursos terapêuticos – laserterapia de baixa intensidade 
IV Potência elevada usado em cirurgias (bisturi), tratamento de tumores, 
peelings, remoção de pelos e tatuagens, cauterizações pontuais, dentre 
outros. 
EFEITOS NO TECIDO 
 
 
Temperatura Atingida Efeitos no Tecido 
43 °C Retração e hiperemia 
50 °C Redução da atividade metabólica 
60 °C Desnaturação de proteínas 
80 °C Coagulação e desnaturação do colágeno 
> 100 °C Carbonização, vaporização, corte 
DOSE 
Intensidade de energia absorvida pelos tecidos (fluência): Joules/cm2. 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
1. Fototermólise seletiva 
Acontece um estimulo térmico sobre um determinado tecido biológico, provocado por 
pulsos de radiação que são absorvidos de maneira seletiva pelo cromóforo alvo. 
2. Pulso do Laser 
O laser térmico deve apresentar pulsos com duração menor que o ‘Tempo de 
Relaxamento Térmico’ (TRT) do tecido alvo a fim de evitar a difusão do calor nos tecidos 
adjacentes. 
 As células resfriam no intervalo entre os pulsos. 
A duração do pulso é ajustada de acordo com o TRT da estrutura alvo. 
3. Principais cromóforos biológicos 
Água, melanina, hemoglobina e oxihemoglobina. 
Espectro nas cores amarelo e verde: bem absorvidos pela melanina, hemoglobina e 
oxihemoglobina. Pouco absorvidos pela água. 
Luz infravermelha (não visível): bem absorvida pela água. 
4. Escolha do Laser ideal 
Optar pelo comprimento de onda no qual o cromóforo alvo tenha absorção máxima. 
 Considerar a profundidade da estrutura alvo: deve estar dentro do limite de 
penetração daquele comprimento de onda no organismo. 
5. Interação do Laser com os tecidos 
Acontece nas interfaces. Resulta dos fenômenos de reflexão, refração, transmissão, 
absorção e dispersão. 
 Dependem do comprimento de onda do Laser e da natureza do tecido alvo. 
 Dependem da teoria de Termólise Seletiva, TRT e dos cromóforos presentes no 
tecido. 
6. Comprimento de onda 
Distância percorrida por uma porção de energia numa oscilação completa da onda e 
corresponde ao espaço percorrido entre duas cristas da onda. Medida em nanômetros. 
7. Lei de Grothus-Drayer 
A luz somente pode produzir efeitos quando é absorvida pelo tecido. A energia luminosa 
é convertida em energia térmica e bioquímica (laser). 
8. Ressonância (a uma determinada frequência) 
Cada comprimento de onda terá um tipo diferente de interação para cada cromóforo 
específico. 
PROPRIEDADES DO LASER 
Laser transforma energia externa (elétrica, ótica, química) em energia luminosa. 
1. Monocromatismo (luz monocromática) 
Radiação que demonstra apenas uma forma retilínea. A cor da radiação é única  um 
único comprimento de onda definido no espectro eletromagnético. 
2. Coerência 
As ondas propagam-se com a mesma fase no espaço e no tempo. Coordenação das 
ondas entre si. Todas as ondas emitidas têm mesmo comprimento e mesma orientação, 
mesma frequência e velocidade de propagação. 
Contribui para manter a potência luminosa do feixe  não há interferência entre os 
raios. 
 Interferência: sobreposição de 2 ou mais ondas. As ondas se somam ou se 
anulam  produzem máximas ou mínimas intensidades. 
3. Direcionalidade/ Polarização 
Luz não coerente: diverge em várias direções, perde o foco, produz iluminação difusa, 
perde a intensidade conforme a distância aumenta. 
Laser (coerente): feixes paralelos, sem divergência, maior colimação, permite 
direcionamento para um ponto determinado, mínima dispersão, possibilita foco, sem 
perda de intensidade conforme a distância aumenta. 
Alguns tipos de Laser por diodo podem sofrer divergência à partir de certa distância 
(requer máxima aproximação da ponteira do local tratado)  observar especificações 
técnicas no manual. 
4. Modos de emissão (pulsado ou contínuo) 
5. Parâmetros 
a. Comprimento de onda 
b. Fluência/ densidade de energia 
c. Tamanho do feixe de luz 
d. Duração do pulso 
PRINCIPAIS EFEITOS LASER BAIXA POTÊNCIA 
Analgesia local, redução edema, anti-inflamatório, estimulação da cicatrização de 
feridas de difícil evolução. 
 O efeito sobre o tecido/estrutura depende principalmente da quantidade de 
energia depositada e do tempo em que esta energia foi absorvida. 
1. Efeitos não térmicos 
Os efeitos não térmicos produzidos por radiação laser de baixa potência estão 
embasados na capacidade de produzir a normalização de diferentes processos 
metabólicos mediante conversão de energia luminosa em energia bioquímica, inibindo 
ou estimulando processos de regeneração. 
2. Ação primária/ efeitos diretos 
No ponto de aplicação, profundidade compatível com a penetração do laser, duram o 
tempo da aplicação. 
Fotoquímico, fototérmico, fotoelétrico: estimula reações celulares, normaliza potencial 
de membrana. 
3. Ação secundária/ efeitos indiretos 
Consequência dos efeitos primários. Área mais extensa, perduram após a aplicação. 
Aumento da microcirculação local, efeitos tróficos, anti-inflamatórios, regulação 
vascular. 
4. Efeitos bioquímicos 
Estimula liberação de substancias (histamina, bradicinina, serotonina); modificação de 
reações enzimáticas normais; aumenta o número de leucócitos e atividade fagocitária; 
estimula a produção de tecido de granulação; ação fibrinolítica e antibacteriana. 
5. Outros 
Aumenta velocidade de regeneraçãode fibras nervosas lesionadas, acelera formação 
calo ósseo, aumenta o trofismo da pele sobre fibroblastos (formação de fibras colágenas 
e elásticas). 
APLICANDO O LASER DE BAIXA POTÊNCIA 
1. Pontual 
 Caneta parada enquanto o laser está sendo aplicado 
 Distância entre os pontos de 1 cm 
2. Varredura 
 Caneta movimentada sobre a área que se deseja aplicar o laser 
DOSE 
 
Processo Agudo Doses baixas 
(1 a 3 J/cm2) 
Subagudo Doses médias 
(3 a 4 J/ cm2) 
Crônico Doses altas 
(5 a 7 J/ cm2) 
 
Ação anti-inflamatória 1 a 3 J/cm2 
Ação circulatória 1 a 3 J/cm2 
Ação analgésica 2 a 4 J/cm2 
Ação regenerativa 3 a 6 J/cm2 
 
CUIDADOS 
 O uso indevido do Laser pode gerar danos graves  observar as recomendações 
de segurança. 
 É obrigatório o uso de óculos protetores (terapeuta e o paciente)  
independente da potência de emissão do laser. O óculos deve ser específico para 
cada comprimento de onda. 
 Contraindicação absoluta: exposição direta sobre os olhos. 
 Não devem ser utilizados comprimentos de onda menores que 400 nm  faixa 
próxima aos raios ultravioleta, há risco de provocar lesões irreversíveis na pele, 
inclusive indução de câncer. 
 
