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USJT Introdução ao processo civil aula 5

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USJT – Introdução ao processo civil – Aula 5 – 7.4.2017
Organização do Poder Judiciário
- Cabe ao Poder Judiciário decidir todos os conflitos de interesse de maneira imperativa, ou seja, uma variedade imensa de casos. Por isso, o Poder Judiciário se organiza de modo a fazer frente a essa demanda.
* A jurisdição é una, essa divisão existe para fins práticos e de procedibilidade.
- Há três justiças especializadas, com normas específicas de direito material e processual (não necessariamente codificadas):
* Justiça do Trabalho
competência para processar e julgar conflitos surgidos no âmbito das relações de trabalho;
cada estado tem um Tribunal Regional do Trabalho, só São Paulo tem 2 (um na capital e outro em Campinas), o que totaliza 28 TRTs;
* Justiça Eleitoral
	Competência para processar e julgar os litígios decorrentes dos processos para escolha, por meio do voto direto, secreto e universal, dos chefes do Poder Executivo (nas esferas federal, estadual e municipal), além dos cargos do Poder Legislativo;
	Deve-se garantir a lisura das eleições e a observância do direito material eleitoral;
	Não há carreira específica. Em primeiro grau, os processos são conduzidos por juízes federais ou estaduais cedidos à justiça eleitoral. Além disso, é possível a nomeação de juristas que não sejam juízes para os tribunais eleitorais
* Justiça Militar.
	Competência para processar e julgar crimes cometidos por oficiais militares.
	Particularidade: no primeiro grau, a decisão é colegiada, sendo proferida por um juiz e dois oficiais militares.
- Paralelamente, existe a Justiça Comum, civil e penal, em níveis estadual e federal.
*Justiça Federal: competência definida no art. 109, CF;
*Justiça Penal
tutela a ordem pública e interesse da coletividade de aplicar punição ao autor de conduta tipificada como crime;
trata-se de reação do Estado em nome da defesa da ordem social e da boa convivência entre os cidadãos;
o juiz deve verificar se houve infração e cometeu (autoria); se concluir positivamente em ambos os casos, deve aplicar a pena prevista em lei;
*Justiça Civil
	Maior abrangência: conflitos empresariais, ambientais, tributários, previdenciários, consumeristas. O direito processual de apoio é o processo civil.
	Justiça civil comum estadual é residual por excelência.
Juizados Especiais (estaduais e federais, cíveis e criminais)
- Competência para processar e julgar causas de “menor complexidade”;
- Procedimento diferenciado;
- Os recursos são julgados por colegiado composto por juízes de primeiro grau (turmas recursais) e eventualmente pela turma nacional de uniformização.
* JEC estadual (lei 9.099/1995):
	Valor da causa inferior a 40 salários mínimos;
	Causas mencionadas no art. 275. II, CPC/73;
	Despejo para uso próprio;
Possessórias de imóveis cujo valor não ultrapasse 40 salários mínimos.
*JEC Federal: valor da causa inferior a 60 salários mínimos (art. 3º, Lei 10.259/2001, com as exclusões previstas no §1º)
Organização hierárquica do Poder Judiciário
Em 1º grau de jurisdição, há os juízes, que proferem decisões e sentenças monocraticamente. 
Recursos interpostos contra essas decisões ou sentenças serão julgados pelos respectivos tribunais (Tribunal de Justiça estadual, Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal Regional do Trabalho, Tribunal Regional Federal, Tribunal de Justiça Militar), por desembargadores que, via de regra, proferem acórdãos colegiados. Em geral, os recursos podem promover um rejulgamento completo da causa, e são de fundamentação livre.
*Excepcionalmente, os tribunais podem ter competência para julgar causas em primeiro grau de jurisdição (ex.: rescisória).
Recursos interpostos contra os acórdãos são julgados pelos tribunais de sobreposição, cuja função não é de rever a causa, e sim dar a última palavra sobre interpretação ou aplicação de lei federal (STJ) ou da Constituição (STF), uniformizando a jurisprudência.
STF exerce jurisdição constitucional: atividade do Poder Judiciário de limitar, racionalizar e controlar os Poderes Executivo e Legislativo. Mecanismo principal: controle abstrato de constitucionalidade (atua como “legislador negativo” em razão da eficácia retroativa e geral da determinação de retirada de determinada lei ou dispositivo do ordenamento).
STF exerce também controle difuso de constitucionalidade positivo (interpretação conforme) ou negativo (retirando determinada lei do ordenamento).
STF atua ainda como “última instância” (não confundir com terceira ou quarta instância) nas justiças penal, civil, eleitoral, trabalhista (nos âmbitos estadual e federal – art. 102, CF).
Independência do Poder Judiciário
- Somente se juízes, desembargadores e demais membros do Poder Judiciário forem independentes nas suas decisões poderá haver justiça. Por isso, o Poder Judiciário goza das prerrogativas de autogoverno, auto-organização e autorregulamentação.
- Cada tribunal cria seu próprio regimento interno, organiza secretarias e o trabalho dos auxiliares, promove concursos, propõe a criação de novas varas etc.
- Busca-se a independência do Poder Judiciário, de um lado, assegurando-se garantias aos magistrados e, de outro, impedindo certas condutas.
Garantias dos juízes:
- vitaliciedade após 2 anos de exercício do cargo no primeiro grau;
- inamovibilidade;
- irredutibilidade de subsídio (com ressalvas – art. 95, III, CF).
Impedimentos dos juízes:
- exercer outro cargo ou função (salvo magistério), ainda que esteja em disponibilidade;
- receber custas ou participação em processo a qualquer título;
- dedicar-se a atividade político-partidária;
- receber auxílio ou contribuição de pessoa física a qualquer título (ressalvadas exceções legais);
- exercer advocacia no tribunal do qual se afastou antes de decorridos 3 anos desse afastamento.

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