6. MICROCORRENTES 
CARACTERÍSTICAS 
 NÃO polarizada (≠ da corrente 
microgalvânica) 
 Intensidade baixa (medida em 
µA  menor que mA) 
 Corrente alternada/bifásica 
 Pulsos de forma retangular 
 Baixa frequência (0,5 – 3,0 Hz) 
 Baixa intensidade (até 600 µA) 
 Capacidade de penetrar na 
célula
A frequência é chamada de randômica  sofre variação automática e irregular. A 
frequência é extremamente baixa (< 5 Hz) pois a microcorrente está fundamentada 
em repetir com a máxima proximidade a corrente endógena (corrente biológica). 
A intensidade baixa NÃO estimula fibras nervosas sensoriais, nem inervação motora  
não há percepção da corrente pelo paciente. 
EFEITOS 
Efeito de bioestimulação, estimulação da fisiologia celular: restabelece as capacidades 
energéticas celulares, favorece condutância e capacitância celulares  restaura 
homeostase. 
 Normaliza a atividade no interior da célula após esta ter sofrido alguma lesão 
 ↑ produção de ATP 
 ↑ síntese proteica 
 ↑ oxigenação 
 ↑ troca iônica 
 ↑ absorção de nutrientes 
 ↑ eliminação de resíduos 
metabólicos 
 Estimula drenagem linfática (↓ edema) 
 Pode neutralizar polaridade oscilante de células deficientes/lesadas. 
INDICAÇÕES 
 ↓ dor 
 Acelera processo cicatricial 
 Combate efeitos flogísticos 
(provenientes da resposta 
imunológica, sobretudo dos 
efeitos das citocinas) 
 ↓ inflamação 
 ↓ processo degenerativo 
 ↓ processos infecciosos 
 Tratamento de feridas 
 Tratamento de úlceras 
 Tratamento de fraturas não 
consolidadas 
 Tratamento de queimaduras 
 Uso no pós-operatório (↓ 
edema) 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
Praticamente não apresentam. Mas, evitar em: 
 Pacientes com equipamento eletrônico (tipo marca-passo) 
 O uso em pacientes com câncer é questionável 
 Pacientes com problemas cardíacos greves ou epilepsia 
CUIDADOS 
 Nas aplicações transcerebrais 
 Sobre laringe e faringe 
 Aplicação transtorácica precordial (região adiante do coração) 
 Tratamento ao longo do seio carotídeo 
PARÂMETROS A SEREM DETERMINADOS 
1. Intensidade da corrente  100 – 200 µA (geralmente 200 µA) 
2. Tempo de estimulação  > 20 minutos; pode chegar a 1 hora 
3. Tipos e posicionamento dos eletrodos  depende do objetivo do tratamento e 
do tecido tratado 
4. Frequência (se disponível)  < 5 Hz 
 
7. DIATERMIA POR MICRO-ONDAS 
Aquecimento profundo (menos que ondas curtas e ultrassom). 
O aquecimento ocorre por rotação de dipolos e distorção molecular. 
Radiação eletromagnética  uma antena no aparelho irradia micro-ondas para a 
superfície a ser tratada. 
 Ao alcançar a superfície do corpo as micro-ondas podem sofrer refração, 
transmissão, reflexão e absorção  fatores que irão determinar a distribuição 
de energia dentro do corpo. 
o Esses fatores dependem de: comprimento de onda, frequência, 
composição do tecido sendo tratado. 
 
↑ penetração da onda ↓ condutividade elétrica dos tecidos. 
↑ absorção da onda ↑ condutividade elétrica dos tecidos. 
↑ conteúdo de água dos tecidos (fluidos) ↑ condutividade elétrica. 
↑ comprimento de onda ↑ penetração da onda nos tecidos  ocorre absorção em 
tecidos mais profundos. 
↓ frequência ↑ penetração da onda nos tecidos. 
f = 2450 MHz (comprimento de onda de 122,5 nm). 
f = 915 MHz (comprimento de onda de 327 nm). 
𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑛𝑒𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 
𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑚𝑢𝑠𝑐𝑢𝑙𝑜
𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑚𝑢𝑠𝑐𝑢𝑙𝑜 + 𝑔𝑜𝑟𝑑𝑢𝑟𝑎)
 
Indica a eficácia do aquecimento profundo (= 1  aquecimento perfeito). 
Frequências de uso 
terapêutico. 
Somente as radiações que são absorvidas têm potencial de gerar efeito terapêutico 
profundo. Transmissão, refração e reflexão modificam somente a interface onde a onda 
interage com o tecido. 
APLICAÇÃO 
Antena de emissão de 2-6 cm da região a ser tratada, perpendicular a esta. 
↑ distância da fonte de energia à superfície corporal ↓ intensidade de energia que o 
tecido recebe (𝑖 = 1 𝑑2⁄ ). 
Saco de areia: interposição entre a pele e o aparelho com um saco de areia: ↓ as perdas 
de calor por irradiação difusa; torna o campo homogeneamente concentrado (atua mais 
profundamente); ↓ dose necessária para produzir aquecimento. 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
Térmicos 
Aquecimento profundo nos tecidos  principal efeito. 
 Vasodilatação na área aquecida  maior circulação de sangue 
o Consequente aumento do suprimento de nutrientes e oxigênio 
 Eliminação de resíduos metabólicos 
 Assiste na resolução da inflamação 
 Relaxamento muscular por via reflexa sensitiva 
 Alivio de dor e espasmo em musculos profundos 
 ↑ extensibilidade do colágeno 
 ↓ rigidez articular 
 Liquefação de fibroses e edemas densos 
 Aumento da velocidade de processos metabólicos 
 A Cronaxia (tempo mínimo necessário que deve durar um estímulo elétrico para 
promover a 1ª contração muscular) ocorre mais rápido com o aumento de 
temperatura 
 Profilaxia de lesões: diminui resistência elástica e viscosa da musculatura  
diminui o risco de rompimento de musculos/tendões/ligamentos 
 Eleva a capacidade das articulações de suportarem maior carga 
o Aumenta a produção de liquido sinovial 
 Pode estimular a lipólise (associado ou não a estímulos mecânicos) 
Se a intensidade do calor for moderada: estimulação do sistema parassimpático  suor, 
sedação, relaxamento muscular. 
Se a intensidade do calor for forte: estimulação do sistema simpático  dor, irritação e 
contração muscular de defesa. 
O uso da termoterapia sobre nervo periférico aumenta o limiar nociceptivo na região 
suprida pelo nervo. 
APLICAÇÃO 
1. Paciente 
O operador deve: 
 Examinar a sensibilidade térmica e dolorosa do paciente 
 Excluir contraindicações 
 Assegurar que todos os objetos metálicos (anéis, joias, óculos metálicos etc.) 
sejam removidos da área de tratamento 
 Remover aparelhos auditivos 
 Remover bandagens e roupas 
 Assegurar que a pele esteja seca 
 Pedir ao paciente para relatar imediatamente qualquer sensação percebida 
durante o tratamento 
2. Aparelho 
O operador deve assegurar que: 
 Os cabos estejam conectados corretamente 
 Os cabos ou aplicadores não encostem em superfícies metálicas 
 O aplicador esteja alinhado apropriadamente para transferência máxima de 
energia 
 As gônadas não estejam sujeitas à radiação 
Os cabos não sejam colocados perto de tecidos do paciente que não se pretenda 
tratar 
 O suporte do paciente (por ex., cadeira ou cama) não seja metálico e que todos 
os objetos metálicos sejam mantidos pelo menos 3 metros distantes do aplicador 
e dos cabos 
3. Durante o tratamento 
Assim que a unidade é ligada o operador deve: 
 Permanecer a pelo menos 0,5 m dos cabos 
 O fisioterapeuta que aplica o tratamento não deve ficar na linha direta do feixe 
ou dentro da área a 2 m da antena 
 Assegurar que o paciente mantenha a posição correta enquanto durar a 
aplicação 
 Assegurar que o paciente não seja deixado sozinho durante o tratamento a 
menos que tenha um interruptor de mão confiável 
 Assegurar que o paciente não toque o aparelho 
 Assegurar que não haja outra pessoa nas proximidades do aparelho 
4. Dosagem 
A sensação térmica do paciente é o indicador mais importante da dosagem  testa-la 
na área a ser tratada antes de começar a primeira aplicação. 
Uma classificação simples da dose: 
 Alta: claro aumento de calor. 
 Média: efeitos térmicos fracos, porém aparentes. 
 Baixa: efeitos térmicos não são observáveis, há alguns efeitos fisiológicos. 
Dose I – Não existe percepção térmica pelo paciente, aquecimento abaixo do limite de 
percepção térmica. 
Dose II – Leve aquecimento, percepção térmica levemente notável. 
Dose III – Sensação subjetiva de calor agradável. 
Dose IV – Sensação máxima tolerável – irritante. 
5. Tempo de Aplicação 
Não exceder 15 minutos (energia gerada com grande velocidade de condução – 
elevação da temperatura tecidual é relativamente rápida). 
RISCOS 
1. Queimaduras devido a: 
a. Técnica precária 
b. Inabilidade dos tecidos de dissipar calor 
c. Inabilidade do paciente de detectar o calor (sensação térmica diminuída) 
d. Tratamento sobre áreas com metal na superfície ou implantado 
e. Tratamento de feridas abertas úmidas ou sobre curativos úmidos  a água 
concentra micro-ondas 
f. Tratamento perto dos olhos, incluindo os sinus e articulação temporomandibular 
2. Exacerbação de sintomas após tratamento de: 
a. Condições inflamatórias 
b. Distúrbios infecciosos 
c. Áreas de aumento da tensão dos fluidos como bursite, edema, efusão sinovial 
d. Condições hemorrágicas  a menstruação é pouco provável de ser afetada por 
micro-ondas devido à sua penetração limitada 
e. Doença cardíaca grave 
3. Insuficiência cardíaca devida a choque elétrico ou interferência em marca-passos 
cardíacos 
4. Alastramento de patologias existentes incluindo tumores, tuberculose ativa e 
infecções agudas 
5. Início de gestação (primeiros 3 meses)  o calor pode ser teratogênico 
 
8. DIATERMIA POR ONDAS CURTAS (OC) 
Radiação não ionizante. Aquecimento profundo. 
Ondas de rádio com comprimento de onda curto (11,062 metros). 
f = 27,12 Mhz (Mega Hz). 
 1 Hz = 1 ciclo/segundo 
 1 KHz = 1.103 = 1000 ciclos/segundo 
 1 MHz = 1.106 = 1.000.000 ciclos/segundo 
Há presença de um campo eletromagnético  responsável pelos efeitos fisiológicos. 
Durante a aplicação de OC o paciente torna-se parte do circuito através de eletrodos do 
tipo capacitivo, ou bobina de indução. 
 Circuito primário: equipamento 
 Circuito secundário: eletrodo e paciente 
A interação entre o campo eletromagnético e os tecidos biológicos depende do seu 
conteúdo de água (↑ água ↑ condutibilidade). 
 Tecidos mais vascularizados são melhores condutores. 
Há vibração das moléculas [com carga (íons e proteínas) e dipolares (água e algumas 
proteínas)] nos tecidos e, assim, aquecimento dentro deles  conversão de energia 
cinética em térmica. 
 Duas placas metálicas eletricamente carregadas  uma placa é positiva e a outra 
é negativa 
 Quando em contato com o corpo, gerará uma força eletromotriz  as cargas 
iônicas do corpo deslocarão 
 As polaridades entre os eletrodos se alternam milhões de vezes por segundo, 
gerando muita movimentação dos íons  conversão de energia cinética em 
térmica 
ONDAS CURTAS PULSADAS (OCP) 
Alguns aparelhos de OC permitem que a energia eletromagnética seja aplicada ao 
paciente em disparos curtos de energia  campo interrompido/pulsado. 
Entre os pulsos nenhuma OC é emitida  tecidos submetidos a menor carga térmica. 
**Mesmas características das ONDAS CURTAS CONTÍNUAS. 
f = 26,95 – 27,28 MHz 
1. Fase Aguda 
 Frequência 
entre 20 – 50 Hz 
 Potência média 
até 20W 
 Dose sublimiar
Devem estar sincronizados! 
2. Fase Subaguda 
 Frequência 
acima de 80 Hz 
 Potência média 
acima de 20W 
 Dose limiar 
PARAMETROS CONTROLAVEIS 
 Frequência de repetição do pulso (FRP; Hz)  somente no OCP 
 Duração do pulso (DP; µs) 
 Pico de potência do pulso (PPP; Watts) 
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝐹𝑅𝑃 (𝐻𝑧) × 𝐷𝑃 (𝒔𝒆𝒈) × 𝑃𝑃𝑃 (𝑊) 
FRP: número de pulsos emitidos em 1 segundo  15 – 800 Hz. 
DP: duração de cada pulso  25 – 400 µs. 
PPP: amplitude (intensidade) do pulso  100 – 1000 W. 
 Potencia expressa em Watts (W)  velocidade com que se realiza um trabalho. 
 Trabalho (Joules) = Watts x tempo 
Potência média: indica a medida da dose de OCP que o paciente recebe. 
 
 
 
 
 
EFEITOS TERAPÊUTICOS 
1. Térmicos 
Aquecimento profundo nos tecidos  principal efeito. 
 Vasodilatação na área aquecida  maior circulação de sangue 
o Consequente aumento do suprimento de nutrientes e oxigênio 
 Eliminação de resíduos metabólicos 
 Assiste na resolução da inflamação 
 Relaxamento muscular por via reflexa sensitiva 
 Alivio de dor e espasmo em musculos profundos 
 ↑ extensibilidade do colágeno 
 ↓ rigidez articular 
 Liquefação de fibroses e edemas densos 
 Aumento da velocidade de processos metabólicos 
OCC: o paciente recebe a Potência de Pico que o aparelho libera. 
OCP: sempre calcular a Potência Media para determinar a intensidade/dose. 
 Potência de Pico e Largura de Pulso variam entre os aparelhos  olhar 
esses parâmetros no manual do equipamento. 
 A Cronaxia (tempo mínimo necessário que deve durar um estímulo elétrico para 
promover a 1ª contração muscular) ocorre mais rápido com o aumento de 
temperatura 
 Profilaxia de lesões: diminui resistência elástica e viscosa da musculatura  
diminui o risco de rompimento de musculos/tendões/ligamentos 
 Eleva a capacidade das articulações de suportarem maior carga 
o Aumenta a produção de liquido sinovial 
 Pode estimular a lipólise (associado ou não a estímulos mecânicos) 
Se a intensidade do calor for moderada: estimulação do sistema parassimpático  suor, 
sedação, relaxamento muscular. 
Se a intensidade do calor for forte: estimulação do sistema simpático  dor, irritação e 
contração muscular de defesa. 
O uso da termoterapia sobre nervo periférico aumenta o limiar nociceptivo na região 
suprida pelo nervo. 
2. Não-térmicos 
Respostas fisiológicas à irradiação por OCP que não são devidas ao aumento na 
temperatura do tecido. 
 ↑ vascularização periférica e formação de novos vasos 
 ↑ número de atividade celular na área de lesão 
 ↑ depósito de colágeno e sua orientação 
 ↑ depósito de fibrina e sua orientação 
 ↑ crescimento e reparação nervosa periférica 
 ↓ tempo de reabsorção de hematomas 
 ↓ edema 
APLICAÇÃO 
O paciente é ligado ao circuito por meio de um aplicador capacitivo ou uma bobina 
indutora: 
Técnica indutiva: 
 Eletrodos rígidos em forma de tambor 
 Com ou sem contato com a região a ser tratada 
 Método de transferência por radiação 
 Maior efetividade em tecidos mais profundos 
Técnica capacitiva: 
1. Placas metálicas flexíveis (eletrodos maleáveis) 
o Folhas metálicas chatascobertas com espessa camada de borracha e 
feltro. 
o Colocadas em baixo ou em volta da região a ser tratada. 
2. Discos metálicos rígidos (mais comuns) 
o Eletrodos metálicos chatos, arredondados, envolvidos por cobertura 
plástica transparente. 
o O aparelho de OC possui braços ajustáveis para posicionar os eletrodos 
próximo da região a ser tratada. 
o O campo de OC é gerado entre os eletrodos. 
Tempo de Aplicação: máximo 20 minutos. 
ARRANJO DOS ELETRODOS 
 Eletrodos devem ser de tamanho igual. 
o Quanto maior a diferença no tamanho dos eletrodos  maior 
aquecimento no eletrodo de maior tamanho. 
 Eletrodos devem ser mais largos que a região a ser tratada. 
 Eletrodos em ângulo reto, paralelos à superfície do corpo. 
 Eletrodos não podem estar muito próximos e nem muito distantes da pele  2 
– 4 cm. 
o Distancia contada à partir da placa metálica, e não da cobertura de 
borracha. 
1. Aplicação contra planar (transversa) 
Um eletrodo de cada lado do membro. 
O tecido que se pretende tratar estará 
entre os dois eletrodos. 
2. Aplicação coplanar 
Os dois eletrodos colocados do mesmo 
lado do membro. Não muito próximos 
ou muito distantes (≈ 10 centímetros). 
 
3. Aplicação longitudinal
Um eletrodo em cada extremidade do 
membro. O campo eletromagnético 
será orientado na mesma direção dos 
tecidos. A corrente seguirá a via de 
menor resistência e maior condução  
músculos. 
DOSAGEM OC 
Parâmetros OC: frequência, potência, tempo de irradiação, método de aplicação, tipo 
de campo usado. 
Parâmetros OCP: frequência, potência, tempo de irradiação, método de aplicação, tipo 
de campo usado, pico de potência, potência media, força do pulso, período de 
repouso/número de pulsos por segundo. 
Respeitar a sensação térmica subjetiva do paciente  ter em mente que essa sensação 
térmica será de calor superficial, não de calor profundo. 
Uma classificação simples da dose: 
 Alta: claro aumento de calor. 
 Média: efeitos térmicos fracos, porém aparentes. 
 Baixa: efeitos térmicos não são observáveis, há alguns efeitos fisiológicos. 
Para OCP: 
Casos agudos  doses baixas  FRP + DP + PPP os mais baixos possíveis. 
Casos crônicos  doses altas  FRP + DP + PPP máximos. 
PROCEDIMENTOS 
6. Paciente 
O operador deve: 
 Examinar a sensibilidade térmica e dolorosa do paciente 
 Excluir contraindicações 
 Assegurar que todos os objetos metálicos (anéis, joias, óculos metálicos etc.) 
sejam removidos da área de tratamento 
 Remover aparelhos auditivos 
 Remover bandagens e roupas 
 Assegurar que a pele esteja seca 
 Pedir ao paciente para relatar imediatamente qualquer sensação percebida 
durante o tratamento 
7. Aparelho 
O operador deve assegurar que: 
 Os cabos estejam conectados corretamente 
 Os cabos ou aplicadores não encostem em superfícies metálicas 
 Os fios dos eletrodos não se cruzem ou encostem na pele do paciente 
 Colocar uma toalha entre os eletrodos e a pele 
 O aplicador esteja alinhado apropriadamente para transferência máxima de 
energia 
 As gônadas e órgãos vitais não estejam sujeitos à radiação 
 Os cabos não sejam colocados perto de tecidos do paciente que não se pretenda 
tratar 
 O suporte do paciente (por ex., cadeira ou cama) não seja metálico e que todos 
os objetos metálicos sejam mantidos pelo menos 3 metros distantes do aplicador 
e dos cabos 
8. Durante o tratamento 
Assim que a unidade é ligada o operador deve: 
 Permanecer a pelo menos 0,5 m dos cabos 
 Assegurar que o paciente mantenha a posição correta enquanto durar a 
aplicação 
 Assegurar que o paciente não seja deixado sozinho durante o tratamento a 
menos que tenha um interruptor de mão confiável 
 Assegurar que o paciente não toque o aparelho 
 Assegurar que não haja outra pessoa nas proximidades do aparelho 
SEGURANÇA 
1. Riscos 
Esses incluem: 
 Queimaduras 
 Exacerbação de sintomas, especialmente quando são usadas doses térmicas 
 Alastramento de patologias existentes, por ex. tumores, tuberculose ou 
patógenos infecciosos 
 Insuficiência cardíaca devido a choque elétrico ou interferência com marca-
passos cardíacos 
 Gestação precoce (primeiro trimestre) 
2. Contraindicações 
Os seguintes fatores contraindicam o uso de OC: 
 Marca-passos implantados (os campos eletromagnéticos podem interferir 
nesses, caso a proteção isolante do marca-passo seja insuficiente) 
 Metal nos tecidos ou fixadores externos (o metal concentra o campo magnético) 
 Sensação térmica comprometida (podem ocorrer queimaduras e aquecimento 
excessivo) 
 Pacientes que não cooperam (por ex., não cooperam fisicamente devido a 
distúrbios de movimento ou não cooperam mentalmente devido à incapacidade 
ou idade) 
 Gestação 
 Áreas hemorrágicas (mulheres que estejam menstruando devem ser alertadas 
que pode ocorrer um aumento temporário no sangramento se a pelve for 
irradiada) 
 Tecido isquêmico 
 Tumores malignos  as células cancerosas se proliferam em resposta ao 
aquecimento e que a temperatura nos tumores tende a se elevar mais que nas 
células ao redor e, portanto, não deve ser aplicada nem mesmo uma dose baixa 
de OCP) 
 Tuberculose ativa 
 Trombose venosa recente 
 Paciente febril 
 Áreas da pele afetadas por sessões de raios X 
 Sobre órgãos vitais 
As situações a seguir devem ser tratadas com cuidado: 
 Epífise em crescimento 
3. Segurança do operador 
Aplicam-se os mesmos cuidados que para o paciente. 
 
9. FORTALECIMENTO MUSCULAR – ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR 
(NMES): CORRENTES RUSSA, AUSSIE E FES 
Para ocorrer fortalecimento muscular é necessário que haja recrutamento de fibras 
musculares. O recrutamento pode ser de duas maneiras: 
1. Voluntário 
 Via aferente 
o Querer realizar o 
movimento 
 Via eferente 
o Poder realizar o 
movimento 
2. Estímulos elétricos 
 Via eferente 
 
 
 
 
Unidade motora: neurônio + fibra nervosa motora + fibras musculares. 
 A eletroestimulação depende das condições fisiológicas da unidade motora. 
Eletroestimulação poderá ser feita em duas situações: 
1. Dependente da integridade da unidade motora  lesão sem comprometimento 
nervoso  utilizaremos correntes com parâmetros dentro das condições 
fisiológicas. 
2. Dependente do grau da lesão com comprometimento nervoso  correntes 
cujos parâmetros podem ser alterados com a intenção de um possível 
recrutamento muscular. 
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES 
 
Tipo I, Tônicas, Vermelhas Tipo IIa, Tônico-
fásicas, 
Vermelhas 
Tipo IIb, Fásicas, Brancas 
Velocidade de contração 
lenta 
Velocidade de 
contração rápida 
Velocidade de contração rápida 
Maior capacidade de 
metabolismo aeróbio (via 
oxidativa) 
Obtêm energia por 
via glicolítica e 
oxidativa 
Anaeróbias (utilizam ATP e 
glicogênio armazenados 
localmente – via glicolítica) 
Grandes quantidades de 
mitocôndrias e mioglobina 
 Pobres em mioglobina 
Responsáveis pela 
contração estática ou 
postural 
 Responsáveis pelas contrações 
dinâmicas, com movimentos 
breves e pouca força 
Resistentes a fadiga Media resistência à 
fadiga 
Pouco resistentes a fadiga 
Ambas geram resposta motora  em 
musculos com condições normais de 
inervação 
Frequências de 
estimulação: 30-40 Hz 
 Frequências de estimulação: > 
60 Hz 
Inervadas por pequenos 
motoneurônios: 
 Baixa velocidade 
de condução 
 Pequena amplitude 
de pulso 
 Frequência de 
descarga baixa 
 Inervadas por grandes 
motoneurônios: 
 Elevada velocidade de 
condução 
 Grandes amplitudes de 
pulso Frequência de descarga 
elevada 
 Não existe musculo que seja constituído por um único tipo de fibra. 
 Há possibilidade de conversão de um tipo em outro  fundamental para 
adaptação às mudanças de trabalho ou atividades. 
 Tipo I Tipo IIa Tipo IIb 
Cor da fibra muscular Vermelha Vermelha Branca 
Irrigação vascular Alta Alta Pobre 
Diâmetro da fibra 
muscular 
Pequeno Médio Grande 
Velocidade de 
contração 
Lenta Rápida Rápida 
Tipo de contração Longa (20 – 100 
ms) 
Media Curta (10 – 15 
ms) 
Resistência à fadiga Muito alta Alta Baixa 
Tensão tetânica Baixa Intermediaria Elevada 
Fibras / unidade 
motora 
Baixa Intermediaria Elevada 
Frequência de 
descarga 
Baixa Intermediaria Elevada 
Recrutamento Primeiras Intermediarias Últimas 
Fonte de ATP Fosforilação 
oxidativa 
Fosforilação 
oxidativa 
Glicólise 
anaeróbia 
ATPase fibrilar Baixa Alta Alta 
Conteúdo de 
glicogênio 
Baixo Intermediário Alto 
Mitocôndrias Elevado Elevado Baixo 
Mioglobina Elevado Elevado Baixo 
 
 
Lei do “tudo ou nada”: se a intensidade (mA) e a duração (µs) do estímulo forem 
adequadas, haverá contração. Se forem inadequadas/insuficientes não haverá 
contração. 
- Para provocar uma resposta nos tecidos excitáveis, o estímulo elétrico deve possuir 
uma adequada amplitude (intensidade medida em mA) e um tempo de geração de cada 
pulso elétrico (µs) capaz de gerar um potencial de ação. 
Umbral de excitação: amplitude (intensidade) mínima necessária para gerar um 
potencial de ação. 
ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR (NMES) 
ALVO 
Fibra muscular. 
OBJETIVOS
 Recuperação funcional 
 Aumento de volume 
 Reestabelecer a sensação de contração muscular (pós-operatório e pós-trauma) 
 Aumento de forma e massa muscular  melhorar a estabilidade ativa de uma 
articulação 
 Manter as condições funcionais do musculo 
 Reduzir os níveis de gordura subcutânea (eletrolipólise)
INDICAÇÕES 
Estimulo elétrico
• Conduzido pelos motoneurônios até a 
fibra
Gera eletroestimulação Gera despolarização
Gera contração muscular Obedece a lei do "tudo ou nada"
Reduzir o tempo necessário para recuperação de atrofias ou desequilíbrios musculares 
secundários à imobilização ou limitação de atividades. 
 Musculo imobilizado ou com recrutamento limitado: sujeito a hipotrofia e 
perda (parcial ou total) de movimento (devido a fibrose das capas conjuntivas 
que separam fascículos e fibrilas). 
TREM DE PULSOS 
Sequência de pulsos elétricos com as mesmas características (forma, tempo, 
intensidade) repetidos numa frequência de forma ordenada a fim de manter a contração 
muscular periódica/sustentada. 
Contração sustentada: responsável pelo aumento da força e da massa muscular. 
RECRUTAMENTO DE UNIDADES MOTORAS 
1. Contração Voluntária 
 Recrutamento das unidades motoras menores para as maiores, conforme o 
incremento de força necessária ou imposta. 
 Não há recrutamento de 100% das fibras motoras. 
2. Contração por Estimulação Elétrica 
 Recrutamento das unidades motoras maiores (superficiais, inervam fibras 
rápidas) para as menores (profundas, inervam fibras lentas e resistentes) 
conforme aumenta a intensidade (mA) do estimulo. 
 Recruta mais unidades motoras do que a contração voluntária. 
Contração Voluntária Contração por Estimulação Elétrica 
Atividade de grupos musculares Atividade restrita ao musculo estimulado 
Treinamento leva a outros efeitos 
além da contração muscular 
O aumento da atividade é restrito ao 
musculo alvo, com pouco ou nenhum efeito 
sistêmico secundário 
Unidades motoras individuais são 
ativadas de modo gradual e 
hierárquico 
As unidades motoras de mesmo tamanho e a 
uma mesma distância do eletrodo são 
ativadas 
Unidades motoras mais largas são 
recrutadas somente quando são 
aplicadas forças de maior intensidade 
Unidades motoras mais próximas do 
eletrodo de estimulação são ativadas 
primeiro. Unidades mais largas são 
recrutadas primeiro 
Contração muscular suave a gradativa Contração muscular mais brusca 
Fadiga muscular ocorre mais 
lentamente 
Fadiga muscular ocorre mais rapidamente 
ACOMODAÇÃO 
Ocorre mais rápida no nervo do que no musculo. 
LARGURA DE PULSO 
 150 µs: musculatura dos membros superiores 
 400 µs: musculatura dos membros inferiores 
 > 150 e < 400 µs: tronco superior e abdômen 
 
Geralmente nos eletroestimuladores convencionais (Russa, Aussie, NMES) a largura de 
pulso já vem definida (“fixa”) em 400 µs. Os geradores FES oferecem a possibilidade de 
ajustar a largura de pulso. 
A largura de 400 µs pode ser usada em qualquer grupo muscular. 
FES 
 Utilizada para contração de musculos plégicos (paralisados) ou paréticos com 
objetivos funcionais, além dos musculos idôneos/íntegros. 
o Paresia: paralisia incompleta ou diminuição da motricidade em uma ou 
mais partes do corpo, devida a lesão dos centros nervosos ou das vias 
motoras, ou devida a lesões do sistema nervoso periférico, inclusive na 
junção neuromuscular. 
 Empregada no controle da espasticidade (aumento do tônus muscular 
decorrente de hiperexcitabilidade do reflexo do estiramento). 
o Efeitos imediatos: inibição reciproca e relaxamento do musculo espástico 
e estimulação sensorial de vias aferentes. 
o Efeitos tardios: agem na neuroplasticidade, podem modificar as 
propriedades viscoelásticas musculares e favorecer a ação e o 
desenvolvimento de unidades motoras de contração rápida. 
 Pulso quadrado, bifásico e simétrico/balanceado. 
OBS.: Somente lesões cerebrais e medulares altas tem capacidade de responder a esses 
estímulos. Enfermidades que acometem neurônio motor inferior ou placa motora não 
respondem adequadamente ao FES. 
RUSSA E AUSSIE 
 Funcionam com ‘trem de pulsos’. 
 Bipolares (bifásicas), simétrica/balanceada. 
FREQUÊNCIA DOS PULSOS ELÉTRICOS 
1. FES 
 Baixa frequência: máximo de 150 Hz (alcance biológico). 
o Fibras tônicas: 30 – 40 Hz. 
o Fibras fásicas: > 60 Hz (máximo 150 Hz). 
o Se forem musculos de grande força (“força explosiva”)  frequência > 
100 Hz (máximo 150 Hz)  “Potencialização Muscular”. 
2. Russa 
Melhor faixa de resposta dos 
musculos 
 Média frequência: frequência portadora de 2500 Hz (fixa no aparelho) 
 Frequência moduladora de até 150 Hz: 
o Fibras tônicas: 30 – 40 Hz. 
o Fibras fásicas: > 60 Hz (máximo 150 Hz). 
o Se forem musculos de grande força (“força explosiva”)  frequência > 
100 Hz (máximo 150 Hz)  “Potencialização Muscular”. 
 Largura de pulso: 10 ms 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Existem alguns programas que podem ser utilizados com referencial, alterando seus 
parâmetros para adequar às necessidades de cada situação: considerar local da lesão, 
gravidade, idade do paciente, se o tratamento é inicial ou continuidade. 
 NÃO utilizar protocolos fixos! Utilize os programas apenas como um referencial 
na escolha do tratamento. 
 
 
 
 
 
AUSSIE 
 
Eletroestimulação de elevada intensidade e poucas repetições (10 – 15 ciclos de 
contração) promove aumento da força muscular e hipertrofia. 
Eletroestimulação prolongada (acima de três semanas) de baixa intensidade e 
elevado número de repetições (serie de 10 contrações) produz aumento na 
resistência e modificações bioquímicas no musculo (↑ atividade oxidativa, ↑ 
mioglobina, ↑ mitocôndrias e ↑ número de capilares). 
 
FES, Russa e Aussie: Frequências de até 10 Hz promovem vibração muscular, 
sendo uteis para ativar a circulação  promovem atividade metabólica 
regional. 
o Chamadas “aquecimento muscular”  utilizar antes de iniciar uma 
sessão de fortalecimento. 
o Também podem ser utilizadas para finalizaruma sessão de 
fortalecimento. 
o Remoção de catabólitos, ácido lático e toxinas; promovem a 
liberação de β-endorfinas (reduz a dor característica após uma 
atividade física). 
o Tempo < 5 minutos, intensidade suficiente para promover “sacudidas” 
musculares. 
 
Modalidade de 
Aussie 
Analgesia Fortalecimento Muscular 
Frequência 
Portadora 
4000 Hz 1000 Hz 
Largura de Pulso 4 ms 2 ms 
Frequências 
Moduladoras 
Processo agudo: 1 – 30 Hz 
Processo subagudo: 40 – 80 
Hz 
Processo crônico: 90 – 150 Hz 
Fibras tônicas – 30 a 40 Hz 
Fibras fásicas – acima de 60 
Hz 
 
Modo de corrente Contínuo Sincrônico ou recíproco 
Intensidade Confortável Suficiente para gerar 
contrações musculares (mA) 
Fases da 
eletroestimulação 
Não se aplica Rampa de subida, tempo ON, 
rampa de descida, tempo 
OFF 
 A função analgesia da Aussie pode ser feita em tempo menor  15 minutos. 
 Comparando com o TENS, cuja analgesia deve ser de no mínimo 30 minutos. 
FASES DA ELETROESTIMULAÇÃO 
1. Rampa de subida (Rise) 
Período de recrutamento das fibras musculares. Aumento gradativo da intensidade 
(mA) da corrente até conseguir contração de todas as fibras (contração mantida na fase 
ON). 
Preferível que não seja extremamente rápido/brusco proporcionando uma contração 
rítmica até chegar ao platô máximo de contração. 
Medido em segundos. 
2. Fase de manutenção/ sustentação (ON) 
Momento de contração máxima sustentada, ocorrerá encurtamento das fibras 
musculares e supressão gradativa da atividade circulatória. 
Medido em segundos. 
3. Rampa de descida (Decay) 
Diminuição gradativa da intensidade (mA) da corrente. Período para as fibras 
retornarem ao estado de repouso. 
Evite que seja de forma brusca, evitando possíveis lesões articulares. 
Medido em segundos. 
4. Repouso (OFF) 
Momento em que as fibras retornam ao seu estado de repouso, ocorrerá liberação da 
circulação. 
Medido em segundos. Deve ser maior que o tempo ON (2-3 x). 
 Parâmetros de 1 a 4: dependem de cada situação tratada (segmento lesionado, 
patologia, condições musculares e articulares). 
A estimulação é feita em series de “x” contrações (ON-OFF), com um período de 
descanso entre elas. Por exemplo: 3 series de 10 contrações (ON-OFF), com intervalo de 
1 minuto entre cada serie. 
Os resultados de força e aumento de massa são intensificados quando se soma algum 
tipo de resistência na fase de sustentação (ON) da eletroestimulação. Essa resistência 
poderá ser manual ou mecânica (haltere, tornozeleira, etc.)  chamado de “exercício 
dinâmico”. 
PROCEDIMENTOS 
 Determinar os parâmetros da corrente. 
 Determinar o tipo e a posição correta dos eletrodos (nos pontos motores 
musculares). 
 Acionar o equipamento e gradativamente aumentar a intensidade da corrente. 
Observar a resposta do musculo ao estimulo, a contração deverá ser lenta e 
rítmica. 
 O aumento da intensidade deve ser feito assim que terminar a ‘rampa de subida’, 
na fase ON (NUNCA na fase OFF), até que seja ajustada a intensidade ideal  
deve promover uma contração visível, mas sem causar dor. 
 A frequência também pode ser ajustada até que se encontre uma à qual o 
musculo responda melhor (mais confortável ao paciente). 
o Desligar a corrente (STOP no aparelho) para mudar a frequência  não 
mexer nos outros parâmetros. 
 Orientar o paciente para movimentar o segmento durante a estimulação e 
relaxar durante a pausa. 
 O paciente não pode sentir dor. Na percepção de dor ou fadiga interromper a 
estimulação. 
 Modo sincronizado: corrente em todos os canais simultaneamente. 
 Modo recíproco: libera corrente em canais alternados. 
FADIGA MUSCULAR 
Um dos principais fatores que indicam que a eletroestimulação deve ser interrompida. 
Causas: tempo ON excessivo, tempo OFF insuficiente, resistência grande imposta 
durante o movimento, escolha de parâmetros inapropriados ás condições musculares. 
Sinais de fadiga: 
 Diminuição da vivacidade da contração 
 Diminuição do desenvolvimento de tensão isométrica 
 Presença de tremor 
 Presença de dor e rigidez muscular 
Possibilidade de fadiga com contração muscular eletro estimulada > contração 
voluntária. 
PRINCIPAIS EFEITOS CELULARES DA ELETROESTIMULAÇÃO 
 Aumento da permeabilidade de membrana 
 Fibrinogênese e osteogênese 
 Aumento da microcirculação arterial, venosa e linfática 
 Aumento da síntese proteica 
 Aumento da atividade enzimática 
 Aumento da concentração mitocondrial 
PRINCIPAIS EFEITOS MUSCULARES DA ELETROESTIMULAÇÃO 
 Acelera recuperação do músculo fatigado após esforço 
 Aumenta resistência aeróbica e incrementa modalidades de força 
 Permite trabalho seletivo e intenso sem fadiga psicológica e estresse geral, 
minimizando risco de lesão 
 Desenvolve rede de capilares próximos das fibras rápidas com aumento 
substancial da microcirculação sanguínea da área 
 Favorece hipertrofia (aumento da massa mitocondrial) 
 Utiliza grandes quantidades de fibras que recebem em curtos períodos de tempo 
grande dose de treinamento (comparada a exercícios voluntários) 
 Modifica tipologia e elasticidade das fibras musculares 
 
 
10. TENS - ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA 
CARACTERÍSTICAS 
 Corrente analgésica 
 Não polarizada  evita o efeito 
químico galvânico 
 Bifásica (alternada) 
 Assimétrica  diminui efeito de 
acomodação 
o Fase positiva: pulso 
quadrado 
o Fase negativa: pulso 
triangular 
 Balanceada (compensada)  as duas 
fases (negativa e positiva) tem a mesma 
duração (µs) e mesma intensidade (mA) 
 Baixa frequência 
 
AÇÕES 
Induz a liberação de GABA (principal neurotransmissor inibidor do SNC). “Bloqueia” as 
fibras nervosas que conduzem informação de dor ao SNC. 
Induz também a liberação de endorfinas (atuam como analgésico endógeno). 
Estimula fibras nervosas sensoriais e motoras (ambas de grande diâmetro e 
mielinizadas, fibras de condução elétrica rápida). Essas fibras ativam sistemas 
analgésicos descendentes, os quais inibem a transmissão nociceptiva das fibras tipo C 
(finas, não mielinizadas)  redução ou inibição da dor (“fechamento do portão da dor”). 
TIPOS DE TENS 
1. Convencional 
 f = 90 – 130 Hz  T = 20 – 50 µs 
 Processos agudos  estimulação sensorial 
 Aplicação > 30 minutos 
 Intensidade deve ser elevada, mantendo a sensação de formigamento 
intenso  deve ser confortável ao paciente 
 Liberação de GABA 
2. Acupuntura 
 f = < 10 Hz  T = 180 – 250 µs 
 Processos crônicos  estimulação motora 
 Aplicação 30 minutos  raras vezes ultrapassar esse tempo porque as 
contrações musculares podem gerar desconforto ao paciente 
 Intensidade deverá ser elevada até que seja possível perceber leves 
‘sacudidas’ musculares 
 Liberação de β-endorfinas, promove relaxamento das fibras musculares, 
retirada de toxinas e melhora do metabolismo local 
3. Burst 
 Frequência de base: 
80 - 120 Hz 
 Rajadas 2 - 8 Hz 
 T = >200 μs 
 Processos crônicos (“crônico crônico”)  com musculo contraturado 
 Aplicação 30 minutos  raras vezes ultrapassar esse tempo porque as 
contrações musculares podem gerar desconforto ao paciente 
 Intensidade deverá ser elevada até que seja possível perceber leves 
‘sacudidas’ musculares 
 Os estímulos são mais intensos que no modo Acupuntura 
4. Breve-intenso 
 Frequência (Hz), Largura do pulso (µs) e Intensidade (mA)  muito 
elevadas 
 f = 50 – 100 Hz; T = 180 – 250 µs 
 Produz estímulos sensoriais e motores, gerando contrações tetânicas ou 
vibracionais 
 Pode gerar desconforto ao paciente 
 Não ultrapassar 10 minutos de aplicaçãoConvencional Acupuntura Burst 
Breve-
intenso 
Frequência 90 – 130 Hz < 10 Hz 
Frequência de base: 80 
- 120 Hz 
Rajadas 2 - 8 Hz 
50 – 100 Hz 
Largura do 
pulso 
20 – 50 µs 180 – 250 µs >200 μs 180 – 250 µs 
Intensidade 
(respeitando 
subjetivo do 
paciente) 
12 - 20 mA 30 - 80 mA 30 - 60 mA 30 - 80 mA 
Tempo de 
estimulação 
> 30 minutos 30 minutos 30 minutos 
Não ultrapassar 
10 minutos 
Sensação 
Formigamento 
sem contração 
Contrações 
musculares 
rítmicas 
Contrações rítmicas + 
formigamento 
Contrações 
tetânicas 
Indicação Dor aguda Dor crônica Casos crônicos 
Alívio imediato 
- antes de 
mobilizações 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA DOR 
1. Dor aguda 
 Paciente não consegue realizar nenhum tipo de movimento em função 
da dor extrema que refere 
 Desaparece quando cessa o estímulo nocivo 
2. Dor Crônica 
 Paciente sente dor, mas consegue realizar movimentos com alguns graus 
de expansão (pode não ser completo na sua amplitude) 
 Persistente mesmo na ausência do estímulo nocivo 
3. Dor de origem química 
 Quando os musculos estiverem por muito tempo contraturados eles 
sofrerão déficit circulatório e acumulo de toxinas responsáveis pela 
manifestação da dor 
 A dor química se elimina gerando contrações musculares seguidas de 
descansos/pausas que provocam bombeamento muscular 
4. Dor de origem mecânica 
 Devido a hiperpressões persistentes sobre certos tecidos, encurtamentos 
e desgarros tissulares, contraturas e atrofias musculares, alterações 
morfológicas palpáveis 
 Para combater as dores mecânicas usaremos correntes dirigidas ao 
trabalho muscular para conseguir que os musculos relaxem, alonguem e 
desbridem ou liberem outros tecidos 
5. Dor neurálgica 
 Se origina por pressão ou pinçamento de raízes nervosas, 
comprometimento do nervo em seu trajeto, agressão tóxica das fibras 
nervosas, desmielinização, hipersensibilidade das terminações nervosas 
 Para eliminar esse tipo de dor realiza-se o estimulo sensitivo 
(formigamento intenso) 
ELETRODOS 
Disposição: baseada no local onde o paciente sente dor e como é a dor (pontual, 
regional, etc.). 
Quantidade e tamanho dos eletrodos: diretamente proporcional à extensão da área a 
ser tratada. 
Tipo: autoadesivos ou de carbono (+ gel eletro condutor). 
 
 
CUIDADOS 
Áreas teciduais que apresentam sensibilidade alterada não devem receber eletrodos  
poderá haver dosagem excessiva. 
INDICAÇÕES 
 O TENS raramente é um tratamento resolutivo, mas sim uma forma de estimulação 
com objetivos analgésicos que facilitam a atuação do profissional de empregar outra 
técnica cinética. O TENS não é um recurso único de tratamento, geralmente é o primeiro 
recurso a ser utilizado e muitas vezes precede uma terapia manual. 
DURAÇÃO DA ANALGESIA 
Variável. Dependerá do tipo de dor, da sua origem e da técnica analgésica aplicada. 
CONTRAINDICAÇÕES 
 Marca-passo 
 Arritmias 
 Sobre os seios carotídeos 
 Dor não diagnosticada 
 Alergia ao meio de 
contato/corrente 
 Gestantes  questionável, deve haver aconselhamento e recomendação do 
médico em cada caso 
 NÃO fazer uso de TENS e estímulos térmicos simultaneamente  podem 
ocorrer queimaduras 
o O TENS altera a sensibilidade cutânea, diminui o limiar sensorial  
consequentemente reduz a sensação térmica 
 
11. TERMOTERAPIA 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR (AUMENTO DE TEMPERATURA) 
 Aumento da temperatura local 
 Eliminação de resíduos metabólicos 
 Relaxamento muscular por via reflexa sensitiva 
 Liquefação de fibroses e edemas densos 
 Aumento da velocidade de processos metabólicos 
 Vasodilatação na área aquecida  maior circulação de sangue 
o Consequente aumento do suprimento de nutrientes e oxigênio 
 A Cronaxia (tempo mínimo necessário que deve durar um estímulo elétrico para 
promover a 1ª contração muscular) ocorre mais rápido com o aumento de 
temperatura 
 Profilaxia de lesões: diminui resistência elástica e viscosa da musculatura  
diminui o risco de rompimento de musculos/tendões/ligamentos 
 Eleva a capacidade das articulações de suportarem maior carga 
o Aumenta a produção de liquido sinovial 
 Pode estimular a lipólise (associado ou não a estímulos mecânicos) 
 Aumenta o volume-tempo cardíaco e respiratório, aumenta também a 
quantidade de sangue em circulação 
 Se a intensidade do calor for moderada: estimulação do sistema parassimpático 
 suor, sedação, relaxamento muscular 
 Se a intensidade do calor for forte: estimulação do sistema simpático  dor, 
irritação e contração muscular de defesa 
 O uso da termoterapia sobre nervo periférico aumenta o limiar nociceptivo na 
região suprida pelo nervo 
- Tendões, capsulas articulares e cicatrizes cedem mais facilmente ao estiramento 
quando aquecidos (+ associar a uma manobra de estiramento)  ALONGAMENTO. 
Modalidades e Agentes Termoterapêuticos 
Condução Convecção 
Radiação ou 
Irradiação 
Conversão (alta 
frequência) 
Compressas Duchas Infravermelho Radiofrequência 
Bolsas 
Sauna/ Banhos de 
Vapor 
Forno de Bier Ondas Curtas 
Parafina Turbilhão Estufas Micro-ondas 
Turbilhão Termobalneoterapia Ultrassom 
Cada modalidade produz reações distintas umas das outras no corpo. 
CONTRAINDICAÇÕES DA TERMOTERAPIA 
 Regiões com alteração da 
sensibilidade térmica 
(comprometimento por 
denervações ou outras alterações 
neurológicas) 
 Processos inflamatórios agudos 
 Pós-operatório imediato 
 Para aplicações na região uterina: 
DIU metálico e período menstrual 
 Paciente inconsciente 
 Suprimento vascular inadequado 
(isquemia) 
 Região hemorrágica 
 Suspeitas de processos tumorais 
 Gravidez 
 Próximo às glândulas 
importantes, especialmente 
tireoide 
 Sobre ou próximo de áreas com 
implantes metálicos 
 Portadores de marca-passo 
(termoterapia por conversão) 
 Gânglios linfáticos enfartados 
 Regiões próximas de 
tromboflebites e varizes 
 Paciente com febre 
 Hemofílicos 
 Tratamento com anticoagulantes 
 Artrite séptica 
 Atrite reumatoide na fase aguda 
RADIAÇÃO INFRAVERMELHA 
FORMA DE APLICAÇÃO 
 Profundidade do aquecimento: 3 – 5 mm 
 Colocar o paciente em uma posição adequada e confortável para a área de 
aplicação do infravermelho 
 Despir a região a ser tratada 
 Ligar a lâmpada e aproximar da pele do paciente  30 – 50 centímetros  nem 
muito próxima e nem muito afastada 
 Direcionar a lâmpada sempre em ângulo reto, perpendicular à pele 
 Dose: indicada pela sensação subjetiva do paciente  modulada aproximando 
ou afastando a lâmpada do paciente 
 Durante a aplicação pode ser usada uma toalha (de rosto) umedecida com água 
MORNA no local 
o Promove efeitos térmicos mais concentrados, possivelmente atingindo 
camadas mais profundas 
 Tempo de aplicação: 20 – 30 minutos 
CUIDADOS 
 Queimaduras e irritação da pele  fique atento à sensação do paciente, 
respeitando o conforto 
 Dano aos olhos  use os óculos protetores em aplicações no tronco, próximas 
da face 
 Desidratação (se estiver muito quente)  fique atento à sensação do paciente, 
respeitando o conforto 
 Não justifica após o uso do infravermelho realizar tratamento com ultrassom ou 
TENS. Podemos fazer eletroestimulação com corrente russa ou similar na busca 
de estimular gradativamente algumas fibras musculares 
 Evite usar óleos, cremes ou pomadas com propriedades terapêuticas associados 
à radiação infravermelha, podem gerar queimaduras ou reações alérgicas. 
INDICAÇÕES 
Dirigidas aos tecidos moles: musculos, tendões, articulações e eventualmente à

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